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Por que Flávio Dino não aprende a perder?

O choro de Flávio Dino em 2008 ecoa até hoje...

O deputado federal Flávio Dino entrou na política por vias sombrias, em 2006, na esteira da corrupção desenfreada do então governo José Reinaldo Tavares (PSB).

Mas nunca soube perder, viéis de um comportamento autoritário que carrega desde os tempos de estudante, conforme alguns contemporâneos da época de colégio.

Em 2008 as duas primeiras derrotas: primeiro, pensou ter atraído o PSB, que chegou a comemorar seu aniversário, mas, depois, bandeou-se para o então candidato João Castelo (PSDB).

Mesmo assim, Dino foi ao segundo turno, quando achou que venceria as eleições. Petistas e comunistas chegaram a declarar, logo após o primeiro turno: “quem quiser apoiar que venha, porque o povo quer”.

Outra prova do viés autoritário, típico de quem não sabe perder.

Mas o povo não quis. Castelo impôs dura derrota a Dino, que chorou. Chorou copiosamente, como nenhum outro político havia feito antes. 

Inconformado e escorado em uma banca jurídica que engloba ex-advogados dos tempos de juiz, ex-alunos apaixonados e seguidores do seu estilo de pensar, o comunista construiu um argumento  jurídico sem-pé-nem-cabeça para tentar apear Castelo do poder.

Não conseguiu e abandonou a causa.

Em 2010, duas  novas derrotas. Primeiro, mais uma vez comemorou antecipadamente, pensando ter atraído o PT. Perdeu nas instâcias superiores do partido e jurou vingança, entrando na aventura governista inventada pelo tutor José Reinaldo.

Perdeu de novo, humilhado em uma derrota no primeiro turno para a governadora Roseana Sarney – derrota imposta até pelos ludovicenses, muitos dos quais desistiram de apostar no “novo” que Dino tentava representar.

E mais uma vez ele não soube perder.

Agora inventa uma verificação voto a voto de cada urna do estado, coisa de quem vive pela obsessão de ser o novo Sarney do Maranhão – algo que nunca será, já que Sarney, com sua idade, já tinha sido governador, coisa que ele poderá ou não ser um dia.

Um dia, quem sabe…

Mas o viés de mal perdedor ganha corpo em Flávio Dino tanto quanto sua arrogância e prepotência características.

Para alguém com tão pouca estrada e tantas derrotas, ele deveria ser mais humilde.

E já ter apredindo a perder…

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Mais uma dos “mano” cara de bobões..

Do blog de Matias Marinho

Confirmando o que escrevi recentemente – que não passa de preconceito com os nordestinos a crítica que os “paulistas manos caras de bobões” fazem aos maranhenses, e, para isso, se utilizam da crítica ao poderio político do grupo Sarney para demonstrar seus sentimentos deploráveis. Mais uma desses idiotas desenformados, maniqueístas e proselitistas.

Desta vez foi em um programa da MTV, apresentado pelos paulistas Bento Ribeiro e Dani Calabresa. (veja aqui o vídeo). Ao comentarem o índice de abstenção no Maranhão (23,97, numa linguagem totalmente folclórica, dispararam:

“O Maranhão é o único estado brasileiro onde ainda impera a monarquia e a família Sarney vai se alternando no trono”.

Primeiro que, se considerarmos que o poderio político de um grupo, através do regime democrático, seja monarquia, o Maranhão não é o único que fica, entre seus membros, “se alternando no trono”.

Aos pés dos “paulistas manos caras de bobões”, está São Paulo. Lá, há 20 anos os tucanos são fechadinhos na gestão do Estado de São Paulo.  Continue lendo aqui…

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Desinteresse do eleitor marca 2º turno presidencial no Maranhão

Dilma Rousseff com Roseana, agora...

Os aliados da petista Dilma Rousseff e do tucano José Serra terão que trabalhar muito se não quiserem ver ampliada a abstenção do eleitor no segundo turno presidenncial no estado.

A vitória de Roseana Sarney (PMDB) governadora, no primeiro turno, encerrou a campanha eleitoral no Maranhão. Pelo que se vê nas ruas, o eleitor não parece nem um pouco preocupado com o futuro presidente.

..E com Flávio Dino, em 2008

Há um esforço dos partidários de José serra – capitaneados pelo prefeito João Castelo (PSDB) e pelo ex-governador Jackson lago (PDT) – para fortalecer a campanha de José Serra em São Luís.

serra beijou até bandeira maranhense, sem sucdesso.

Por outro lado, há uma movimentação intensa de bastidores para manter o clima de vitória da campanha de Dilma Rousseff – sobretudo no grupo de Roseana e na parte do PT que esteve com ela.

Mas a apatia contamina, inclusive, os responsáveis pela campanha.

Desinteressado no 1º turno, Jackson agora vê tábua de salvação

Não se viu mais carreatas nas ruas, como ocorriam no primeiro turno. Desapareceram os carros plotados com imagens de Dilma Rousseff ou as bandeiras do PT.

É difícil manter uma campanha presidencial sem a motivação da campanha local. E o resultado disto pdoerá ser uma ausência gigantesca do eleitor no dia 31 de outubro.

Se quiserem mobilização, precisam agir rápido.

Sob pena de abstenção recorde no Maranhão…

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O fenômeno de recuar para crescer…

Joaquim: feliz da vida

Mesmo não tendo se candidatado à reeleição, o ainda deputado estadual Joaquim Haickel (PMDB) anda rindo com as paredes. Ele elegeu todos os candidatos que, direta ou indiretamente, apoiou nas eleições do último domingo.

Como um dos coordenadores da campanha da governadora Roseana Sarney (PMDB), Haickel autou em diversas frentes, principalmente na política, onde foi o maior responsável pela formação e montagem das coligações proporcionais que apoiaram a governadora e acabaram por eleger 12 deptuados fedrais e 30 deputados estaduais.

Joaquim também é autor de um estudo eleitoral que previu – com índice de acerto de 100% para a Assembléia Legislativa e 90% para a Câmara Federal – a quantidade de vagas que cada coligação alcançaria non pleito. Também acertou os nomes de 39 dos 42 deputados estaduais e 17 dos 18 deputados federais.

Candidato de Haickel, Lourival Mendes chegou à Câmara Federal

Quando Roseana assumiu, em abril de 2009, Joaquim Haickel foi convidado para compor o governo, primeiro como secretário de Esportes; depois, como secretário de Minas e Energia, cargos que ele declinou em nome de Roberto Costa e Fufuca Dantas, posições cruciais para a eleição do primeiro e do filho do segundo.

Pessoalmente, Joaquim Haickel sai destas eleições maior e mais forte que da anterior, quando se reelegeu com expressiva votação, algo em tornod e 35 mil votos. deta vez, seu candidato a deputado estadual Rogério Cafeteira (PMN) e seu deputado federal Lourival Mendes (PTdoB) se elegeram com votação na casa dos 30 mil votos.

Além destes dois, o apoio de Haickel foi decisivo para a eleição de Carlos Filho (PV) e Vianey Bringel (PMDB).

Rogério Cafeteira se elegeu par a Assembléia

Joaquim Haickel, que foi também deputado federal constituinte (1987/91), deixa o parlamento 28 anos após entrar, então com 22 anos de idade – na época, o mais novo deputado estadual do Brasil, fato que foi igualado na última eleição com Rubens Júnior (PCdoB), e agora nesta, com André Fufuca (PSDB).

Sempre que perguntam porque não quis mais se candidatar, Joaquim esclarece que abriu mão de concorrer a este mandato, não da política, que, segundo ele, está tão prsente em sua vida quanto sua literatura e seu trabalho como empresário de radiodifusão.

Com a ausência de Joaquim Haickel e Helena Heluy (PT) na próxima legislatura, a assembléia do Maranhão perderá muito de seu brilho, pois os dois – assim como alguns pouquíssimos outros – são a garantia da existência de grandes debates, de proposições pertinentes e de práticas corretas e coerentes nos trabalhos daquela Casa.

Joaquim é um dos raros políticos sem inimigos. Quando muito, tem adversário. Eram famosas suas pelejas com o falecido deputado Pedro Veloso (PDT). Os dois eram votados por Pio XII, cada um por uam facção que disputava o controle do município. jamais, nem nas maiores tensões entre eles, Joaquim perdeu a compostura ou descambou para a baixaria – e memso ás vezes, sendo enérgico, sempre mantinha o decoro.

Nunca se ouviu falar que Joaquim Giajcel fosse um mau caráter. desleal ou coisa que o valha. Algumas pessoas discordam dele políticamente, ou mesmo filosoficamente. Mesmo estes, no entanto,  têm imenso respeito por ele.

A imagem de Joaquim Haickel fará falta ao parlamento maranhense. Inquieto, andando de um lado para o outro, orientando a bancada nas votações, pedindo apartes, fazendo discursos, apresentando e defendendo seus projetos e conversando com a imprensa abertamente, como é de seu temperamento.

Sem papas na língua…

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Morre Cloves Paz, pai de Clodomir Paz…

Cloves Paz e a mulher, Dorina

Faleceu hoje, aos 100 anos,  Cloves Ferreira Paz, pai do ex-deputado Clodomir Paz e sogro da deputada Graça Paz (ambos do PDT).

Nascido em Crato, no Ceará,  em 10 de agosto de 1910, seu Cloves, como era conhecido, era casado com Teodorina Ferreira Paz, pai de 15 filhos, deixa mais de 50 netos e cerca de 60 bisnetos.
Em 2008 recebeu o Título de Cidadão Maranhense, projeto de autoria da deputada reeleita Graça Paz, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados por ele ao Estado, por quase 80 anos.
Também era pai do vereador e Secretário de Saúde do município de Codó, médico Cláudio Paz.

Cloves Ferreira Paz estabeleceu-se no Maranhão, no município de Santo Antônio dos Lopes, desde 1936.

Homem simples, de poucos estudos, mas com tino comercial impressionante, Cloves Paz foi pioneiro no desbravamento do Sertão Maranhense.

Foi lavrador e tropeiro. Como agricultor, foi responsável pelo cultivo de grandes áreas na produção de arroz, feijão, milho, cana-de-açúcar e algodão. Montou, até, uma usina de beneficiamento de arroz e engenho para produção de açúcar, servindo de exemplo para muitos na região.

Ampliou seus negócios com o comércio de gêneros, variedades e produtos farmacêuticos, período em que empregou muitas pessoas, chegando a ter mais de cem funcionários fixos, além dos que já trabalhavam nas lavouras e usinas de beneficiamento.

Pela total carência de profissionais exerceu, ainda, as funções de dentista, médico e parteiro.

Sua projeção profissional – agricultor, pecuarista, comerciante, empresário, delegado e juiz de paz – o tornou um homem importante na região, levando-o a ingressar naturalmente na política partidária, onde exerceu mandatos de vereador e vice-prefeito do município de Santo Antônio dos Lopes.

Aos 100 anos de idade, ao lado da família, Cloves Paz continuava à frente de seus negócios, comprando e vendendo gado, conversando sobre política e vivendo cada dia intensamente.

Deixa para a sua família uma grande herança de respeito e honestidade.

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Os casos de cassação previstos no TSE e suas consequências eleitorais…

Muita gente informou equivocadamente as consequências da cassação do registro do deputado federal Cléber Verde (PRB) pelo TSE.

No caso específico – que ainda depende de análise do Supremo Tribunal Federal – acertou quem disse que a eventual vaga aberta por Verde irá para o primeiro suplente da coligação “O Maranhão Não Pode Parar”, Davi Alves Silva Filho, o Davizinho (PR).

Há duas hipóteses sobre votos previstas nos casos em análise no TSE – que, obviamente, confundem aqueles que não se dão ao trabalho de estudar e pesquisar.

O primeiro caso envolve os candidatos que tiveram o registro indeferido nos TREs e recorreram ao TSE – a exemplo de Márcia Marinho (PMDB) e Raimundo Louro (PR).

Nestes casos, o TSE considera os votos sub judice, e não os inclui na soma dos votos da coligação. Eles ficam em uma espécie de congelamento, e só entram na soma se os registros forem aprovados em Brasília.

O outro caso é exatamente o inverso. Envolve aqueles que passaram no TRE e enfrentam no TSE recurso do Ministério Público Eleitoral – caso de Cléber Verde e Magno Bacelar-Nota Dez, por exemplo.

Neste caso, os votos estão computados na soma da coligação. Tanto que aparecem na lista oficial da Justiça Eleitoral.

Se eles perderem o recurso no TSE, perdem o registro, mas os votos são mantidos para a coligação, por que a Justiça Eleitoral entende que, antes de votar no candidato, o eleitor vota na legenda.

É por isso que, caso se concretize a cassação de Verde, quem assume é Davizinho.

Simples assim…

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Flávio Dino perdeu mais de 20 mil eleitores em São Luís entre 2008 e 2010

Flávio Dino em 2008, quando perdeu a eleição em São Luís e chorou ao telefone

Não é verdade a informação de alguns jornais de que a votação do deputado federal Flávio Dino (PCdoB) em São Luís, repetiu a performance de 2008.

Pelo contrário, Dino perdeu votos na capital em 2010. Mais precisamente 24.866 votos.

Na eleição de prefeito, há dois anos, o candidato do PCdoB obteve 214.302 votos no segundo turno, atingindo 44,16% (Veja aqui). Este ano, a votação caiu para 189.437 votos, ou 37,96% do total.

Não há outra explicação para o fato, senão esta: o deputado Flávio Dino perdeu mais de 20 mil eleitores entre as eleições de 2006 e 2010.

São 24 mil pessoas que decidiram não mais repetir o voto que deram há dois anos – e não mais se entusiasmaam com a suposta idéia de renovação representada pelo comunista.

É um dado significativo, que põe em risco, inclusive, um evdentual projeto dinista de disputar as eleições municipais de 2010, como este blog tem alertado desde antes das eleições.

Entrando na disptua de 2012, ele simplesmente pode perder de novo e virar folclore.

É aguardar e conferir depois…

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Cassação de Cléber Verde: as coisas não são bem assim…

Cléber Verde sob riscod a Justiça

É preciso por os pingos nos is na questão da cassação do registro de candidato do deputado federal reeleito Cléber Verde (PRB).

Muita gente deu o caso como favas contadas, mas não é.

Ele ainda tem recurso ao próprio TSE – um Embargo de Declaração – que deve ser negado. A partir desta negação, ele pode seguir com Recurso Extraordinário ao Supremo Tribunal Federal.

E é aí que o bicho pega.

O STF não conseguiu deicidir sobre a Lei da Ficha Limpa. A última votação, todos lembram, empatou em cinco a cinco. Para resolver o problema, Lula terá que nomear um novo ministro.

A tendência é que Lula nomeie um ministro com posição contrária à Ficha Limpa. Simplesmente por que quer salvar, de uma vez só, seus aliados no Pará – Jáder Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) – eleitos senadores “sub judice”.

O próprio Lula já disse que um senador equivale a três governadores. E a derrubada da Ficha Limpa agora, beneficiará diretamente a Cléber Verde.

É precipitado, potanto, apontar o deputado maranhense como definitivamente cassado…

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Lobão é cotado para presidir Senado…

O ex-ministro de Minas e Energia e senador reeleito Edison Lobão (PMDB) é o nome mais forte para substituir ao colega José Sarney (PMDB) na presidência do Congresso Nacional.

A especulação é das agências de notícias, que já analisam a corrida pelo comando das casas legislativ as em fevereiro.

De acordo com as agências Lobão ganhará ainda mais força, no caso da eleição da petista Dilma Rousseff para a presidência da República.

Mas Lobão é cotado também para reassumir um minsitério num eventual governo Dilma.

O PMDB, que elegeu 19 senadores, só não continuará no comando do Senado se abrir mão do posto, numa composição com o PT.

A eleição no Senado será em fevereiro de 2011…

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O detalhe legal – e óbvio – na eleição da Uema…

O reitor José Augusto

O reitor José Augusto Oliveira é o preferido do corpo docente, dos estudantes e dos técnicos da Universidade Estadual do Maranhão na eleição interna, marcada para o dia 24 de novembro.

Apenas um detalhe ainda envovle o pleito em polêmica: José Augusto seria ou não elegível para mais um mandato?

Seus adversários dizem que não, que ele já está no segundo mandato e que, portanto, não pderia disputar novamente.

Mas a regra considera o primeiro mandato de Olveira – quando ele substituiu ao então reitor Waldir Maranhão, que deixou o cargo apra ser candidato a deputado federal – como tampão, apenas para cumprimento de prazo restante, de nove meses.

Para evitar que a Uema ficase acéfala.

Caso análogo aconteceu na Prefeitura de Imperatriz, na década de 90. O prefeito Salvador Rodiruges perdeu as condições morais e legais de continuar no psoto e o Governo do Estado decidiu intervir.

O empresário Hildon Marques foi nomeado interventor. Depois, se elegeu em 96 e tentou normalmente a reeleição, em 2000.

Augusto Oliveira estaria, portanto, no primeiro mandato, após mandato-tampão, e apto a disputar o segundo mandato.

Na semana passada, o reitor recebeu apoio de cerca de 250 docentes da instituição, que pressionaram pelo lançamento de sua candidatura.

Ele ainda não decidiu se topa entrar na disputa…