Com quatro indicações já garantidas e mais a possível vaga do conselheiro Jorge Pavão – cuja aposentadoria foi especulada nesta sexta-feira, 7 – governador maranhense chegará a cinco conselheiros algo nunca visto na história do Maranhão

ENTRE OS SEUS. Brandão em recente solenidade no TCE-MA, ao lado de sua indicada Flávia Gonzales e do então presidente Marcelo Tavares
Análise da Notícia
O governador Carlos Brandão (PSB) deve bater um recorde histórico ao fechar 2025 com a indicação de nada menos que cinco dos sete membros efetivos do Tribunal de Contas do Estado.
- ele já indicou para a Corte o sobrinho Daniel Itapary e a aliada Flávia Gonzales;
- também já tem praticamente certa a indicação do advogado pessoal Flávio Costa;
- além disso tem uma outra vaga pendente, que ficará com um aliado da Assembleia.
Neta sexta-feira, 7, a mídia alinhada ao Palácio dos Leões começou a especular a possibilidade de o conselheiro Jorge Jinkings Pavão, que completará 75 anos só em 2026, ser convencido a antecipar aposentadoria, como fez Álvaro de França Ferreira, de 73 anos.
É a vaga de Ferreira que será ocupada por Flávio Costa.
Indicando os quatro já certos, o governador já garante maioria em plenário, mas com cinco dos sete conselheiros – os outros dois são Caldas Furtado e Marcelo Tavares – ele alcança uma posição nunca antes vista na história do Maranhão, garantindo a maioria absoluta do plenário.
- é o TCE quem julga as contas do governador, presidente do TJ-MA, da Assembleia Legislativa, prefeitos e dirigentes de órgãos e empresas públicas;
- com uma blindagem – teórica – de cinco aliados em um colegiado de sete, Brandão teria garantias absolutas de aprovação de suas contas de gestão.
Mais do que a blindagem pessoal, a maioria no TCE-MA dá ao governador, também, a possibilidade de ver adversários em maus lençóis com as eventuais contas de gestão.
O vice-governador Felipe Camarão, por exemplo, também é obrigado a submeter ao TCE-MA suas contas como secretário de Educação. O deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade) também tem contas ainda pendentes de votação da época em que presidiu a Assembleia.
A rejeição das contas pela Corte pode tornar um gestor público inelegível por até oito anos.
É simples assim…