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A máquina de Flávio Dino e a inoperância dos adversários…

Comunista mostra força eleitoral com aliados do peso de um prefeito de São Luís, dos presidentes da Assembleia e da Famem e da maioria da bancada federal e estadual, enquanto a oposição se mostra letárgica com Roseana Sarney indefinida, Roberto Rocha de férias e Eduardo Braide se omitindo do debate

 

Além de mobilizar partidos, Dino assume, com exclusividade entre os candidatos, a defesa de um Lula cada vez mais popular

Editorial

A batalha começou assim que o ano começou; e pela força demonstrada pelos guerreiros em campo, parece que, assim como em 2014, será desigual.

Diante de adversários absolutamente inseguros do próprio projeto, amedrontados com a possibilidade de perder a eleição e alguns desinteressados do processo, o governador Flávio Dino (PCdoB) vai ocupando todas as trincheiras.

O comunista conseguiu unificar a estratégia de seus generais e tem agora em campo lideranças do peso do prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT); do presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), e do presidente da Famem, Cleomar Tema Cunha (PSB).

São estes atores que mobilizam a maior parte dos prefeitos, dos deputados federais e estaduais, e das lideranças partidárias em torno do projeto de reeleição do comunista.

No outro lado do campo de batalha estão os adversários, que demonstram certa insegurança quanto ao próprio projeto de poder.

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) ainda não se entusiasmou a ponto de mobilizar a massa de prefeitos oposicionistas; o senador Roberto Rocha (PSB) preferiu curtir as tradicionais férias de início de ano, deixando as questões políticas, como sempre, para depois.

E o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) parece tremer a cada menção de seu nome como opção ao governo.

Neste cenário, apenas o ex-secretário Ricardo Murad mostra-se disposto a enfrentar, de peito nu, e mesmo sem armas, a força comunista que começa a ser montada, em grande parte com meio mundo de sarneysistas desgarrados.

A visão que se tem deste cenário de guerra lembra muito o de 2014, quando o então queridinho do governo, Luis Fernando Silva (hoje ligado a Dino) acovardou-se na hora H e pulou fora do barco, deixando os sarneysistas na mão, em busca de um candidato de última hora.

Resta saber se, em 2018, a agora oposição terá um novo Edinho Lobão para o heroico papel de confrontar com estilingues um verdadeiro um arsenal de guerra.

É aguardar e conferir…

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O Lobão de 2012 e o de 2014…

Lobão com Oliveira: em 2012, tudo bem...

Dois aspectos devem ser destacados na entrevista do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na entrevista concedida ao titular deste blog para a edição de ontem de O Estado do Maranhão.

Ao mesmo tempo em que defende o engajamento do PMDB na campanha do vice-governador Washington Oliveira (PT), como “uma boa solução” para o futuro do seu grupo político, Lobão prefere empurrar para 2014 o debate sobre a sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB).

– Quanto a nomes, eu acho que ainda é muito cedo. Não é o momento de falar em eleição de governador, falando em detalhes (…) – disse o ministro.

O Lobão de 2012 é o homem de grupo, que sabe ver a vitória de Washington como estratégica para a sobrevivência do próprio grupo.

Mas o Lobão de 2012 também sabe que a vitória de Oliveira pode representar outros caminhos no projeto da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Com Roseana, em 2014, quer estar na mesa de negociações

E aí surge o Lobão de 2014:

– Eu sou um dos líderes políticos do estado do Maranhão e não posso ficar ausente de uma discussão desta emvergadura, como a da escolha de um candidato a governador.

A declaração não deixa de ser um recado.

Lobão aceita e até se envolve no projeto de eleger um petista em São Luís este ano. Mas não admite falar de nomes e sequer cogita ficar fora da discussão sobre o futuro governador, em 2014.

De uma forma ou de outra, os dois projetos – de 2012 e de 2014 – estão interligados politica e eleitoralmente.

E Lobão sabe disso…

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José Reinaldo não quer Flávio Dino candidato a prefeito…

Se depender do ex-governador, comunista vai esperar 2014

O blog de Roberto Kenard reproduz conversa que o presidente do PPS, Paulo Matos, teve com o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB).

Tavares desmente boatos de que seria vice de Flávio Dino (PCdoB), na disputa pela Prefeitura de São Luís.

Sou contra a candidatura de Flávio Dino a prefeito de São Luís. Assim sendo, sou contra a ideia de vir a ser candidato a vice – disse o ex-governador, segundo Matos.

O que está no blog de Kenard já estava neste blog há mais de ano.

Como mostram, por exemplo, os posts Marcelo Tavares cada vez mais próximo de João Castelo e Pesquisa de Flávio Dino visa convencer José Reinaldo 

Este blog sempre mostrou que José Reinaldo não tem interesse numa candidatura de Flávio Dino a prefeito, po que o vê como o mais importante candidato a governador em 2014.

O boato sobre uma suposta chapa Dino/Tavares atende apenas a interesses políticos outros.

Mas pode ser creditada também à desinformação de “blogs talibãs” – aqueles que, a toda hora, jogam uma “bomba” no ar, baseados na incapacidade de checar as informações que recebem.

Como este blog já disse, se depender de José Reinaldo Tavares, Flávio Dino não será candidato a prefeito.

Os Tavares o querem como candidato a governador.

Para atender a interesse deles ou do próprio Dino…

Leia também
João Castelo, PSB, José Reinaldo e Flávio Dino