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O sucesso do DataM…

Machadinho

Os institutos de pesquisas sempre são muito criticados no período eleitoral.

Há uma relação de amor e ódio entre os candidatos e os institutos: quem aparece bem elogia, quem está atrás critica e questiona os números. É sempre a mesma coisa (ainda mais no Maranhão onde os institutos orbitam próximos aos principais grupos políticos).

Entretanto, há tempos um instituto não tinha sido alvo de tantas críticas em São Luis como o Data M, de propriedade do jornalista José Machado.

O que poucas pessoas sabem é que instituto não é novo, não apareceu nestas eleições, enfim, não é neófito em pesquisas eleitorais. Ele está no mercado desde 1985 e fez o seu primeiro levantamento a pedido do ex-deputado Chico Martins, que na época estava empolgado com o advento das pesquisas de intenção de voto, e contratou o Data M para saber os números para prefeito de Balsas, como contou José Machado ao blog.

 – Muitos acham que a Data M surgiu agora, o que é um erro. O Instituto está no mercado desde 1985, quando realizou pesquisas no município de Balsas a pedido do ex-deputado Chico Martins. Os institutos de pesquisas eram uma novidade no Brasil e principalmente no Maranhão.

Então o Data M foi contratado para acompanhar o desempenho candidato a prefeito Moizemar Coelho, que começou muito mal nas pesquisas, mas depois cresceu e foi eleito. A história de acertos em campanhas da Data M começa aí”, afirma Machado. Continue lendo aqui…

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O discurso da “terra arrasada” e a desculpa da letargia…

Passada a eleição, é hora do relaxamento.

Todos os coordenadores da campanha de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – incluindo ele próprio – irão aproveitar o feriado de finados para descansar fora de São Luís.

Só retornam, segunda-feira, para iniciar as conversas com o prefeito João Castelo (PSDB) sobre a transição de poder na capital maranhense.

A equipe de transição do prefeito eleito será eminentemente técnica. Além de especialistas em orçamento e administração, incluirá técnicos em Controle Interno e avaliadores de balanços e balancetes.

A relação política deve ficar com o vice-prefeito eleito Roberto Rocha (PSB).

João Castelo reuniu ontem sua equipe de governo para definir os rumos dos dois últimos meses de administração. Percebe-se na rua que as obras mais urgentes – como o prolongamento da litorânea e a nova alternativa de tráfego do Altos do Calhau continuam em andamento.

Sinal de que o prefeito pretende entregar o município sem maiores pendências, o que evitará o discurso de terra arrasada adotado por todos os prefeitos que tomam posse – incluindo o próprio Castelo, em 2009 – como desculpa para a letargia.

Do lado do prefeito que entra a disposição também é para a conversa, sem estresse.

A transição transparente é o melhor caminho para evitar dois problemas comuns na troca de guarda na política:

O discurso da terra arrasada e a desculpa da letargia…

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Alguns nomes já surgem…

Felipe Camarão: quadro técnico da campanha

Nos bastidores da transição em São Luís já começam a surgir nomes de secretariáveis do futuro governo Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Os advogados Carlos Lula e Felipe Camarão são fortemente cotados.

Especialista em Direito Eleitoral e professor da área, Lula é chefe da consultoria jurídica da Assembleia Legislativa e atuou como advogado na campanha de Holanda Júnior.

Procurador federal, Camarão foi diretor-geral do Procon, período em que o órgão do governo teve a mais positiva repercussão midiática da história. Hoje, atua como procurador da Universidade Federal do Maranhão.

Dionísio: um dos pedetistas cotados

Nos bastidores surgiram também outros nomes.

O ex-presidente da Coliseu e ex-vereador Renato Dionísio é um deles. Pedetista, esteve na campanha de Holandinha desdeo 1ºturno.  Estaria cotado para a Secretaria de Cultura.

Outro pedetista, Jerry Abrantes, aparece como possível secretário de Trânsito e Transporte. Já foi titular da mesma SMTT e está na campanha desde o início.

São apenas especulações, não confirmadas por nenhum dos coordenadores do grupo que elegeu Holanda Júnior.

Mas servem para avaliar que imagem tende a prevalecer na gestão do prefeito eleito… 

 

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Um exemplo a ser seguido…

Clésio: conversas com adversários e antagonistas

RIO – O primeiro prefeito de capital eleito pelo PSOL, Clécio Luís, em Macapá, diz que quer diálogo com o senador José Sarney (PMDB) e elogia a adesão do DEM e do PSDB à sua candidatura no segundo turno

O posicionamento enfrenta críticas na legenda que nasceu do descontentamento de petistas às políticas de aliança adotadas no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Clécio afirma que a hora é de pensar o papel do PSOL na construção política nacional e diz que não há antagonismo em estar próximo a desafetos nacionais da legenda.

– Essa experiência vai levar o PSOL a fazer reflexões. Vai forçar o partido a refletir sobre si mesmo. O que temos que aprender é que as diferenças regionais devem ser compreendidas pelo partido e respeitadas. Aqui, no Macapá, funcionamos diferentemente do que em São Paulo e Rio – defende Clécio.

Para ele, é natural manter relação institucional com o presidente do Senado, José Sarney, senador pelo Amapá:

– Não é o militante Clécio que está procurando o cacique José Sarney. É o prefeito que vai procurar a base parlamentar eleita pelo povo de Macapá para pedir ajuda. Para que eles cumpram seu papel institucional. Não podemos abrir mão da ajuda de ninguém. Então é necessário que a gente abra esse dialogo institucional republicano – justifica.

Um exemplo a ser seguido…

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Pedro Fernandes na Educação, Hildo Rocha na Cidades; nomeações saem quinta-feira…

Fernandes comandará a Educação

O novo secretário de Educação, deputado federal Pedro Fernandes (PTB), terá sua nomeação assinada pela governadora governadora Roseana Sarney (PMDB) até quinta-feira, dia 1º.

Para seu lugar, na Secrtaria de Cidades, irá o atual ttular da pasta de Articulação Política, Hildo Rocha (PMDB).

Rocha será o titular da Secid

Rocha e Fernandes  estiveram juntos hoje à tarde na Secid, para trocar informações sobre a pasta.

Roseana deve definir em trinta dias o titular da Secretaria de Articulação Política, que deve ser o sernador João Alberto de Souza(PMDB).

Ele primeiro, no entanto, deve voltar o Senado, pelo menos até fevereiro.

Mas esta é uma outra história…

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O jogo do PT…

Lobato abriu o debate sobre rompimento do PT com o governo

A notificação do vice-presidente do PT maranhense, Augusto Lobato, faz parte de uma estratégia da banda do partido não-alinhada ao governo Roseana Sarney (PMDB).

E foi combinada com os partidos de esquerda – PSB, PCdoB, PDT e PPS.

Muita gente no próprio governo entende que o partido tende a um afastamento gradativo do apoio a Roseana, que culminará exatamente com as eleições de 2014, quando pretende definir-se por uma candidatura não indicada pelo Palácio dos Leões.

Primeiro por que o grupo do vice-governador Washington Luiz nunca mostrou força na legenda a ponto de garantir apoio consistente.

Segundo que, dentro deste próprio grupo, há quem faça reservas em relação ao PMDB roseanista.

Mas o Palácio dos Leões também acompanha os movimentos e age.

Só não diz até quando esticará a corda…

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Um Flávio Dino irretocável…

Do blog de Roberto Kenard

Vocês sabem que continuo seguro no que pensava: São Luís deu um mau passo ao eleger Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Não só por ele ser um candidato oco, que eu chamava de plástico, invenção dos interesses politiqueiros de Flávio Dino (PCdoB), o antissarney de festim.

Vejam bem: 177.176 eleitores disseram não a Edivaldo Holanda Júnior e a Castelo (PSDB). Se somarmos os 177.176 que disseram não a Edivaldo Holanda Júnior com os votos de Castelo (220.0850), que, afinal, foram contra Edivaldo Holanda Júnior, teremos 397.261 eleitores que disseram não a Júnior.

Número mais que expressivo.

Pois bem. No dia 25, três dias antes da eleição, recebi na minha caixa postal, enviada pela “imprensa do PCdoB”, a seguinte matéria (nada tenho a ver com a redação, reproduzo o texto na íntegra):

“Flávio Dino (PCdoB) afirmou que João Castelo (PSDB) irá para o PMDB com o apoio de José Sarney, em inserção veiculada desde a manhã de hoje (25) em São Luís.

No vídeo, Flávio diz que a informação é comentada em Brasília e acusa a aliança pela onda de ataques contra Edivaldo Holanda Júnior (PTC). “Espalhando mentiras, eles querem o que nunca conseguiram: mandar na prefeitura de São Luís,” disse o presidente da Embratur.

Flávio Dino destaca ainda que a verdadeira “missão secreta” que existe nestas eleições é a aliança entre o grupo Sarney e João Castelo, para reeleger o tucano à prefeitura de São Luís. “Sarney e Castelo estão juntos, mas eu e Edivaldo estamos juntos com você, juntos pela mudança,” concluiu.

A inserção foi ao ar na última quinta e também está sendo veiculada também no programa de Edivaldo Holanda Júnior (PTC).”

Comentário do Blog:

Reparem bem, Flávio Dino usa de método que dizia abominar em 2008 e em 2010. Para fazer seu candidato vitorioso não pensou duas vezes: mentiu descaradamente. E ele se diz antissarney!!!

Ainda na pré-campanha, Edivaldo Holanda, o pai, foi a Brasília se encontrar com Sarney (PMDB). Contei aqui a história (não sei se fui o único, acredito que sim). Eles negaram o encontro. Depois, diante das evidências, resolveram dizer que houve o encontro, só que não teria sido para tratar da eleição. Certo. Edivaldo Holanda foi até Sarney para dizer que o abominava. Eu também acredito nisso.

Logo depois, na semana que antecedeu o debate na TV Mirante, Edivaldo Holanda, o pai, se reuniu com Fernando Sarney. A turma de Edivaldo Júnior achava que ele seria um fiasco e estava fazendo de tudo para que o debate não se realizasse. Era a missão do pai com Fernando Sarney.

Como Fernando Sarney ouviu que os Holanda, pai e filho, estariam com o grupo Sarney em 2014, retrucou:

 – Se você quer fazer negócio, tudo bem, mas eu não acredito que vocês estarão com a gente.

 Reparem bem, Edivaldo Holanda, o pai, não estava sendo safado ou cínico. A estratégia dele era corretíssima. Ele nunca se disse comunista, convenhamos. Foi antissarney por um brevíssimo tempo, quando Jackson Lago era governador. Ou seja, ele não esconde que está do lado de quem está no poder. Concordo com isso? Abomino. Ele, porém, não se passa por revolucionário, por comunista ou por libertador do Maranhão.

 Até ali, os meios de comunicação da família Sarney tinham Castelo como o adversário a ser desconstruído. E assim permaneceu. Em nenhum instante os meios de comunicação da família Sarney mostraram o candidato de plástico que era Edivaldo Holanda Júnior.

 No segundo turno, houve uma enxurrada de sarneístas a aderir à candidatura de Edivaldo Holanda Júnior: o deputado Roberto Costa (PMDB), garoto do senador João Alberto (este defensor dos Holanda desde o primeiro turno), o deputado federal Pedro Fernandes (PTB), o deputado estadual Tatá Milhomem, a vereadora eleita Helena Duailibe (prima de Ricardo Murad), Conceição Andrade etc etc etc.

 Só que Flávio Dino se prestou a gravar um vídeo no qual mostrava um “acordo secreto”entre Sarney e Castelo. Embora não pusesse os pés na Embratur, onde deveria trabalhar, desde o primeiro turno, Flávio Dino sabia que em Brasília todos diziam que o acordo entre Castelo e Sarney passava pela ida do primeiro para o PMDB.

Hoje tiro o chapéu para o ex-governador Jackson Lago (PDT).

Em 2008, ele apoiou Castelo e tratou Flávio Dino na medida exata.

Sabia com quem estava lidando…

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A mudança tem que ser por completo…

Holanda Júnior e seus alaidos: alguns servem para eleger, não para governar

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) elegeu-se com o discurso da mudança.

Mudança de métodos, de práticas administrativas e mudança de perfil político, segundo definiu ele próprio.

Mas esta mudança só se consolidará se for efetivada também no modelo de gestão.

E a mudança de gestão, praticamente a coluna-mestra da administração holandina, só será efetiva com renovação não só de métodos, mas de pessoas.

Há no grupo de Holandinha velhas raposas carimbadas da política, ex-secretários com passagens desastradas por órgãos públicos, jornalistas viciados e de métodos ultrapassados, políticos com um longo histórico de corrupção e, sobretudo, oportunistas de toda sorte, que entram no barco que vai ganhar sem a menor cerimônia.

Manter  estas figuras no primeiro escalão é correr o risco de envelhecer a gestão já no seu nascedouro e apresentar mais do mesmo à população maranhense.

Gestor público não pode se valer apenas de um bom texto, no caso da Comunicação, ou de ser um bom professor ou um bom médico, se o foco for a área da Educação ou de Saúde.

É preciso entender de orçamento, conhecer Controle Interno, macro-estrutura administrativa, ter capacidade de liderança e, principalmente, de relacionamento com os principais atores sociais que compõem o universo de sua pasta.

Há na equipe jovens tão jovens quanto o prefeito e tão preparados quanto os dinossauros que aderiram à campanha – com a vantagem de não terem os mesmos vícios.

Mesclando estes jovens com profissionais reconhecidos e de excelência em suas áreas – sem manchas na competência, na ética ou na honestidade – é o primeiro passo para o sucesso.

E a diminuição das chances de erro.

É simples assim…

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Quebra de paradigmas…

A história da disputa política do Maranhão sempre teve de um lado o grupo Sarney, poderosíssimo – com forte estrutura espalhada pelo interior do Maranhão – e do outro a oposição, sempre batendo cabeça sobre quem escolher para enfrentar o candidato sarneysista.

Na história da oposição iniciada por João Castelo (PSDB), Epitácio Cafeteira (PTB), Jackson Lago (PDT) e o antigo PT, a esperança eram os ocasionais rachas no grupo – como ocorreu com Roberto Rocha (PSDB), Clodomir Paz (PDT), e o mais traumático deles, de José Reinaldo (PSB).

Estes rachas animavam a disputa de poder, quase sempre desigual.

Mas, na soma dos interesses pessoais arraigados na história dos líderes partidários , esta oposição acabava rachando em várias partes, contribuindo para a própria derrota.

Este é mais um paradigma que começa a ser quebrado na preparação para as eleições de 2014.

Hoje, é a oposição quem tem projeto próprio, definido por ela mesma,  independentemente do que faça ou deixe de fazer o grupo Sarney.

O que se vê hoje no Maranhão é uma oposição consolidada, unida e com projeto de poder definido – com um candidato a governador já escolhido e que está em campanha desde 2010.

Candidato este fortalecido com o apoio de grandes centros eleitorais, como São Luís, Caixas, Timon e Santa Inês.

Por outro lado, é o grupo Sarney quem ainda bate-cabeça sobre o candidato que enfrentará a oposição.

E, curiosamente, como a oposição do passado, é o grupo hegemônico quem parece esperar um racha oposicionista para poder se viablizar – a exemplo da expectativa em torno de Holanda Júnior (PTC), eleito prefeito em São Luís.

Com o ministro Edison Lobão (PMDB) doente e praticamente fora do páreo, o grupo hoje liderado pela governadora Roseana Sarney (PMDB) tem como melhor opção o chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva.

Mas Roseana também demonstra forte apatia política, desinteressada das questões eleitorais e pouco afeita aos debates partidários.

Luís Fernando batalha sozinho, com grandes avanços e sucesso considerável na reunião de aliados em torno de si. Mas agora já se percebe a desunião, antes característica da oposição, hoje marcar o período pré-eleitoral dos sarneysistas.

São sinais da pré-campanha de 2014, que já começou, embora alguns resistam em não aceitar.

E  a recusa em ver o óbvio também colabora para a quebra de paradigmas…

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Um prefeito de prateleira…

Holandinha, em enrevista à TV MIrante: robotizado

É preciso desligar, imediatamente, o botão de candidato de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e ligar urgentemente o de prefeito eleito.

Na entrevista coletiva concedida hoje à tarde – e na exclusiva da TV Mirante, agora à noite – Holandinha pareceu ainda em palanque, usando as mesmas frases feitas ensaiadas na campanha.

Se se pergunta ao prefeito sobre orçamento, ele vem sempre com a mesma resposta ensaiada:

A ONU diz que 40% do orçamento é perdido com corrupção. Se combatermos a corrupção se resolve os problemas.

Se, por acaso, a pergunta é sobre transporte, a resposta é a mesma: – Minha missão é dar um transporte digno e de qualidade à população. (?)

Ou ainda: Nossas prioridades são Saúde e Educação”.

Anh?!?

Sem falar nos clichês, como “Dizer que…”, “Falar que”…, “Você que está me assistindo…”,

Era exatamente por estes termos, por estas palavras de ordens, pela falta de espontaneidade em suas declarações que este blog classificava Holandinha na campanha como um candidato de prateleira – espécie de produto com embalagem bonitinha e com marketing de guerrilha para vender como água.

Parece que caminha, agora, para ser um prefeito de prateleira…