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Holandinha é assim mesmo…

Quem espera ações que demonstrem atitude do prefeito de São Luís, pode se decepcionar. Criado numa doutrina patriarcal, cheia de regras e imposições, Edivaldo Júnior tornou-se amável e educado, porém inseguro e submisso; pouco afeito a assumir responsabilidades, ele jamais baterá na mesa

 

Edivaldo age assim com Dino...

Edivaldo age assim com Dino…

A parceria com o governo Flávio Dino (PCdoB), que poderia ser um dos trunfos do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) para tentar reverter a antipatia popular e salvar a renovação do mandato, já começa a ser vista com preocupação pelo aliados.

Os mais próximos temem que ele se deixe engolir pelo governador; que tenda a se deixar tutelar e a transferir responsabilidades de sua própria gestão, transformando Flávio Dino em prefeito de fato.

Mas não há como esperar nada diferente de Holandinha. Ele age assim por que é assim, incapaz de tomar as próprias decisões.

E esta postura é inerente à sua própria personalidade.

Oriundo de família evangélica tradicional – e patriarcal em grande medida – Holandinha tornou-se submisso desde criança, incapaz mesmo de contrariar as determinações do pai, de mestres, professores e qualquer um que demonstrasse autoridade à sua frente.

Somada à facilidade de uma vida confortável, como filho de político, acomodou-se ao ponto de tornar-se um adulto tímido, inseguro, submisso mesmo, embora afável, educado e simpático.

edvaldo

…Porque aprendeu assim com o pai

É perda de tempo esperar dele, por exemplo, uma batida de mesa, uma cobrança mais áspera a um auxiliar.

imagine-se, então, uma divergência mais dura com Flávio Dino a respeito do que fazer em São Luís? Nem pensar.

O prefeito é incapaz de demitir secretários deficitários  – apontados pelas próprias pesquisas que encomenda – por que encheu a gestão de amigos de infância, que sempre teve como ídolos; ou amigos do pai, dos tios, professores e ex-professores.

Em sua gestão, todos fazem o que querem, a hora que querem, como querem.

O mais provável é que Holandinha se entregue mesmo a Dino, se deixe tutelar.

Flávio Dino vai fazer o que quiser, como quiser e na hora que quiser em São Luís.

E o prefeito continuará escondido atrás das próprias ações, tímido, inseguro, submetido.

Por que Holandinha é assim mesmo…

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Pleno apoio…

sarneyAo saber das criticas que a deputada Andrea Murad (PMDB) vem recebendo de colegas do seu próprio partido –  devido à sua atuação como oposição ao governador Flavio Dino (PCdoB) – o ex-presidente José Sarney a aconselhou a manter a firmeza de seu discurso.

andreaPara o ex-presidente as decepções estão sendo muitas.

E a deputada vem se destacando justamente por não temer em dizer a verdade.

– O Maranhão precisa saber a verdade sobre o governo que aí está e a jovem deputada vem sendo intransigente na defesa dos maranhenses – sentenciou o ex-presidente.

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Edivaldo Holanda contra o tempo…

Edivaldo já começa derrotado, segundo jornalista

Edivaldo já começa derrotado, segundo jornalista

Por Ed Wilson Araújo

Objetivamente, falta um ano e meio para o prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) buscar a recuperação e tentar a reeleição.

Neste momento, ele está derrotado.

A grande esperança do prefeito é a injeção de recursos e parcerias do governo Flávio Dino (PCdoB), que demonstra total interesse em reeleger o prefeito.

Mas a grande pergunta é: vai dar tempo?

Em 18 meses é possível realizar um conjunto de obras que tornem o prefeito competitivo?

Até agora, a promessa de mudança não vingou. A juventude no prefeito não se traduziu na renovação administrativa.

Com a gestão travada, Holanda Jr não conseguiu avançar e se distinguir muito das administrações anteriores, como a de João Castelo (PSDB), a pior de todos os tempos na capital.

O prefeito tem, também, uma potencial adversária forte – a deputada federal Eliziane Gama (PPS).

No momento, a candidatura de Gama é dúvida. A qualquer hora ela pode ser chamada pelo governador Dino e desistir da Prefeitura, mediante um acordo.

Mesmo sem Eliziane no páreo, não será fácil a reeleição do prefeito.

O tempo corre ligeiro, inversamente proporcional às ações da Prefeitura.

Apoiado pela presidente Dilma, pelo governador Dino e pelo próprio mandato, Holanda Jr pode perder a eleição, algo parecido com a campanha de Jaime Santana em 1985.

Com uma gigantesca rede de apoios, Santana perdeu para Gardênia Gonçalves.

Nessa época, São Luís já estava no caos…

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O Maranhão em Brasília…

Com a aposentadoria do senador José Sarney e a ascensão de um governo sem relação no Palácio do Planalto, o Maranhão fica sem interlocutor na capital federal; e sem prestígio para reivindicações

 

jose-sarney_senadoO senador José Sarney (PMDB) deixará o Senado, oficialmente, a partir do dia 1° de fevereiro, quando tomam posse os novos parlamentares eleitos em outubro. Como se sabe, Sarney e sua filha, Roseana, decidiram não mais disputar eleições no Maranhão, e deixam a vida pública partir do fim dos seus mandatos.

Roseana se aposentou em dezembro, quando renunciou ao governo.

Sarney encerra seu mandato em 31 de janeiro.

A partir da aposentadoria do ex-presidente da República – quatro vezes presidente do Congresso e um dos políticos mais influentes do Brasil nos últimos 50 anos – o Maranhão perde a referência política em âmbito nacional.

Tanto que perdeu, inclusive, os dois representantes no ministério da presidente Dilma Rousseff (PT), que manteve desde 2006.

E acaba de perder, também, a refinaria de Bacabeira.

Leia também:

Flávio Dino sem acesso a Dilma…

O antes e o depois de Sarney no Maranhão…

O novo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), apesar de uma carreira importante como juiz federal, deputado federal e presidente da Embratur, com fortes contatos em Brasília, não demonstrou cacife suficiente para emplacar aliados maranhenses no ministério.

Dino, aliás, não tem, sequer, interlocutor no governo Dilma.

Dos deputados federais que passarão a compor a bancada maranhense, poucos têm relações mais próximas no Palácio do Planalto.

Destaca-se neste ponto Zé Carlos da Caixa (PT), que tenta atingir um raio de influência no Ministério das Cidades. O suplente Cláudio Trinchão (PSD) assumirá cargo de segundo escalão no mesmo ministério.

Mas é só.

E assim, o Maranhão no pós-Sarney continuará representado em Brasília.

Mas sem a mesma influência que tinha até 2014….

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Diques para melhorar IDH…

F_BRAGADo blog de Robert Lobato

No seu mais novo artigo, o advogado Flávio Braga fez uma sábia e oportuna defesa da retomada do Projeto “Diques da Baixada Maranhense” enquanto mais uma politica pública estruturante para ser posta em execução no âmbito do Programa “Mais IDH”, um conjunto de ações governamentais que visam melhor o Índice de Desenvolvimento Humano do Maranhão,

– A construção dos diques da Baixada contribuirá sensivelmente para melhorar o IDH e as condições de vida das comunidades rurais atingidas, pois a abundância de água doce representa a maior riqueza para as atividades de pesca de subsistência, pecuária, agricultura familiar e pequenas criações, como galinhas, patos, porcos, caprinos e ovino –  sustenta Braga.

De fato, os diques da baixada são um empreendimento público importante para vários municípios da Baixada Maranhense e tem um alcance socioeconômico fantástico.

Realmente poderia ser contemplado dentro da gama de ações previstas pelo programa Mais IDH. Continue lendo aqui…

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Os passos de Roberto Rocha…

Os movimentos políticos do senador eleito Roberto Rocha (PSB) seguem uma lógica já adotada pelo próprio governador Flávio Dino (PCdoB).

Rocha sabe que precisa se consolidar como líder de um grupo para ocupar o vácuo deixado pelo fim do grupo Sarney; e, para isso, movimenta-se fortalecendo ou construindo novos aliados.

Embora Dino insista em manter uma beligerância contra o já extinto grupo Sarney, Rocha sabe que é do grupo dinista que deve sair o contraponto ao novo governo.  E sabe, assim como Dino, que as eleições de 2016 são fundamentais na consolidação deste processo.

Rocha e Flávio: aliança de conveniências...

Rocha e Flávio: aliança de conveniências…

Para se consolidar como favorito nas eleições de 2014, Flávio Dino apostou suas fichas, em 2012, na vitória do afilhado Edivaldo Júnior (PTC) em São Luís – e de outros aliados em municípios estratégicos.

Roberto Rocha quer repetir esta estratégia em 2016.

E trabalha com a hipótese de duas candidaturas contra Holandinha: a da deputada federal eleita Eliziane Gama (PPS) ou a do ex-prefeito de Ribamar, Luis Fernando Silva.

Ou as dos dois.

Leia também:

O projeto de poder de Roberto Rocha…

Roberto Rocha e Flávio Dino oito ano depois…

O projeto de 20 anos de Holandinha e Flávio Dino…

Vencendo as eleições de 2016 com um dos dois aliados – e mantendo uma base de prefeitos em importantes colégios eleitorais – Rocha surge como principal adversário de Dino em 2018.

Até por que, nada tem a perder.

Com mandato no Senado até 2022, ele pode ser candidato a governador em 2018 sem precisar renunciar.

Mesmo perdendo, cria as condições para ser o principal advrsario de Dino exatamente no momento em que o comunista estiver deixando o governo.

Mas se tiver um prefeito aliado em São Luís, suas chances em 2018 passam a ser maiores.

E, dependendo do desgaste de Dino daqui a quatro anos pode dar ainda mais trabalho, já no próximo pleito.

E vai que…

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O projeto de poder de Roberto Rocha…

Senador eleito no Maranhão sabe que tem data marcada para um embate pessoal com Flávio Dino pela vaga que ocupará em fevereiro; e sabe que, atuando com desenvoltura, terá cacife para ser a segunda força política nos próximos oito anos

 

O senador eleito Roberto Rocha (PSB) deve renunciar ao mandato de vice-prefeito de São Luís na próxima sexta-feira.

Ele pretende manter-se sem nenhum vínculo com a administração do prefeito Edivaldo´Holanda Júnior (PTC) já a partir do m~es de janeiro, quando vai se preparar para assumir o mandato em Brasília.

Disputa de poder entre Roberto Rocha e Flávio Dino

Futuro senador, Roberto Rocha, paradoxalmente, terá de cuidar do futuro

E o projeto político de Roberto Rocha tem desenho claro.

O futuro parlamentar sabe que as forças que se contrapunham ao poder do grupo agora capitaneado pelo futuro governador Flávio Dino estão em processo de desmanche; e que ele pode surgir como segunda força política no estado já a partir das eleições de 2018.

Para isso, trabalha  um planejamento para 2016 que possa lhe garantir chegar ao final dos primeiros quatro anos de mandato com cacife político necessário para uma candidatura alternativa de governador.

Até por que sabe que, de uma forma ou de outra, a vaga que agora ocupará no Senado, será naturalmente reivindicada por Flávio Dino até 2022, se o comunista se reeleger governador em 2018.

Por isso, Rocha precisa se afastar de Holandinha, que funciona como uma espécie de linha auxiliar de Flávio Dino.

E para isso, o senador socialista já trabalha um projeto também para 2016 em São Luís.

É aguardar e conferir…

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PT maranhense vai decidir futuro…

PT-rachadoA Executiva regional do PT deve se reunir ainda este mês para definir o posicionamento em relação à política no Maranhão.

Ainda parte do governo Roseana Sarney (PMDB), que termina no dia 31 de dezembro, correntes da legenda já trabalham um reposicionamento, com três linhas básicas de atuação.

O grupo que está no governo que ser se manter nele, ao lado do grupo que sempre fez oposição e que já conseguiu espaços no futuro governo.

Outra parte, que reúne membros das duas correntes, quer aproximação com a gestão do prefeito Edivaldo Júnior (PTC) – também ocupando cargos, obviamente.

A parte mais independente, que nunca esteve nem com Roseana e nem com Flávio Dino – muito menos cogita aproximação com Holandinha – defende que o partido se reforce internamente para entrar na sucessão do próprio Holandinha, prioritariamente, com candidato próprio.

A reunião da Executiva do PT será quarta-feira…

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Pesquisas apontam favoritismo de Eliziane em São Luís…

Eliziane: capital eleitoral poderoso para subir a ladeira

Eliziane: capital eleitoral poderoso para subir a ladeira

Nenhum outro nome tem hoje tanta densidade eleitoral na capital maranhense quanto o da deputada Eliziane Gama (PPS).

Todas as pesquisas já realizadas na capital maranhense sobre a sucessão do prefeito Edivaldo Júnior (PTC) – algumas delas encomendadas pelos próprios aliados do prefeito – apontam Eliziane com mais de 50% das intenções de votos, índice quase três vezes maior que os de Holandinha.

Deputada federal mais votada do Maranhão e da história de São Luís, a parlamentar supera em popularidade até mesmo figurões da política, como a governadora Roseana Sarney e o ex-secretário Luis Fernando Silva, nomes cotados para a disputa pelo PMDB.

Carismática, a deputada tem a simpatia do eleitorado

Carismática, a deputada tem a simpatia do eleitorado

A vantagem de Eliziane  Gama em relação à eleição de governador é que a deputada não tem nada a perder entrando na disputa: mesmo perdendo a eleição de 2016, ela reunirá cacife significativo para a disputa de 2018, como candidata à reeleição ou mesmo a um cargo majoritário, de senadora ou governadora.

É com esta tranquilidade eleitoral no horizonte que a deputada trabalha; e também por isso tem sido assediada por aliados de Holandinha, para desistir das eleições municipais em troca da consolidação de seu nome para 2018.

Consolidação que ela já tem por si só.

Basta saber administrar o potencial…

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A reeleição de Flávio Dino…

dinoO comunista Flávio Dino terá o melhor dos mundos para governar o Maranhão a partir de 2015.

Além de ter à sua disposição algo em torno de R$ 2 bilhões para investimentos, um estado enxuto do ponto de vista fiscal e várias obras inauguradas ou em fase de inauguração, o futuro governador terá à disposição as garantias para fazer os ajustes  que achar necessário na máquina administrativa.

Mas Dino navegará também em águas claras no que se refere à questão política.

A seu favor terá o salvo-conduto do discurso anti-Sarney e não terá nenhum adversário de peso pelos próximos quatro anos, pelo menos, já que os líderes do grupo que poderia lhe fazer oposição – a exemplo da governadora Roseana Sarney e do senador Lobão Filho (ambos do PMDB) – parecem desinteressados, frustrados ou fora de combate. (Leia aqui e aqui)

O comunista governará tendo contra si apenas um arremedo de oposição, liderada sabe-lá por quem.

E muitos destes “oposicionistas” – na política, na opinião pública e na mídia – já se insinuam de todas as formas, em busca de um ceno do futuro governador, ou de algum dos seus.

Leia também: 

O projeto de 20 anos de Holandinha e Flávio Dino…

Roberto Rocha e Flávio Dino oito anos depois

Em lua-de-mel com a população – que verá resquícios de sarneysismo em qualquer acusação ou denúncia que se ousar fazer contra o novo governo – Dino tem folga de popularidade de, pelo menos, quatro anos, até que a população comece a entender que a mudança não é tão mudança assim.

Mas sem adversários de peso, este tempo de “carência” pode se estender por bem mais anos.

E até lá, o futuro governador já terá consolidado as bases para um novo mandato.

E também o do sucessor, do sucessor do sucessor…