12

Insatisfeitos…

Ninguém vai mostrar publicamente ou dar declarações comprometedoras – afinal, o governo ainda nem começou -, mas já é grande a lista de descontentes com a montagem do secretariado pelo governador eleito Flávio Dino.

E a lista tem nomes e sobrenomes: os deputados federais derrotados Simplício Araújo e Domingos Dutra (SDD), os estaduais que mudaram de lado na reta final da campanha – e perderam a eleição – como Camilo Figueiredo (PSD), Marcos Caldas (PRB) e Hélio http://www.montarumnegocio.com/wp-content/uploads/2013/01/clientes-insatisfeitos-na-empresa.jpg?5963f8Soares (PMDB), o senador eleito Roberto Rocha (PSB), a deputada federal mais votada Eliziane Gama (PPS) e os líderes partidários Weverton Rocha (PDT) e Waldir Maranhão (PP).

Eles reclamam não estarem sendo atendidos em suas indicações para o futuro governo.

Flávio Dino tem usado critérios pessoais para montar seu governo, nomeando gente com ligações pessoais a ele próprio.

Nem mesmo os nomes ligados ao PCdoB, como Márcio Jerry (Articulação Política), Jefferson Portela (Segurança), Clayton Noleto (Infraestrutura) e Joslene Rodrigues (chefe de Gabinete) foram nomeados por indicação partidária, mas pela ligação pessoal com o próprio governador eleito.

Além de Flávio Dino, apenas o deputado estadual eleito Humberto Coutinho (PDT) conseguiu ocupar espaços no futuro governo.

Além de ser o preferido de Dino para a presidência da Assembleia Legislativa, Coutinho emplacou no governo a chefe do Cerimonial
Telma Moura e a titular da Secretaria de Cidades, Flávia Moreira.

A postura do governador, de decidir por si só as indicações e exercer abertamente o poder de veto que detém, tem incomodado os aliados, mas garante a ele o poder absoluto sobre o próprio governo, para o bem ou para o mal.

E como ninguém mostra-se com coragem suficiente para peitar o futuro chefe do Executivo neste momento de lua-de-mel com o eleitorado, vão ter que “engolir” o choro” até o momento mais propício.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog

10

Diretora da CEF vai comandar Secid no governo Flávio Dino…

flaiaA funcionária da Caixa Econômica Federal Flávia Alexandrina Coelho Almeida Moreira  será a secretária de Cidades no futuro governo Flávio Dino (PCdoB).

A nova secretária foi anunciada pelo governador eleito no início desta manhã.

Pouco conhecida nos meios políticos tradicionais, a indicação de Alexandrina é uma surpresa, embora tenha forte presença nos debates habitacionais no estado.

Como diretora da Caixa, a nova secretária coordenou programa do banco para fomentação de projetos de moradia em todo o Maranhão. E terá o desafio de cumprir a meta de campanha de Flávio Dino: diminuir o déficit habitacional no Maranhão.

Formada em Ciências Contáveis pela Ufma, com Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas, Flávia Alexandrina é a primeira mulher no primeiro escalão do futuro governo.

0

Divisão por três…

http://www.blogsoestado.com/zecasoares/files/2013/02/hildo.jpg

Hildo Rocha terá postura definida

Três blocos distintos formarão a bancada federal maranhense a partir de fevereiro de 2015, quando tomam posse o novo senador e os deputados federais eleitos em outubro.

No primeiro grupo, que deve , estarão os deputados federais eleitos pelos partidos que comporão a futura oposição no estado, como Hildo Rocha (PMDB), Sarney Filho (PV), Aluísio Mendes (PSDC), Alberto Filho (PMDB),Victor Mendes (PV), João Marcelo Sousa (PMDB) e Júnior Marreca (PEN).

No outro lado, comporão a bancada os chamados dinistas, eleitos pela coligação do governador eleito Flávo Dino (PCdoB): José Reinaldo Tavares (PSB), Rubens Pereira Júnior (PcdoB), Waldir Maranhão (PP), Weverton Rocha (PDT), que pode ter eventualmente a presença também do petista Zé Carlos da Caixa.

http://blog.jornalpequeno.com.br/raimundogarrone/files/2014/08/rubens-j%C3%BAnior.jpg

Rubens Júnior: vinculado ao futuro governo

No terceiro bloco formarão os independentes – parlamentares que, embora eleitos por um grupo ou por outro – tomarão posições mais pessoais, não levando muito em consideração a orientação de A ou de B.

Estão neste grupo os reeleitos Pedro Fernandes (PTB) e Cléber Verde, e os eleitos João Castelo (PSDB), André Fufuca (PEN), Juscelino Filho (PRP) e Eliziane Gama (PPS).

Além deles, haverá o senador Roberto Rocha (PSB), primeiro eleito pela chamada oposição na história do Maranhão.

Mas Rocha também adotará postura independente, apesar da eleição pela chapa do governador Flávio Dino.

É aguardar e conferir…

 

Publicado na coluna EstadoMaior de 02/10/14, com ilustração do blog

2

A eleição de 2016 e a formatação do governo Flávio Dino…

Por Robert Lobato

Escrevo este post de uma lanhouse, no centro de São Luis, que não oferece lá muito conforto e condições para digitar (teclado horrível). Mas farei um esforço para ser entendido, ainda que tenha que voltar ao tema assim que a internet do escritório do Blog do Robert Lobato estiver “no “jeito”. Vamos lá.

O governador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), está anunciando o seu secretariado de dino1acordo com as contradições já vindas e vistas desde a montagem da coligação “Todos Pelo Maranhão”, que tinha um pouco de tudo: comunistas, petistas, tucanos, ex-sarneysistas etc.

De uma forma em geral, desculpa meu amigo Joaquim Haickel, que está a cada dia mais fascinado pelo novo governo, a equipe não tem, até aqui, nada de muito extraordinário ou mesmo de grandes novidades.

Pelo contrário: tira um deputado estadual aqui, coloca outro ali; chama um amigo para cá, bota outro chegado acolá… E assim o governador eleito vai formatando o seu governo.

Contudo, a intenção deste post não é avaliar os nomes indicados por Flávio Dino, isso será feito mais lá na frente, quando completarem os famosos primeiros cem dias de governo.

O que interessa aqui e agora é fazer um breve análise das indicações à luz das eleições municipais de 2016, não somente em São Luis, mas também em Imperatriz.

São Luis – No que diz respeito a São Luis, Flávio Dino tem candidato e atende pelo nome Edivaldo Holanda Júnior, ao menos até esta data de 31 de outubro de 2014. Assim:

É mais do que certa a filiação de Edivaldo Junior no PDT, podendo ter um nome do PT na vaga de vice, desde que o petista seja alguém ligado ao dinismo. Mas esta “condicionante” (ser dinista) pode mudar até 2016. Aguardemos.

Ao ‘nomear’ dois potenciais candidatos a prefeito de São Luis para o posto de secretário de Estado, Bira do Pindaré (Ciência e Tecnologia) e Neto Evangelista (Desenvolvimento Social) Flávio Dino não está, necessariamente, tirando-os do meio do caminho da reeleição de Edivaldinho, mas tão somente os embalando até a última hora, tal como aconteceu na época do consórcio de candidatos a prefeito em 2012 (Edivaldo, Roberto Rocha, Tadeu Palácio, Eliziane Gama), lembram? Pois é.

Só que agora há uma Eliziane Gama vitaminada com quase 80 mil votos na capital que, dizendo ela, não abrirá da candidatura de prefeita nem para um Palácio dos Leões lotado de argumentos para que desista. Aliás, Gama perdeu a Secretaria de Ciência e Tecnologia justamente por isso. Aguardemos.

Imperatriz – Na cidade de Imperatriz, o nosso querido governador eleito já tem seu candidato para a sucessão do complicadíssimo prefeito Sebastião Madeira (PSDB). Trata-se do Professor Marco Aurélio.

Eleito deputado estadual, o professor e vereador Marco Aurélio (PCdoB) é nome de Dino para prefeito de Imperatriz em 2016. E mais: com o apoio do prefeito Madeira, que sonha em ser candidato do grupo dinista a uma das duas de senador da República em 2018.

Só que essa é uma história contarei em outra postagem (os créditos aqui na lanhouse estão terminando).

Até a próxima…

4

Governo e negócios…

De O Estado Maranhão

As indicações para o secretariado do futuro governo Flávio Dino (PCdoB) começam a dar um perfil do que será a nova administração estadual. O grande número de empresários como auxiliares de Dino gera preocupação e expectativa em relação ao foco do governo.

E os empresários – ou indicados por empresários – estão nos principais postos.

Para a Saúde, o médico sanitarista Marcos Pacheco teve indicação chancelada por setores dos cursos particulares de Medicina e por empresas da área de Educação.

Já o secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto, empresário do ramo de representação comercial, foi avalizado pelo presidente do PCdoB, e futuro secretário de Articulação Política, Márcio Jerry.

E se for confirmada a indicação do pecuarista Márcio Honaiser para a Educação, será mais um empresário no primeiro escalão do governo Dino.

Ligado ao PDT, Honaiser, além de pecuarista, é empresário do ramo da Educação Superior, na região sul do estado.
Especula-se ainda indicações para o Detran de ninguém menos que o também pecuarista Dedé Macêdo, um dos principais financiadores da campanha do governador eleito, e atuante também no ramo hoteleiro.

A base empresarial do futuro governo marca, portanto, presença forte nos principais postos do primeiro escalão.

Publicado na coluna Estado Maior

18

Falta de diploma barra postulantes ao novo governo…

http://colunas.imirante.com/platb/files/228/2009/04/camilo-figueiredo.jpg

Camilo: faltou o diploma

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) criou uma espécie de barreira técnica para minimizar a pressão de aliados por cargos no primeiro escalão do futuro governo.

Está exigindo dos indicados, pelo menos, o nível de mestrado acadêmico.

Trata-se, na verdade, de uma forma de afastar os indesejáveis, já que o critério não servirá para todos.

http://louremar.com.br/cms/images/destaques/a3e52dcfa8e1935ffbaf81514f2c1150.jpg

Rubão: só no 2º escalão

Mas já tirou do páreo gente como o ex-deputado Rubens Pereira – pai do federal eleito Rubens Pereira Júnior (PCdoB) – e os deputado derrotado Camilo Figueiredo (PSD), que só têm o Ensino Médio- ou, no caso deles, antigo Segundo Grau.

Obviamente que no grupo de Dino não tem tanta gente com qualificação tão alta, preparado para o exercício do poder e disponível para atuar no governo.

Por isso, deverá haver flexibilidade em alguns casos.

Sobretudo por que, quem ele não quer, já está ciente de que não poderá assumir.

É simples assim…

12

O projeto de 20 anos de Holandinha e Flávio Dino…

Dino e Holandinha

Dino e seu pupilo: o objetivo é poder por, no mínimo, 20 anos…

Com seus laranjas – Ednaldo Neves (PRTB), por exemplo – e seus agentes infiltrados, como José Reinaldo Tavares (PSDB), o candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e seu padrinho, Flávio Dino (PCdoB), já definiram o mapa de poder que pretendem ocupar no Maranhão nos próximos 20 anos.

Tudo começa com as eleições de 2012 em São Luís.

Eleito prefeito, Holandinha criaria as bases – financeiras e políticas – para garantir a eleição de Flávio Dino para o Governo do Estado, em 2014. Depois, o próprio Holandinha buscaria sua reeleição de prefeito, garantindo também mais um mandato de governador a Dino.

Em 2022, seria o próprio Holandinha a suceder Flávio no governo, após ter elegido o sucessor em São Luís, nas eleições de 2020.

Tanto Flávio quanto Holandinha conversam abertamente sobre o projeto com os aliados mais próximos.

A dupla pensa ficar no poder estadual até, pelo menos, 2030 – comandando o Maranhão por quase 20 anos.

Uma oligarquia em todos o sentidos, exatamente o que Dino diz combater hoje.

Num ciclo que se repetirá em nome do poder – apenas o poder.

Só falta combinar com o eleitor…

Texto publicado originalmente em 18/09/2012
4

Flávio Dino e os seus…

Figuras como Raimundo Cutrim, Simplício Araújo, Waldir Maranhão e Domingos Dutra – ou adesistas como Marcos Caldas, Camilo Figueiredo e Hélio Soares – ficam de fora do projeto comunista, formatado para manter apenas o chefe e os antigos aliados no poder

 

Quem observa com mais atenção as indicações do governador eleito Flávio Dino para o seu secretariado, percebe claramente que nos círculos de poder comunista não há espaço para apoiadores indesejáveis ou aliados de última hora.

Flávio-Dino-e-Márcio-Jerry-e1414701685934

Com Jerry: ninguém é mais forte que ele

Está cada vez mais claro que Flávio Dino exerce o poder com os seus e para os seus.

Os indicados para o secretariado, até agora, compõem exatamente os círculos de relações mais próximas do governador eleito e aqueles com os quais ele mantém relação afetiva.

Cita-se, por exemplo – e pela ordem de proximidade com o chefe –  os indicados Márcio Jerry, Chico Gonçalves, Bira do Pindaré, Jefferson Portela, Rodrigo Lago, Clayton Noleto e Marcelo Tavares.

chico-gonçalves

Com Gonçalves a relação é antiga e respeitosa

Dino, desde sempre, nutriu antipatia pelo estilo dos deputados Simplício Araújo (SDD), Waldir Maranhão (PP) e Domingos Dutra (PT).

Nenhum deles, portanto, parece ter chances de assumir postos de importância no primeiro escalão do governo dinista.

O governador eleito vai fechando cada porta de interesses dessas figuras.

Até a nomeação de Neto Evangelista (PSDB) visou proteger um aliado, Chico Leitoa (PDT), dando ao seu sobrinho, Rafael, vaga na Assembleia Legislativa.

Os adesistas também parecem não merecer atenção do comunista.

http://blogdoronaldorocha.com.br/wp-content/uploads/2013/06/marcelo-e-flavio-dino-250609.jpg

Tavares: respeito e admiração

Sejam os antigos, como o deputado Raimundo Cutrim, sejam os de última hora, como  os colegas dele Marcos Caldas (PRB), Camilo Figueiredo (PSD) e Hélio Soares (PMDB).

Tanto estes quanto os que já se movimentam nos pós-eleição são vistos como meros “oportunistas do poder”, pra usar uma expressão dos próprios dinistas.

Cutrim transferiu-se para o PCdoB ainda em 2013, após conflito de interesses com o então secretário de Segurança, Aluísio Mendes.

Apostou que, entre os comunistas, teria espaço na Segurança Pública. Não teve.

dinoebira

Bira: ouro amigo do peito

Marcos Caldas, Hélio Soares e Camilo Figueiredo tomaram decisões precipitadas, tentando salvar o mandato na Assembleia.

Aderiram sem necessidade e estão agora na fila de espera dos possíveis agraciados com cargos ou espaços de poder no futuro governo.

Quem conhece o governador eleito desde as suas origens políticas, sabe do tipo de liderança que ele é:  espaçoso e generoso em larga medida com os que o agradam. Mas rancoroso, vingativo e  impiedoso na mesma medida com quem ele não nutre simpatia.

Quem aderiu por interesses ou faz gracejos para se proteger, portanto, tem que ter consciência disto.

Por que sempre estarão no rabo da fila…

2

Imagem do dia: 2016 já começou para Dino…

https://marcoaureliodeca.com.br/wp-content/uploads/2011/12/flavio-dino-e-bira.jpg

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) acabou de tirar dois possíveis adversários do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) do jogo da sucessão de 2016. Ao nomear Neto Evangelista (PSDB) e Bira do Pindaré (PSB) para seu secretariado, Dino mostra a Holandinha que fará sua parte pela sua reeleição. caberá ao prefeito fazer a dele.

Em tempo: há um compromisso dos secretários do novo governo para que nenhum deles dispute as eleições municipais.