Jair Bolsonaro com os dias contados…

Procuradoria-Geral da República reafirma denúncias de tentativa de golpe e abre espaço para que o STF, pela primeira vez na história, torne um ex-presidente réu por tentar subverter a ordem democrática no país

 

A CAMINHO DA CONDENAÇÃO. Bolsonaro pode ser o primeiro ex-presidente da República no Brasil a ser réu por tentativa de golpe contra o próprio país

O procurador-geral da República Paulo Gonet contestou oficialmente nesta quinta-feira, 13, a defesa dos acusados de tentativa de golpe de estado no Brasil; com o parecer, o Supremo Tribunal Federal ganha tempo para decidir se torna réu os acusados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

  • para Gonet, Bolsonaro liderava o núcleo central da trama de golpe no Brasil;
  • segundo ele, Bolsonaro agiu diretamente para impedir a posse de Lula (PT);
  • além do ex-presidente, foram denunciados generais e outros agentes políticos.

“Na espécie, a denúncia descreve de forma pormenorizada os fatos delituosos e as suas circunstâncias”, relata o chefe da PGR em sua manifestação.

Neste mesma quinta-feira, 13, o ministro Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma do STF – marcou para as 9h30 do dia 25 de março o início da análise do processo.

Caberá à turma – formada por Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Carmem Lúcia e Flávio Dino – decidir se Bolsonaro e os seus viram réus por golpe de estado…

O março da redemocratização é o mesmo do golpe militar…

Enquanto o Brasil se prepara para festejar os 40 anos do fim da ditadura, ainda há os que preferem lembrar o último dia do atual mês de 1964, que pode ter seu significado mudado se Jair Bolsonaro for tornado réu no STF

 

 

TRÊS MARÇOS PARA LEMBRAR. O Congresso ocupado pela ditadura, a redemocratização com Sarney e Tancredo e Bolsonaro na sombra do golpe

Ensaio

O Brasil comemora 4o anos da redemocratização no próximo sábado, 15,  período em que – bem ou mal – a população acostumou-se a escolher seus governantes de forma livre, embora muitos, nos últimos 9 anos, tentem devolver o país a um outro período, mais obscuro, que chega aos seus 61 anos no próximo dia 31.

  • quando o maranhense José Sarney (MDB) recebeu a faixa de presidente da República pôs fim à ditadura militar;
  • de lá para cá, foram oito presidentes eleitos diretamente pelo povo, o maior período de liberdade já experimentado;
  • a democracia é tão plena que, nestes 40 anos, tivemos dois presidentes depostos, um de forma justa, outra injustamente. 

“No campo político, Sarney foi responsável por medidas que consolidaram o processo de redemocratização, como o apoio à Assembleia Nacional Constituinte, que resultou na promulgação da Constituição de 1988. Outra medida importante foi a descentralização do poder, com o fortalecimento das administrações estaduais e municipais, o que foi fundamental para o processo de democratização do país”, conta o portal Mundo Educação, em  artigo sobre “O Governo Sarney”. (Leia aqui) 

A posse de Sarney já teve a sua história ressignificada e hoje ele paira acima do bem e do mal na política, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Sarney 9.4: a política brasileira nunca precisou tanto…”.

O ex-presidente garantiu a transição pacífica, o que resultou na eleição de Fernando Collor de Mello (1989), Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), Lula (2002 e 2006), Dilma Rousseff (2010 e 1014), Jair Bolsonaro (2018) e novamente Lula, em 2022.

E foi exatamente a ascensão de Bolsonaro – um obscuro deputado federal do baixíssimo clero, oriundo do Exército e com viés autoritário – que trouxe de volta a sombra da ditadura, lembrada, mas não celebrada, na outra data histórica que marca este mês, o 31 de março.

  • o golpe militar de 1964 é um dos piores e mais obscuros períodos da história do Brasil;
  • nos seus 21 anos, a ditadura teve os mesmos aspectos dos quatro anos de bolsonarismo.
  • calcula-se que cerca de 20 mil pessoas foram torturadas pela ditadura neste período.

A atual Constituição garante a intervenção das Forças Armadas para a manutenção da lei e da ordem. Sou a favor, sim, de uma ditadura, de um regime de exceção, desde que este Congresso dê mais um passo rumo ao abismo, que no meu entender está muito próximo”, declarou Bolsonaro, ainda em 1999, quando nem mesmo o pior pesadelo apontaria sua chegada ao poder no Brasil. (Relembre aqui)

  • não por acaso, Bolsonaro elegeu-se apenas dois anos depois do golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT);
  • não por acaso, Bolsonaro se vê prestes a ser tornado réu em processo por tentativa de golpe militar no Brasil.

A presença de Bolsonaro na política reforça a certeza de que a data de 31 de março é para ser lembrada apenas como período nefasto da história do Brasil; mas a redenção desta data pode estar no Supremo Tribunal Federal.

Quem sabe o STF não torna Bolsonaro réu por golpe de estado exatamente em 31 de março?!?

A história do Brasil iria agradecer…

Uma simples questão de ética e respeito à lei…

Há questões envolvendo os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes que levantam dúvidas sobre a isenção e a imparcialidade para julgar o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal

 

CONTAMINAÇÃO EMOCIONAL. Na opinião do escritor e acadêmico Joaquim Haickel, Flávio Dino e Alexandre de Moraes não têm isenção para julgar Bolsonaro

Por Joaquim Haickel*

Hoje, mais cedo, fiz uma postagem, que reproduzo abaixo, que gerou alguma repercussão e por isso resolvi voltar ao assunto e pedir ajuda, mas não aos universitários, resolvi pedir ajuda aos professores e fiz os dois questionamentos abaixo ao Chat GPT. Vejam quais foram as respostas!…

  • Minha postagem de hoje cedo:

“O conforto de Dino causa desconforto a quem defende a ética e a imparcialidade.

Flávio Dino disse recentemente que ele não sente desconforto algum em ter que julgar Bolsonaro. Ora, o problema não é o desconforto dele! O problema é o desconforto daqueles que acreditam que é muita falta de ética de um juiz, no caso ele, em não se declarar impedido em julgar alguém a quem já chamou anteriormente de demônio!

O código de ética e a lei orgânica da magistratura estabelecem que um juiz tem que julgar com imparcialidade, tanto que a alegada parcialidade de Moro, no julgamento de Lula, foi uma das causas da anulação do julgamento e descondenação do réu.

No caso de Dino, julgando Bolsonaro, fica a pergunta: como é possível alguém ser imparcial ao julgar uma pessoa que em sua opinião é o próprio demônio?”

Minhas perguntas ao ChatGpt:

1 – “Tendo como base o código de ética e a lei orgânica da magistratura, qual deve ser a atitude de um juiz que recebe a incumbência jurisdicional de julgar uma pessoa sobre a qual esse mesmo juiz disse ser “o próprio demônio”.

2 – “Tendo como base o código de ética e a lei orgânica da magistratura, qual deve ser a atitude de um juiz que recebe a incumbência jurisdicional de julgar uma pessoa que é acusada de planejar o assassinato do referido juiz?

As respostas do ChatGpt:

“Em ambos os casos, o juiz deve tomar medidas conforme o Código de Ética da Magistratura e a Lei Orgânica da Magistratura, que buscam garantir a imparcialidade e a confiança pública no Poder Judiciário. Abaixo estão as diretrizes para cada situação:”

1. Juiz que afirmou ser “o próprio demônio” sobre uma pessoa que deve julgar:

  • “De acordo com o Código de Ética da Magistratura Nacional (Resolução nº 135/2011 do CNJ) e a Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar nº 35/1979), o juiz deve agir com imparcialidade e evitar qualquer declaração ou atitude que comprometa a sua independência ou a confiança pública na justiça.”
  • Imparcialidade: “O juiz não pode ter qualquer tipo de preconceito ou animosidade em relação às partes envolvidas no processo. Fazer uma declaração tão contundente e negativa como essa pode configurar perda da imparcialidade, o que comprometeria a validade do julgamento.”
  • Dever de Isenção:A Lei Orgânica da Magistratura prevê que, em casos de dúvida sobre a imparcialidade do juiz, ele deve se declarar suspeito e se abster de julgar o caso, a fim de garantir que o processo seja conduzido de maneira justa.”
    “Portanto, diante de uma declaração tão negativa, o juiz deveria se declarar suspeito e remeter o caso para outro magistrado, a fim de preservar a integridade do julgamento e a confiança pública.”

2. Juiz que deve julgar uma pessoa acusada de planejar o assassinato do próprio juiz:

  • “Neste caso, a situação é ainda mais delicada, pois envolve uma ameaça direta à vida do juiz.”
  • Imparcialidade: “Mesmo em casos em que o juiz é pessoalmente afetado por uma situação, ele ainda deve se pautar pela imparcialidade. Contudo, o juiz não pode ser considerado imparcial em um processo em que ele é diretamente envolvido de forma pessoal ou emocional, como é o caso de uma ameaça à sua vida.”
  • Dever de Abster-se: “A Lei Orgânica da Magistratura, em seu artigo 254, determina que o juiz deve se abster de atuar no julgamento de processos em que ele tenha interesse pessoal ou se sentir emocionalmente comprometido. No caso de uma ameaça ao próprio juiz, ele deve se declarar suspeito.”
  • Desafastamento do Caso: “Para garantir a imparcialidade do julgamento e evitar qualquer dúvida quanto à justiça do processo, o juiz deve se abster de atuar no caso e solicitar a substituição por outro magistrado.”

Em ambos os casos, a atitude correta é o juiz se declarar suspeito e se afastar do julgamento, garantindo a imparcialidade do processo e a confiança pública na justiça.

O primeiro caso se refere ao ministro Flávio Dino que disse que Bolsonaro “é o próprio demônio” – Não acredite em mim? Acesse aqui. 

E o segundo caso se refere ao fato de uma das acusações contra o denunciado, constante do processo contra ele, é ter participado da trama para matar o ministro Alexandre de Moraes. (Veja aqui)

Portanto ambos deveriam se considerar impedidos de participar do julgamento de Bolsonaro…

*Joaquim Haickel é membro da Academia Maranhense de Letras

Flávio Dino deve presidir a turma do STF que julgará Bolsonaro….

Ministro maranhense assumirá o comando do colegiado formado por outros quatro ministros exatamente no período em que a ação contra o ex-presidente da República e outros 33 acusados de tentativa de golpe estará tramitando

 

NO MEIO DO FURACÃO. Esses são os ministros que irão julgar Bolsonaro na Primeira Turma do STF

O ministro maranhense Flávio Dino deve estar no comando da Primeira Turma no momento em que a ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrar na pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal.

A informação é do jornal O Globo.

  • além de Dino, compõem a primeira turma os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Carmem Lúcia;
  • o atual presidente deste colegiado é outro indicado pelo presidente Lula (PT), Cristiano Zanin, que deixa o posto em outubro.

“Ex-ministro da Justiça do governo Lula, Dino é alvo de forte rejeição pela militância bolsonarista e pelo próprio ex-presidente. Como presidente da Turma, caberá a ele definir os ritos e a dinâmica do julgamento; e certas decisões, ainda que meramente procedimentais, podem ser contestadas pela defesa de Bolsonaro”, destaca O Globo.

Dino foi ministro da Justiça no governo Lula e é um dos principais adversários de Bolsonaro dentro do lulismo.

Há uma pressão, inclusive nos bastidores do STF, para que o caso seja analisado por todos os 11 ministros e não apenas pelos membros da Primeira Turma.

Mas esta é uma outra história…

O início do fim do bolsonarismo…

Ex-presidente não conseguiu eleger seus favoritos e viu a direita conservadora – mais distante de seus postulados – crescer sistematicamente nestas eleições municipais, o que indica o surgimento de uma terceira via fazendo uma cunha na polarização entre a esquerda e a extrema direita

 

LULISMO X BOLSONARISMO. a esquerda ainda precisa de Lula como catalisador de votos, mas a direita já começa a ver a inutilidade de Bolsonaro

Análise de conjuntura

O primeiro balanço da mídia digital especializada em política em todo o país – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – apontou uma derrota acachapante da esquerda e do PT nestas eleições municipais.

Passadas as primeiras impressões, no entanto, é possível ver, também, uma espécie de fim do ciclo do chamado bolsonarismo-raiz, aquele mais identificado com os postulados do ex-presidente da República.

Os partidos que venceram as eleições são de centro-direita, mais moderados e menos radicais que os bolsonaristas.

  • a polarização entre lulistas e bolsonaristas, que existia no Brasil desde 2018, parece começar a arrefecer, com surgimento de novos atores;
  • embora o PT tenha sido derrotado, não é certo apontar que o presidente Lula também perdeu, uma vez que o lulismo se separa do petismo;
  • dois personagens podem ser destacados, ambos paulistas, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o governador Tarcísio de Freitas (PRB).

Tarcísio pode ser candidato presidencial já em 2026, com apoio provável do próprio Bolsonaro; Kassab deve permanecer com Lula e o PT, mas isso deve significar uma fatura cada vez maior ao PSD.

Entre os dois surge o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), embora tenha chances diminutas de se viabilizar nacionalmente. Pesa ainda o fato de Bolsonaro estar inelegível em 2026, um vácuo gigantesco no tempo e no espaço para quem precisa de disputas de poder.

Assim como o lulismo tornou-se ao longo do tempo maior que a esquerda, a direita mais autêntica, menos extremista vai tomando o lugar de Bolsonaro e sua postura odienta.

Mas há uma diferença entre os dois: o PT e a esquerda sabem que precisam de Lula para sobreviver nos próximos anos.

Já a direita começa a ver que não precisa mais de Bolsonaro…

Sobre Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto…

Mais uma vez, setores da imprensa e da classe política maranhense interpretam, cada um ao seu bel prazer, as falas das duas lideranças políticas nacionais em relação ao PL, o Maranhão e o deputado Josimar Maranhãozinho

 

Valdemar falou de “gente com fome” no Maranhão; Bolsonaro defendeu a direita maranhense, apesar do PL, dado por Valdemar a de Josimar

Houve um equívoco generalizado da imprensa maranhense – salvo honrosas exceções – na interpretação da fala do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e o contraponto a ela feito pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Esse equívoco de interpretação atingiu até políticos maranhenses, como o deputado Márcio Jerry (PCdoB), que tentou meter a colher na briga do PL sem entender exatamente o que disse cada um deles, como revelou o blog do Gilberto Léda. (Leia aqui)

A fala de Valdemar é clara; a de Bolsonaro ainda mais:

  • apenas Valdemar da Costa Neto agrediu o Maranhão, ao dizer que aqui não há esquerda ou direita, mas apenas “gente com fome”;
  • o que Bolsonaro fez foi contrapor exatamente este ataque de Valdemar, dizendo que, há, sim, direita no estado, apesar do PL.

O ex-presidente citou, inclusive, o deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) e a candidata do PRB em Imperatriz, Mariana Carvalho, como exemplos da direita que não reza na cartilha de Josimar Maranhãozinho e Pastor Gil, tratado de “bandidos” por ele.

No mesmo dia da polêmica entre Valdemar e Bolsonaro sobre o PL maranhense este blog Marco Aurélio d’Eça tratou do sucesso da direita maranhense, no post “Direita começa a ocupar espaço de poder no Maranhão”.

Jair Bolsonaro só não disse uma coisa: Tão bandido quanto Bolsonaro acha que são Josimar Maranhãozinho e Pastor Gildenemyr, é Valdemar da Costa Neto, que não os afasta do PL por que tem negócios com eles, envolvendo o próprio partido.

Esta é a interpretação da polêmica envolvendo o PL, Josimar e o Maranhão.

Sem tirar, nem pôr….

Bolsonaristas rejeitam Yglésio…

Na tentativa de atrair eleitores tiktoker’s – sabe-se lá porque – candidato optou por uma imagem de desequilibrado, cheio de caras e bocas e agressivo. Resultado:  foi chamado de “palhaço de debate”, antipatizado por eleitores do ex-presidente, amarga índices mínimos nas pesquisas e está fora do debate da TV Mirante

 

Os eleitores da direita viram Jair Bolsonaro em São Luís, mas parecem nem ter notado Yglésio ao lado dele

Ainda em janeiro, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “De como Duarte Jr. e Dr. Yglésio desmoralizam suas próprias imagens…”; tratava-se de um alerta sobre os riscos que os dois candidatos corriam com a postura tiktoker, que agrada a criançada de internet, mas não passa credibilidade.

O deputado estadual decidiu mesmo virar um personagem de redes sociais, com postagens sempre construídas para atrair visualizações, apelando para o humor escrachado e o deboche, que não condizem com a postura de um parlamentar, médico e advogado que tenta se mostrar como pronto para gerenciar uma capital como São Luís”, disse o blog, no caso específico de Yglésio.

Esta preocupação crítica foi exposta não uma, mas diversas vezes, pessoalmente ao próprio parlamentar e a seus auxiliares, que preferiram manter o estilo; passados oito meses, o personagem Yglésio até atraiu milhares de seguidores às suas redes sociais, mas patina na casa dos 2% de intenção de voto.

  • falta credibilidade ao candidato do PRTB, que, além de deputado é médico e advogado;
  • falta identidade ao deputado, que já esteve no PT, no PDT, no PSB e agora se declara bolsonarista;
  • falta confiança no parlamentar, que não consegue atrair aliados nem lideranças aos seus projetos eleitorais.

A falta de confiança no candidato é tamanha que nem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em São Luís conseguiu atrair eleitores bolsonaristas; havia muita gente de direita na carreata, mas essa gente sequer relacionava o ato com a campanha de Yglésio. 

No início da campanha, Yglésio dizia a todos que iria tirar Duarte Jr. (PSB) do segundo turno e chegaria com mais de 20% dos votos ao confronto direto com o prefeito Eduardo Braide (PSD); faltando uma semana para o primeiro turno,  seu desafio agora é outro.

Vai ter que brigar muito para chegar a um honroso terceiro lugar…

Imagem do dia: tangendo o gado bolsonarista…

Em ato de provocação política, candidato do PSB a vereador usa um berrante durante o ato de Jair Bolsonaro (PL) em São Luís, simbolizando a condução do rebanho de direita que segue obstinadamente o ex-presidente da República

 

GADO?!? Wesley com eu berrante em plena praça Maria Aragão, onde bolsonaristas se reuniam em toro no ex-presidente

O candidato a vereador de São Luís pelo PSB, Wesley Sousa, partiu para a provocação pura e simples aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira, 23.

Usando camisa da Seleção Brasileira, Sousa disfarçou-se de bolsonarista para chegar até à praça Maria Aragão; de berrante em mãos simulou tocar o instrumento, usado em fazendas para “tanger” o rebanho pelo pasto.

Foi uma alusão clara ao termo “gado” usado por adversários para se referir, pejorativamente, aos bolsonaristas, dispostos a tudo pelo “mito”.

Provocador nato, Wesley Sousa gerou polêmica na Câmara Municipal ao assumir mandato temporário este ano; denunciando que a Casa custa R$ 500 mil por dia aos cofres públicos, ele não ficou sequer um mês no mandato.

Suas fotos tocando berrante foram publicadas em suas redes sociais.

Até agora, nenhum bolsonarista reagiu à provocação…

Bolsonaro é a última cartada de Yglésio em São Luís…

Candidato do PRTB aposta na presença do ex-presidente em São Luís para subir nas pesquisas na reta final da campanha e garantir o segundo turno na capital maranhense; mas aposta também em superar o adversário Duarte Júnior

 

O deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (PRTB) tem dois objetivos imediatos com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua campanha, nesta segunda-feira, 23:

  • 1 – crescer nas pesquisas de intenção de votos a ponto de garantir o segundo turno em São Luís;
  • 2 – crescer nas pesquisas a ponto de superar o adversário Duarte Jr. e figurar no segundo turno.

Estrategicamente, a agenda de Bolsonaro foi montada para alavancar a candidatura de Yglésio:

  • o ex-presidente será atração da agenda do candidato no dia em que esta agenda será exibida em rede estadual no JM2, da TV Mirante;
  • Yglésio também é convidado da entrevista do JM1 nesta terça-feira, 24, na mesma Mirante, e poderá repercutir a vinda do ex-presidente;
  • a presença de Bolsonaro se dá na semana em que o Instituto Quaest vai a campo para mais uma pesquisa, a ser divulgada na sexta, 27.

A recepção de eleitores ao ex-presidente Bolsonaro dá a Yglésio esperança de conquistar os votos da extrema direita e da direita conservadora

Com apenas 2% das intenções de votos segundo a última pesquisa Quaest, Yglésio está bem distante do seu adversário direto, o deputado federal Duarte Jr. (PSB), que pode acabar sendo favorecido com um segundo turno contra o prefeito Eduardo Braide (PSD).

Para que isso não ocorra, Yglésio precisa crescer ao menos 20 pontos percentuais, a ponto de ser ele, e não Duarte ou outro candidato, o adversário de  Braide numa segunda rodada.

Tem apenas duas semanas para fazer acontecer…

Em Imperatriz, Bolsonaro confirma vinda a São Luís…

Ex-presidente que esteve nesta terça-feira, 17, em Imperatriz, anunciou em vídeo que estará na capital maranhense segunda-feira, 23, em agenda com o candidato do PRTB a prefeito

 

Bolsonaro com Yglésio, após evento com Mariana Carvalho, em Imperatriz

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta terça-feira, 17, durante sua passagem por Imperatriz, que vai participar de uma agenda com o candidato do PRTB a prefeito de São Luís, deputado Dr. Yglésio Moyses, na próxima segunda-feira, 23.

Na próxima segunda-feira, dia 23, estaremos ai em São Luís, com Yglésio colaborando com a  campanha dele para a prefeitura desta capital. Até lá, antecipadamente muito obrigado, um abraço a todos de São Luís”, disse o ex-presidente.

Na região tocantina, Bolsonaro participou de  atos de campanha da candidata Mariana Carvalho e foi homenageado por empresários; Yglésio acompanhou a agenda do ex-presidente, com quem gravou vídeo sobre a visita de segunda-feira.

Bolsonaro gravou vídeo para a campanha de Yglésio e confirmou presença em São Luís na próxima segunda-feira, 23

A presença de Bolsonaro na capital maranhense é um trunfo da campanha de Yglésio Moyses, que espera conquistar definitivamente a direita bolsonarista, ainda alinahda, em sua maioria, com o prefeito Eduardo Braide (PSD).

Diante da estagnação de Duarte Jr. (PSB), o crescimento dos outros adversário de Braide é a única maneira de forçar um segundo turno em São Luís…