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Repercussão de suas críticas antigas às urnas eletrônicas silencia Flávio Dino nas redes sociais…

Sempre reativo a qualquer manifestação de contrários, ministro da Justiça foi pego no contrapé culpando as urnas eletrônicas – agindo exatamente igual ao ex-presidente Jair Bolsonaro – quando se viu em desvantagem eleitoral; acusou o golpe e preferiu calar-se diante do revival dessas suas antigas manifestações intempestivas

Análise da notícia

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) acusou o golpe.

A enxurrada de críticas nas redes sociais – diante de vídeos e postagens em que ele aparece fazendo fortes críticas às urnas eletrônicas e até levantando possibilidades de fraude eleitoral – calou o comunista maranhense; sempre reativo a qualquer manifestação que vá de encontro ao seu pensamento, Dino, desta vez, emudeceu completamente. 

 A coletânea de manifestações dinistas contra o voto eletrônico viralizam nas redes sociais desde domingo, com forte repercussão na imprensa tradicional. Ele chegou a citar, veja só!,  “comprovação científica de que as urnas são suscetíveis às fraudes”.

Os “ataques antidemocráticos” (termo usado por ele próprio) do principal ministro do governo Lula (PT) às urnas eletrônicas ocorreram mais fortemente entre os anos de 2010 e 2014, quando ele se elegeu governador do Maranhão pela primeira vez.

Página do instagram de Flávio Dino e as últimas postagens comemorando a inelegibilidade de Bolsonaro por ataques às urnas

Abertamente defensor da punição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – também por ataques às urnas eletrônicas – Dino chegou a fazer duas postagens no instagram na sexta-feira, 30, quando TSE decidiu tornar Bolsonaro inelegível.

Na primeira, disse que da decisão do TSE emanaram duas mensagens: “1 – mentir não é ferramenta legítima para o exercício da função pública; 2- política não é regida pela lei da selva, em que o mais forte tudo pode”.

Na segunda postagem, disse que iria encaminhar requerimento à Advocacia Geral da União visando “análise de ação de indenização pelos danos causados ao Poder Judicipáriod a União e á sociedade”.

Mas foi só.

A partir daí, começaram a chover publicações com o próprio Dino dando uma de Bolsonaro, mentindo contra as urnas eletrônicas e causando danos morais ao Judiciário e à sociedade.

E desde então ele emudeceu sobre o assunto nas redes sociais…

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Bolsonaristas reagem às forças armadas; Mercados reagem a Lula…

Militantes que esperavam o relatório do Exército sobre fraudes nas urnas eletrônicas decepcionaram-se com o documento e começam a se desmobilizar, sem influência na sociedade; por outro lado, os mais influentes empresários e banqueiros – que lucram com juros altos, arrocho fiscal e teto de gastos, mostram-se preocupados com as propostas de Lula, que visam garantir dinheiro para ajudar aos mais pobres

 

Militantes que estão em contrito nos muros dos quarteis frustraram-se com o relatório das Forças Armadas sobre as urnas e agora começam a se desmobilizar

A transição na República do Brasil tem construído um desenho que explica claramente o modelo de país defendido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Neste momento do país, Bolsonaro enfrenta a raiva de militantes da extrema direita, que queriam usar o relatório do Exército para estimular um golpe de estado e impedir Lula de assumir o governo.

As Forças Armadas não encontraram nada que pudesse provar fraude, ou mesmo falha, nas urnas eletrônicas, o que frustrou os militantes dos muros dos quarteis.

Por outro lado, Lula também já enfrenta resistências críticas, mas de uma turma acostumada a ficar cada vez mais rica com movimentações de governo: o chamado mercado.

Lula trabalha o Brasil do futuro, com mais acessos dos mais pobres ás riquezas do país; mas o mercado se assusta com esta possibilidade de perdas de ganhos

Para empresários e banqueiros, que lucram com o controle de gastos, com o ajuste fiscal e com o controle de investimentos sociais, Lula ameaça este status quo ao defender publicamente a quebra do teto para garantir recursos que vão beneficiar os mais pobres em 2023.

Tanto que a bolsa e o dólar se movimentaram negativamente esta semana.

É exatamente estes dois modelos de Brasil – um representado por Bolsonaro e outro por Lula – que vêm polarizando o debate desde 2013, quando se iniciou o golpe que apeou Dilma Rousseff (PT) do poder.

E explica também por que a maioria escolheu Lula novamente em 2022…