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MP entra com pedido contra suspensão de depoimentos do Caso Décio Sá

Regina Lúcia, procuradora-geral, afirma que com toda a certeza a defesa do caso Décio teve acesso a todos os autos.

De acordo com o Ministério Público Estadual, a defesa no julgamento do Caso Décio Sá não tem argumentos suficientes a ponto de suspender os depoimentos do caso.

Por isso o órgão entrou com um mandado de segurança em matéria penal com pedido de Liminar contra a decisão do desembargador Raimundo Nonato de Souza de suspender a instrução processual da ação que trata do assassinato do jornalista.

O documento é assinado pela procuradora-geral de justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, e foi distribuído ao desembargador Lourival Serejo, relator pelo Pleno do Tribunal de Justiça.

O Ministério considera incontestável que a defesa teve sim acesso amplo, irrestrito e prévio a todo conteúdo dos autos.

Como este blog havia dito (reveja aqui), uma certidão anexa ao processo mostra que a defesa de Ronaldo Henrique Santos Ribeiro passou a ter acesso aos autos do processo em 4 de setembro de 2012.

Tempo suficiente para elaborar com consistência a defesa. O que prova que o pedido de suspensão das oitivas nada mais é que uma jogada para auxiliar os réus no processo.

As provas do Ministério Público de que as justificativas da defesa para suspender o julgamento são inaceitáveis são inúmeras.

Segundo o MP, o argumento de falta de acesso às informações da quebra de sigilo telefônico também não procede. Em 9 de janeiro de 2013, a juíza da 1ª Vara  do Júri intimou os advogados dos envolvidos a tomarem ciência do teor das interceptações realizadas.

Além disso, em 23 de janeiro, o advogado Aldenor Cunha Rebouças Júnior esteve pessoalmente na secretaria da 1ª Vara, tendo se negado a receber as cópias das mídias existentes nos autos da ação penal, mas levou consigo cópia digitalizada do processo, fornecida pela própria secretaria judicial, bem como cópia impressa do despacho relativo ao teor das interceptações telefônicas.

A procuradora-geral do caso, Regina Lúcia, contesta toda a argumentação da defesa e afirma que esta teve todo acesso às informações necessárias para se preparar para o julgamento:

“Mencionada certidão, dotada de fé pública, demonstra ao mesmo tempo duas coisas: a primeira é que jamais foi negado ao advogado acesso a qualquer prova, sendo que o mesmo foi que se recusou a receber cópias das mídias acostadas; e depois, que lhe foi entregue cópia integral digitalizada dos autos, o que infirma completamente as suas alegações deduzidas no mencionado ‘habeas corpus’, de que não teria tido acesso às provas”, ressalta, no mandado de segurança, a procuradora-geral de justiça.

O MP acusa ainda a decisão do desembargador de permitir a suspensão do julgamento como desperdício de dinheiro público já que a audiência foi marcada com bastante antecedência e toda uma estrutura foi montada, bem como a transferência dos acusados, incluindo Johnatan que está preso em outro estado.

Ficou ainda mais clara, não só na visão deste blog, mas também na do Ministério Público, a adoção de manobras premeditadas e sincronizadas com o objetivo de atrasar o andamento do processo.

A decisão judicial de apoiar tais manobras custou caro, não só para os cofres públicos, mas também para aqueles que anseiam o quanto antes pelo esclarecimento e elucidação do caso.

 

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Justiça acolhe ação do MPMA contra João Castelo e seus ex-secretários municipais

castelopensaO ex-prefeito João Castelo e seus ex-secretários Domingos Brito (Urbanismo e Habitação) e Maria do Amparo Araújo (Planejamento) são alvos de um Ação Civil Pública por improbidade administrativa.

A ação foi proposta pelas 22ª e 23ª Promotorias de Justiça Especializadas na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, foi aceita pela 5ª Vara da Fazenda Pública.

A ação civil pública é resultado da apuração de irregularidades cometidas pela comissão formada para atualizar a Planta de Valores Imobiliários Genéricos de São Luís, no final de 2010.

Nas investigações, o Ministério Público verificou uma série de problemas, desde a composição da comissão, instituída por decreto do prefeito João Castelo.

 Foram designados para a comissão 12 pessoas ligadas a órgãos municipais e apenas seis representantes da sociedade civil. De acordo com a regra para composição de entidades que deliberem sobre questões relevantes para toda a sociedade, a composição deveria ser paritária.

A própria convocação da comissão demonstra a intenção de que ela tivesse uma ação reduzida. A convocação às diversas entidades foi enviada em 4 de novembro de 2010, com a nomeação dos indicados em 10 de novembro.

Já no dia seguinte, 11 de novembro, foi realizada a reunião que aprovou a validação da Planta de Valores Genéricos (PVG). Não houve, portanto, tempo para que a comissão pudesse discutir e elaborar o documento.

 A ata da reunião de 11 de novembro deixa claro que a comissão não participou ativamente da elaboração da PVG, como seria sua função.

No documento, demonstra-se que o responsável pela empresa Aerocarta Engenharia de Aerolevantamento fez uma explanação da Planta Genérica de Valores “na qual mostrou a metodologia empregada para a elaboração da PVG conforme normas de avaliação vigentes”.

A Aerocarta foi contratada pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento, em 3 de março de 2010, pelo valor de R$ 15.264.967,00. A primeira cláusula do contrato afirma que o objeto do contrato era, entre outros, a elaboração da Planta de Valores Genéricos de São Luís.

 “A comissão não teve como acompanhar os trabalhos desenvolvidos pela Aerocarta, apenas teve conhecimento da execução por ocasião da reunião no dia 11 de novembro de 2010. Ou seja, restou comprovada sua atuação inexistente nesse processo de acompanhamento de construção ou elaboração da ‘Planta de Valores Imobiliários”, afirmam, na ação, os promotores de justiça Marcos Valentim Pinheiro Paixão e João Leonardo Sousa Pires Leal.

 A própria aprovação do documento é controversa. Embora a ata da reunião, lavrada pelo então secretário Domingos Brito, afirme que a comissão aprovou “por unanimidade a validação da Planta de Valores Genéricos – PGV pela Prefeitura Municipal de São Luís”, a informação é questionada por participantes da própria comissão.

Entre os depoimentos colhidos pelo Ministério Público, há relatos de membros que desconheciam, inclusive, que foram nomeados para a comissão.

De acordo com os promotores de justiça, foram afrontados os princípios da legalidade, e da moralidade administrativa, além de minimizar a participação popular e de entidades da sociedade civil no processo.

Se condenados por improbidade administrativa, João Castelo Ribeiro Gonçalves, Domingos José Soares de Brito e Maria do Amparo Araújo Melo estarão sujeitos ao  ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa de até cem vezes o valor da remuneração à época e proibição de contratar ou receber qualquer benefício do Poder Público pelo prazo de três anos.

 A situação dos acusados é gravíssima.

*Com informações do MP-MA

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MP faz intervenção para garantir calendário escolar

E-D Paulo Avelar, Alan Kardec e Rose Sales

Paulo Avelar, Allan Kardec e Rose Sales

O calendário escolar da rede de ensino de São Luís ficou definido para começar no dia 25 de fevereiro. A definição ocorreu entre o sindicato dos professores e o secretário municipal de educação, Allan Kardec. O Ministério Público estadual interviu a reunião para a garantia do cumprimento da decisão.

Allan Kardec, secretário municipal de Educação, afirmou que será assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Prefeitura, Ministério Público e Sindicato.

A medida prevê o cumprimento do ano letivo e faz parte do plano de ações estratégicos de 120 dias da gestão de Edivaldo Holanda Júnior.

As escolas da rede municipal terão 30 dias de recesso para que sejam realizadas as matrículas para o ano letivo subsequente. Posteriormente a Secretaria Municipal de Educação (Semed) divulgará o calendário e disponibilidade de vagas para as escolas em 2013.

*Com informações da prefeitura e do MP

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MP vai investigar salários atrasados dos servidores municipais

E-D - Regina Rocha, Marcos Braid, Domerval Moreno e Justino Guimaraes

Representantes do MP e da prefietura em reunião

O Ministério Público do Maranhão irá investigar atos de improbidade administrativa no município de São Luís.

A ação foi designada, em portaria editada, nesta quinta-feira (10), pela procuradora-geral de justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha.

A portaria indica uma comissão especial de promotores de justiça para apurar a questão do não pagamento dos salários dos servidores municipais de São Luís, referentes ao mês de dezembro do ano passado.

O grupo é formado pelos promotores:

– Justino da Silva Guimarães, da 6ª Promotoria Criminal, que está respondendo pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa e preside a comissão;

– Valdenir Cavalcante Lima, da 15ª Promotoria de Justiça Cível, respondendo pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa;

– Danilo José de Castro Ferreira, da 28ª Promotoria de Justiça Cível, e ainda pelo promotor João Leonardo Pires Leal, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.

Para auxiliar a comissão na apuração dos fatos, a procuradora-geral designou, também, os promotores de justiça Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues e Gladston Fernandes de Araújo, que integram o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e os servidores da Assessoria Técnica da Procuradoria Geral de Justiça.

Os membros da comissão irão investigar denúncias veiculadas na imprensa sobre supostos desvios de recursos públicos na Prefeitura de São Luís que teriam resultado no não pagamento dos salários.

Além disso, a comissão irá interpor as medidas judiciais cabíveis para reparar os danos sofridos pelo funcionalismo público, pela administração pública e por toda a sociedade.

* Com informações da assessoria do MP/MA

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Flávio Dino tem razão…

Apesar de só ter exposto seu pensamento por questões pessoais – sem nunca antes ter levantado este debate público – a posição do ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB) sobre as atribuições do Ministério Público é lúcida em toda a sua essência.

O Parquet tem hoje no Brasil um poder desproporcional a todas as demais instituições, órgãos e forças que atuam na área do Direito no país.

– Uma ameaça aos direitos dos cidadãos, como bem definiu o próprio Flávio Dino.

O poder de procuradores e pomotores – federais e estaduais – é tão desproporcional, que até as tentativas de impor limites são rechaçadas com força desproporcional pelas associações que congregam a classe.

E chegam s impor medo em legisladores, operadores do Direito e imprensa.

Flávio Dino não citou isso em seu desabafo no twitter, mas é do deputado federal maranhense Lourival Mendes (PTdoB) a proposta que tramita na Câmara dos Deputados tentando corrigir a deturpação criada no MP pela Constituição de 88.

A nova lei estabelece, em linhas gerais, que caberá a procuradores e promotores acompanhar inquéritos, depoimentos, investigações e processos, dar parecer e emitir opinião sobre decisões.

Mas devolve exclusivamente às polícias, que são preparadas para isso, o poder de investigação, hoje também – e equivocadamente – uma das atribuições do MP.

A lei de Lourival Mendes – que parece agora ter o importante apoio de Flávio Dino – um ex-juiz federal, que te também um irmão procurador – visa corrigir as distorções e botar cada um no seu devido lugar.

Para evitar que sofrimentos como o do próprio Dino tornem a acontecer…

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Prefeito e vereador de Buriticupu sofrem ação do MPE

Parece que as coisas não andam bem pelo município de Buriticupu, no Maranhão. Além da secretaria de finanças do município ter sido incendiada (reveja aqui) o atual prefeito e vereador sofrem ação do Ministério Público Estadual.

O MPE requer que seja inelegível por oito anos a candidatura do atual prefeito de Buriticupu, Antônio Marcos de Oliveira ou “Primo” e do vereador José Mansueto de Oliveira.

A ação foi do promotor de justiça da 95ª Zona Eleitoral, Gustavo de Oliveira Bueno e baseia-se em diversas denúncias de abuso de poder contra Primo e Mansueto durante o período eleitoral.

José Mansueto foi o candidato apoiado pelo atual gestor para a prefeitura municipal. Entre as condutas praticadas estão a contratação, demissão e transferência irregular de servidores, além da coação moral daqueles que não apoiavam o candidato da situação.

Outro ato citado pelo representante do Ministério Público é o Decreto n° 012/2012, que reduziu o horário de funcionamento de órgãos municipais no período de 6 de julho a 5 de outubro a apenas meio período. O objetivo seria liberar os servidores municipais do trabalho para a campanha de José Mansueto.

As contratações irregulares desde o início de 2012 ultrapassaram a marca de 200 servidores, com crescimento acentuado nos meses próximos às eleições municipais. De acordo com documento encaminhado pela Câmara de Vereadores, não houve nenhuma lei municipal aprovando a contratação de servidores. Para o promotor Gustavo Bueno, essa prática configura abuso de poder político e econômico.

Também foram várias as denúncias levadas à promotoria a respeito de demissões ou transferências realizadas no período de três meses que antecederam as eleições, o que é proibido pela Lei n° 9.504/97. A prática foi assumida pelo próprio prefeito Antonio Marcos de Oliveira em programa de rádio, no qual ele afirmou: “posso demitir e vou demitir todos os 15 da prefeitura. Aonde tiver vão estar na rua”. O prefeito referia-se aos apoiadores da coligação adversária, cujo número do candidato era 15.

Foi apurado, ainda, pelo Ministério Público que vários servidores foram coagidos a votar e apoiar a candidatura de José Mansueto. Uma gravação mostra, inclusive, que houve uma reunião na casa do prefeito na qual ele pessoalmente estava obrigando os servidores a votarem no seu candidato. Durante a campanha, quem fosse visto com bandeiras, roupas ou em qualquer ato da coligação oposta estava sujeito a represálias, incluindo a perda do emprego.

“Tais práticas ilegais por parte dos investigados exerceram fundamental importância sobre a liberdade do voto dos eleitores, bem como influenciaram no equilíbrio e normalidade do pleito”, observou o promotor Gustavo Bueno.

Além dessas acusações, a polícia ainda investiga o atual prefeito por ser o responsável pelo incêndio ocorrido na secretaria de finanças do município. Primo também foi condenado a 2 anos de detenção em regime inicialmente aberto e ao pagamento de multa de R$ 28.053,60 por influenciar resultado de processo licitatório em favor da Stac Engenharia Ltda (leia mais aqui e aqui).

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Oremos? Igreja Universal é condenada por contrato de PM’s particulares

Um Igreja Universal do Reino de Deus em São Luís foi condenada por utilizar, de forma indevida, mão de obra treinada e aparelhada pelo Estado em benefício próprio. A igreja havia contratado vários policiais militares para prestar serviços de segurança privada e transporte de valores, o que motivou ao Ministério Público Estadual mover uma ação contra a igreja.

A 4ª Vara do Trabalho da capital reconheceu a conduta irregular da Igreja, pois os policiais cumpriam tarefas em horários em que deveriam estar em descanso. Outro direitos não foram respeitados como anotação em carteira de trabalho, o que resultou em sonegação de recolhimento de FGTS e Previdência Social, além de ausência de férias e de pagamento de 13º salário.

De acordo com a juíza do trabalho responsável pela sentença, Ângela Cristina Mota Luna, a irregularidade da igreja prejudicou não somente os policiais em questão, mas toda a população de São Luís por desvirtuar o serviço de segurança pública. A igreja foi condenada a pagar 80 mil reais por danos morais e coletivos.

 

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Altemar Lima garante que não houve ato ilegal

Por Aline Alencar

O ex-secretário de educação, da gestão do também ex-prefeito Tadeu Palácio, Altemar Lima, também desmentiu a este blog as acusações feitas pelo Ministério Público Federal a e ele e a Tadeu Palácio em novembro deste ano por desvio de recursos do FNDE (reveja aqui). Na ocasião, Tadeu deu a sua versão dos fatos garantindo também que, de sua parte quando gestor municipal, não houve crime.

Agora, Altemar também assegura que não houve qualquer ato ilegal cometido por ele durante sua permanência como gestor da Secretaria Municipal de Educação de São Luís (Semed), cargo que ocupou entre junho e dezembro de 2008. Ele alega situação irregular das escolas para as quais os recursos não foram passados e inadimplência com a Secretaria da Fazenda:

“A razão pela qual a Semed não pôde repassar algumas parcelas dos recursos referentes aos programas de alimentação escolar (PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, PNAP – Programa Nacional de Alimentação Escolar Pré-Escolar e PNAC – Programa Nacional de Alimentação Escolar para Creche) às entidades listadas na ação foi devida exclusivamente à situação irregular dessas, inadimplentes à época com a Secretaria Municipal de Fazenda”, assegurou.

Segundo o ex-secretário, os recursos não repassados às entidades em 2008 foram reprogramados para o ano seguinte. Os valores referentes às entidades que permaneceram em situação irregular continuam depositados na conta bancária do convênio. Altemar Lima afirma que deixou o cargo na Semed em 31 de dezembro de 2008, portanto a devolução ou não dos recursos não utilizados em 2009 é de inteira responsabilidade da gestão que o sucedeu.

Lima, assim como Palácio, também alegou falta de tempo para reunir documentos suficientes e atestar sua inocência perante o MPF, mas já reuniu a documentação necessária para a sua defesa (veja alguns destes documentos abaixo). Altemar Lima também lamentou que o ex-prefeito Tadeu Palácio tenha lhe atribuído à responsabilidade do caso.

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Tadeu Palácio esclarece ação movida pelo MPF

Por Aline Alencar

Durante esta semana, foi divulgada uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) contra o ex-prefeito de São Luís, Tadeu Palácio (PP), e o ex-secretário de Educação de São Luís e atual vereador do município de Alto Alegre do Pindaré (MA), Altemar Lima de Sousa.

Na ação consta que não foi repassado para entidades filantrópicas verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Quanto a acusação o ex-prefeito de São Luís declarou, com exclusividade a este blog, que está ciente de que a responsabilidade do fato não é sua, mas sim do ex-secretário, o qual, segundo Tadeu, era o único responsável pelos tramites necessários para o repasse.

– O convênio foi assinado por mim na época, mas o desenrolar de todo o tramite para o repasse era feito pelo secretário. Assim que recebi a notificação do Ministério Público, entrei em contato com o meu advogado para reunir a papelada necessária que prova o que estou falando – afirma.

Palácio ainda afirma que a ação deve ser pelo fato da ausência de alguns documentos que provam a total responsabilidade do secretário nos repasses dos recursos.

– Desde que deixei a prefeitura de São Luís, tivemos algumas dificuldades em resgatar alguns documentos em virtude da burocracia existente na atual gestão – explica.

– Assim que reunir os documentos ficará provado que só o que fiz foi prezar por uma educação de qualidade enquanto fui prefeito e não o contrário – concluiu.

Na ação o MPF requer a condenação de Tadeu Palácio e Altemar Lima a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, restituição ao erário dos valores e multa.

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MP denuncia prefeitos de Senador La Roque e Bacabal

O Ministério Público do Maranhão entrou com denúncias, nesta terça-feira (27), contra o prefeito de Bacabal, Raimundo Nonato Lisboa e contra o prefeito de Senador La Roque, João Alves Alencar.

As denúncias foram recebidas pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão. Na mesma sessão, o MP acusou Alencar de apresentar as contas do exercício 2011 ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) no prazo estabelecido em lei, o que no entendimento da instituição configura grave delito.

Lisboa, por sua vez, foi acusado, por servidores contratados irregularmente em ação na Vara do Trabalho de Bacabal, de contratar servidores públicos sem prévio concurso público entre os anos de 2005 e 2007, para os cargos de técnico de enfermagem, professor e técnico ortopedista.

O relator dos dois processos foi o desembargador Bayma Araújo, que ao apresentar voto pelo recebimento das denúncias foi acompanhado pelos desembargadores Raimundo Melo e Cleonice Freire.