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Exata e Escutec terão maior prova de fogo da credibilidade em eleições desde 1994…

Embora tecnicamente apresentando os mesmos patamares de votos para os principais candidatos a governador em suas pesquisas, institutos que devem ser a referência no atual pleito acabam em xeque pela relação dos postulantes com as empresas de comunicação que os contratam, remetendo à lendária disputa Roseana versus Cafeteira

 

Institutos de maior repercussão no Maranhão têm nestas eleições um teste de fogo para a credibilidade, dada à vinculação dos candidatos a grupos de mídia que fazem pesquisas

Análise da notícia

Contratados, respectivamente, pelo Grupo Mirante e pelo Sistema Difusora, os institutos de pesquisa Escutec e Exata devem se estabelecer como os principais parâmetros dos levantamentos sobre a corrida pelo Governo do Estado nestas eleições de 2022.

Mas também terão neste pleito uma prova de fogo para sua credibilidade desde a lendária disputa entre Roseana Sarney e Cafeteira, em 1994.

Para início de conversa, é preciso estabelecer que a Escutec é contratada do Grupo Mirante, hoje alinhado – ainda que não oficialmente – à candidatura do governador-tampão Carlos Brandão (PSB); a Exata, por sua vez, atua para a TV Difusora, hoje vinculada ao senador Weverton Rocha (PDT).

Embora não deva haver relação de causa e efeito entre pesquisas, contratantes e candidatos, não há dúvidas de que a opinião pública verá sempre influência de quem contrata os levantamentos na divulgação dos resultados.

Dito isto, é preciso estabelecer também que, tecnicamente, os números da Escutec e da Exata divulgados neste domingo, 1º, são praticamente os mesmos para Weverton e Carlos Brandão. A Escutec diz que Brandão tem 24% e Weverton 20%; já a Exata afirma Weverton à frente, com 22% contra 21% de Brandão.

Isso permite dizer que Weverton e Brandão têm hoje algo entre 20% e 25% das intenções de votos cada um, levando em conta cada margem de erro de cada levantamento.

Para a Escutec, contratada da Mirante, é Brandão quem está à frente; a Exata, parceira da Difusora, diz que quem lidera é Weverton.

Cafeteria e Roseana em 1994: eleição tumultuada até o último momento vitória amplamente questionada de Roseana Sarney

O blog Marco Aurélio D’Eça publicou, em novembro de 2020, o post “Como ler pesquisas eleitorais”.

Tratava-se de um Ensaio sobre o que são os levantamentos, ensinando a não levar-se apenas pelo vínculo de um instituto a um candidato ou a um grupo.

– Analistas e comentaristas equivocam-se em bombardear levantamentos ou vincular institutos a candidatos; pesquisa é estimativa, e como tal, nunca pode ser precisa, já que trabalha com variantes pré-estabelecidas – já dizia este blog, em 2020.

Não houvesse o vínculo de relação das duas principais emissoras de TV com os candidatos a governador, as pesquisas seriam analisadas dentro de uma liberdade estatística para dizer que as duas mostram exatamente a mesma coisa na corrida eleitoral neste momento.

Se decidirem bancar seus prognósticos até o fim da eleição, aquele instituto que alcançar melhor resultado no pleito terá superado no Maranhão sua maior prova de fogo desde as eleições de 1994, quando ainda sequer havia regulamentação de pesquisas na Justiça Eleitoral.

Aquela eleição – polarizada entre o então senador Epitácio Cafeteira e a então deputada federal Roseana Sarney (MDB) desmoralizou a credibilidade dos institutos de pesquisa, levando alguns à quase-extinção.

E a credibilidade é o preço alto a pagar no espaço mercadológico…

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Chapa de esquerda pró-Lula dá sinais de esgotamento

Ex-presidente já é claramente ameaçado pelo presidente Jair Bolsonaro em, São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o que aponta para a conclusão de que a aliança de PT com PSB e PCdoB pode estar fechada em nicho que precisa ser ampliado ao centro

 

Sem ampliar apara além da esquerda, Lula corre sérios riscos contra o presidente Jair Bolsonaro; mas há petistas e esquerdistas que não compreendem assim

A pesquisa do Instituto Paraná, que apresentou empate técnico entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo – com o atual mandatário numericamente à frente – foi festejada em todo o país por bolsonaristas; e minimizada por petistas.

Mas é preciso analisar friamente os números e entender a conjuntura.

Há tempos, o próprio Lula vem afirmando ao seu aliados que a coligação genuinamente de esquerda entre PT, PCdoB e PSB não agrega para além do próprio círculo ideológico; ele busca formas de ampliar esta aliança com MDB, PSD, PDT e outros partidos de centro.

Neste aspecto, a candidatura do pedetista Ciro Gomes passa a ser espécie de fiel da balança para o ex-presidente.

Mas Lula enfrenta resistências dos mais radicais esquerdistas, que pregam o purismo da chapa – tanto que fizeram força contra a entrada do próprio ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na chapa.

Bolsonaro navega entre a direita mais radical e extremista e o centro; não agrega ideologicamente em nenhuma aspecto, mas tem a força da máquina do governo para alavancá-lo em todo o país.

A pesquisa do Instituto Paraná é, portanto, um sinal de alerta para Lula e seus aliados….

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Pesquisas apontam acirramento entre Weverton e Brandão na disputa pelo Governo…

Institutos Exata e Escutec divulgaram seus números neste domingo, cada um com um postulante à frente, mas ambos em condição de empate técnico; demais adversários ainda distantes da briga pelo segundo turno

 

Brandão e Weverton devem mesmo polarizar a disputa pelo Governo do Estado, como demonstram números da Exata e da Escutec deste domingo

As pesquisas dos Institutos Exata e Escutec, divulgadas neste domingo, 1º, mostram que a disputa pelo Governo do Estado está mesmo polarizada entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o governador-tampão Carlos Brandão (PSB).

A exata diz que Weverton está à frente, com 22%, seguido colado por Brandão, que registra 21%.

Já a Escutec aponta Brandão à frente, com 24%, seguido por Weverton com 20%.

A leitura correta destes números devem dizer que, tanto Weverton quanto Brandão estão hoje  num patamar entre 20% e 25%, levando em consideração a margem de erro de cada pesquisa.

Independentemente do conceito ou da metodologia usada por cada um dos levantamentos, os números mostram duas verdades:

1 – o senador Weverton está consolidado na casa dos 20% dos votos, ainda que não tenha avançado, mesmo em pré-campanha desde os primeiros números;

2 – Brandão ainda não conseguiu usufruir da força da máquina e most5ra pouca popularidade para quem está sentada na cadeira de governador.

Outro dado importante das duas pesquisas é que os demais candidatos – Edivaldo Júnior (PSD), Lahésio Bonfim (PSC), Roberto Rocha (PTB) e Josimar de Maranhãozinho ainda não conseguiram consistência para brigar por uma das vagas no segundo turno.

Como a tendência é que tanto Roberto Rocha quanto Josimar deixem a disputa, um novo levantamento, provavelmente no fim de maio, faz-se obrigatório para medir o impacto destas mudanças.

As pesquisas foram registradas na Justiça Eleitoral…