20

30 anos de oposição em São Luís: só os governadores fizeram…

litorânea

Avenida Litorânea: marco do governo Lobão

Nos trinta anos em que a oposição  mantém o controle da Prefeitura de São Luís, apenas os governadores ligados ao chamado grupo Sarney realizaram obras importantes para o desenvolvimento urbano da capital maranhense.

Quando iniciou o primeiro mandato oposicionista em São Luís, em 1985, a prefeita Gardênia Gonçalves (PDS) tinha como governador Epitácio Cafeteira (1986/1990). Cafeteria construiu o Viaduto do Outeiro da Cruz, duplicou a avenida dos Africanos e a avenida dos Holandeses, recuperou todo o Centro Histórico e fez o Aterro do Bancanga.

Em 1989, assumiu em São Luís o pedetista Jackson Lago. E nada de obra.

Em 1990, o sarneysista João Alberto assumiu por nove meses o governo: recuperou os canais da Macaúba, do Retiro Natal e da Raimundo Corrêa. E fortaleceu a segurança pública na capital, com a valorização da polícias e ações contra a crescente indústria de invasões.

Jackson Lago ficou no mandato até 1992, quando conseguiu eleger Conceição Andrade (PSB).

E ambos viram o governador Edison Lobão (1990/1994) construir a Avenida Litorânea, duplicar as Avenidas Carlos Cunha e dos Holandeses, prolongando até o Araçagy.

Lagoa da Jansén: cartão postal construído por Roseana

Roseana Sarney assumiu o governo em 1995 e ficou até abril de 2002. Em seu mandato, ela conviveu com os prefeitos Conceição, Jackson e parte do mandato de Tadeu Palácio (PDT e PP).

Não há na história maranhense um período de tantas construções em São Luís quanto no período roseanista.

Ela construiu os viadutos do Calhau, da Cohama, da Cohab e parte do Alcione Nazaré. Transformou a Lagoa da Jansén em cartão postal, investiu no Centro histórico, fez a avenida Ferreira Gullar, a Luis Eduardo Magalhães e a Estrada da Maioba. Também modernizou a Litorânea, duplicou a Estrada do Araçagy e  o trecho da BR-135 da Guajajara até o Estreito dos Mosquitos. Além disso, urbanizou vários bairros, com a construção das praças de Esportes e Lazer chamadas “Vivas”.

A partir de 2002 assumiu José Reinaldo Tavares (primeiro no PFL; depois no PSB).

Viaduto do Outeiro da Cruz: nenhum problema de tráfego desde Cafeteira

No início, Tavares apenas concluiu obras deixadas por Roseana. Mas a partir de 2004, passou a usar o mesmo discurso oposicionista, trocando a realização de obras pelos ataques ao grupo Sarney. Seu modelo foi seguido por Jackson Lago, a partir de 2007, mesmo quando se tinha a oportunidade de ter prefeito e governador trabalhando juntos.

São Luís só voltou a ser canteiro de obras novamente a partir de 2009, quando Roseana voltou ao poder.

Neste mandato, que termina este ano, Roseana constrói na capital a avenida do Quarto Centenário e a Via Expressa, que vão desafogar o trânsito no sentido Centro/Bairro.  Também construiu o Espigão da Ponta D’Areia, que acabou com a ameaça das marés na orla marítima e está em fase de urbanização.

No novo mandato, Roseana conviveu com João Castelo, que construiu as avenidas já citadas em posts anteriores e recuperou outras.

Depois, veio Edivaldo Júnior (PTC), que ainda não mostrou seu elenco de obras para além das operações tapa-buracos.

E assim se passaram 30 anos, período em que a oposição controla a Prefeitura de São Luís…

14

Os 30 anos de oposição em São Luís: as bases plantadas por Sarney e seus prefeitos…

O que existe em termos de estrutura de transportes, malha viária, mobilidade urbana e saneamento em São Luís foi feito pelos governadores aliados do grupo Sarney ou pelos prefeitos indicados por ele.

Em 30 anos de domínio político da capital, a oposição não teve qualquer participação nestas obras – exceção feita a João Castelo (PSDB), como já dito.

O governador José Sarney lançou as bases da modernização de São Luís, pós-vitorinismo, com a realização de um plantel de obras estruturantes que tirou a capital da era rural em que vivia.

bacanga

Aspecto da construção da Barragem Bacanga, no governo Sarney: São Luís saindo da era rural

Sarney construiu as barragens do Bacanga e do Batatã, a avenida Kennedy, a Ponte do São Francisco – maior do Nordeste, à época – a ponte e a avenida do Ipase, os conjuntos Cohab, Maranhão Novo e Ipase; o Parque do Bom Menino e a estrada para Ribamar, até a Aurora, entre outras obras estruturantes. (Veja vídeo ao lado, na área de banners)

Na época, os prefeitos eram indicados pelos governadores. Aliados de Sarney, os prefeitos Vicente Fialho, Haroldo Tavares e Mauro Fecury deram continuidade à modernização da capital.

O sarneysista Haroldo Tavares: o melhor prefeito de São Luís

Secretário de Obras do próprio Sarney, Tavares é considerado até hoje o melhor prefeito que a Capital já teve – o que mais captou o espírito de Sarney e projetou uma São Luís para o futuro, com abertura de grandes avenidas e corredores para ônibus (Leia aqui).

Fialho ampliou o urbanismo e o saneamento, criando novos bairros, e Mauro Fecury organizou o sistema de transporte.

Mas aí veio as eleições diretas e, impulsionada por um tolo sentimento de rebeldia manipulado pelo blábláblá oposicionista, São Luís passou a ter prefeitos de oposição.

E pararia no tempo se dependesse deles.

De Gardênia Gonçalves a Edivaldo Júnior (PTC), o blábláblá anti-Sarney teve mais importância que o preparo do gestor.

E deu no que deu.

Roseana Sarney e seu hoje pré-candidato ao governo estadual, Luis Fernando, vistoriam obra da Avenida Quarto Centenário. Foto: Divulgação

Roseana e uma de suas obras: há mais de 50 só na capital

Nenhum deles – Gardênia, Jackson Lago (PDT), Conceição Andrade (PSB), Tadeu Palácio (PP) e Holandinha – conseguiu até hoje qualquer  projeto que preparasse São Luís para o futuro.

Exceção, repita-se, de Castelo, que teve obras importantes na questão estrutural.

Parada no tempo do discurso oposicionista, São Luís só continuou o seu caminho de modernização com os governadores, todos alinhados ao próprio Sarney:  João Castelo (então no PDS), Epitácio Cafeteira (PMDB), João Alberto (então no PFL), Edison Lobão (PFL) e Roseana Sarney (PFL/PMDB).

Mas esta é uma outra história dos 30 anos de oposição em São Luís…

23

Os 30 anos da oposição em São Luís…

O blog inicia hoje uma série para analisar as três décadas de domínio da oposição na Prefeitura da capital maranhense. Com base em fatos que se podem comprovar a olhos vistos e dados históricos, o blog vai abordar desde os resultados práticos deste domínio, passando pela “obra” de cada um dos oito prefeitos, e discutir como seria São Luís sem o que foi realizado pelos governadores. Abaixo, o primeiro da série de três posts

 

 

http://2.bp.blogspot.com/-41CtM22wFrQ/UhO5uzctZlI/AAAAAAAAAYo/Ikac6z4kSnw/s320/IMG_000010491.jpg

De Gardênia a Holandinha, prefeitura se limita a a tapar-buracos

A oposição maranhense completa neste 2014 nada menos que 30 anos de controle da Prefeitura de São Luís.

À exceção de um curto período de três anos em que coincidiram os mandatos dos governadores José Reinaldo (PSB) e Jackson Lago (PDT) com o do prefeito Tadeu Palácio (ex-PDT, hoje no PP), todos os eleitos na capital maranhense – de Gardênia Gonçalves (antigo PDS) a Edivaldo Júnior (PTC) – fizeram e fazem oposição ao Governo do Estado, e sobretudo ao grupo Sarney.

Mas o resultado prático deste controle oposicionista é quase nulo, em termos de obras estruturantes.

Nenhum dos oito prefeitos fez qualquer obra que pudesse ser considerada como importante para o desenvolvimento futuro da cidade. Nem Jackson Lago, que passou três vezes pela prefeitura.

http://s.glbimg.com/jo/g1/f/378x0/2012/04/20/via_expressa.jpg

Grandes obras, como a Via Expressa, são todas feitas pelos governadores

Tudo o que São Luís tem em obras de mobilidade urbana, melhoramento de trânsito, abertura de avenidas, construção de hospitais e saneamento básico foi feito pelos prefeitos anteriores a estes oposicionistas – aliados exatamente a Sarney – ou pelos governadores José Sarney, João Castelo, Epitácio Cafeteira, Edison Lobão, João Alberto de Souza e Roseana Sarney.

Absolutamente tudo mesmo.

O que os prefeitos fizeram nestes 30 anos, mal e porcamente, foi apenas a manutenção  do que já existia ou do que foi feito pelos governos. A inoperância é tamanha que se vê aberrações como as de Holandinha, que distribui farto material publicitário e de comunicação para anunciar operações tapa-buracos.

http://4.bp.blogspot.com/-QS36fqW2jnw/TnqWhpoaH4I/AAAAAAAAAaI/pjUGR14dNFY/s400/Prefeito+_+Assina+Ordem+de++Servi%25C3%25A7o+_+Pavimenta%25C3%25A7%25C3%25A3o_+Cidade+Olimpinca_+Foto+Hon%25C3%25B3rio+Moreira006.6583.jpg

Castelo é a única exceção ente os prefeitos

A honrosa exceção é feita a João Castelo (PSDB), coincidentemente, também um governador realizador.

Ele construiu ou recuperou em quatro anos de mandato, pelo menos quatro importantes avenidas da capital – Santos Dumont, Estrada da Vitória, Mário Andreazza e Santo Antonio do Calhau; também construiu a Avenida Mauro Bezerra e uma outra, que liga, a Santos Dumond à Guajajaras, por dentro do João de Deus.

Além disso, iniciou a recuperação dos canais que cortam São Luís e o prolongamento da avenida Litorânea.

Os demais prefeitos se preocuparam em aperfeiçoar apenas serviços básicos, deixando as grandes e importantes obras apenas para os governadores que eles próprios diziam combater.

Como será mostrado nos próximos posts…

24

O antes e o depois de Sarney no Maranhão…

 O vídeo abaixo é uma relíquia histórica. Trata-se de um documentário produzido por volta de 1969, com parte de uma série exibida em rede nacional. E mostra o antes e o depois do então governador José Sarney no Maranhão. A construção das barragens de Boa Esperança, do Bacanga e do Batatã; a implantação de estradas rasgando o estado; a modernização de São Luís – com construção de conjuntos habitacionais, o Parque do Bom Menino, novas avenidas e a ponte do São Francisco, na época, a maior do Nordeste. O visionarismo de Sarney, ao trazer para o estado os primeiros sistemas de processamento de dados e a implantação de escolas a cada mês.  É um vídeo histórico, que nem o próprio Sarney conhecia. E que mostra a verdade nua e crua do que era e do que passou a ser o Maranhão

 

2

A Importância da Entourage

Por Joaquim Haickel

Comecemos pelo significado da palavra entourage. Ela é de origem francesa e significa grupo social, conjunto de indivíduos com quem convivemos habitualmente. Pessoas que vivem em volta de uma espécie de líder, de senhor, de governante.

Para efeito desse texto vou abrasileirar a expressão francesa. Usarei em seu lugar a palavra anturragem.

Os poderosos, de todos os tamanhos, de todas as procedências e em todos os tempos sempre cultivaram em torno de si um grupo de pessoas que algumas vezes se assemelham a uma flora, outras vezes a uma fauna, dependendo do tipo de poder que detenham ou da propensão de cada um para exercitar seu poder.

Todo poderoso deve antes de qualquer coisa ter consciência de que não pode viver sem pessoas em seu entorno e por isso mesmo deve se cercar dos melhores espécimes ao seu dispor. Aqui não me refiro apenas à competência laboral, falo de caráter, da formação cultural, moral e ética.

Um Barão medieval ou mesmo um príncipe da renascença tinham muitas pessoas a seus serviços. Tinham gente das mais diversas procedências e ocupações, até mesmo assassinos, mas estes, com raríssimas exceções, não faziam parte do séquito de seu senhor. Ficavam restritos aos seus covis.

Se observarmos melhor, todos nós temos uma anturragem, pois todos nós, uns mais outros menos, detemos alguma espécie de poder, o que cria em torno de nós um círculo de relações nas quais desenvolvemos nossas vidas.

Detalhados registros históricos nos dão conta que muitas vezes o senhor, o governante, passa facilmente do papel de manipulador de sua anturragem ao de manipulado por ela, por um grupo dentro dela ou por alguém dentre seus convivas.

Reis poderosos como Henrique VIII cometeram atrocidades motivadas por aqueles que o cercavam mais de perto. Henrique desterrou companheiros, mandou matar o seu melhor amigo e conselheiro, e inclusive, incensado por figuras de seu staff, mandou decapitar duas de suas mulheres.

Há um, porém! O poderoso ou o governante é no final das contas o único responsável por tudo aquilo que sua anturragem faz. Ele é o responsável direto pelas ações de quem o cerca, por todos os conselhos que ouve, principalmente pelos maus que aceita e até pelos bons que rejeita.

Vejamos o caso de Luís XVI e Maria Antonieta! A anturragem criou em volta deles um mundo restrito, embaçando sua visão de mundo. Não os deixavam ver além de seus umbrais. Minto. Na verdade eram o rei e a rainha da França que não queriam ver o que acontecia fora de seus portões. Por esse motivo acabaram sendo apartados de suas cabeças.

A anturragem diz muito sobre um líder. Uma análise das pessoas que gravitam em torno de alguém pode nos desenhar clara e facilmente um fiel retrato de seu vértice.

Quando era criança minha mãe sempre dizia: “Diz-me com quem andas que te direi quem és”. Ao que meu tio Stenio retrucava: “Toda regra tem exceção”.

Não serei aqui hipócrita ao ponto de desconhecer que precisamos ter em nossa anturragem algumas figuras das quais não temos lá muita satisfação em tê-los em nosso círculo de convivência. Não falo dos cães assassinos de César Bórgia, falo de uma cambada de bajuladores e capachos, falo da escória que todo líder parece precisar ter para que se sintam “amados”. Falo dos lacaios, alguns até de nível cultural elevado, às vezes bem mais elevado que do tal líder, mas que se diminuem por ter que lamber as botas de seu príncipe.

Não guardo maior rancor do rato que faz isso, fico mais indignado com o dono desses roedores. Poderia ter em torno de si animais menos pútridos.

Não há nenhuma espécie de poder, de qualquer tipo ou qualidade, que não atraia uma anturragem. Logo uma coisa que me parece fundamental, escolher cuidadosamente as pessoas que nos cercam.

Como já disse, todos nós precisamos de gente em nossa volta. Os mais poderosos, os líderes, precisam muito mais. Precisam de pessoas que exerçam as mais distintas funções. Qual governante vive sem um motorista, um secretário, um servente ou um garçom?

O que essa pessoa, detentora de uma relevância tem que saber é que não pode se deixar manipular por sua anturragem. O líder deve saber que os que estão bem próximos, à sua volta, desfrutam, pelo simples fato de estarem ali posicionados, de um poder incrível. A qualquer instante, através de um comentário “inocente”, um simples garçom pode passar uma informação inverídica ou propositalmente facciosa e transformar os aurículos do chefe em úteros envenenados. As consequência disso podem ser catastróficas.

Muita coisa errada nesse mundão de meu Deus já foi e continua sendo perpetrada dessa forma infame!

8

“Sua presença na Presidência tem igualdade de forças com a de Ulysses na Constituinte, diz Lula, sobre Sarney…

Lula com Sarney: reconhecimento histórico

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) dedicou boa parte do seu discurso, hoje, ao ser homenageado no Senado Federal, a reconhecer a importância do também ex-presidente José Sarney para a história político-democrática do país.

Reconhecendo o espírito democrático de Sarney, o líder petista lembrou sua serenidade para superar, mesmo as afrontas que sofria no Congresso.

– Quero colocar sua presença na Presidência (da República), no momento da Constituição, em igualdade de forças com o companheiro Ulysses (Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte), porque, em nenhum momento, mesmo quando o senhor era afrontado no Congresso, o senhor não levantou um único dedo para colocar qualquer dificuldade aos trabalhos da Constituinte, e certamente foi o trabalho mais extraordinário que o Congresso já viveu – disse Lula.

Em seu discurso, Lula mostrou temor pela negação da política e disse que esta negação é que pode levar a regimes autoritários.

– Não há nenhum momento da história, em nenhum lugar do mundo, que a negação da política tenha trazido algo melhor do que a política. O que aparece sempre quando se nega a política é um grupo praticando, na verdade, a ditadura – afirmou o líder petista.

Reconhecido pela principal liderança do PT, Sarney também foi homenageado no evento, com a Medalha Ulysses Guimarães, pelos 25 anos da Constituição.

 

6

Certo princípios não são privilégios da direita…

Em uma listagem feita pelo jornalista Robert Lobato, os princípios da Propaganda do regime nazista de Adolf Hitler, idealizadas por  Joseph Goebbels mostra que certos conceitos não são apenas usados por quem se declara politicamente de direita.

Mas também é muito usado por quem se declara de esquerda/comunista. E usam disfarçados pela capa de bons samaritanos, quando a maioria não passa de fundamentalistas tão cruéis quanto os conservadores da direita.

O mais conhecido princípio talvez seja o de que “uma Mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”.

E nos dias atuais, sobretudo na política, o ensinamento continua atuante. E muito.

1) Princípio de simplificação e do inimigo único. Adotar uma única ideia; um único símbolo; individualizar o adversário em um único inimigo.

2) Princípio do método de contágio. Reunir os adversários em uma só categoria ou indivíduo. Os adversários tem de constituir-se em suma individualizada.

3) Princípio da transposição. Atribuir ao adversário os próprios erros ou defeitos, respondendo o ataque com o ataque: “Se não podes negar as más notícias, inventa outras que as distraiam”.

4) Princípio do exagero e desfiguração. Converter qualquer anedota, por pequena que seja, em ameaça grave.

5) Princípio da vulgarização. “Toda propaganda deve ser popular, adotando seu nível ao menos inteligente dos indivíduos, aos que se dirige. Quanto maior seja a massa a convencer menor há de ser o esforço mental a fazer. A capacidade de entendimento das massas é limitada e sua compreensão rara; além do mais tem grande facilidade para esquecer.”

6) Principio de orquestração. “A propaganda deve limitar-se a um número pequeno de ideias e repetí-las incansavelmente, apresentando-as de diferentes perspectivas; mas sempre convergindo sobre o mesmo conceito. Sem ranhuras nem dúvidas”. Se uma mentira se repete suficientemente, acaba por converter-se em verdade.

7) Principio de renovação. Emitir constantementes informações e argumentos novos a um ritmo tal que, quando o adversário responda, o público está já interessado em outra coisa. As respostas do adversário nunca devem poder contrariar o nível crescente de acusações.

8) Principio da verossimilhança. Construir argumentos a partir de fontes diversas, através dos chamados balões de ensaios ou de informações fragmentadas.

9) Principio do silêncio. Calar sobre as questões das quais não se tem argumentos e encobrir as noticias que favorecem o adversário; também contra-programando com a ajuda de meios de comunicação afins.

10) Principio da transfusão. Por regra, a propaganda opera sempre a partir de um substrato preexistente, seja uma mitología nacional ou um complexo de ódios e prejuízos tradicionais. Se trata de difundir argumentos que possam se nutrir em atitudes primitivas.

9

Ao lembrar cassação de Jackson, Igor Lago revela bastidores do governo logo após a decisão do TSE…

Lembrando os quatro anos do julgamento, filho do ex-governador revela que foi proposto ao então presidente da Assembleia, Marcelo Tavares (PSB), uma ação de insubordinação à ordem jurídica: a idéia de Jackson, lembra o filho, era que Tavares assumisse o governo, impedindo Roseana de tomar posse. O resto da história já é conhecido. 

 

Jackson, minutos depois de o TSE ter decretado sua cassação

Em artigo divulgado hoje, lembrando os quatro anos de cassação do pai, Jackson Lago (PDT), o médico Igor Lago, revela os bastidores do Palácio dos Leões nas primeiras horas após a queda do ex-governador, em março de 2009.

Além de voltar à carga virulenta contra o grupo Sarney, Igor Lago ataca também os petistas, o governo Lula – a quem chama de o pior stablishment da história do país.

O filho de Jackson revela também uma articulação que faria do então presidente da Assembleia, Marcelo Tavares (PSB), governador a fórceps.

– Após discursar no pátio interno do Palácio, o governador reuniu-se com vários deputados estaduais, inclusive o então presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Tavares. O governador esperava uma atitude de coragem política, principalmente deste. Queria, conforme discutido anteriormente, que o presidente assumisse o governo e, com este ato, não houvesse a passagem direta do cargo para a candidata derrotada – revela Lago filho.

Marcelo Tavares preferiu dar posse a Roseana

Jackson foi cassado em julgamento no TSE que começou em 16 de abril e só terminou na madrugada do dia 17.

Segundo Igor Lago, a insubordinação de Marcelo Tavares era uma estratégia para ganhar tempo, para que a defesa pudessem entrar com ações judiciais no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a decisão do TSE.

Marcelo não aceitou a tarefa, deu posse a Roseana e passou a ser acusado de traidor por vários jackistas. Hoje, é um dos principais aliados do comunista Flávio Dino, antipatizado por Igor.

Numa ação já de desespero, o governador cassado decidiu permanecer no Palácio dos Leões, numa espécie de greve de fome.

– Infelizmente, restou ao governador cumprir com o seu último dever: o de chamar a atenção do país permanecendo no Palácio de Governo, como forma de protesto à decisão de um julgamento marcado por um viés político na mais alta corte eleitoral de nossa República – conta Igor Lago.

O curioso é a lembrança deste fato de bastidores quatro anos depois do ocorrido.

É como se Lago filho estivesse jogando a carga no deputado Marcelo Tavares.

Fatos da história…

Leia aqui a íntegra do artigo de Igor Lago

 

3

A história dos Bento no papado: Cinco renunciaram; um foi papa por três vezes…

Bento XVI, o último dos papa Benedict

Dos 16 papas com o codinome Bento – ou Benedict – nada menos que cinco renunciaram, foram assassinados ou obrigados a deixar o pontificado ao longo da história da Igreja Católica.

Os Bento representam mais de 20% dos 23 papas que renunciaram – ou foram obrigados a tal.

Entre os papa Bento, apenas Bento X e o mais recente, Bento XVI, renunciaram por convencimento próprio.

Bento X governou a igreja nos anos de 1058 e 1059. Bento XVI é o último papa, eleito em 2005, e que renunciou em 28 de fevereiro passado.

Bento V governou a igreja em 964, mas foi foi exilado pelo clero. Em 973 tomou posse Bento VI, que foi assassinado um ano depois.

Bento IX: papa por três vezes

Bento IX foi papa por três vezes.

Nascido Teofilato de Toscolum, da dinastia que já havia feito os papas João XIX e Bento VIII, seu primeiro papado, em 1032, foi comprado pelo pai, o conde Albericus de Toscolum, temido na região de Lázio, na Itália.

Foi deposto em 1044,  aos 22 anos, por causa da vida escandalosa que levava.

Um ano depois, Teofilato voltou a ser papa, mas foi obrigado a renunciar por corrupção.

Sucedido por Gregório VI e Clemente II, voltou ao pontificado pela terceira vez em 1047.

Renunciou menos de oito meses depois, e se exilou em um mosteiro, onde ficou até a morte, ainda jovem.

Como se vê, os papa Benedict têm história turbulenta com a Igreja Católica…

Fonte: historiador Josep Maria Martí Bonet; Agência Efe
7

Memória: Hugo Chávez no Maranhão…

hugochavez

Hugo Chávez, com Jackson, no Palácio dos Leões (imagem: Biaman Prado/O EstadoMaranhão)

Morto agora à tarde, vítima de câncer, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, esteve em São Luís em março de 2008.

A convite do então governador Jackson Lago (PDT), Chávez foi parte de um movimento político de reafirmação da política jackista, que se auto-intitulou balaiada, contra a retomada do Palácio dos Leões.

Hugo Chávez passou o dia inteiro em São Luís, acompanhado de uma gigantesca comitiva militar, que incluiu também o seu home de confiança, Nicolas Maduro, que deve subistiuí-lo no comando da revolução bolivariana na Venezuela.

A visita a Jackson não deu em nada, além dos discursos raivosos contra o imperialismo e contra o grupo Sarney.

Na época, Jackson anunciou um convênio na área da Educação – o “Si, se puede!” – que era, na verdade, uma repetição do Telensino implantado pela governadora Roseana Sarney (PMDB) em seu primeiro mandato (1995/1998) e muito criticado por Jackson e seus aliados.

Hugo Chávez transformou a Venezuela em uma espécie de nova Cuba – retratando os mesmos problemas sociais, a miséria e o controle absoluto das liberdades individuais e coletivas, da comunicação e da imprensa da ilha chefiada por Fidel Castro.

Há dois anos ele começou a sentir os probemas do câncer, contra o qual lutou até hoje.

Após ser cassado, em 2009, por crime eleitoral, Jackson Lago morreu em 2011, vítima da mesma doença.

Mas os dois entraram para a história política maranhense…