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Santa pausa…

senan

A pausa política do feriadão da Semana Santa parece esperada como nunca por todos os setores da política brasileira, dos mais altos postos em Brasília aos movimentos de candidatos a vereador nos menores municípios.

É como se partidos políticos de todos os cacifes, candidatos e eleitores esperassem esse “pit stop” para uma espécie de recomposição.

Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff deve aproveitar para reforçar a tentativa de estancamento dos apoios da base no Congresso, agora com a força – mesmo que ainda extra-oficial- de um Lula “ressalvado” por decisão do Supremo Tribunal Federal.

O objetivo é garantir a permanência do PMDB na aliança governista.

E o próprio PMDB também tem questões a resolver no feriadão. A direção nacional convocou reunião de todos os diretórios – uma espécie de convenção extraordinária – para decidir se rompe ou não com o governo Dilma. A decisão terá desdobramentos óbvios no Maranhão, onde os ocupantes de cargos federais já foram comunicados de que deverão ter que sair do governo.

No Maranhão, especificamente em São Luís, a Semana Santa deve recompor as energias de candidatos a prefeito que ainda não decidiram suas vidas partidárias.Eliziane Gama e Bira do Pindaré, por exemplo, têm até o sábado 2 de abril para dizer onde se abrigarão partidariamente.

Ela ainda não sabe se fica na Rede Sustentabilidade, se entra no PSB ou se volta para o PPS. Ele está no PSB, mas se sente cada vez mais inseguro com a declarada oposição do senador Roberto Rocha ao seu projeto.

Aos dois pré-candidatos, o descanso pascal deve servir para refletir sobre os passos que já deram até aqui. E que ainda terão que dar até outubro.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog
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Paço do Lumiar: Feira do Peixe entra na 3ª edição…

Projeto garantido pela Prefeitura Municipal durante a Semana Santa comercializa peixes com preços até 30% abaixo do mercado

 

Moradores de Paço poderão comprar pescados com 30% de desconto na Semana Santa

Moradores de Paço poderão comprar pescados com 30% de desconto na Semana Santa

A Prefeitura de Paço do Lumiar, através da Secretaria Municipal de Pesca e Abastecimento (SEMAPA), comercializará nesta quinta (24), peixes a preços 30% mais baratos que os praticados pelo mercado local. O Caminhão do Peixe ficará à disposição da população no Viva Maiobão, das 14h às 20H, oportunidade em que também estará funcionando a Feirinha Livre do Pequeno Produtor, no mesmo local.

Conhecida como “Feira do Peixe”, o objetivo é ofertar pescados a preços mais acessíveis e estimular o consumo de peixe no período da Semana Santa.

“Nesta época, há uma grande procura pelo produto, o que resulta no aumento dos preços cobrados nas feiras e supermercados. Acredito que esse projeto traga reais benefícios à comunidade, que poderá garantir o consumo do peixe nesse período”, observou o prefeito Josemar Sobreiro.

Durante 6 horas, serão comercializadas diversas variedades de pescados, além de frutas, verduras e legumes diretamente do produtor a preços inferiores dos praticados em mercados de bairros e supermercados. O Caminhão do Peixe ficará ao lado da Feira Livre do Pequeno Produtor de Paço do Lumiar, que já virou rotina para os luminenses.

Este é o 3° ano que a Prefeitura realiza a ação, em parceria com o município de São José de Ribamar, que cede o veículo para o acondicionamento dos produtos.

Feira Livre do Pequeno Produtor

As Feiras do Pequeno Produtor são realizadas nas quartas, quintas e sextas-feiras, no Pau Deitado, Tambaú e Maiobão, sempre no final da tarde.

Atualmente, 100 produtores estão cadastrados no programa, que vem contribuindo para o fortalecimento da cadeia produtiva, renda familiar e movimentação da economia do município.

Desde que implantada, há aproximadamente 1 ano, a Feirinha contabiliza um saldo positivo, pois tornou-se um canal de escoamento e comercialização da produção agrícola e pesqueira do município.

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Via Sacra e Ressurreição

Cartaz da Paixão de Cristo: há quem ache lindo ver o sofrimento de Jesus

Por Aline Alencar

Primeira vez que vos falo em primeira pessoa, pois acredito ser necessário.

Nasci e me criei no catolicismo, cumpri, ou pelo menos tentei cumprir, todo o roteiro que minha família me propôs para seguir os ensinamentos de Jesus.

Mas existem coisas, não só na doutrina, como também nas atitudes dos católicos que nunca entendi e talvez jamais entenderei.

E um exemplo disso se passa na Semana Santa.

A semana santa é representada pelo sacrifício de Jesus Cristo para nos livrar dos pecados. Ele foi açoitado, crucificado. Sofreu e derramou seu sangue por nós.

E por isso, todos os anos os cristãos relembram seu maior ato de amor à humanidade.

Contudo, há diferenças entre os cristãos quanto à importância da semana santa. Tanto para o católico quanto para o evangélico.

O evangélico cultua a ressurreição de cristo, enquanto o católico, ou pelo menos a maioria, se prende à Via Sacra (ou Via Crúcis), caminho percorrido por Jesus, do Pretório ao Calvário.

A prática de alguns católicos na maior parte do tempo é relembrar de Jesus pregado em uma cruz, lembrando do sofrimento.

E aí chega o ponto que eu não entendo: o culto à Via Crúcis.

Nos lembrarmos do sacrifício é bom para não se esquecer do valor dele. Mas, ao meu ver, no catolicismo chega a ser sádico.

E a páscoa não é isso, segundo o que Cristo quis passar. Mas sim, é a vida vencendo a morte.

Não sofrimento e dor.

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População de Bacabeira recebe peixe de graça da prefeitura…

Funcionário da prefeitura distrinui pescado a gestante

A Prefeitura de Bacabeira garantiu ontem cerca de oito toneladas de pei´xe ás famílias carentes do município.

A distribuição dos peixes da Semana Santa é feita todos os anos na cidade, para que as famílias que não têm como adquirir o alimento tradicional do período possam recebê-lo da prefeitura. 

Para garantir o direito ao pescado, as famílias são cadastradas nos postos de saúde e ganham uma senha, que trocam pelo alimento.

Foram cerca de oito toneladas de pescado, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social.

A quantidade garantiu o benefício para cerca de 2,5 mil famílias.

Centenas de pessoas foram beneficiadas pela prefeitura

Após a entrega para famílias carrentes, o que sobrou foi distribuído aos que não tinham senha, com prioridade gestantes, idosos e pessoas com necessidades especiais.

Cada família recebeu Tambaqui e um menor número de Tilápias, Peixe Pedra e Pescada…

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Que fim levou o corpo de Cristo???

O mito bíblico da ressurreição conta que Jesus de Nazaré, depois de morto na cruz, foi levado para uma sepultura cedida por “um homem rico de Arimatéia”. Após três dias de sepultamento, ressuscitou no domingo de Páscoa e subiu aos céus.

Antes, porém, teria sido visto por algumas mulheres e aparecido a alguns discípulos. E só.

Imprecisos, os evangelhos que contam a “história” de Jesus não dão mais detalhes. Mas a história da ressurreição ganhou o mundo ocidental nos dois mil anos seguintes.

Primeiro por influência do Império Romano, que via na “seita” crescente, uma forma de controlar politicamente os povos rebeldes. Depois, por influência da Igreja Católica, que ganhou o mundo fazendo acordos com reis e imperadores. O rei chancelava a doutrina da Igreja e a Igreja “divinizava” os reis diante do povo.

Há algumas impossibilidades históricas no relato de Marcos – copiado depois por Lucas e por um certo Mateus, que muitos acreditam ser o discípulo, mas não é.

Não há testemunhas oculares da ressurreição de Jesus. Há apenas declarações de que “alguém viu”.

É tipo assim: alguém disse que alguém disse que foi assim.

Marcos, por exemplo, não conheceu a Jesus. Escreveu seu evangelho 40 anos depois que o nazareno havia sido crucificado. O que ele conta – depois copiado com alterações por Lucas e Mateus – foi baseado em relatos de pessoas, que teriam convivido com pessoas, que conheceram a Jesus.

Há um detalhe histórico no Evangelho de Marcos que a igreja – católica e evangélica – tenta manter despercebido pelos bilhões de fiéis no mundo: os antigos manuscritos do evangelista têm 16 capítulos, sendo que o 16° capítulo vai do 1° ao 8° versículo. Mas a Bíblia ocidental, usada em todas as igrejas cristãs no mundo traz os versículos 9° a 20°. Ou seja, um acréscimo feito entre os anos 200 e 300 da era cristã. Detalhe: os versículos acrescentados posteriormente à história de Jesus escrita por Marcos são justamente aqueles que tratam da ressurreição.

Josh MacDowell e Russel Shedd, dois dos mais respeitados teólogos evangélicos do mundo, têm estudos sobre o assunto.

A “Bíblia de Estudo Shedd”, inclusive, é uma das referências de escolas dominicais e missas carismáticas no mundo inteiro. Em seus comentários, o autor detalha a inclusão dos acréscimos. Mas os “crentes” não lêem e os pastores não estimulam essa leitura, obviamente.

Mesmo ignorando os acréscimos, ainda assim Marcos comete algumas impropriedades com a história – de caso pensado ou não.

É consenso entre especialistas, hoje, a história da crucificação. É consenso, também entre historiadores o destino dos crucificados. Juan Arias, jornalista e vaticanista, autor de “Jesus, este grande desconhecido”, diz que a crucificação era reservada pelos romanos aos crimes de Blasfêmia. O mesmo crime, nas leis dos Judeus, era punido com apedrejamento.

John Dominnic Crossan, biblicista da Universidade Jerusalém, autor de ” Jesus Histórico”, argumenta que o julgamento durava semanas, e ao acusado havia o direito de protelar, com testemunhas.

Jack Miles escreveu “Jesus – Uma crise na vida de Deus” e “Deus, uma biografia” – este último vencedor do Pulitzer de 1996. Ele pondera que “a ressurreição foi uma doutrina inventada por Paulo” para reorganizar os cristãos, que estavam divididos em várias seitas.

Tanto Arias quanto Crossan e Miles fecham num ponto: a condenação na cruz era uma espécie de crime capital. O crucificado não tinha sequer o direito de ser enterrado. Segundo Crossan, a família de um crucificado, quanto mais pobre fosse, caso da de Jesus, mas dificuldade tinha retirá-loda cruz. O corpo teria que apodrecer no madeiro, “para servir de alimento a cães e urubus”.

A ressurreição de Jesus é base da doutrina cristã no mundo ocidental.

É comum pastores evangélicos, e muitos padres carismáticos, proferirem sermões exaltando Jesus em relação a Buda, Maomé, e outros ícones religiosos. Nestes sermões, dizem que, “diferente de Buda, de Maomé, cujos corpos estão sepultados, ninguém vê o corpo de Cristo, porque ele ressuscitou”.

Têm razão os líderes religiosos. O corpo de Cristo não está no Santo Sepulcro.

Simplesmente porque ele nunca foi levado para lá…

Publicado originalmente em 08/04/2007