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Flavio Dino já havia proibido PRF em ações como a da Câmara de São Luís

Força policial vinculada ao Ministério da Justiça atuou de forma ostensiva – e estranha à sua atividade fim – na operação do Ministério Público estadual contra vereadores e ex-secretários municipais, o que, no fim das contas, atingiu direta ou indiretamente quatro adversários do candidato do ministro nas eleições de 2024

 

A PRF fez de tudo na operação do Ministério Público contra vereadores; menos a própria atividade-fim

O portal Metrópoles publicou em janeiro de 2023 matéria informando que o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) tinha proibido a Polícia Rodoviária Federal de atuar em ações e operações não relacionadas à sua atividade-fim, que é a fiscalização nas rodovias federais.

Sete meses depois da reportagem, a PRF atuou nesta quinta-feira, 10 – de forma estranha à sua atividade-fim – na operação do Ministério Público estadual que teve como alvo quatro vereadores de São Luís, dois ex-secretários municipais e um ex-vereador.

Quem determinou a participação da PRF na operação? Por que essa força, e não a Polícia Federal, auxiliou o MP maranhense?!? Qual recurso federal justifica uma força federal na operação? 

Na ação, os policiais rodoviários federais agiram como agentes de investigação: invadiram casas escritórios, vasculharam documentos e apreenderam material.

Mas ninguém – nem o Ministério Público, nem a Polícia Civil e nem a própria PRF – esclareceu os motivos da presença desses agentes públicos federais em uma ação nada a ver com sua atividade-fim.

No fim das contas, a operação – que se baseia em investigações de pelo menos quatro anos atrás – atingiu de forma direta ou indireta quatro pré-candidatos a prefeito de São Luís: Eduardo Braide (PSD), Paulo Victor (PSDB), Neto Evangelista (União Brasil) e Edivaldo Júnior (sem partido), como revelou o blog Marco Aurélio d’Eça no post “O que fazia a PRF na operação contra a Câmara Municipal?!?”.

Todos eles são adversários do candidato de Flávio Dino nas eleições de 2024, o deputado federal Duarte Júnior (PSB).

E o Ministério da Justiça também não explicou por que contrariou uma determinação do seu próprio ministro…

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O que fazia a PRF na operação contra a Câmara Municipal?!?

Força policial vinculada ao Ministério da Justiça atuou ao lado do Gaeco, do Ministério Público e da Polícia Civil maranhenses em operação não usual no estado, envolvendo vereadores, ex-vereadores e ex-secretários da Prefeitura de São Luís

 

Agente da PRF ao lado de viatura usada em inédita participação em ação do Ministério Público e da Polícia Civil maranhenses contra vereadores e ex-secretários em São Luís

Análise da Notícia

A curiosa presença de policiais rodoviários federais durante operação do Gaeco e da Polícia Civil na Câmara Municipal de São Luís e em endereços ligado a quatro vereadores, um ex-vereador e ex-secretários municipais chamou a atenção do blog Marco Aurélio d’Eça nesta quinta-feira, 10.

Não há registros na história recente de operações deste tipo em que a força policial ligada ao Ministério da Justiça tenha estado presente.

Ao longo de 30 anos de cobertura jornalística o blog Marco Aurélio d’Eça presenciou, eventualmente, a Polícia Federal em parceria com as forças policiais estaduais, mas nunca a PRF.

Ligada ao Ministério da Justiça, a PRF precisa de autorização de Brasília para atuar em casos estaduais, mediante farta documentação escrita e pedido formal das forças de segurança.

A operação desta quinta-feira envolveu quatro vereadores, um ex-vereador e um ex-secretário da Prefeitura de São Luís; os recursos investigados são oriundos de emendas parlamentares liberados através do setor de cultura municipal.

Mas acabou repercutindo, de uma forma ou de outra, na pré-campanha de pelo menos quatro pré-candidatos a prefeito de São Luís: o atual presidente da Câmara, vereador Paulo Victor (PSDB), colega dos vereadores investigados; o atual prefeito Eduardo Braide (PSD), cuja Secretaria de Cultura teve que emitir nota explicando-se; o deputado estadual Neto Ev angelsita (União Brasil), titular da Sedes na criação do programa “Mais Renda”; e o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), cuja gestão abrigou o ex-titular da Secult investigado; 

Não há nos documentos do Ministério Público, da Polícia Civil e nem da própria PRF – muito menos em seus sites -a  explicação para a presença desta força na ação.

E a presença de uma das forças do Ministério da Justiça na operação é sinal de que há algo bem maior por trás.

Mas precisa ser dito com a mesma transparência que exigiram dos investigados…

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Aluisio recebe agradecimento da PRF por empenho no processo de reajuste salarial…

Fabrício Maiola e Vinícius Godinho entregam carta a Aluisio Mendes

A diretora-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Maria Alice Souza, encaminhou uma carta ao deputado Aluisio Mendes agradecendo pela atuação do parlamentar para a aprovação da Lei nº 3.371/2016, que regula a recomposição salarial de diversas carreiras, entre elas a da PRF.

A mensagem foi entregue pelo assessor parlamentar da PRF, Vinícius Godinho, e pelo policial Fabrício Maiola, em nome de toda a corporação.

Na mensagem, a diretora-geral da PRF enfatiza que a aprovação da lei restabelecerá no policial rodoviário federal a confiança de que estão no caminho certo para a profissionalização do atendimento em segurança pública.

Além disso, ressalta que a tramitação da lei demonstrou que a instituição conta com o apoio dos seus representantes no Congresso Nacional.

Neste reconhecimento enviado a Aluisio Mendes, Maria Alice encerra a mensagem agradecendo em nome da Polícia Rodoviária Federal pelo esforço para que o processo de aprovação do projeto de lei transcorresse com equilíbrio, resultando em ganho não somente para a PRF, mas também para a sociedade, na medida em que os policiais estão com maior estabilidade e dignidade para exercerem suas missões em segurança pública.

“Ganhamos chefes de família com maior estabilidade e dignidade em suas vidas particulares e profissionais, renovados na árdua missão de segurança pública”, concluiu a diretora-geral da PRF.