Trânsito e tranportes

Sem alternativa, trabalhador é obrigado a recorrer aos taxis-lotação…

Para ter o direito de ir e vir, o trabalhador de São Luís está sendo obrigado a desembolsar entre R$ 15,00 e R$ 20,00, a cada viagem, desde o início da greve de ônibus.

Sem fiscalização, o transporte clandestino de vans, motos e os chamados taxis-lotação, exploram de todas as formas o trabalhador, que precisa se deslocar de casa para o serviço e do serviço para casa.

Inoperante, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) dá cada vez mais demonstrações de que não tem capacidade de resolver o problema.

…E Holandinha só consegue se lamentar

O prefeito não se manifesta de nenhuma forma diante da greve dos rodoviários, deixando a população a mercê de empresários gananciosos e da exploração de serviços fora-da-lei.

Holandinha precisa assumir sua responsabilidade de prefeito e cobrar – seja de quem for – a retomada do serviço de transporte coletivo em São Luís.

Mas posições fortes são para gestores fortes.

Infelizmente, o gestor de São Luís se mostra cada vez mais fraco…

Fábio Câmara: proposta lúcida e busca de soluções

Ao defender que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) decrete Estado de Calamidade Pública no setor de transporte de São Luís, o líder da oposição na Câmara Municipal, vereador Fábio Câmara (PMDB), encaminha talvez a melhor proposta para a crise no setor.

Com o decreto, Holandinha tem a garantia de fazer as mudanças que o setor necessita sem a necessidade da decantada licitação. Pode, inclusive, exigir das atuais empresas que renovem a frota e ponha todos os ônibus para circular, sob pena de serem substituídas automaticamente.

– A população e os sindicatos estão sendo já muito penalizados. Estes últimos, por conta das altas multas já geradas durante a greve, que é uma necessidade da categoria, a de reivindicar seus direitos. Surge, então, um conflito muito forte entre o usuário de transporte e os trabalhadores do transporte público. Surge também a proliferação do transporte alternativo, fortalecendo a clandestinidade. Isto é, são várias situações conflitantes que levam a Comissão de Transporte sugerir ao prefeito que se decrete estado de calamidade pública, pois fazendo isto ele fica no estado de exceção e abre prerrogativas pra ele pra contratar em um tempo mais rápido sem licitação e resolver logo o problema – explicou Câmara, que também preside a Comissão de Transportes do legislativo municipal.

ônibus nas garagens, trabalhador sem salário e população sem transportes

O problema é que Holandinha parece refém das empresas.

E haveria uma explicação política para isso: O Sindicato das Empresas de Transportes tem relações íntimas com o pai do prefeito. O SET teve,  inclusive, participação importante na campanha eleitoral e depois da posse, como abordado neste blog. (Leia aqui, aqui e também aqui)

Por isso, é pouco provável que Edivaldo Júnior tome a medida necessária para acabar com a greve nos transportes.

Primeiro, por que não quer dá o braço a torcer e reconhecer que Fábio Câmara deu a melhor proposta neste aspecto.

Segundo, por que teme contrariar o pai e seus aliados do SET…

Esta é a descida que ganhará semáforo (imagem: O Imparcial)

O secretário municipal de Trânsito e Transporte explicou ao blog em que bases se dará a sinalização da avenida Litorânea, anunciada pela propaganda da Prefeitura de São Luís e questionada neste blog. (Leia aqui)

– Faremos a sinalização horizontal em toda a extensão da avenida. E o único ponto em que haverá semáforo é a descida em frente ao bar Adventure, onde está ocorrendo engarrafamento em horário de pico – explicou o secretário, em contato telefônico com o titular do blog, na tarde de ontem.

Segundo Canindé Barros, a sinalização vertical naquele setor da avenida é necessária por causa da “cauda” que se forma na descida da avenida do retorno da Citroem.

– Vamos abrir o canteiro naquele ponto e pôr o sinal, para que os carros que desçam não precisem seguir metros à frente para fazer o retorno. Isso garantirá fluidez ao tráfico – disse o secretário.

Canindé garantiu, no entanto, que a via continuará tendo o mesmo fluxo de trânsito rápido, ainda com mais fluidez, já que alguns pontos de estacionamentos serão alterados ou extintos.

Na conversa com o titular do blog, foram trocadas algumas impressões sobre o trânsito em toda capital.

As impressões e opiniões do blog foram corroboradas pelo titular da SMTT, que informou já estar tomando providências para correções nos vários pontos apontados – Cohajap; Retorno do Calhau; Renascença, na altura da Pague Menos; Cohama, próximo ao Mateus e outros pontos.

Mas esta é uma outra história…

Prefeitura, empresas e sindicato de motoristas esconde que a população em geral paga passagem em São Luís – mesmo sem usar ônibus – por que banca com dinheiro público um sistema falido, caótico, desumano e sem fiscalização

Usuários de transporte em São Luís: toda a população  paga

A cada greve de motoristas e cobradores de ônibus em São Luís, vem à tona o assunto aumento de tarifa no transporte coletivo.

Empresários reclamam que o valor das tarifas – entre R$ 1,30 e  R$ 2,10 – está defasado, e já não cobre nem o custo das viagens. A Prefeitura resiste ao aumento para não se desgastar com a população. E os rodoviários cobram reajuste salarial reclamando de salários baixos.

Mas o que ninguém diz para a população é que todo mundo paga passagem, sendo ou não usuário de ônibus.

O trabalhador de carteira assinada paga ao descontar até 6% do seu salário para garantir o Vale-Transporte. Além disso, banca a meia-passagem dos dependentes.

E todos, os que andam ou não de ônibus, ajudam a pagar os custos dos que viajam de graça, beneficiados pelas leis de gratuidade.

Quando a prefeitura banca R$ 2 milhões por mês às empresas, significa que todo contribuinte de São Luís está pagando as passagens do sistema.

Por isso é que, se quisesse, a prefeitura poderia até bancar ônibus de graça, pagando pelo serviço às empresas e exigindo apenas a manutenção.

Mas como não há fiscalização, o círculo vicioso se repete ano após ano.

E o cidadão é quem pague a conta.

Use ou não o sistema de transporte…

Paradas lotadas e sem ônibus; muitos trabalhadores perderam a hora

Desgastado e com a popularidade em queda acentuada,  o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) terá que tomar uma posição enérgica em relação à greve dos rodoviários, que hoje atingiu 100% da categoria.

E sua única saída é conceder aumento de passagem, para que os empresários possam garantir o reajuste salarial de motoristas e cobradores.

O sistema de transporte coletivo está falido na capital maranhense.

Sem ações da prefeitura, o sistema foi invadido por opções alternativas e clandestinas que acabaram sendo estimuladas pela Secretaria Municipal de Transportes.

Os sucessivos secretários nunca conseguiram dar um basta no famigerado taxi-lotação, serviço clandestino que põe em risco a integridade do cidadão, mas que a prefeitura faz vista grossa, diante da falência do sistema tradicional.

Sem fiscalização, os taxi-lotação fazem a festa na cidade

Para evitar a falência das empresas no início do governo, Holandinha aceitou pagar, todo mês, R$ 2 milhões para cada empresa poder fechar as contas.

Agora chegou ao limite.

Os rodoviários pedem 16% de reajuste salarial. As empresas nem aceitam conversar e o cidadão usuário do transporte é quem paga o pato, sem ônibus para trabalhar.

Sem credibilidade alguma, sem apontar qualquer solução para problemas graves da cidade – como os alagamentos, os buracos nas ruas e a desordenação do trânsito – o prefeito agora terá que ter uma atitude radical em relação ao transporte.

Mas, sem ação, não terá como resolver o problema…

Avenida Litorânea: rapidez e tranquilidade (imagem: fotobucket)

A propaganda da gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) anuncia, entre diversas ações no trânsito de São Luís, uma tal “sinalização de toda a Avenida Litorânea”.

Vão destruir a avenida se isto for levada a cabo.

A Litorânea é uma das poucas avenidas de São Luís com fluxo de trânsito tranquilo em todos os horários do dia – mesmo aqueles de tráfego mais intenso.

E ela é assim por causa de uma característica própria: trata-se de  uma espécie de via expressa, ou via de trânsito rápido.

Isso só é possível por que a Litorânea é uma das poucas avenidas de São Luís sem os famigerados conjuntos semafóricos, que parecem ser a única solução que a prefeitura entende para o trânsito da capital.

A sinalização da Litorânea é desnecessária e prejudicial à avenida, embora os gênios da Secretaria de Trânsito pensem o contrário.

Cometerão o mesmo erro que cometeram ao fechar a saída da Via Expressa, no Cohafuma, tornando praticamente inútil a primeira fase da avenida entregue pelo governo Roseana Sarney em 2012.

Saída da Via Expressa, no Cohafuma: destruída pela prefeitura

A função da Litorânea é exatamente esta: garantir um caminho rápido e sem atropelos pela orla, diminuindo o fluxo na Avenida dos Holandeses.

Caminho que ganhou ainda mais fluidez com a entrega do seu prolongamento, na gestão de João Castelo (PSDB).

Cheia de sinais, ela se tornará apenas mais uma via como tantas outras.

E não resolverá problema algum…