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E José Reinaldo, Flávio Dino? Ele também é golpista?!?

Na contramão do que prega o afilhado comunista, ex-governador avalia que, na Câmara Federal, o sentimento é o de que Dilma já perdeu as condições de comandar o país e caminha para o afastamento

 

Joé Reinaldo com Dino: eles já não fazem questão de esconder as diferenças

Joé Reinaldo com Dino: eles já não fazem questão de esconder as diferenças

Em discurso de militante partidário, o governador Flávio Dino (PCdoB) chamou de golpistas, ontem, todos os que defendem o afastamento da presidente Dilma Rouseff (PT). Pelo raciocínio estudantil do comunista, o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) – seu mentor, criador e principal artífice de sua eleição – também é um golpista.

Em artigo publicado hoje – intitulado “A crise isola o governo” – Tavares não só aponta que Dilma está à beira do abismo político como acusa ela própria pela situação que vive.

E diz que, na Câmara, tudo está pronto para seu afastamento.

– Se o julgamento das contas do governo pelo TCU for pela desaprovação; e se ela for enquadrada na Lei de Responsabilidade Fiscal, está tudo pronto na Câmara para iniciar um processo cujo desfecho pode ser, de acordo com a lei, o seu afastamento. Nesse caso, assumiria o vice-presidente Michel Temer para cumprir o restante do seu mandato – conta José Reinaldo.

Dilma com Dino: militante partidário em cima de palanque

Dilma com Dino: militante partidário em cima de palanque

Em sua linha de raciocínio, Tavares acaba por botar o governador maranhense na mesma laia do PSDB , que também já não quer Dilma fora – pelo simples fato de que, no caso em tela, quem assume é o peemedebista Temer.

– Alguma coisa pode salvá-la desse desfecho? Especula-se que ela só conseguirá evitá-lo, se algo inusitado acontecer. Por exemplo, se o PSDB se juntar ao PT. É incrível, mas pode acontecer. E ocorrendo mesmo, o PSDB está arriscando a sua credibilidade política, talvez de forma definitiva – analisa Tavares.

É exatamente com o que sonha Dino, o comunista.

A´cio com Dino; no fim das contas, eles pensam iguaizinhos

A´cio com Dino; no fim das contas, eles pensam iguaizinhos

Discordando do afilhado, José Reinaldo Tavares aponta que a própria Dilma é responsável pela situação a que chegou, pela arrogância e incapacidade de diálogo – aliás, mesmo comportamento visto no aliado comunista.

– A presidente Dilma parece que não sabe muito bem mensurar o que está acontecendo (…) Seu temperamento forte parece não deixar que ela tenha humildade para reconhecer seus erros (…) Ela prefere brigar mesmo, chegando à beira do abismo, com apenas 8% de aprovação. Ou seja, apenas oito brasileiros em cada cem aprovam o seu governo (…) Mesmo assim, ela parte para a briga, desdenha do panelaço, desdenha da realidade – diz o ex-governador.

Mas, político experiente, José Reinaldo também aponta soluções, que , segundo ele, está nas mãos da própria Dilma.

– Na verdade, a única pessoa que poderia criar as condições para ficar no governo (…) é a própria Dilma, se lançasse ao debate um projeto de conciliação nacional, se desculpando pelos erros (…) lançando ao debate uma pauta de projetos que, pela sua importância, pudessem mudar o rumo do país, que hoje está em queda livre – diz ele.

O discurso de ontem, de Flávio Dino, e o artigo de hoje, de José Reinaldo, põem, mais uma vez, criador e criatura no lado oposto da opinião.

Dino, imaturo, com seu conhecimento estudantil do que é a conjuntura política nacional.

José Reinaldo, calejado e experiente, apontando as causas e dando as soluções do problema.

O que, para o militante Flávio Dino, é “golpe”, para o político José Reinaldo é conjuntura… 

Leia aqui a íntegra do artigo de José Reinaldo
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Como entender José Reinaldo?!?

Ex-governador quer que a opinião pública aceite sem questionar sua mudança repentina de opinião em relação ao ex-presidente José Sarney, que ele mesmo ajudou a atacar nos últimos 10 anos

 

José Reinaldo falou, falou, ninguém ligou e ele agora culpa a imprensa...

José Reinaldo falou, falou, ninguém ligou e ele agora culpa a imprensa…

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) voltou a falar no já fracassado “Pacto pelo Maranhão”, em entrevista à rádio Capital AM; e reclamou de ter sido incompreendido pela imprensa.

– A imprensa de São Luís não entendeu a proposta que fiz no “Pacto pelo Maranhão”. Quem entendeu, bem; quem não entendeu, paciência! Eu não tenho problema nenhum com o Flávio, a gente conversa, discute sobre vários assuntos, e não há problema nenhum entre eu e ele, nunca houve, sempre estamos muito bem – lamentou o agora deputado federal.

Ora, parlamentar, mas como entender sua proposta?!?

José Reinaldo Tavares foi o principal artífice da mudança de postura da mídia nacional em relação ao ex-presidente José Sarney (PMDB), que resultou numa campanha de ataques ao ex-presidente e ao Maranhão sem precedentes na história da República.

Como governador e como artífice das campanhas de Jackson Lago (PDT), em 2006, e de Flávio Dino (PCdoB), em 2010, José Reinaldo construiu a ideia de que eram os Sarney os responsáveis por todos o males do Maranhão, ideia que se disseminou ao longo dos últimos 10 anos.

Como entender que, agora, após sete meses do governo de sua principal criação, o governador Flávio Dino (PCdoB), o mesmo José Reinaldo venha a público dizer que, para se desenvolver, o Maranhão precisa de Sarney?

Talvez por isso é que os principais destinatários do recado de Tavares – Sarney e Flávio Dino – deram de ombros à sua proposta.

Por que fica difícil entender essa…

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Frase do dia: a razão de José Reinaldo…

andreaO criador chegou à conclusão de que a criatura é incapaz e pediu socorro para o ex-presidente Sarney”

Andrea Murad em discurso hoje, na volta dos trabalhos da Assembleia Legislativa, ao comentar sobre os artigos de José Reinaldo Tavares propondo Pacto pelo Maranhão, que soou mesmo como tentativa camuflada de pedir arrego ao político mais influente do Brasil

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Flávio Dino não tem o que oferecer a Dilma…

Em profunda crise de credibilidade e de apoio, presidente petista quer dos governadores que convençam suas bases no Congresso a garantir a governabilidade; mas o governador maranhense simplesmente não tem base no Congresso

 

Flávio Dino com pate da bancada maranhense: a rigor, ele "controla" dois ou três...

Flávio Dino com parte da bancada maranhense: a rigor, ele “controla” dois ou três…

A mídia alinhada ao governador Flávio Dino (PCdoB) tenta, desde ontem, criar a ideia de que ele é um dos artífices do movimento de governadores em favor da moribunda presidente Dilma Rousseff (PT).

Mas o governador do Maranhão está apenas a reboque. E Dino está a reboque por que nada tem a oferecer a Dilma.

A presidente quer dos governadores que convençam seus deputados e senadores a garantir a governabilidade no Congresso, votando o “Ajuste Fiscal” e evitando rachas partidários.

Mas Flávio Dino não tem base parlamentar alguma no Congresso.

A começar pelo Senado, nenhum dos três senadores segue a cartilha do governador comunista.

Os peemedebistas Edson Lobão e João Alberto já compõem a própria base de Dilma e seguem o PMDB, querendo Dino ou não. O socialista Roberto Rocha, por sua vez, tem relações umbilicais – e projeto de poder – com o colega Aécio Neves (PSDB-MG); e dificilmente seguirá orientações de Dino para defender a presidente.

Na Câmara, a rigor, “fecham” incondicionalmente com o governador maranhense apenas os deputados Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (PSB) e Weverton Rocha (PDT).

Ocorre que Weverton e Pereira Júnior já compõem a base e tendem a seguir o Planalto, independentemente da vontade de Dino. Eliziane e José Reinaldo, por outro lado, fazem oposição ao PT e a Dilma, queira ou não o comunista maranhense.

Outros deputados, como Zé Carlos (PT), André Fufuca (PEN), Juscelino Filho (PRP), João Castelo (PSDB), Waldir Maranhão (PP) e Júnior Marreca (PEN) – embora possam se alinhar ao governador – seguem posicionamento próprio na Câmara.

João Castelo, Andre Fufuca e Waldir Maranhão, por exemplo, têm pouca afinidade com o governo Dilma. Castelo, por razões óbvias e partidárias; Fufuca e Maranhão pela relação que têm hoje com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Por último, há os sarneysistas, ou independentes: Hildo Rocha (PMDB), Sarney Filho (PV), Pedro Fernandes (PTB), Alberto Filho (PMDB), João Marcelo Sousa (PMDB), Aluísio Mendes (PSDC) e Victor Mendes (PV).

Dificilmente algum deles seguirá qualquer orientação do governador maranhense.

Como se vê, Flávio Dino nada tem a oferecer a Dilma Rousseff para aplacar a crise no Congresso.

E se quiser vender um pacote – em troca de investimentos que salve ele próprio no estado – não terá como entregar a mercadoria…

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O pacto pressupõe um mea culpa…

Ao sugerir que o Maranhão precisa de Sarney para se desenvolver, o ex-governador José Reinaldo Tavares indica também que os atuais ocupantes do palácio passaram os anos a mentir ao povo sobre o ex-presidente

 

José Reinaldo quer Dino ao lado de sarney para melhorar o Maranhão

José Reinaldo quer Dino ao lado de Sarney para melhorar o Maranhão

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) insiste na tese da necessidade de um pacto entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o ex-presidente José Sarney (PMDB) pelo desenvolvimento do Maranhão.

Trata-se de um mea culpa de José Reinaldo.

Ex-aliado do próprio Sarney e padrinho político de Flávio Dino, José Reinaldo foi um dos principais artífices da ideia de que Sarney era o responsável por todos o males do Maranhão. E vendeu esta ideia para o Brasil inteiro, financiando matérias e reportagens duras sobre o estado, criando a imagem de um estado ruim, uma espécie de Afeganistão brasileiro.

Se agora José Reinaldo diz que Sarney é necessário para que Dino consiga melhorar a imagem do Maranhão, então, antes de qualquer coisa, José Reinaldo deve pedir desculpas ao povo do Maranhão.

Leia também:

Para Bentivi, José Reinaldo admitiu que Flávio Dino precisa de Sarney…

Pacto: José Reinaldo fala sozinho em seu grupo...

E se estiver por trás da proposta reinaldista, Flávio Dino também deve desculpas ao Maranhão.

Escorado em José Reinaldo, Flávio Dino surgiu para a política em 2006, com o mesmo discurso de que o grupo Sarney destruiu o Maranhão.

E vendeu isso por onde passou, usando as estruturas que dispunha para atacar o Maranhão com o intuito de se beneficiar eleitoralmente.

Agora, sete meses depois de assumir o governo, seu principal padrinho aparece pedindo ajuda para… o mesmo Sarney.

O pacto proposto por José Reinaldo impõe, portanto, uma condição primária: um mea culpa do próprio José Reinaldo.

O ex-governador precisa reconhecer publicamente que mentiu – e muito – sobre o ex-presidente Sarney, para que seus argumentos a favor de um pacto que envolva Sarney possam ser vistos como sinceros.

Sem esta condição, tudo se perde no vazio dos interesses pessoais.

É simples assim…

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Para Bentivi, Zé Reinaldo admitiu que Dino precisa de Sarney…

Candidato a prefeito de São Luís analisa artigo do ex-governador e levanta a hipótese de que, no fundo, o atual ocupante do Palácio pode estar por trás da tentativa de aproximação com o ex-presidente

 

Bentivi vendo além do dito...

Bentivi vendo além do dito…

De volta ao Maranhão – após defender tese de Doutorado em Portugal, o médico e candidato a prefeito de São Luís João Melo e Sousa Bentivi (PRTB) classificou o artigo “Pacto Pelo Maranhão”, assinado pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), como uma admissão de que “o governador Flavio Dino precisa do senhor José Sarney, para tirar o Maranhão do atoleiro”.

E analisa mais Bentivi: para ele, o próprio Flávio Dino (PCdoB) estaria por trás do aceno, sem, no entanto, querer aparecer.

– Quando alguém discursa ou escreve algo, subtende-se que essa pessoa é autora e responsável por aquilo que diz ou aquilo que escreve. José Reinaldo certamente o é. Mas para que enfatizar que a afirmação é dele? A rigor, essa afirmação é pleonástica. Seria para dizer ao mundo que o governador não tem nada a ver com esse samba? (…) Mas poderia ser outro o raciocínio: o governador é parceiro da ideia reinaldista, porém não quer aparecer. Assim,  o fiel deputado, assumindo todos os ônus, como bom “pai político” do governador, o estaria ajudando, dando-lhe somente os bônus do possível e desejável apoio do velho cacique. Nesse caso, a primeira consequência seria o soterramento do discurso dinista do passado nefasto e a canonização de José Sarney – avaliou Bentivi. (Leia a íntegra aqui)

Tavares e Dino: estariam os dois articulados?

Tavares e Dino: estariam os dois articulados?

O artigo de José Reinaldo causou forte repercussão na imprensa, semana passada. mas foi ignorado, tanto por Flávio Dino quanto por José Sarney.

Uma semana depois, Bentivi finaliza sua análise com uma opinião sobre os dois:

– Espera-se a palavra do governador. O outro José, o Sarney, deve estar às gargalhadas, pois sabe tudo e de tudo desse gramado.

É simples assim…

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O pacto de José Reinaldo dois anos atrás…

7 de março de 2014 – este blog publica, com selo de exclusividade, o post “PT nacional quer toda a base de Dilma unida no Maranhão”. À época, várias foram as críticas à argumentação do blog. Mas, naquela época, o post mostrou que já se defendia um pacto pelo Maranhão, como propõe agora o ex-governador José Reinaldo Tavares(PSB).

– A ideia de Dilma, Lula e Cia é a seguinte: o PCdoB manteria a candidatura de Flávio Dino ao governo, tendo PT e PMDB na chapa; o primeiro, indicaria o vice, cabendo aos peemedebistas a indicação do candidato a senador, que poderia ser a própria governadora Roseana Sarney – ou o secretário Luis Fernando Silva – afirmou o blog, à época. (Releia aqui)

O próprio Tavares foi contra o pacto, que garantiria a manutenção da força política que o Maranhão perdeu com a saída e José Sarney do cenário eleitoral.

Força esta reconhecida agora pelo próprio José Reinaldo Tavares, em seu já histórico artigo no Jornal Pequeno. (entenda aqui)

Bem antes disso, em 15 de outubro de 2013 – dois anos antes da proposta de Tavares, portanto – o jornal O Estado de S. Paulo afirmava que a presidente Dilma Rousseff (PT) havia comunicado a Sarney que Flávio Dino apoiaria Roseana ao Senado (Veja aqui), desde que o grupo da governadora deixasse a candidatura de Luís Fernando Silva (PMDB), que abandonou a corrida meses depois.

Como se vê, a movimentação de lideranças por um pacto pelo Maranhão já vem de longe.

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Para onde vai José Reinaldo?!?

Ao escrever uma espécie de desabafo no Jornal Pequeno, o ex-governador reconhece, primeiro, a incapacidade do seu afilhado comunista de mudar o Maranhão sozinho; e, depois, faz um mea culpa tardio em relação ao seu próprio padrinho. Mas seu gesto deve ser respeitado como a quebra e um paradigma político 

 

Zé Reinaldo com seu pupilo, agora governador: é preciso mais do que um homem só..

Zé Reinaldo com seu pupilo, agora governador: é preciso mais do que um homem só..

O surpreendente artigo do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB)  publicado hoje no Jornal Pequeno aponta para dois caminhos.

O primeiro, mostra um Tavares cada vez mais distante de sua criatura, o atual governador Flávio Dino (PCdoB); o outro caminho, retrata um político em busca de redenção com o seu próprio criador, de quem se afastou e amarga hoje as consequências de seus atos.

Não é mais surpresa para ninguém que José Reinaldo hoje já não tem a mesma relação com Flávio Dino – que ele inventou como candidato a deputado federal e criou como candidato a prefeito e a governador, ajudando-o, sem dúvida, a se eleger em 2014.

O distanciamento de Dino pode ser visto em um dos trechos do artigo:

– Aqui falo por mim. Não falo por mais ninguém. Portanto não se trata de qualquer tipo de barganha. Não se trata da oferta de cargos em troca de apoio. Não é, enfatizo, um pacto político. Não se trata, enfim, de troca de favores – afirma o ex-governador. (Leia a íntegra aqui)

O próprio Tavares, há um ano atrás, no mesmo Jornal Pequeno, apontava Flávio Dino como a redenção do Maranhão, o homem capaz de mudar o estado em todos os seu aspectos; o homem capaz de livrar os maranhenses do jugo da oligarquia, que ele via como nefasta.

Hoje, o ex-governador vê “momento de imensa dificuldade”, reconhece que a missão da mudança não será “tarefa fácil” e faz “um apelo ao ex-presidente e àquele político que fascinou a todos os jovens promissores que com ele trabalharam, quando governador e nele acreditaram”, como o próprio José Reinaldo.

Flávio Dino com José Sarney, em recente aceno

Flávio Dino com José Sarney, em recente aceno

Falo por mim, sem medos de patrulhas e de maus entendidos. Não serei eu a ganhar nada me arriscando assim. Será o povo do Maranhão. Mas sei que muitos entre nós pensam como eu. Não estarei sozinho e nem pregando no deserto. Nossa sociedade não perdoará a nós políticos, se não nos unirmos em torno do projeto maior que é o desenvolvimento do Maranhão. Essa é a finalidade maior de estarmos na política, com ou sem mandatos”

Mas é de Sarney que José Reinaldo Fala, não de Flávio Dino. E é este o ponto do novo caminho do ex-governador.

O “pacto pelo Maranhão” proposto por José Reinaldo já havia sido proposto também pelo outro lado.

Pelo próprio Sarney, por João Alberto, Lobão – e até por Lula e por Dilma. Todos ironizados e ridicularizados por este mesmo Tavares, e por seu afilhado comunista cheio de si.

São apenas seis meses de governo Flávio Dino.

E como este próprio blog diz, gestão é como cantiga de grilo: termina sempre do jeito que começa. E o começo do governo Dino mostra que o futuro não guarda muito alegria para o maranhense – inclusive para os que acreditaram na mudança.

Mas, ao invés de críticas, patrulhas ou desabafos, o gesto de José Reinaldo Tavares é digno, sim, de respeito. Digno de reconhecimento pela coragem de assumir um posicionamento de valor histórico imensurável.

O que ele mostra é que não há ninguém melhor que outro, não há “Professores de Deus” na terra e muito menos salvadores da pátria.

É um gesto, sem dúvida, para mudar os paradigmas da política maranhense.

E ele, certamente, não estará falando sozinho…

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PSB vira campo de batalha entre Flávio Dino e Roberto Rocha…

Candidatura do partido a prefeito de São Luís atende aos interesses do governador comunista, que pretende esvaziar a deputada Eliziane Gama, como forma de frear, também, o projeto do senador socialista

 

Fl´~avio Dino e Roberto Rocha têm Eliziane Gama entre eles...

Flávio Dino e Roberto Rocha têm Eliziane Gama entre eles…

O PSB maranhense será palco de uma batalha – que deve se manter surda, pelo menos por enquanto – entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o senador Roberto Rocha, que preside a legenda em São Luís.

Aliados de Dino, os socialistas Luciano Leitoa (presidente regional do PSB) e Bira do Pindaré trabalham por uma candidatura própria em 2016. O objetivo é claro: isolar a deputada Eliziane Gama (PPS), evitando que Roberto Rocha leve o partido a uma coligação com a parlamentar.

Flávio Dino trabalha em seu primeiro ano de mandato no governo já de olho na reeleição em 2018. Mas sabe que terá em Roberto Rocha um adversário difícil – sobretudo se o senador conseguir garantir apoio a Eliziane e ela vencer a disputa em São Luís.

Leia também:

Roberto Rocha e Flávio Dino oito anos depois…

O projeto de 20 anos de Holandinha e Flávio Dino…

Rocha sabe que o atual mandato de senador que ele tem deve ser o de Dino em 2022. Precisa, portanto, manter-se cacifado política e eleitoralmente para, caso necessite, negociar bem as posições quando chegar o momento.

Para garantir o controle do PSB, Flávio Dino conta com Leitoa e Bira, mas o posicionamento do ex-governador José Reinaldo Tavares ainda é uma incógnita. Antipático em relação a Edivaldo Júnior, Tavares também mostra-se contrariado com os rumos do governo Dino, o que pode levá-lo a fechar com o projeto de Roberto Rocha.

Mas esta é uma outra história…