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Taxa de ocupação de UTI para coVID-19 supera 90% em São Luís

Último boletim da Secretaria de Saúde informa que apenas 18 dos 240 leitos para tratamento intensivo estão disponíveis nos hospitais da região metropolitana; índice é arriscado por causa da baixíssima taxa de isolamento social, de apenas 42%

 

Os leitos de UTI na Grande São Luís continuam com alta taxa de ocupação o que gera risco por causa da baixíssima taxa de isolamento social,

A Grande São Luís atingiu nesta segunda-feira, 8, o índice de 92,50% dos leitos de UTI ocupados para tratamento de pacientes da coVID-19. 

No mesmo dia, a capital registrou a menor taxa de isolamento social desde o início da quarentena, de apenas 42%. 

Segundo levantamento do blog Marco Aurélio D’Eça, o índice atual de ocupação de UTI é mais de quatro pontos percentuais maior que o registrado em 18 de maio, um dia depois do encerramento do lockdown decretado pela Justiça. (Veja aqui os boletins da SES)

Para especialistas, a coVID-19 não está controlada na região metropolitana; e o alto índice de ocupação de UTI, combinada com a baixíssima taxa de isolamento, aponta para risco iminente de recrudescimento da doença. 

Desde o bloqueio geral, o índice de ocupação de leitos de UTI na região metropolitana vem apresentando crescimento.

No dia 31 de maio atingiu o pico, com 96,25% de ocupação; no mesmo dia, o interior – à exceção de Imperatriz, que tem contagem própria – registrava 78,72% de ocupação.

Na quinta-feira, 4, depois do afrouxamento das regras da quarentena, o índice de ocupação de leitos de UTI chegou a 93,33% na Grande São Luís; neste mesmo dia, o interior registrava 75,18% de ocupação.

Do total de 240 leitos de UTI disponíveis na capital maranhense e nos municípios do seu entorno, apenas 18 estavam disponíveis nesta segunda-feira.

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Flávio Dino já ameaça fechar tudo em caso de aumento da CoVID-19

Governador diz que se a capacidade de leitos atingir o limite de 80% vai determinar o lockdown no Maranhão, o que significa fechamento de todas as atividades, incluindo alguns dos serviços essenciais

 

O iminente risco de colapso no sistema de saúde do Maranhão levou o governador Flávio dino (PCdoB) a pensar numa medida radical contra a pandemia de coronavírus.

– Tenho um decreto pronto de lockdown (fechamento total de atividades) se a ocupação de leitos de UTI chegar a 80% – disse Dino, nesta quarta-feira, 22.

Apesar do risco, o comunista demonstra otimismo com a capacidade do sistema de saúde segurar a crise sem a necessidade de radicalismos.

– Estou analisando todos os cenários possíveis e os indicadores para mim são óbitos e capacidade hospitalar. Como, até agora, a capacidade hospitalar está assegurada e tenho mais leitos para entregar, estou num sentido otimista. Apesar do crescimento de casos, acho que a gente dá conta de segurar a demanda – afirmou.

Em todo o estado, são 400 leitos de UTI; deste total, há 132 leitos sendo usados exclusivamente para atender pacientes de CoVID-19. 

Mas o governo espera que com os novos leitos essa capacidade seja dobrada.

Evitando, assim, o risco de fechamento total do estado…

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Mortes por falta de oxigênio em UTIs repercute nacionalmente…

Oito pacientes que estavam internados no Hospital Presidente Vargas, em São Luís, morreram após pane na usina que abastece a unidade de saúde de responsabilidade do Governo do Estado; problema ocorreu também no hospital regional de Presidente Dutra

 

O deputado federal Hildo Rocha e a deputada estadual Andrea Murad (ambos do PMDB) fizeram forte pronunciamentos denunciando o descaso do Governo do Estado que resultou na morte de oito pessoas em UTI de hospitais estaduais.

Em discurso na Câmara, Rocha destacou que os casos ocorreram no Hospital Regional de Presidente Dutra e no hospital Getúlio Vargas, em São Luís.

– Logo que assumiu, o governador Flávio Dino encampou uma empresa que prestava serviços de fornecimento de oxigênio para diversos hospitais estaduais. Só que o não deu certo porque o poder público não tem competência para gerenciar empresas de fornecimento de oxigênio. Aí aconteceu esse desastre levando pessoas a óbito, por falta de oxigênio, em unidades hospitalares administradas pelo poder público estadual – ressaltou Rocha.

O parlamentar enfatizou ainda que além de estar fazendo uma péssima administração em todos os setores, o Governador Flávio Dino consegue desfazer tudo que foi construído durante seis anos pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).

Na Assembleia Legislativa, a deputada Andrea Murad anunciou que vai denunciar tanto Flávio Dino quanto o secrétario de Saúde, Carlos Lula pelas mortes no Presidente Vargas em São Luís.

Ela também lembrou o incêndio na usina do Hospital de Presidente Dutra, mas focou seu discurso nas mortes ocorridas no Presidente Vargas.

Andrea Murad também denunciou o caso

Andrea Murad também denunciou o caso

No dia seguinte a minha denúncia, o deputado Levi ainda subiu aqui nesta tribuna assumindo as mortes, mas reduziu o número para 2 óbitos. Confirmando que houve problema técnico e que houve mortes na unidade de tratamento intensivo do Presidente Vargas. Na mesma semana que denunciamos isso, a promotora de saúde Glória Mafra esteve na unidade. Além disso, a própria Vigilância Sanitária Municipal também havia relatado que a unidade não tem condições de receber pacientes. Foi então que O Ministério Público recomendou a transferência de pacientes dos leitos de UTI. Desde então o MP vem investigando a relação das mortes com a pane no sistema de oxigênio na UTI do Presidente Vargas. O próprio Ministério Público confirma essas ocorrências. A Secretaria de Estado da Saúde já informou as declarações de óbitos, mas a SES tem até o dia 11 para fornecer novas informações. O fato é que mortes ocorreram, há fortes indícios de que tem relação com a pane no sistema de oxigênio, senão o Ministério Público não estaria investigando. E precisamos ter conhecimento de tudo o que já foi apurado. Também anuncio aqui que entrarei com uma Ação Civil Pública responsabilizando o estado pelas mortes, responsabilizando o governador Flávio Dino, o Secretário Carlos Eduardo Lula e a direção do hospital também”, discursou Andrea Murad.

O Governo do Estado ainda mantém silêncio sobre o assunto…

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Governo Dino fechou UTIs no Carlos Macieira, denuncia deputada…

Andrea Murad quer uma vistoria da Comissão de Saúde no Hospital Carlos Macieira, onde, segundo ela, Unidades de Terapia Intensiva estão sendo desativadas para dar lugar a sala de médicos

 

Andrea denuncia fechamento de UTIs

A deputada Andrea Murad (PMDB) denunciou na tribuna da Assembleia Legislativa o fechamento de 11 leitos de UTI na unidade de alta complexidade Carlos Macieira. Ela pede à Comissão de Saúde da Casa que vistorie o hospital.

É algo criminoso. Será que conseguem entender a gravidade de tirar 3 leitos de UTI para colocar sala para médico? Será que é mais fácil tirar a vida de pessoas do que consertar o sistema de refrigeração do hospital? Desativaram também as UTIs individuais, aquelas UTIs onde alojavam pacientes que faziam cirurgias muito complexas, 8 UTIs individuais desativadas. Por que? Motivos de custos. Então, agora estão matando as pessoas, no meu ponto de vista, ou seja, 8 mais 3, 11 leitos de UTIs desativados no Hospital Carlos Macieira. Por isso, vou estender essa denúncia para a Promotora de Saúde, Glória Mafra, para o Ministério Público Federal – denunciou a deputada.

Para a parlamentar, é mais um exemplo do desmonte da Secretaria de Saúde na gestão do médico Marcos Pacheco. Ela revelou ainda que a diretora do HCM, que é sobrinha do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho, pediu demissão do cargo.

– Realmente não tem como a saúde caminhar para frente dessa forma. É mulher de secretário mandando na Secretaria; é o secretário que não entende de nada e de coisa nenhuma e o fato é que a saúde está ficando cada dia pior. Acho que não foi à toa que a sobrinha do Presidente Humberto pediu demissão, ontem, porque não aguentava mais, ela tentava trabalhar e não conseguia, ela pedia as coisas para a Secretaria de Saúde e não resolvia. Quantas vezes, a Lea já queria pedir adeus daquilo dali e tentou até as últimas conseqüências – disse Andrea Murad.