18

A OAB na contramão dos advogados…

gráfico um mostra o que os advogados esperam da OAB-MA

A seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil é hoje uma instituição que aponta mais para fora do que para dentro da própria classe.

Pelo menos é esta a opinião dos próprios associados, segundo pesquisa do Instituto Escutec com 479 advogados em todo o estado.

Na atual gestão, a entidade é vista por 41,3% como uma entidad que defende apenas “os interesses da sociedade”. Outros  23,4% acham que a OAB é “respeitada na sociedade”, o que eleva para 64,7% o índice de advogados que vêem a instituição como um suporte voltado para fora, não para dentro, para os próprios advogados.

A OAB como defensora dos interesses dos advogados é vista na atual gestão por apenas 27,8% dos associados, pouco mais de 1/4 do total de advogados maranhenses.

A contramão da atual gestão é demonstrada exatamente quando a Escutec pergunta o que os advogados epseram de sua associação de classe.

O detalhe é que quase 60% dos entrevistados disseram ter votado na atual gestão na última eleição.

E o gráfico 2 mostra como a classe vê hoje a instituição

Quando o instituto perguntou “O que o Sr. espera da OAB?”,  a resposta foi direta e objetiva:

Nada menos que 76,2%  esperam que a OAB atue “na defesa das prerrogativas profissionais dos advogados”. Outros 15,7% querem da instituição que atue na “Ação Social, Previdenciária  de Saúde dos advogados”.

Não há, nas respostas obtidas pelo Escutec nenhuma – nenhuma mesmo – que aponte apoio dos advogados à atuação externa da OAB – social, política ou seja lá qual for – como ocorre na gestão que hoje controla a instituição.

Tradução: os advogados querem uma OAB voltada para os advogados.

E pelo que mostra a pesquisa Escutec, a atual gestão não conseguiu oferecer isso à categoria…

9

Simulação de democracia não serve aos advogados…

Por Charles Dias*

A defesa da moralidade pública, das liberdades democráticas e da própria cidadania depende da existência de instituições igualmente livres, independentes e cidadãs, fazendo jus à legitimidade a elas assegurada pelo sistema constitucional.

Causa surpresa aos advogados a postura da Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil, que – além de não garantir aos profissionais de advocacia do Estado o direito de escolher democraticamente os candidatos ao Quinto Constitucional – vem adiando, sem justificativa plausível, a formação, pelo Conselho Seccional, da lista sêxtupla que será enviada ao Tribunal de Justiça do Maranhão, com vistas ao preenchimento da vaga destinada à instituição na Corte estadual de Justiça.

O estranho comportamento tem sido reverberado entre os advogados que criticam o silêncio complacente da entidade. A OAB precisa sair do buraco da contradição interna, que retira da classe o direito de ver o novo representante da advocacia ocupar a vaga reservada ao Quinto Constitucional – Instituto previsto no artigo 94 da Constituição Federal, que estabelece a destinação de 20% das vagas existentes em Tribunais a advogados e membros do Ministério Público.

Quais interesses estariam por trás desse silêncio injustificável em relação à escolha e o envio da lista sêxtupla ao Tribunal de Justiça?

A Seccional precisa entender que a norma constitucional que deu à OAB um papel de inegável importância na defesa da cidadania e da Justiça, exige também a implantação de uma democracia real e efetiva dentro da instituição, evitando que interesses políticos alheios à classe se sobreponham às questões maiores da advocacia.

A demora na formação e envio da lista sêxtupla ao Tribunal de Justiça é uma questão nevrálgica que a OAB do Maranhão vem se negando a enfrentar. Tal atitude ajuda a retirar a expressividade da entidade perante as instituições na cena estadual e nacional, enfraquecendo as posições da advocacia junto ao Poder Judiciário e tirando da Ordem o papel de protagonista dos acontecimentos mais importantes na área jurídica no Estado.

A fraqueza político-institucional da OAB pode refletir perigosamente em perdas diretas para a advocacia, em prejuízo dos seus filiados. Para mostrar que a entidade quer ou pretende ser aberta, democrática e realmente representativa dos advogados seria interessante que o próprio Conselho Seccional se autoconvocasse para efetivar o processo de votação da lista sêxtupla, uma vez que este tem prerrogativa para tal procedimento.

Afinal, os advogados não podem ficar a mercê da boa vontade da entidade, que tenta a todo custo arrefecer até mesmo o processo eleitoral que resultará na escolha dos novos dirigentes da entidade, uma vez que – embora o Conselho Federal da instituição tenha publicado Provimento sobre o assunto (n.º 146/2011), em novembro do ano passado – não foi publicado até agora uma linha sequer sobre o assunto orientando os advogados sobre as regras do pleito que ocorrerá em novembro próximo.

A Ordem é entidade representativa dos advogados e a estes tem a obrigação de explicar a demora na formação da lista sêxtupla. Só assim haverá transparência no processo de escolha, evitando-se o compadrio de nefastas interferências do poder político, do poder econômico e dos esquemas corruptos, que desmoralizam as indicações, em detrimento dos interesses da Justiça e da advocacia. A simulação de democracia não serve a ninguém e muito menos aos advogados.

*Charles Dias é advogado criminalista

14

Nomeação de cunhado de governador em TJs é válida, diz TRF…

Samir Murad tem o mesmo direito de concorrer

A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região considerou válida a nomeação do advogado Edson Ulísses de Melo para o Tribunal de Justiça de Sergipe. 

O TRF negou provimento a uma apelação da Procuradora Regional Federal de Sergipe, que contestava a noemação do advogado por ser ele cunhado do governador Marcelo Deda (PT).

O caso se arrastava na justiça desde 2008. Edson Ulísses foi nomeado pelo governador em 28 de abril de 2008, após ter sido o mais votado na lista tríplice do Tribunal de Justiça.

Desde então, o MPF do Sergipe questionava a nomeação, sob a aelgação de que  “a relação de parentesco violaria os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade e finalidade”.

Em seu despacho, o desembargador federal Marcelo Navarro considerou legítima a nomeação de Melo para o cargo.

–  Não vislumbro hipótese de prejuízo ao interesse público com a nomeação do apelado ao cargo de desembargador do Egrégio TJ-SE. Para compor a lista do quinto constitucional, o apelado precisou comprovar o cumprimento das exigências do artigo 94, parágrafo único da Constituição Federal, quais sejam: “notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de dez anos de efetiva atividade profissional advocatícia” – justificou o memb ro do TRF.

O desembargador foi mais além e afirmou:

– Não se vislumbra, no caso ora analisado, influência do membro do Poder Executivo na escolha do candidato, nem muito menos a ocorrência de nepotismo.

A decisão do TRF é uma ducha de água fria nos que pretendem impedir a candidatura do advogado Samir Murad à vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional, como membro da OAB-MA.

Samir é cunhado da governadora Roseana Sarney (PMDB), mas se submeterá, como qualquer outro advogado credenciado, às regras exigidas para ser escolhido.

A inscrição na OAB vai até o dia 29 de junho…

10

No Piauí a OAB não mantém crocodilos…

 

O crocodilo Pedrosa: ainda rastejando nos direitos humanos

Um belo exemplo para a seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil foi dado pela sua co-irmã piauiense.

A OAB-PI encaminhou ofício ao delegado-geral da Polícia Civil daquele estado cobrando apuração de crime de lesão corporal contra o jornalista Efrém Ribeiro.

Ribeiro foi agredido por um policial rodoviário federal, no dia 27 de abril, crime que ganhou repercussão imediata na imprensa do PIauí.

A OAB-PI externa sua preocupação com relação a atentados contra a liberdade de imprensa, razão pela qual solicita providências no sentido de que o episódio não deixe de ser devidamente apurado – afirmou o presidente da Ordem, Sigifroi Moreno. (Leia aqui)

No Maranhão, além de silenciar com relação à morte do jornalista Décio Sá, a OAB ainda apoiou o presidente de sua Comissão de Direitos Humanos, Antonio Pedrosa, que agrediu os jornalistas de forma covarde.

Em seu blog, Pedrosa afirmou que não derramaria “lágrimas de crocodilo” pela morte de Décio e ainda chamou jornalistas de “gorilas diplomados”. (Releia aqui)

O representante legal da entidade no estado, Mário Macieira, nunca se pronunciou sobre o assunto.

E o covarde Pedrosa continua arrotando arrogância…

8

Repúdio ao covarde Antonio Pedrosa na Assembleia…

Do Blog de Jorge Aragão

A declaração infeliz e canalha do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Maranhão, Antônio Pedrosa, foi bastante criticada na caminhada realizada no feriado do dia 1º de maio, na Avenida Litorânea.

O Blog conseguiu apurar que alguns deputados inclusive já pensam em apresentar, ainda esta semana, uma Moção de Repúdio pela declaração de Pedrosa.

Os deputados também acharam estranho que a OAB-MA não tenha se retratado após o posicionamento de um presidente de uma de suas comissões.

O curioso é que quando da prisão por extorsão dos dois advogados funcionários do Tribunal de Justiça, a OAB-MA, mesmo sem precisar, fez questão de externar seu posicionamento sobre o fato.

Já no caso da declaração de Pedrosa, fez de conta que não leu, não ouviu e não soube. Continue lendo aqui…

28

O silêncio passional da OAB…

Há uma luta renhida nos bastidores da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil motivada pela execução covarde do jornalista Décio Sá.

Advogados de postura mais pluralista e democrática tentam convencer a direção da entidade a divulgar nota oficial sobre o crime – aliás, como sempre foi praxe na OAB.

Mas enfrentam resistências de alguns diretores.

O único a já se manifestar foi o presidente Mário Macieira, mesmo assim, de forma pessoal, sem a chancela institucional, engessada pelos demais diretores.

A vice-presidente Valéria Lauande faz caras-e-bocas na frente da TV, mas não esconde, nos bastidores, a antipatia que nutria por Décio, autor de várias denúncias contra a Ordem.

Nas conversas com os colegas, os diretores chegam a lembrar a relação tumultuada com o jornalista, como se quisessem justificar o silêncio da OAB.

Um silêncio passional, covarde e cúmplice, diga-se de passagem…

1

Eleição direta para escolha de desembargador 0na OAB…da Paraíba

Blog do Itevaldo

A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil da Paraíba escolhe em eleição direta hoje a lista sêxtupla para o preenchimento da vaga de desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13), pelo Quinto Constitucional. A vaga foi aberta com a aposentadoria do desembargador Afrânio de Melo.

Os 6.277 advogados inscritos na OAB paraibana votarão em um dos 10 candidatos inscritos para a disputa da vaga no TRT-13.

No processo de consulta direta na OAB-PB, os advogados só podem votar nas seções eleitorais sediadas em seus domicílios profissionais, conforme seus assentamentos cadastrais na seccional. Continue lendo aqui…

8

A polêmica em torno de Samir Murad…

Samir Murad pode ter inscrição a governador barrada na OAB

Não há polêmica alguma na impossibilidade da candidatura do advogado Samir Murad ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão.

A lei e as resoluções dos conselhos da Ordem dos Advogados do Brasil dizem que ele não pode ser nomeado por ser cunhado da atual governadora. Ponto.

A polêmica, na verdade, é feita por quem tenta argumentar que ele pode ser escolhido, mesmo sendo cunhado de Roseana Sarney (PMDB).

Sem dúvida, Samir Murad tem credenciais para o posto de desembargador. Como advogado tem prerrogativas e está no lugar certo para pleiteá-lo.

O que o Conselho Federal da OAB faz, ao tentar convencer a seccional maranhense a nem aceitar sua inscrição como candidato, é tentar evitar polêmicas que desgastem a categoria.

Inscrito como candidato – e eventualmente escolhido – é provável que advogados recorram à Justiça para tirá-lo do TJ, numa polêmica demorada e desgastante, que fatalmente chegará ao Supremo Tribunal Federal.

É por isso a proposta do Conselho, de impedir sua candidatura já no nascedouro.

Outros advogados, no entanto, consideram que, por causa da polêmica, a governadora Roseana Sarney recue de nomear o cunhado – se ele conseguir a inscrição, for incluído na lista sêxtúpla e ficar entre os três na votação do TJ.

Roseana teme mais um desgaste nacional do  Maranhão…