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A fragilidade do governo na greve da Educação…

Olga: fragilidade no comando da Educação

A postura da Secretaria de Educação e do Simproessema chegou ao limite do aceitável na greve dos professores.

Insuflado por políticos de oposição, o sindicato mantém por birra uma greve desarticulada e já considerada ilegal em todas as instâncias da Justiça.

Mas a mantém por que já sabe de um detalhe da Seduc: a secretária Olga Simão é frágil e insegura no comando da pasta.

E esta fragilidade foi demonstrada exatamente quando não exigiu os louros de uma batalha vencida, preferindo abrir a guarda para o adversário já derrotado.

Se o governo prefere negociar, porque entrar na Justiça?

A questão é simplesmente legalista.

Se a Justiça, em todas as suas instâncias, já considerou o movimento ilegal, cabe à Secretaria de Educação tomar as providências para o retorno às aulas – com corte de ponto e até demissões, como é previsto em lei.

Se não o faz, é por que não tem convicções em suas posições – a despeito de todo o apoio que recebe da base na Assembléia; a despeito de todo o apoio que recebe da classe estudantil.

Cabe ao governo agir.

Caso contrário, de nada adianta as inúmeras declarações de ilegalidade dadas pela Justiça.

Simples assim…

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Sindicato vai insistir em recursos para tentar manter greve…

O Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Simproessema) vai entrar com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal, contra decisão do

Panfleto do Simproessema conclama servidores a manter greve

próprio STF.

Trata-se de um Agravo Regimental contra a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que manteve a decisão de primeira instância, considerando ilegal a greve iniciada em 1º de março.

A estratégia do sindicato é levar o assunto para o plenário do STF, que não tem data para se reunir, garantindo a paralisação aos professores até que seja julgado o último recurso.

O problema é que o valor da multa diária pela paralisação não pára de aumentar – já passa de R$ 1 milhão.

Além disso, como a decisão não tem mais efeito suspensivo, singifica que o governo pode cortar o ponto dos faltosos e até demitir em justa causa, por abandono de cargo.

Mesmo assim, o Simproessema garante que os professores estão mobilizados e que o movimento continuará.

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Simproessema terá que arcar, agora, com R$ 1 milhão em multas…

O Sindicato dos Profesores da Rede Estadual perdeu no Supremo Tribunal Federal. Tentava anular decisão do desembargador Marcelo Carvalho, que havia considerado ilegal a greve da categoria.

Não resta outra saída, agora, se não pagar a multa diária de R$ 50 mil. Acumulada desde o dia 17 de março, alcança um belo prejuízo de R$ 1 milhão.

E adivinha quem vai pagar a conta?

Exatamente os mesmos professores que decidiram acreditar na cantilena do sindicato, controlado pelo PCdoB.

E ainda há o risco de ter os dias sem aula descontados do salário…

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Multa ao Sindicato dos Professores já chega aos R$ 750 mil

O Sindicato dos Professores da Rede Etadual já acumula dívida de R$ 750 mil com a

Estudantes já manifestaram repúdio pelo dias sem aula

Justiça maranhense pela insistência em manter a greve da categoria, mesmo depois de ser considerada ilegal.

A greve os professores já dura um mês. No dia 17 de março, o desembargador Marcelo Carvalho considerou ilegal o movimento e determinou a v0lta ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

O Simprossema tomou conhecimento da decisão no mesmo dia. A multa começou a contar do dia 18. São 15 dias de multa, portanto.

Mesmo assim, o comando de greve não demonstra interesse em supender o movimento…

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Sindicato garante manter greve dos professores…

Em nota divulgada agora à tarde, o Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Simproessema) garantiu que pretende manter a categoria em greve – pelo menos até a notificação da decisão do desembargador Marcelo Carvalho.

– Oficialmente a entidade não foi notificada da decisão judicial e, assim sendo, a greve continua sem prejuízo para os profissionais da educação – afirmou um dos trechos do documento.

O sindicato informa ainda que a decisão de encerrar ou não o movimento será dos próprios professores, que se reúnem na próxima quarta-feira. E acusam:

– Buscar na Justiça a decretação da abusividade de nossa greve é mais uma demonstração de que o governo Roseana Sarney (PMDB/PT) não está interessado nem no diálogo nem na solução dos problemas da educação pública, pois busca o confronto com os educadores, foge do debate na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, impede a realização de audiência pública sobre a questão e se escora em caríssima e mentirosa campanha de mídia.

Para lembrar: A decisão da Justiça prevê multa de R$ 50 mil para cada dia de greve após notificação do sindicato.

E determina ainda o desconto dos dias parados da categoria.

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O que querem os professores; o que oferece o governo…

Segue a sequência numérica abaixo, o debate entre o Sindicato dos Professores e o governo Roseana Sarney (PMDB) – agora intermediada pela Comissão de Educação da Assembléia – sobre o que quer a categoria e o que está sendo oferecido:

1 – Os professores querem 40% de reajuste até 2013, sendo 25% já a partir de março deste ano, e a diferença em 2012 e 2013.

2 – O governo oferece 10% a partir de outubro e a diferença, para completar os 40%, entre 2012 e 2015.

3 – O Sindicato não aceita a exensão até 2015 porque alega que, na época, Roseana não será mais governadora, o que desobrigaria outro governador de cumprir o acordo.

4 – O governo pondera que o orçamento de 2015 é feito em 2014; a garantia para o pagamento, portanto, estaria no orçamento.

E a greve continua…

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O salário dos professores maranhenses…

O Maranhão tem 70% de professores com nível superior.

Estes docentes recebem R$ 1.631,69 como remuneração.  É bem mais que o piso nacional da categoria, de R$ 1.187,08, para uma carga horária de 40 horas semanais.

Todos os professores maranhenses recebem Gratificação por Atividade do Magistério (GAM), de 130%.

Os professores com nível médio são 30% da categoria estadual. O salário é de R$ 880,94.

Parece baixo em relação ao piso nacional? Não é, porque este valor é para apenas 20 horas semanais, enquanto o piso exige 40 horas. 

O professor que amplia a qualificação, também amplia a remuneração.

Os especialistas, ganham mais 15% do vencimento. Mestres chegam a 20% e doutores a 25%.

A categoria paralisou as atividades na semana que passou por melhorias salariais e nas condições de trabalho.

Reclama, por exemplo, do não pagamento das gratificações por qualificação.

Texto alterado às 21h15 para correção e atualização de informações
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Os bastidores da greve dos professores…

O Sindicato dos professores da Rede Estadual e o Governo do Estado têm conversado há algum tempo sobre as reivindicações da categoria.

No início, tinham uma pauta com 12 itens. A secretária de Educação, Olga Simão, considerou todos importantes, mas destacou que a espinha dorsal da pauta era a questão salarial.

O orçamento da Educação para 2011 é de R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 980 milhões são comprometidos com a folha de pagamento. O custeio da máquina representa outros milhões, sobrando exatamente R$ 9 milhões para investimentos.

A Seduc se comprometeu a economizar no custeio e no investimento, conseguindo recursos para garantir aumento de algo em torno de 10% para os professores, com vigência a partir de outubro.

O Simproessema voltou a se reunir e exigiu que este reajuste incidisse a partir de março.

Como argumento contrário, Olga Simão mostrou que, se houvesse este aumento agora, nem todo o orçamento de R$ 1,2 bilhão daria para cobrir a folha.

Sem entendimento, os professores decidiram entrar em greve, a partir de hoje…

Imagem meramente ilustrativa