Dinistas querem Ministério Público investigando denúncias contra o STF…

Aliados do ministro Flávio Dino cobraram nesta terça-feira, 3, que a Assembleia Legislativa encaminhe à Procuradoria-Geral da República, ao  STJ e ao próprio Supremo, a íntegra das acusações feitas pelo deputado estadual Dr. Yglésio

 

GRAVE DENÚNCIA. Yglésio denunciou ministros do STF, o que levou a pedido de investigação por Rodrigo Lago

Os deputados Rodrigo Lago (PCdoB)  e Carlos Lula (PSB) encaminharam à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa pedido formal para que a Casa encaminhe à Procuradoria-Geral da República, ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal a íntegra das denúncias feitas pelo também deputado Dr. Ygléiso Moyses (PRTB) contra o próprio STF.

  • na sessão desta terça-feira, 3, Yglésio apontou estranhezas na votação do processo envolvendo a Assembleia;
  • segundo o deputado, houve “um combinado” entre os ministros Flávio Dino e Luiz Fux no julgamento do caso.

“O ministro Fux achou por bem, estranhamente, zerar o placar. O que reside por detrás deste verniz espetacular? Obviamente, um modesto combinado. Ele [Flávio Dino] votou: ‘olha aqui, Iracema, meu voto favorável’. Ministro Fux: ‘peço destaque, só para ganharmos mais tempo’ aqui nesta verdadeira terra de batalhas que se transformou a política maranhense”, ressaltou Yglésio, na tribuna.

Logo em seguida, Rodrigo Lago e Carlos Lula pediram ao presidente da sessão, deputado Antonio Pereira (PSB), para que as denúncias de Yglésio fossem encaminhadas à PGR, ao STJ e ao próprio STF para investigação

  • Os dois deputados lembraram não ser a primeira que fazem o pedido, sem atendimento da Casa;
  • Antonio Pereira pediu documento formal com o pedido para que “a mesa analise e decida”.

Dr. Yglésio não voltou à tribuna e não comentou o pedido dos dinistas pela investigação…

Fernando Sarney e Edinaldo Rodrigues em guerra aberta na CBF…

Um dia depois de ver seus aliados demitidos na Gerência de Beach Soccer da Confederação, maranhense acionou o STF para pedir o afastamento do presidente da entidade futebolística

 

BATALHA FUTEBOLÍSTICA. Sempre aberto ao diálogo, Fernando Sarney decidiu partir pra cima do presidente da CBF

O vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Fernando Sarney, apresentou nesta quarta-feira, 7, ao Supremo Tribunal Federal, pedido de anulação do acordo celebrado pelo próprio STF para manter no mandato que termina em 2026 o atual presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

  • Fernando argumenta que uma as assinaturas do acordo foi falsificada;
  • O pedido ocorre um dia depois de aliados de FS serem demitidos da CBF.

Nesta terça-feira, 6, Edinaldo Rodrigues decidiu demitir o Gerente de Beach Soccer da CBF, Eurico Pacífico, considerados um dos mais competentes dirigentes setoriais da CBF em todo o o país; Rodrigues também já havia determinado a não-convocação do craque Datinha – um dos melhores do mundo – pela seleção de Beach Soccer.

“[Fernando Sarney] pede que o STF suspenda imediatamente os efeitos do acordo ora impugnado por simulação de negócio jurídico, a qual se evidencia pelas provas robustas que demonstram a invalidade jurídica da assinatura do Sr. Antônio Carlos Nunes De Lima”, diz um trecho da petição do vice-presidente.

  • Fernando Sarney tem mandato na  CBF até março de 2026;
  • ele não foi incluído na chapa aclamada para mandato até 2030.

Discreto e conciliador em toda a sua história como dirigente futebolístico, o maranhense decide, pela primeira vez, enfrentar abertamente um dos desafetos na CBF.

A ação de Fernando Sarney tem como relator o ministro Gilmar Mendes…

Desembargador Luiz Gonzaga rechaça envolvimento com venda de sentença no TJ-MA

Em Nota de Esclarecimento encaminhada a este blog Marco Aurélio d’Eça, magistrado disse que teve participação apenas pontual no caso envolvendo a mineradora Vale, revelado pela revista Piauí

 

QUEBRANDO O SILÊNCIO; Luiz Gonzaga Almeida Filho resolveu contestar envolvimento do seu nome em novo caso suspeito de venda de sentenças

O desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho encaminhou a este blog Marco Aurélio d’Eça Nota de Esclarecimento em que “rechaça veementemente qualquer insinuação de envolvimento com organização criminosa”; o magistrado nega envolvimento tanto no caso do Banco do Nordeste quanto no caso Vale.

“No caso específico mencionado na reportagem, tive apenas duas participações pontuais: a primeira, quando respondia pela 5ª Vara Cível de São Luís, limitando-me a cumprir decisão do próprio Tribunal de Justiça do Maranhão, no âmbito do cumprimento de sentença; a segunda, já como desembargador, compus quórum em julgamento colegiado, tendo apenas acompanhado o relator do recurso”, explicou Luiz Gonzaga.

  • reportagem da revista Piauí mostrou que os mesmos personagens que atuaram no caso BNB também atuaram no caso Vale;
  • a matéria revela que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) começou a investigar movimentações no caso Vale.

A matéria da revista Piauí foi comentada por este blog Marco Aurélio d’Eça e reproduzida via link no post “De novo a quadrilha de venda de sentenças no TJ-MA…”; o termo “quadrilha” é um sinônimo de “Organização Criminosa”, utilizada pela Polícia Federal para classificar o grupo que agiu no Caso BNB. (Relembre aqui)

Como ele mesmo confirma em sua nota, Luiz Gonzaga é citado em duas situações pela revista Piauí:

  • na primeira, a revista revela que ele, ainda na condição de juiz, acatou um pedido incomum dos advogados Volmer Araújo e Arão Mendes e determinou que os dois – e não os pescadores supostamente vítimas – recebessem dinheiro de indenizações da Vale; (Leia a íntegra aqui)
  • na segunda citação, a Piauí diz que Luiz Gonzaga, já na condição de desembargador, acompanhou o colega Guerreiro Júnior em votação para impedir que o caso Vale fosse investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“Assim como no caso anterior, objeto de investigação pela Polícia Federal – que sequer identificou qualquer atuação minha com o intuito de prejudicar o Banco do Nordeste – todas as minhas decisões observaram rigorosamente a legalidade e os limites do cargo, sem qualquer benefício pessoal. Reitero, igualmente, que nunca recebi quaisquer valores pelos beneficiários de recursos dessas empresas”, garante Luiz Gonzaga Almeida Filho.

O desembargador explica que preferiu o silêncio, “mesmo diante de medidas extremas” contra si, mas que não podia ficar calado “diante de insistente tentativa de exposição” indevida de sua imagem.

Abaixo, a íntegra da nota de esclarecimento assinada pelo desembargador:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A respeito da matéria publicada pela revista Piauí, que começou a circular nesta sexta-feira, 04 de abril, e pelo jornalista Marco Aurélio D’Eça, venho a público esclarecer e rechaçar veementemente qualquer insinuação de meu envolvimento com organização criminosa ou com suposta venda de sentenças, seja no caso que envolve o Banco do Nordeste, seja no processo judicial em que figura a mineradora Vale.

No caso específico mencionado na reportagem, tive apenas duas participações pontuais: a primeira, quando respondia pela 5ª Vara Cível de São Luís, limitando-me a cumprir decisão do próprio Tribunal de Justiça do Maranhão, no âmbito do cumprimento de sentença; a segunda, já como desembargador, compus quórum em julgamento colegiado, tendo apenas acompanhado o relator do recurso.

Assim como no caso anterior, objeto de investigação pela Polícia Federal – que sequer identificou qualquer atuação minha com o intuito de prejudicar o Banco do Nordeste – todas as minhas decisões observaram rigorosamente a legalidade e os limites do cargo, sem qualquer benefício pessoal. Reitero, igualmente, que nunca recebi quaisquer valores pelos beneficiários de recursos dessas empresas.

Mesmo diante de medidas extremas, como meu afastamento das funções, e de ataques públicos que antecipam julgamento, optei por manter o silêncio, por respeito às instituições e à própria investigação.

No entanto, diante da insistente tentativa de exposição indevida da minha imagem, considero necessário reafirmar:
“Sigo firme no propósito de provar que não participo e nunca participei de qualquer organização criminosa. Sou magistrado há 44 anos, sempre abnegado e compromissado com um cargo que tanto lutei para exercer com dignidade, respeito e discrição.”

Confio que o tempo e a verdade se encarregarão de colocar cada fato em seu devido lugar, restabelecendo minha honra e demonstrando a correção das minhas condutas ao longo de toda a minha trajetória na magistratura.

São Luís (MA), 07 de abril de 2025.
Desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho

A grave denúncia contra o gabinete de Flávio Dino no STF…

Procurador-geral do Estado do Maranhão acusa assessores do ministro de acessar indevidamente dados da PGE para embasar ações de aliados do ministro contra o governo do Maranhão

 

A MANDO DE QUEM?!? Assessores do gabinete de Flávio Dino acessaram dados sigilosos do governo Brandão

Análise da Notícia

Por qualquer ótica que se analise, é grave – para não dizer gravíssima!!! – a denúncia do procurador-geral do Estado, Valdenio Caminha, contra dois assessores do gabinete do ministro Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal.

  • segundo Caminha a PGE cedeu para o gabinete de Dino os procuradores Túlio Simões Feitosa de Oliveira e Lucas Souza Pereira;
  • os dois usaram suas senhas na PGE para acessar dados do governo usados em ação do partido Solidariedade contra o próprio governo.

“As evidências indicam não apenas o acesso indevido, mas também a extração desses documentos, o que configura uma violação grave das normas de segurança da informação”, afirmou Caminha, segundo reportagens de diversos portais e blogs nos últimos dias.

Pior: os próprios assessores admitem a prática, embora aleguem que só acessaram informações públicas. (Veja aqui)

Mas fica a pergunta óbvia:

  • por que dois assessores de um ministro do STF buscam dados do governo para embasar ação política?
  • e como explicar que este governo é alvo de ação que pode ser julgada por este mesmo ministro?!?

A pergunta força uma resposta pública do próprio Flávio Dino, cujas ações políticas vêm sendo questionadas desde sua posse no Supremo, inclusive por este blog Marco Aurélio d’Eça. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

Há duas semanas, o próprio governador Carlos Brandão (PSB) levantou suspeitas da atuação política de Flávio Dino em entrevista ao jornal O Globo; este blog Marco Aurélio d’Eça tratou do mesmo assunto no post “Brandão faz última tentativa de pacificação com os dinistas”.

“O Othelino pode ficar me criticando, não tem problema. Mas o problema é que já foram 10 ações contra mim e todas elas foram aceitas, ou por Flávio ou por outro ministro”, citou Brandão, em reunião com o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), referindo-se ao deputado estadual Othelino Neto, que controla o Solidariedade no Maranhão.

É uma acusação muito, mas muito grave mesmo!

E Flávio Dino não pode simplesmente fazer de conta que não é com ele…

Segurança pessoal de Eduardo Nicolau gera atritos entre membros do MPMA…

Assunto voltou a ser discutido na reunião do Colégio de Procuradores, a partir da insistência de Raimundo Nonato de Carvalho Filho, que ganhou a adesão de outros representantes; Danilo de Castro sustenta a legitimidade da medida

 

O uso de cinco policiais militares e uma viatura pelo ex-procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau voltou a ser tema principal da reunião mensal do Colégio de Procuradores do Ministério Público do Maranhão, nesta quarta-feira, 26; os procuradores voltaram a questionar a medida, que não passou pela análise do Colégio, como define a legislação.

  • Eduardo Nicolau garantiu cinco policiais ao seu lado alegando ter sido ameaçado de morte quando era procurador-geral;
  •  o privilégio foi autorizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público e garantido pelo atual PGE, Danilo de Castro.

“A matéria deveria ser tratada como uma política institucional, e não como um ato de gestão administrativa; isso caracteriza uma usurpação de competência”, argumenta o também, ex-procurador-geral Raimundo Nonato de Carvalho Filho, principal crítico da medida; ele sustenta que a Lei Complementar nº 13/2016 e o Ato Regulamentar nº 18/2016 determinam que a medida precisa ser analisada pelo Colégio de Procuradores.(Veja a sessão completa no vídeo acima) 

 

 

CRISE INSTITUCIONAL. Membros do Colégio de Procuradores do Ministério Público maranhense contestam privilégio de Eduardo Nicolau

O clima ficou ainda mais tenso quando o procurador Marco Antonio Guerreiro questionou a necessidade dessa segurança alegada, já que, “o próprio ex-procurador-geral não segue os protocolos de segurança recomendados”. 

  • Eduardo Nicolau tem o apoio incondicional do atual procurador-geral Danilo Castro Ferreira, seu afilhado político;
  • Segundo Ferreira, a medida foi tomada com base em resoluções do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“Não estou fazendo nada além do que foi determinado pelo Conselho Nacional de Justiça. Quem não gostar da atitude do Conselho Nacional, tem que ir ao Conselho Nacional reclamar”, provoca Nicolau, em entrevista publicada neste blog Marco Aurélio d’Eça, sob o título: “Quem não gostar vá ao CNJ”, diz Nicolau sobre policiais a seu serviço…”

É a segunda reunião consecutiva do ano em que o Colégio de Procuradores debate o uso de segurança pessoal para o ex-procurador-geral de Justiça; sua justificativa é sempre a mesma: foi ameaçado de morte quando exercia o comando do Ministério Público.

Não há, no entanto, nem um registro oficial de ameaças, investigação ou prisão relacionadas a este caso…

O que está por trás da nova ação contra Flávio Costa no STF?!?

Apresentadas pela advogada mineira Clara Alcântara Botelho Machado – que mal conhece o colega maranhense – as denúncias parecem servir como cortina de fumaça para algo maior: expor o governador Carlos Brandão a uma investigação federal

 

TODOS OS HOMENS DO GOVERNADOR. Advogada lsita série de empresas em nome de parentes do governador e orienta na ação: “Follow the money”

O Pedido de Ingresso da advogada Clara Alcântara Botelho Machado na Ação Direta de Inconstitucionalidade que pede a suspensão do processo de escolha do advogado Flávio Vinícius Araújo Costa ao Tribunal de Contas do Maranhão tem um objetivo imediato e outro secundário:

  • o primário é mostrar as irregularidades na condução do processo que fez de Flávio Costa candidato à vaga no TCE-MA;
  • o secundário – e mais profundo – é tornar o governador Carlos Brandão (PSB), e sua família, alvo aberto da Polícia Federal.

Neste aspecto, é preciso entender quem é Clara Alcântara Botelho Machado.

Sem perfil identificado no instagram ou no Facebook, a advogada está registrada na OAB-MG, atua em debates e tem publicações sobre separação dos poderes. Nas pesquisas relacionadas ao seu nome este blog Marco Aurélio d’Eça não encontrou qualquer vínculo com o Maranhão ou com qualquer dos envolvidos no episódio envolvendo Flávio Costa, incluindo o próprio partido Solidariedade, autor da ação inicial no STF.

Este mistério faz saltar ao primeiro plano o objetivo secundário da proposta de Clara Alcântara Botelho Machado (atente ao trocadilho dos dois últimos sobrenomes)

  • a advogada lista em seu pedido nada menos que 10 empresas em nome de Brandão e familiares de Brandão;
  • segundo ela, trata-se de  “engrenagem coordenada por Flávio Costa” para lavar dinheiro e ocultar patrimônio;
  • a autora revela que já no primeiro ano de existência essas holdings acumularam patrimônio de R$ 1 bilhão.

“Estamos diante, certamente, de um dos maiores esquemas de corrupção já vistos (…) Possivelmente a empresa tem sido utilizada para lavagem de recursos desviados, com a aquisição de glebas por valores abaixo do mercado e, depois, loteados ou com construção de prédios ou residências, alienados a preços mais elevados, servindo como instrumento de branqueamento de recursos ilícitos”, acusa Clara Alcântara Botelho Machado.

A intenção objetiva está na página 33 do documento, onde ela faz a listagem numérica das empresas do grupo Brandão “de forma a facilitar o uso da técnica de investigação SIGA O DINHEIRO”.  

A expressão “Siga o Dinheiro” é a tradução literal da frase em inglês Follow the money usada pela primeira vez no clássico “Todos os Homens do Presidente”, de 1976, baseado no escândalo WaterGate, que resultou na queda do presidente americano Richard Nixon”.

Está claro, portanto, onde o documento da advogada quer chegar.

É simples assim…

Advogada expõe ao STF negócios entre Flávio Costa e Carlos Brandão…

Clara Alcântara Botelho Machado entrou como terceira interessada na ação do Solidariedade que contesta a escolha do advogado do governador para o TCE e revela milionário jogo de interesses no caso

 

CONTRATOS MILIONÁRIOS. Advogado pessoal de Brnadão, Flávio Costa tem contratos milionários na Emap, ganha dinheiro da Gasmar e quer ir par ao TCE-MA

Um pedido de entrada como terceiro interessado na ação que contesta no Supremo Tribunal Federal a indicação do advogado Flávio Costa para o Tribunal de Contas do Estado expõe, pela primeira vez, a relação de negócios milionários entre ele e o governador Carlos Brandão (PSB); a ação assinada pela advogada Clara Alcântara Botelho Machado pede ao ministro Flávio Dino o impedimento definitivo da ida de Costa ao TCE-MA. 

“Flávio Vinícius Araújo Costa (OAB/MA 9023, CPF nº 004.914.373-58) não é apenas advogado, mas verdadeiro operador jurídico dos interesses privados do Governador do Maranhão, Carlos Brandão. Seu envolvimento com o chefe do Executivo estadual vai muito além do exercício da advocacia: participou ativamente da campanha de reeleição do Governador, sendo remunerado com recursos do Fundo Eleitoral, e continua a prestar serviços advocatícios pessoais não apenas ao Governador, mas também a vários membros de sua família”, diz a advogada, no documento encaminhado diretamente a Flávio Dino. (Leia a íntegra aqui)

  • Clara Machado elenca ao menos sete ações em que Flávio Costa funciona como advogado pessoal de Brandão e de seus familiares;
  • mas ela alerta que a gravidade deste vínculo não se limita à seara jurídica, mas o beneficia também com contratos no governo;
  • só na Emap, o escritório do advogado foi contratado sem licitação pelo valor de R$ 360 mil, que depois subiu para R$ 540 mil.
  • em setembro de 2024, quando Flávio Costa já tentava a nomeação para o TCE-MA, ganhou novo contrato, de R$ 740 mil.

“Somados, esses contratos garantem ao advogado pessoal do Governador mais de R$ 1 milhão em apenas três anos, pagos diretamente por uma empresa pública subordinada ao governo do seu próprio cliente. Em outras palavras, Flávio Costa presta serviços advocatícios privados a Carlos Brandão, mas é regiamente remunerado com dinheiro público”, denuncia a advogada.

Na ação encaminhada ao ministro do STF, que é relator da ação do Solidariedade que pede a anulação da nomeação de Costa, Clara Alcântara Machado revela que o Governo Brandão usou a estrutura do governo para cooptar aliados entre advogados, desembargadores e parlamentares desde sua primeira tentativa de fazê-lo membro do Tribunal de Justiça, ainda em 2023.

  • segundo ela, foram distribuídos cargos no governo em troca do apoio e do voto no advogado do governador;
  • a ação elenca documentos e provas que mostram a cooptação de advogados e magistrados em favor de Flávio Costa.

Ao fim do documento ela pede naõ apenas a rejeição à pretensão de Flávio Costa tornar-se conselheiro, mas também que o STF determine a investigação dos fatos narrados.

A ação já está com o ministro Flávio Dino…

Empresa do agronegócio é alvo de denúncias graves no MA

Insolo Agroindústria é acusada por agricultores e produtores rurais de pelo menos três municípios maranhenses de impedir o trânsito de pessoas na região e matar animais

 

CRIME AMBIENTAL. O rei do Ovo é acusado pela matança de animais no interior do Maranhão

A unidade da empresa Insolo Agroindústria no Maranhão é alvo de inúmeras denúncias por parte de produtores rurais e agricultores da zona rural dos municípios de Senador Alexandre Costa, Governador Eugênio Barros e Governador Luiz Rocha.

Os trabalhadores do campo relatam que estão sofrendo ameaças e retaliações. Segundo eles, a ordem é que não passem pelas estradas que cortam os terrenos da empresa, o que os impossibilita de chegar às suas respectivas propriedades para cuidar dos animais e das plantações.

Os moradores da região alegam que mais de 50 gados já foram mortos por capangas da empresa, como forma de intimidá-los. Com medo, as vítimas procuraram a Delegacia de Presidente Dutra e registraram o caso. Eles querem justiça pelo prejuízo que tiveram e uma solução para o problema.

A Insolo Agroindústria é uma empresa brasileira voltada para a produção de grãos e de expansão na cultura do algodão.

Atualmente, possui nove unidades de produção, localizadas no Sul do Piauí, Norte do Maranhão e Norte do Tocantins, totalizando mais de 205 mil hectares de área operacional.

“Penduricalhos” garantem a membros do Ministério Público até R$ 128 mil a mais de salário no MA…

Verbas indenizatórias de todos os tipos garantiram dinheiro extra no contracheque do mês de janeiro a 299 promotores e procuradores de Justiça maranhenses, que consumiram R$ 5 milhões dos cofres públicos

 

FESTA PARA TODOS. Procuradores do Ministério Público maranhense reunidos com o chefe da PGJ: “penduricalhos elevam salários”

Ampla reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, 11, revela o custo dos chamados “penduricalhos” pagos a membros do Ministério Público maranhense; o custo com este tipo de pagamento – chamado “Licença Compensatória” – custou aos cofres públicos do estado nada menos que R$ 5 milhões em janeiro.

  • no total, 299 promotores e procuradores de Justiça receberam o chamado “penduricalho”;
  • os valores pagos a mais pelo contribuinte no contracheque de janeiro chegou a R$ 128,9 mil.

“As verbas extra são fruto da conversão em dinheiro do benefício conhecido como licença compensatória, que prevê o direito de um dia de folga para cada três trabalhados como forma de estimular a assiduidade”, diz a reportagem do Estadão. (Leia a íntegra aqui)

O MP-MA criou um conceito todo próprio para a licença compensatória, transformando em dinheiro extra qualquer atividade fora da escala padrão de um promotor ou procurador de Justiça; esses penduricalhos estão garantidos pela Lei Complementar nº 25/2019.

  • viraram dinheiro extra o acumulo acervos processuais, funções de outros colegas temporariamente, plantões e tempo de serviço;
  • há ainda licença compensatória cumulativa e licença especial, similar ao quinquênio dos magistrados após cinco anos de trabalho.

O ex-procurador-geral de Justiça  Francisco das Chagas Barros de Sousa recebeu em janeiro R4 128 mil a mais no contracheque; ele decidiu converter em dinheiro a licença compensatória que teria por acúmulo de função, a licença especial e a licença compensatória de acervo.

Outros 298 membros do MP-MA também receberam acréscimos no contracheque que partem de R$ 8,7 mil; o  mesmo processo se repetirá em fevereiro.

O procurador-geral de Justiça Danilo de castro Ferreira já publicou o despacho autorizando a conversão das licenças em recursos. 

E o contribuinte que lute…

“Quem não gostar, vá ao CNJ”, diz Nicolau sobre policiais a seu serviço…

Ex-procurador-geral de Justiça respondeu ao colega de Ministério Público Raimundo Nonato de Carvalho Filho sobre a acusação de que estaria usando, sem direito, cinco policiais e uma viatura

 

RECLAME LÁ EM CIMA. Nicolau dá de ombros para acusação de colega do Ministério Público e confirma uso de policiais em sua segurança pessoal

O ex-0procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau manifestou-se neste fim de semana sobre a acusação feita pelo colega e também ex-procurador-geral Raimundo Nonato de Carvalho Filho, e que ele está usando policiais e viaturas sem ter direito.

Carvalho Filho acusou Nicolau diretamente em plena sessão do Colégio de Procuradores, notícia divulgada em primeira mão neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Procurador denuncia ex-chefe do Ministério Público por uso indevido de policiais…”.

“Não estou fazendo nada além do que foi determinado pelo Conselho Nacional de Justiça. Quem não gostar da atitude do Conselho Nacional, tem que ir ao Conselho Nacional reclamar”, ironizou Nicolau, em entrevista ao jornalista Rogério Silva.

  • segundo ele, todos os ex-procuradores-gerais têm direito a segurança por dois anos;
  • Nicolau também voltou a falar que foi ameaçado de morte por bandidos hoje presos.

“Eu estou tendo isso. Afinal de contas a lei determina e eu também sofri várias perseguições. Eu tô com gente, inclusive, na penitenciária que tentou me matar. Isso é público e notório e aconteceu em 2021 ou 2022. É uma fase da minha vida que eu quero esquecer. Eles foram presos em São José dos Índios já indo para minha casa para me triturar. Quem não gostar disso, vá no Conselho Nacional. Eu estou cumprindo a determinação legal. Só isso”, detalhou o ex-procurador.

Este blog Marco Aurélio d’Eça pesquisou em todos os portais e principais veículos de mídia do Maranhão – entre os anos de 2020 e 2024 – e não localizou qualquer informação referente a esta suposta ameaça ao procurador.

O assunto está sendo tratado também – por intermédio de Representação – no Conselho Nacional do Ministério Público e no próprio CNJ…