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Entre o fanatismo e a sensatez, Bolsonaro está sem saber o que fazer…

Presidente mantém silêncio sobre o resultado das eleições, o que estimula a violência de bolsonaristas por todo o país, aqueles mesmos para os quais aceitar a derrota é sinal de covardia, mas sabe que é preciso seguir em frente se quiser ainda sonhar com uma carreira política, para ele e para os filhos

 

Bolsonaro desapareceu da cena desde o anúncio do resultado das eleições de domingo, 30, e acompanha em silêncio as manifestações Brasil a fora

Editorial

O silêncio em que o presidente Jair Bolsonaro (PSB) está mergulhado desde o anúncio da derrota, no domingo, 30, estimula a ação de fanáticos bolsonaristas por todo o país; esses loucos, que fecham rodovias e ameaçam paralisar aeroportos, não aceitam que Bolsonaro simplesmente entregue o cargo, admitindo a derrota.

Insuflado por gente do Palácio do Planalto que pensa igual aos fanáticos, o presidente vai ganhando tempo para ver o que acontece.

Mas há entre os auxiliares e aliados mais próximos de Bolsonaro que entendem a necessidade da sensatez neste momento; reconhecer a derrota e seguir em frente, pensam, é o caminho mais natural para quem ainda sonha com futuro na política.

É assim, dividido entre os fanáticos e a sensatez que o primeiro presidente a não conseguir a reeleição no Brasil mostra estar sem saber o que fazer.

Desde domingo, atos tresloucados de bolsonaristas têm marcado a cena pós-eleição.

São fanáticos que fecharam rodovias em protesto pela vitória de Lula, outros vão às redes sociais e pregam intervenção militar; outros mais falam de documentos das Forças Armadas provando a fraude ainda no primeiro turno, quando Bolsonaro já teria alcançado a vitória.

E por últimos alucinados ameaçam também fechar os principais aeroportos do país.

A fazer pronunciamento à nação neste momento, aceitando a derrota e parabenizando o vencedor, Bolsonaro desarma os fanáticos país a fora, mas perde a principal base que o levou a dividir a nação meio a meio, com o mostrou o resultado das urnas.

Mas é o único caminho a fazer, goste ou não ele desta possibilidade.

Este ou a tentativa de golpe, que pode levá-lo mais cedo à cadeia…

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Bolsonaro é o candidato que mais tempo demorou para falar sobre derrota

Único da história a não conseguir se reeleger no cargo, presidente está há quase 20 horas sem pronunciamento ou aparição pública, desde a divulgação do resultado das eleições, na noite deste domingo, 30, fato inédito no Brasil

 

Sumido e em silêncio desde ontem, Bolsonaro já está há quase 24 horas em nenhum tipo de manifestação sobre a derrota na disputa presidencial

O presidente Jair Bolsonaro (PL) completará às 15h30 desta segunda-feira, 31, exatas 20 horas sem qualquer tipo de aparição pública ou pronunciamento sobre a derrota nas eleições desde domingo, 30.

É o candidato derrotado que mais tempo passou para falar do resultado das urnas.

Primeiro presidente da história do país a não conseguir se reeleger, Bolsonaro desapareceu dos círculos públicos desde as 19 horas de ontem quando Lula virou a apuração; ele apagou as luzes do Palácio do Alvorada (residência oficial do presidente) e sumiu das redes sociais.

Na manhã desta seguynbda0-feria, 31, Bolsonaro reuniu-se com auxiliares, o que deve continuar a acontecer por todo o dia.

Mas não há previsão de nenhum pronunciamento ou entrevista coletiva sobre a derrota do domingo, 30. 

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Dr. Lahésio também silencia sobre segundo turno presidencial…

Votado em sua ampla maioria pelo eleitorado do presidente Jair Bolsonaro – o que lhe garantiu a segunda colocação na disputa pelo Governo do Estado – ex-prefeito de São Pedro dos Crentes ainda não se posicionou sobre o enfrentamento entre Bolsonaro e Lula

 

Passados cinco dias das eleições no primeiro turno, Dr. Lahésio mantém silêncio sobre a corrida presidencial entre Lula e Bolsonaro

O ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bonfim – segundo colocado na disputa pelo Governo do Estado – também decidiu silenciar sobre a disputa presidencial no segundo turno, entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).

Lahésio teve gigante votação entre os bolsonaristas, que lhe garantiu chegar á segunda posição na disputa maranhenses, mas desde o domingo, 2, data do primeiro turno, ele nada fala sobre o segundo turno das eleições

Sua última postagem no Feed do Instagram data da terça-feira, 4, e trata apenas de agradecimento aos eleitores que votaram nele.

Nos stories da mesma rede social, há uma postagem desta sexta-feira, 3, mas apenas para reproduzir uma fake news contra o governador  Carlos Brandão (PSB), sobre a lei que obriga espaços públicos a divulgar placas sobre proibição de discriminação de orientação sexual e identidade de gênero.

Apesar de declarar-se bolsonarista desde 2018, Lahésio passou todo o primeiro turno também tentando evitar o debate sobre a corrida presidencial, só se manifestando na reta final, quando bolsonaristas passaram forçar pelo segundo turno.

Parece repetir a mesma estratégia agora no segundo turno…

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Silêncio sobre crime envolvendo a Seduc incrimina o próprio Brandão…

Escondido atrás do poder do Palácio dos Leões, governador-tampão vê envolvimento da secretaria que era comandada pelo seu vice em negociatas de propina; e vê também envolvimento do próprio sobrinho na cena do assassinato de um empresário, mas, ao invés de prestar esclarecimentos à população, prefere ordenar à polícia o abafa do caso

 

O escândalo de propina na Seduc, que resultou no assassinato de um empresário, envolve toda a chapa de Brandão; de Flávio Dino, que deixou os “restos a pagar”, a Felipe Camarão, titular da pasta

Editorial

O governador-tampão Carlos Brandão (PSB) deve urgentes explicações à população maranhense.

Como alguém pode ser governador e ficar em silêncio sobre o escândalo de propina na Secretaria de Educação, que tinha como titular o próprio vice de sua chapa?

Como alguém pode ficar em silêncio tendo um sobrinho, secretário do seu governo, na cena do assassinato de um empresário por suposto envolvimento em negociatas de propina na mesma Seduc? 

A morte do empresário João Bosco Pereira Sobrinho é uma mancha indelével no governo Brandão.

Mas o governador prefere esconder-se atrás do poder que tem o Palácio dos Leões; Brandão não está preocupado com os desvios de recursos na Secretaria de Educação, que resultaram, inclusive, em mortes – na presença do seu sobrinho.

Sobrinho do governador, Daniel Brandão, o “rapaz careca” esteve conversando com os envolvidos minutos antes do assassinato do empresário João Bosco Sobrinho (fotomontagem do blog Marrapá)

A campanha eleitoral está em pleno andamento em sua reta final do primeiro turno; e ainda há debates, sabatinas e entrevistas com todos os candidatos a governador.

Mesmo controlando parte da imprensa tradicional e da mídia alternativa, o governador-tampão terá que responder, mais cedo ou mais tarde, às perguntas sobre propina na Seduc e à presença do seu sobrinho em uma cena de assassinato relacionado a essa propina.

A menos que decida continuar fugindo de todos os debates; mas, se fugir, a população saberá que ele não serve para o cargo que ora ocupa por herança.

É simples assim…

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Edivaldo Júnior aposta em ampliação de espaço com guerra entre Weverton e Brandão

Ex-prefeito de São Luís optou por não conversar sobre política e nem dar entrevistas, evitando entrar na polarização já formada entre os candidatos da chamada base de Flávio Dino, acreditando que, desta forma, crescerá em via própria

 

Edivaldo pretende manter-se distante das polêmicas, não dando entrevistas e falando diretamente com o eleitor no interior

O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD), é o único dos pré-candidatos a governador que ainda não participou de nenhum canal de entrevistas ou rodas de conversas sobre as eleições de outubro.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, esta postura de Edivaldo tem explicação em sua própria estratégia de campanha.

Ele espera que a guerra já formada entre o senador Weverton Rocha (PDT), que lidera as pesquisas, e o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) – ambos candidatos da base do ex-governo Flávio Dino (PSB) – provoque desgastes nas duas candidaturas, o que, em sua análise, o favorecerá naturalmente.

Edivaldo evita dar entrevistas por que não pretende se meter na guerra fratricida da base dinista.

Sua estratégia é seguir reunindo lideranças no interior e falando diretamente para a população, sem polemizar na imprensa.

Até quando ele sustentará esta postura, só tempo dirá…

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Quem cala consente…

O secretário Aluísio Mendes não quis comentar as acusações do deputado Raimundo Cutrim (PSD) feitas hoje da tribuna da Assembleia Legislativa.

O Governo do Estado também não se pronunciou sobre as declarações do parlamentar, membro de sua base e ex-secretário de Segurança deste mesmo governo.

Sobre Aluísio, Cutrim disse tratar-se de um “moleque travestido de secretário”.

A acusação ao governo se dá quando o parlamentar diz que o depoimento de Jhonatan de Souza – acusando-o de ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá – fora manipulado na secretaria.

É uma acusação a um dos auxiliares do governo, portanto, uma acusação ao próprio governo.

Na verdade, as acusações de Cutrim mereceriam, no mínimo, um contraponto de algum membro do governo na Assembleia. Mas a bancada governista ficou inerte, como que se concordasse com o colega deputado.

À exceção da deputada Graça Paz (PDT) – a única que, corretamente, ponderou com Cutrim, defendendo o trabalho da imprensa e pedindo cautela em relação às acusações à polícia – nenhum parlamentar disse absolutamnte nada que se contrapusesse ao deputado do PSD.

O mesmo silêncio que se vê em Aluísio Mendes e no governo. E ficar calado não adiantará nada.

Aliás, Aluísio tem sido acusado em várias frentes.

Suspeita-se, por exemplo, que a polícia agiu açodadamente ao prender o capitão Fábio Aurélio Capita com base apenas em um depoimento – e poderá soltá-lo, num mico que custará caríssimo ao cofres públicos. Também suspeita-se de proteção a setores da polícia em relação a desvio de armas e envolvimento de policiais com os criminosos do caso Décio.

Sobre Aluísio pesa também a acusação de que ele patrocine vazamentos dirigidos de depoimentos.

E o próprio Cutrim chama de armação do “moleque travestido de secretário” a acusação feita pelo assassino Jhonatan de Souza.

Mas Aluísio Mendes permanece em silêncio.

E quem cala, consente…

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Asembleia silencia sobre declaração de Hemetério…

Nenhum parlamentar ousou falar, hoje, das afirmações feitas, ontem, na tribuna da Casa pelo deputado Hemetério Weba (PV).

Referindo-se aos próprios colegas, Weba afirmou que “muita gente não aguentaria uma investigação nesta Casa”.

E dirgindo-se especificamente ao deputado Hélio Soares (PP), que presidia a sessão, foi ainda mais incisivo: “O senhor,deputado Hélio, agunetaria uma investigação da Polícia Federal?”.

Por muito menos, alguns deputados já foram denunciados à Comissão de Ética da Casa.

Mas a sessão acabou, o silêncio foi total e ninguém mais falou no assunto.

Governistas e oposicionistas preferiram calar-se diante das provocações.

E quem cala, consente…

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O silêncio passional da OAB…

Há uma luta renhida nos bastidores da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil motivada pela execução covarde do jornalista Décio Sá.

Advogados de postura mais pluralista e democrática tentam convencer a direção da entidade a divulgar nota oficial sobre o crime – aliás, como sempre foi praxe na OAB.

Mas enfrentam resistências de alguns diretores.

O único a já se manifestar foi o presidente Mário Macieira, mesmo assim, de forma pessoal, sem a chancela institucional, engessada pelos demais diretores.

A vice-presidente Valéria Lauande faz caras-e-bocas na frente da TV, mas não esconde, nos bastidores, a antipatia que nutria por Décio, autor de várias denúncias contra a Ordem.

Nas conversas com os colegas, os diretores chegam a lembrar a relação tumultuada com o jornalista, como se quisessem justificar o silêncio da OAB.

Um silêncio passional, covarde e cúmplice, diga-se de passagem…

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O estranho silêncio de Edivaldo Júnior…

Edivaldo Jr: absolutamente mudo sobre eleição

De todos os nomes já postos para a disputa eleitoral em São Luís, o deputado Edivaldo Holanda Júnior (PTC) é a figura mai enigmática.

Parlamentar de excelente oratória, boa articulação de bastidores e, sobretudo, bom de voto, ele se escondeu atrás do mandato desde que assumiu na Câmara Federal.

Apesar de discutido como opção em todos os grupos – de João Castelo (PSDB) a Roseana Sarney (PMDB); de Flávio Dino (PCdoB) a Roberto Rocha (PSB) – Edivaldo Júnior jamais deu qualquer entrevista sobre sucessão municipal aos jornalistas maranhenses.

Inclusive neste blog, as matérias relacionadas ao parlamentar eram sempre extraídas da agenda da Câmara ou copiadas de outros blogs – e nunca sobre o tema eleição.

É estranho que um pré-candidato com tanta força político-eleitoral continue escondido mesmo diante de tanta polêmica em torno do seu nome.

Mas é o estilo Edivaldo Holanda Júnior.

Que vai fugindo do debate, em absoluto silêncio público.

Deixando que outros falem por ele…