Marco Aurélio D'Eça

A oposição maranhense ainda não se acostumou com a possibilidade de não ter um Sarney na disputa majoritária de outubro.

Faltando um dia para o fim do prazo de desincompatibilização, membros de PDT, PSB, PCdoB, PPS e PSDB ainda se mostram atordoados com a decisão da governadora Roseana Sarney (PMDB) de ficar no cargo.

Parecem estar órfãos da situação, sem saber muito como agir.

Na Assembleia, nas redes sociais e nos bastidores da política o assunto é um só: e nenhum membro da oposição cogita a ideia de Roseana fora do pleito.

Inseguros quanto ao próprio futuro político, acham tratar-se apenas de uma estratégia roseanista, que será revelada na última hora.

Enganam-se.

Apesar dos apelos dos aliados pela sua candidatura – intensificados nos últimos dias – a decisão da governadora já está tomada: e é a de não mais disputar eleições.

Sofram ou não os oposicionistas…

Luis despede-se dos auxiliares na Sinfra: agora é se preparar para a batalha

O pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado, Luis Fernando Silva, despediu-se ontem de sua equipe na Secretaria de Infraestrutura.

Em seu lugar, ficará seu adjunto e homem de confiança, José Raimundo Ribeiro, engenheiro com amplo conhecimento do programa rodoviário implantado pelo ex-secretário.

O secretário, quando anunciado como o nome do grupo: pouco tempo, mas suficiente para ele se viabilizar

Apresentado como pré-candidato apenas em julho do ano passado –  e após mais de três anos de especulações segundo as quais o candidato poderia ser outro membro do grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) – Luis Fernando teve apenas seis meses para se viabilizar como alternativa, diante de um Flávio Dino (PCdoB) já em campanha desde 2010.

Mesmo assim, o ex-prefeito de São José Ribamar arregaçou as mangas e, com a cara, a coragem e o currículo que tem como gestor público – conseguiu chegar a 2014 como candidato competitivo.

Em pouco tempo, tornou-se conhecido não só da classe política, como da própria população, que faz a referência automática à sua gestão em São José de Ribamar.

Um cacife eleitoral e tanto, construído pessoalmente em tempo recorde.

O patamar de intenção de votos que registra hoje – não menos que 20% – é fruto do trabalho pessoal do próprio Luis Fernando, que arregaçou as mangas e foi à luta, conversando com prefeitos, lideranças políticas do interior, e atraindo, com sua capacidade e competência, até importantes peças da oposição.

O pré-candidato, em articulações no interior: apoio de importantes lideranças da oposição

Luis Fernando terá agora pelo menos dois meses de expectativa – abril e maio – até chegar a data das convenções partidárias, quando será oficializado pelo grupo como candidato a governador.

Até lá, a missão é do próprio grupo da governadora Roseana Sarney – ela própria, seus senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos e lideranças políticas de São Luís e do interior.

Caberá a este pessoal manter o nível da pré-campanha realizada até agora por Luis Fernando, no braço, diga-se de passagem; e mostrar a força política do grupo, ampliando o seu nível de competitividade.

Por que ele está pronto para a batalha…

José Sarney com Arnaldo Melo e Roseana: o senador está entre os dois

O senador, ex-presidente da República e ex-presidente do Congresso Nacional, José Sarney, desembarcou ontem em São Luís.

Poderia ser mais uma viagem de rotina do político de influência nacional à sua terra. A data relevante para o futuro eleitoral do seu grupo, no entanto, torna a chegada de Sarney em mais um lance das articulações da pré-campanha no Maranhão.

Sarney, como se sabe, é o principal defensor da tese segundo a qual a governadora Roseana Sarney (PMDB) deve sair  candidata ao Senado nas eleições de outubro.

Ela, no entanto, já disse ao pai e aos aliados não ter interesse algum na candidatura, mas poderia encarar mais esta disputa, caso fossem criadas as condições para que ela deixe o governo. E quais sejam? a garantia de que o ex-titular da Sinfra, Luis Fernando Silva (PMDB), fosse escolhido governador indireto.

O prazo para que Roseana deixe o governo e garanta as condições de elegibilidade em outubro termina nesta sexta-feira.

Até lá, a presença de José Sarney em São Luís será, mais uma vez, cercada de fortes especulações políticas.

É aguardar em conferir…

Ricardo e Roseana: nenhum disputará eleição

O atual secretário de Saúde, Ricardo Murad (PMDB), não vai disputar a reeleição de deputado estadual.

Ele permanecerá no governo, ao lado da governadora Roseana Sarney, que já decidiu não mais concorrer a cargo algum.

Murad e Roseana acertaram a permanência dele em reunião que terminou agora há pouco no Palácio dos Leões.

Há um detalhe, porém: Ricardo não permanecerá na Secretaria de Saúde.

Mas esta é uma outra história.

E ninguém perde por esperar…

Com medo de ser condenado por caluniar e difamar adversários – e depois de se esquivar por ano das audiências – chefão comunista agora tentar trancar processo que responde por ter ofendido o secretário Ricardo Murad

Este é Flávio Dino: só ele pode tudo

Perseguidor de jornalistas com ações intimidatórias em todos os níveis da Justiça, o chefão comunista Flávio Dino acha que só ele tem o direito de agredir, ofender e achincalhar adversários.

Sua tentativa de trancar uma ação movida contra ele pelo secretário Ricardo Murad – exatamente por calúnia – é apenas mais uma prova de sua truculência e autoritarismo.

O secretário acionou Dino, em dezembro de 2012, por que, em um de seus perfis no Facebook, o comunista declarou que o sobrenome Murad é “sinônimo de corrupção”.

A declarção foi reproduzida em vários blogs alinhados ao chefão, o que gerou a indignação não só do secretário, mas também de seus parentes, muitos dos quais nem participam da vida política do Maranhão.

Na última segunda-feira (31/03), Dino entrou com petição em que solicita o trancamento do processo na 6ª Vara Criminal de São Luís, conforme revelou o blog de Daniel Matos (Leia aqui)

Conhecedor dos meandros da Justiça, o ex-juiz de tudo fez para se esquivar das audiências, alegando inclusive estar muito ocupado na Embratur para comparecer.

Se Flávio Dino acha que jornalistas, blogueiros e adversários devem responder pelo que dizem, por que ele próprio não se defende na Justiça do que falou?

Flávio Dino é assim: achincalha, ofende, ridiculariza e ataca sem o menor pudor ou piedade.

Mas não aceita que ninguém sequer ironize suas ações.

E é assim que ele quer mudar o Maranhão…

Como foi mostrado ainda hoje por este blog, o chefão do comunismo Flávio Dino (PCdoB), cometeu crime tipificado pela Justiça Eleitoral especificado no Parágrafo I, do Artigo 3º da recém-editada Instrução das eleições de 2014, exatamente por ter pedido voto em evento transmitido pela Internet, no caso o YouTube (reveja aqui).

Além disso, Dino cometeu outro agravante, especificado na mesma resolução, no artigo 86:

– O serviço de qualquer repartição Federal, Estadual ou Municipal, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista, entidade mantida ou subvencionada pelo poder público, ou que realize contrato com este, inclusive o respectivo prédio e suas dependências, não poderá ser utilizado para beneficiar partido político ou coligação (Código Eleitoral, art. 377, caput).

Acontece que a quadra poliesportiva onde foi realizado o mesmo encontro, em Timon, pertence à Fundação Cidadania, como informa o portal onde o comunista divulga suas ações eleitorais. A Fundação é uma Organização Não Governamental que se mantém com financiamentos públicos, como Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Ministério da Cultura, Governo do Estado e outros.

Ou seja, uma campanha foi realizada dentro de um espaço público que, sob o olhar do artigo citado acima, é uma prática proibida.

Dois crimes eleitorais em uma cajadada só.

Com redação de Aline Alencar