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Fábio Câmara retoma debate sobre ciclistas e visita primeira e única ciclovia de São Luís

Faixa exclusiva para usuários de bicicletas como meio de transporte – dentro dos padrões exigidos pela norma técnica – foi construída há mais de 20 anos pelo então prefeito Jackson Lago, do PDT, no bairro São Raimundo; e lá pra cá, apenas arremedos de ciclovia foram implantadas na capital, sem maior segurança para ciclistas e pedestres

 

O pré-candidato pedetista Fábio Câmara percorreu trechos da ciclovia do São Raimundo

O pré-candidato do PDT a prefeito de São Luís publicou nesta segunda-feira, 8, em suas redes socias vídeo de sua visita à região do bairro São Raimundo, onde existe a primeira – e única – ciclovia construída em São Luís dentro das normas técnicas; o equipamento foi inaugurado há mais de 20 anos pelo então prefeito Jackson Lago (PDT).

– Desde então, pouco se avançou na mobilidade urbana sustentável da nossa capital, que hoje tem a quarta menor malha de ciclovias do país. Isso é inaceitável! – disse Fábio Câmara, que representa o partido de Jackson nestas eleições municipais.

A ciclovia entregue por Jackson atende a todos os critérios técnicos de um equipamento deste tipo; tem largura adequada para ida e vinda de bicicleta, proteção por guard-rail de concreto e corta o bairro de uma ponta a outra, no centro da avenida São Raimundo, numa extensão de mais de 3 quilômetros.

Foi também do ex-prefeito do PDT quem iniciou o debate sobre a segurança de bicicletas em São Luís, com a primeira ciclofaixa criada na capital, na Avenida São Luís Rei de França, ainda nos anos 90.

Mesmo abandonada pelo poder público, a ciclovia do São Raimundo ainda garante mobilidade com segurança aos moradores da região

Todos os projetos sobre o tema em São Luís – tanto do Governo do Estado quanto das diversas gestões da prefeitura – são apenas ciclofaixas, espécie de marcação pintada no asfalto ou na calçada, sem nenhum tipo de proteção.

– Nós precisamos de mais espaços seguros e adequados para os ciclistas; um alternativa ecológica, econômica e saudável de transporte. Por isso, eu defendo a ampliação e a integração das ciclovias em São Luís, para garantir o direito de ir e vir de todos os cidadãos. Vamos juntos construir uma cidade mais humana e verde! – pregou Fábio Câmara.

Ainda sobre o tema: o prefeito Eduardo Braide nunca explicou por que ignorou a ciclovia (ou mesmo ciclofaixa) no projeto “Transito Livre”, de reforma da Avenida dos Holandeses.

Foi lá o palco da última morte de ciclista – Claudiomar Silva – na semana passada…

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Sobre ciclismo e ciclovia…

Morte de mais um praticante de esportes sobre rodas em São Luís despertou novamente o oportunismo da classe política e o blablablá sobre ciclovias na capital maranhense, mas pouca gente se importa em estudar as diferenças entre a prática desportiva com bicicletas e o uso da magrela para trabalhar

 

Maquete eletrônica mostra como deveria ser a obra do prefeito Eduardo Braide no Calhau; mas no caso de Claudiomar, ciclovia não resolve

Editorial

O próprio significado das palavras já estabelece as diferenças entre as duas coisas:

  • Ciclismo é tudo aquilo que compreende o uso de bicicletas para lazer ou para práticas desportivas, que podem ser nas ruas e avenidas ou em áreas de terreno ou montanha;
  • Ciclovia é um espaço destinado apenas ao fluxo de bicicletas ou ciclistas, geralmente protegidas por barreiras; elas se subdividem em ciclofaixas e ciclorrotas.

A morte do ciclista Claudiomar Silva, 43, nesta quarta-feira, 3, trouxe de volta a velha cantilena de oportunistas da classe política tentando tirar proveito eleitoral da situação, como apontou este blog Marco Aurélio d’Eça no post  “E mais uma vez o blablablá dos políticos sobre ciclistas…”.

A discussão é nociva ao debate sobre o tema por que se interessa apenas em apontar quem faz e quem não faz pela população que usa a bicicleta; e o debate – que acaba envolvendo a imprensa no mesmo equívoco – é sempre pela construção de ciclovias.

Mas é preciso diferenciar as coisas.

Claudiomar Silva e o médico Edson Soares foram mortos enquanto estavam em prática desportiva com a bicicleta. Eram atletas de ciclismo, fosse competitivo ou recreativo, como ensina o portal bikeregistrada.com.br. (Conheça aqui)

Nesses casos as ciclovias não resolvem.

Estado da bicicleta usada por Caludiomar Silva, morto enquanto pedalava na Holandeses, no Calhau

Para atletas que usam as avenidas para treinar é preciso que a autoridade pública estabeleça pontos e horários próprios, para evitar acidentes como os que mataram Claudiomar e Edson. Não existe treino de ciclismo em ciclovias.

As ciclovias são espaços no trânsito destinado ao fluxo apenas de bicicletas e ciclistas; elas precisam ser isoladas do resto da pista, inclusive com barreiras; levando esta regra em conta, não existem ciclovias em São Luís.

Na capital maranhense o que há são ciclofaixas, que consistem em uma mera faixa pintada no chão, para definir por onde devem circular as bicicletas; essas faixas são usadas para o transporte com bicicletas, ou seja, por entregadores e pessoas que se deslocam de bike ao trabalho.

Cobrar ciclovias em São Luís usando a morte dos dois desportistas como motivo é, além de oportunismo, burrice e despreparo.

E para os que fazem isso, como se viu na imprensa de ontem para hoje, o desprezo público é o melhor remédio…

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E mais uma vez o blablablá dos políticos sobre ciclistas…

Só nos momentos de comoção os detentores do poder – alguns abalados e outros apenas para tirar proveito da triste situação – voltam a discutir, propor, apresentar, falar, pregar, expor, cobrar e questionar sobre políticas públicas que contemplem esta categoria de transporte; mas o tempo passa e nada sai do papel

 

Mais um corpo vítima das ruas e avenidas sem ciclovia, sem sinalização e sem controle da velocidade de carros e motos

Desabafo

Morreu nesta quarta-feira, 3, mais um ciclista nas avenidas principais de São Luís; Claudiomar Santos tinha 43 anos.

E mais uma vez vem gente da classe política com o eterno blablablá sobre a inclusão desta modalidade de transporte nas políticas dos poderes; só balela

Alguns tentam, inclusive, se aproveitar politicamente do momento para ter ganhos políticos, sem se preocupar com a dor da família enlutada.

E o blablablá não envolve apenas deputados estaduais e vereadores – que, no final das contas, nada podem fazer para resolver o problema na prática; a discussão inócua parte também da imprensa, que só abre os intermináveis debates nos momentos críticos, obviamente em busca da audiência.

O que precisa, de fato, é que a própria categoria se mobilize, movimente-se, aponte, cobre, exija, faça qualquer coisa que estiver ao alcance – inclusive medidas mais efetivas nas ruas – para que as autoridades entendam a necessidade de estabelecer caminhos necessários para a convivência segura entre todos os tipos de veículos nas ruas de São Luís.

É lamentável a morte do ciclista nesta quarta-feira, 3, na Avenida dos Holandeses.

Lamentável também que se use do poder político para tirar onda com ciclistas…

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Em reunião, Neto Evangelista solicita à MOB ações de segurança para ciclistas

Acompanhado de um grupo de ciclistas, o deputado estadual Neto Evangelista se reuniu com o presidente da Agência de Mobilidade Urbana (MOB), Adriano Sarney, para discutir sobre ações de segurança na Avenida Litorânea. O encontro foi motivado pelo atropelamento que levou a óbito o médico e ciclista Édson Soares, na manhã desta sexta-feira (29).

Para garantir mais segurança aos ciclistas de São Luís, o parlamentar também fez uma indicação à MOB solicitando ações de campanhas educativas e videomonitoramento.

“Protocolei uma indicação requerendo ações efetivas que proporcionem mais segurança aos ciclistas da nossa cidade. A morte do médico Edson Soares trás novamente a necessidade de discussão de ciclovias na nossa capital, algo que praticamente não temos. Outro tema é sobre a Litorânea, virou uma via expressa ao tempo em que é uma área de prática de esportes. Faz-se necessário e urgente o monitoramento de velocidade de toda a via”, enfatizou o deputado.

Durante a reunião, o presidente da MOB, Adriano Sarney, se comprometeu em realizar campanhas educativas no trânsito, tanto para a população quanto para os ciclistas, melhorias de sinalização das vias onde os ciclistas mais utilizam, e o aumento do número de ciclofaixas, foram algumas ações definidas na reunião com a MOB.

“Também faremos um mapeamento de áreas de maior risco para os ciclistas, e instalação de câmeras de videomonitoramento”, explicou.

Além do deputado Neto Evangelista e do presidente Adriano Sarney, participaram da reunião a coordenadora de Educação para o Trânsito, Adriana França, os representantes do grupo de ciclistas Márcio Ferraro e Micheliny Gleuka, e demais representantes da MOB.

Da assessoria