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Seis por meia dúzia

São só dois meses, são. Mas para os mais desmemoriados isso não é nada demais se compararmos com a gestão passada da prefeitura de São Luís.

Contudo, quando Castelo estava há também dois meses na prefeitura, o argumento mais usado era: calma, as coisas serão resolvidas. E o tempo foi passando, passando e as reclamações aumentando, até a saturação popular que clamou por mudança.

O que os desmemoriados não entendem é que toda nova gestão culpa a anterior e assim se segue até terminar com saldo mais ou menos. Fica neste blá blá de dar tempo ao tempo.

Acontece que tempo ao tempo é muito para os pacientes dos hospitais públicos, é muito para os alunos que estudam em escolas depredadas, é muito para os usuários de transporte público e motoristas.

Todos continuam a padecer com a velha falácia de o tempo ainda é curto.

Nada difere uma gestão da outra a não ser em pontos bem peculiares, nada de espetacular. Nada de choque de gestão. Apenas práticas diferentes de se manter no cargo.

Nada mudou, nada é novo.

Foi o mesmo que trocar seis por meia dúzia.

 

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PCdoB e PDT em guerra surda…

PCdoB: aparelhamento da prefeitura

Nenhum partido tem tanto controle das instâncias comunitárias e populares quanto o PDT em São Luís.

Desde a primeira gestão Jackson Lago na capital maranhense (1989/1992), praticamente todos as instâncias de poder comunitárias – conselhos tutelares, comunitários, da infância e juventude, diretorias de escolas e de postos de saúde.

Agora, na gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PTC), o PCdoB, partido do chefão do comunismo no Maranhão, Flávio Dino, quer cortar a curica dos pedetistas.

PDT e PCdoB vivem, desde a posse de Holandinha, uma espécie de guera surda nos bastidores da prefeitura.

Os comunsitas apearam do poder nas escolas municipais todos os pedetistas que estavam encastelados nas diretorias de escolas – e avançam para outros postos.

O objetivo do partido de Flávio Dino é controlar todos os cargos de segundo e terceiros escalões da prefeitura, exatamente aqueles que agem como formiguinhas, buscando os votos nos rincões mais escondidos.

Mas o PDT não está disposto a entregar o pode de mão beijada.

E a guerra só está começando nos bastidores…

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Prefeitura só pagou sete dias a diretores exonerados da Semed – mas eles trabalharam bem mais que isso…

Allan Kardec assinou Portaria e deixou exonerados trabalhando

Os mais de 200 diretores e diretores-adjuntos da Secretaria Municipal de Educação, exonerados para dar lugar a indicados do PCdoB, partido do secretário Allan Kardec Dualibe, receberam apenas o equivalente a 7 dias , mesmo tendo trabalhado quase 20 dias em fevereiro.

Pelas leis trabalhistas, a partir do 16º dia trabalhado, já é computado um mês para efeito de benefícios – salários, aposentadoria, férias, etc…

Os educadores foram comunicados da exoneração na sexta-feira 17 de fevereiro, às vésperas da Jornada Pedagógica, espécie de preparativo para a abertura do ano letivo.

Ou seja, até aquele dia, ainda trabalhavam normalmente em suas escolas.

Ocorre que a Portaria assinada pelo secretário é datada do dia 7 de fevereiro, o que foi levado em conta na hora do pagamento dos ex-deiretores.

Com a artimanha da Semed, os exonerados – muitos deles ligados ao PSB e ao PDT, partidos também da base de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – trabalharam mais de 10 dias de graça.

Sem saber que estavam foram dos planos do prefeito…

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Gestão Holandinha: de grão em grão?

A gestão de Edivaldo Holanda Júnior depois de dois meses à frente da prefeitura de São Luís divide-se em uma dicotomia estranha.

Se, por um lado, a gestão continua emperrada em inúmeros e graves entraves, do outro, faz um pouco aqui e mais outro ali. Pequenas ações que, para alguns, fazem muita diferença.

Seria esse o caminho que a prefeitura tomará até o fim da gestão? Usando a filosofia de que de grão em grão a galinha enche o papo?

O trânsito continua um caos, a educação a passos lentos e  saúde nem se fale, uma das mais necessitadas à beira da falência.

Contudo, um trabalho de limpeza emergencial é feito em bairros como Vila Vila Luizão, Coroadinho, Coroado e São Sebastião. Lugares onde a limpeza estava precária.

Já nos bairros Vila Militar, do bairro Cruzeiro de Santa Bárbara, moradores puderam realizar consultas médicas (adultas e pediátricas), fazer exames de verificação de glicemia e pressão arterial, além de receber orientações sobre dengue, hanseníase e tuberculose durante mutirão realizado pela Prefeitura de São Luís, no local.

Nas ruas dos demais bairros se vê funcionários varrendo ruas e pintando meio-fios, serviços que são apenas complementares a outros, de maior envergadura – como asfaltamento, recuperação e construção de vias e avenidas.

E, apesar da estrutura escolar estar comprometida, o transporte escolar transporta cerca de 4.500 alunos do ensino básico — 85% da zona rural e 15% do perímetro urbano, segundo a Secretaria Municipal de Educação.

E é essa estratégia de gestão que segue convencendo os eleitores mais apaixonados pelo então prefeito. Porém, até quando esse álibi do “a gestão passada nos deixou sem dinheiro” e do “aos poucos vamos nos reorganizando”, vai continuar?

A cidade tem pressa.

álibe: gestão passada mto criticada

– São João da prefeitura

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A falência do Socorrão II…

Socorrão II, aberto só de H

Oficialmente, o Hospital Clementino Moura, o Socorrão II, está funcionando normalmente. Mas nos bastidores da secretaria de Saúde, o hospital é dado como fechado.

O Socorrão II atende pouca gente e faz mal e porcamente o atendimento aos pacientes do interior, que é de sua obrigação no sistema SUS.

O menino Anderson Muller, de 14 anos, por exemplo, estava desde as 19 horas de ontem na unidade de saúde, com o braço quebrado e dores insuportáveis, mas até as 9 horas de hoje não havia sido atendido.

– “O médico ainda não chegou” – foi a justificativa dos funcionários da unidade, que deveria  ser de emergência.

Na verdade, o sistema de saúde em São Luís – comandado pelo ausente secretário Vinícius Nina –  vive duas realidades.

No Socorrão I, o esforço do médico Yglesio Moyses para dar qualidade e rapidez ao atendimento tem sido reconhecido pela população, mas sofre enfrentamentos internos – e críticas da cúpula municipal pelo forte teor midiático.

Nas outras unidades, o caos,a morosidade, o despreparo e as desmotivação.

Vinícius Nina passa a maior parte do tempo viajando ou badalando, em cinemas ou happy hours. A unidades mistas não funcionam, o Socorrão II está fechado e as outras unidades sem material e equipamentos.

A propósito, quem é mesmo o diretor do Socorrão II???

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Holandinha, 2 meses depois… o quê, exatamente???

Holandinah com seus secretários: pouca coisa encaminhada em 60 dias

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) já tem dois meses como prefeito de São Luís.

Não adianta mais, portanto, ficar jogando a culpa no seu antecessor pela letargia nas ações – que já deveriam, pelo menos, ter um esboço incial.

Mas, fora ações pontuais aqui e ali, o governo Holadinha ainda não mostrou um projeto efetivo para a capital maranhense.

A situação do trânsito é a mesma da gestão Castelo, com os mesmos problemas sem respostas da prefeitura; no transporte, tudo continua como era.

O prefeito esteve nos bairros quando as chuvas ameaçaram comunidades, mas nada foi feito a partir de então como solução para problemas de enchentes e alagamentos.

O que se vê muito em alguns bairros são funcionários varrendo ruas e pintando meio-fios, serviços que são apenas complementares a outros, de maior envergadura – como asfaltamento, recuperação e construção de vias e avenidas.

Na área da saúde, o diretor do Socorrão I, Yglésio Moyses é o principal destaque.

Tanto que ganhou notoriedade e até parece ser o secretário de Saúde, já que o titular da pasta, Vinícius Nina, parece ainda não ter voltado da África.

Edivaldo Holanda Júnior está mais próximo dos primeiros 100 dias do cargo que, historicamente, representam o fim da lua-de-mel com a população.

É quando começam a se acentuar as cobranças.

Que, pelo andar da carruagem, deverão ser muitas…

5

Parceria que vai dar certo

Só fato de o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), optar em firmar parceria com o presidente da Famem e prefeito reeleito de Ribamar, Gil Cutrim (PMDB), já mostra a lucidez e a vontade de melhorar a capital.

Gil Cutrim tem quase 100% de aceitação do eleitorado, tanto da Federação quanto do seu município. As provas estão na sua eleição unânime na Famem e reeleição em São José de Ribamar.

Além destes fatos, o prefeito ribamarense tem experiência adquirida com o atual secretário estadual de Infraestrutura, Luís Fernando, em termos de gestão.

São José de Ribamar, tanto na gestão de Luís Fernando, quanto na de Gil Cutrim evoluiu bastante, principalmente na educação e na saúde, ganhando reconhecimento nacional e se tornando referência.

Tanto que servirá de modelo não só para São Luís, quanto para outros municípios que também optaram em firmar parceria.

Parceria esta que finalmente ajudará São Luís a de fato se metropolizar.

E por isso vai dar certo.

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Gil Cutrim e Holandinha discutem protocolo de intenções entre as duas prefeituras

FOTO GIL E EDIVALDO 158O presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), Gil Cutrim (PMDB), visitou, nesta sexta-feira (01), o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Na ocasião, os dois gestores discutiram ações que deverão ser executadas, de forma parceira e conjunta, entre as Prefeituras de São José de Ribamar e São Luís, principalmente em bairros situados na chamada região limítrofe entre os dois municípios.

Gil e Edivaldo acertaram que, nas próximas semanas, as prefeituras assinarão protocolo de intenções com o objetivo de ratificar a parceria institucional.

Um grupo de trabalho, formado por representantes das duas administrações municipais, será montado para discutir e elaborar políticas públicas comuns nos mais diversos setores, como saúde e infraestrutura, por exemplo.

Minha ideia é fazer com que as prefeituras da Ilha estejam pactuadas para executar, por exemplo, ações conjuntas de melhoramento e recuperação de vias, melhoramento da coleta de resíduos sólidos e dos sistemas de iluminação pública – explicou Cutrim.

O presidente da federação informou também que  se reunirá com os prefeitos de Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara para discutir as parcerias institucionais que beneficiem as populações dos municípios da Grande Ilha.

De acordo com Holandina, o tema, a partir de agora, tem tudo para ultrapassar a esfera do debate político e institucional e transformar-se em ações concretas a serem desenvolvidas pelas administrações municipais.

Finalmente.

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A gestão mal começou para os que dela não precisam

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Engarrafamento fotografado hoje (27) pela manhã no bairro Cohafuma

Parece que, quem usa esses argumentos esquece, que tudo nesta vida é passível de crítica. Ninguém está livre disso, muito menos os gestores públicos.

Estes foram colocados no poder para resolver com eficácia os problemas da população.

A gestão mal começou, sim, isto é fato.

Mas é fato que, além da imprensa, formadora de opinião e no direito de cobrar o poder público, a parte da sociedade que também critica é aquela que tem pressa por soluções.

São pessoas que precisam de ação. Os que dizem “está tudo bem”, não necessitam de fato dos serviços da prefeitura.

As aulas começaram, mas começaram com péssimas condições estruturais das salas de aula. No trânsito a situação é ainda pior.

Já estamos em março e o maior problema adquirido na cidade ainda continua na mesma: angustiantes engarrafamentos.

Sair no mínimo duas horas antes de casa para chegar ao destino. A pessoa passa mais tempo dentro do veículo, presa ao engarrafamento do que no destino pretendido.

O cidadão tem que se virar como pode para pegar este ou aquele ônibus, que passa por este ou aquele trecho.

Quando na verdade quem tem que se virar são os responsáveis pela melhoria nos serviços de tráfego: a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes.

Existem pontos até o momento positivos, sim. Esta ou outra secretaria está dando retorno.

Mas ainda não atende as necessidades dos cidadãos que realmente precisam.

5

Se o período escolar começou pela metade, imagine as escolas de período integral

O período letivo municipal teve início ontem (25), mas ainda com grandes problemas de infraestrutura e matrículas, ou seja, começou pela metade.

A expectativa (para não dizer promessa), era que em 30 dias de recesso ao menos a logística das escolas fossem satisfatórias para as aulas  transcorrerem da melhor forma e com mais conforto para os alunos.

Mas como sempre, a gestão atual recaiu na acusação da gestão passada ao invés de assumir as rédeas da situação de forma definitiva.

Agora, os alunos irão esperar por “minirreformas” que coexistirão com as aulas.

Se está assim, imaginem em relação às escolas de tempo integral tão prometidas. A escolha de uma já foi feita, mas, desde então, nada mais aconteceu.

Se acostumem a esperar.