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Assassino do Tech Office envolvido em outra execução

Gibson César Soares Cutrim, que matou a queima-roupa o empresário João Bosco Pereira – num crime que envolveu o sobrinho do governador Carlos Brandão – foi contratado pelo empresário Júnior Bolinha para matar um lavrador e seu filho na zona rural de São Luís

 

Imagem dos criminosos Júnor Bolinha e Gibson Cutrim

Pronunciado a Júri Popular pela.morte de Décio Sá, Júnior Bolinha contratou Gibson Cutrim para outro assassinato (imagem: Domingos Costa)

O assassino confesso do empresário João Bosco Pereira Oliveira, Gibson César Soares Cutrim, está sendo investigado pela polícia maranhense por outro assassinato, menos de seis meses depois da execução no Tech Office.

Segundo a investigação, no dia 12 de janeiro, Gibson foi contratado pelo empresário Júnior Bolinha – acusado pelo assassinato do jornalista Décio Sá – para matar o lavrador Felix da Silva Mendes Filho, mas acabou matando apenas o filho do alvo, Marcelo Mendes Martins.

O crime teria motivação na disputa entre Bolinha e Felix por uma motoniveladora.

Gibson César seria um dos homens que chegou ao Rancho Félix, na Vila Maranhão, para matar o proprietário; houve troca de tiros e a vítima acabou sendo o filho do lavrador.

Pelo mando, a Justiça já decretou a prisão preventiva de Júnior Bolinha, que é considerado foragido; mas não há informações sobre ações contra Gibson César.

Crime do Tech Office

Em 19 de agosto de 2022, Gibson César matou a tiros o empresário João Bosco Pereira Oliveira, após discussão por divisão de propina.

O crime ganhou forte repercussão durante a campanha eleitoral por causa da presença de Daniel Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB), que esteve com vítima e assassino na mesma mesa, minutos antes da execução.

Pelo assassinato de João Bosco, Gibson Cutrim foi duas vezes preso pela polícia, mas ganhou liberdade por decisão do Tribunal de Justiça.

Além das mortes de Bosco e Marcelo, o matador responde por outro assassinato, também nunca julgado…

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Sobrinho de Brandão chamou assassino para a mesa da vítima no caso Tech Office…

Gibson César Soares, que matou o empresário João Bosco Sobrinho, revelou em depoimento divulgado pelo jornalista Jeisael Marx que foi chamado pelo secretário Daniel Itapary Sobrinho para resolver pendências relacionadas à divisão de recursos da Secretaria de Educação

 

Sobrinho de Carlos Brandão, Daniel Brandão não apenas estava presente na cena do crime como foi o responsável pela ida do assassino ao local

Não foi apenas testemunhal a participação do secretário de Monitoramento das Ações Governamentais, Daniel Brandão – sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB) -, no episódio que culminou com a morte do empresário João Bosco Pereira Oliveira, no dia 19 de agosto.

Segundo revelou o blog do jornalista Jeisael Marx, Daniel participou ativamente das negociações sobre divisão de recursos pagos pela Secretaria de Educação do governo do tio; foi ele, inclusive, quem chamou o assassino Gibson César Soares para a mesa do edifício Tech Office, onde estavam João Bosco e o vereador  Beto Castro.

A informação de que foi sobrinho de Branda quem ligou para Gibson consta do depoimento do próprio assassino, segundo Marx.

Em seu depoimento, Gibson revelou que recebeu uma ligação de Daniel Brandão para que ele se reunisse com Beto Castro e João Bosco e resolvesse a situação [da divisão dos recursos].

– Júnior, é melhor tu te reunir com Beto Castro, pois tem um cara aqui com ele (Bosco) que tá totalmente desequilibrado, falando um monte de besteira é que tu tá correndo perigo. É bom vocês sentarem e resolver isso da melhor maneira – disse Daniel, segundo o próprio assassino.

Estranhamente – não se sabe se por decisão da polícia ou do próprio Gibson – o nome Daniel Cutrim foi trocado no depoimento pelo termo “amigo comum”.

A revelação tira o sobrinho de Carlos Brandão da condição de testemunha ocular de uma assassinato para a de envolvido diretamente no esquema de corrupção que resultou em uma morte.

O governo, o próprio Daniel e a polícia têm, agora, ainda mais obrigação de esclarecer os fatos…

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Sobrinho de Brandão testemunha do assassinato da Seduc indicou cúpula da Segurança ao tio

Revelação do blog Marrapá fortalece ainda mais a tese de que os responsáveis pela investigação estão atuando para esconder a participação de Daniel Itapary Brandão no esquema de propina na Secretariad e Educação, que resultou no assassinato do empresário João Bosco Pereira

 

O governador nomeou o sobrinho secretário e o sobrinho indicou a cúpula da Segurança, que agora o protege no caso envolvendo mortes por pagamento de propina na Secretaria de Educação

Nomeado secretário de Monitoramento das Ações Governamentais pelo tio Carlos Brandão (PSB), Daniel Itapary Brandão – que esteve na cena do assassinato do empresário João Bosco Pereira Oliveira Sobrinho – indicou também a cúpula do sistema de Segurança Pública do atual governo.

Seguindo o blog Marrapá, além de indicar o secretário de Segurança Pública, coronel Sílvio Leite, Daniel Brandão é padrinho também do delegado Jair de Paiva Lima, chefe da Polícia Civil.

A revelação levanta ainda mais suspeitas de que a polícia está tentando abafar a história do assassinato de João Bosco – por envolvimento em esquema de propina na Secretaria de Educação, segundo o próprio assassino, Gibson Soares – para proteger o sobrinho do governador-tampão.

Imagens de câmeras do edifício Tech Office mostram que Daniel Brandão esteve na cena do assassinato de João Bosco, ao lado da própria vítima e do vereador Beto Castro na tarde do dia 19 de agosto; ele presenciou, inclusive, a morte de Bosco, tentando se esconder atrás de balcões de lanchonetes, segundo as imagens.

A polícia tentou dar o caso por encerrado sem ampliar as investigações para a denúncia do próprio assassino, segundo a qual a morte foi motivada por divisão de propina da Seduc.

A revelação de que a cúpula da SSP tem ligações diretas com Daniel Brandão põe o próprio governo Brandão como suspeito.