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Com Roberto Rocha ameaçando sua eleição, Flávio Dino vira digital influencer para tentar ser popular

Ex-governador acusou o golpe do lançamento da candidatura do atual dono da vaga no Senado – que reuniu 11 partidos e quatro candidatos a governador em seu palanque – e resolveu gravar vídeo até da entrega do seu novo escritório de trabalho, numa espécie de agenda de blogueirinho das redes sociais

 

Agora blogueirinho, Flávio Dino faz “tour” mostrando decoração e arte do seu novo escritório, em busca de cliques

O ex-governador Flávio Dino está acuado.

Em menos de dois dias, ele reagiu de forma inusitada a duas situações políticas e virou até blogueirinho nas redes sociais.

Primeiro, após post do blog Marco Aurélio D’Eçamostrando a falta de agenda popular em sua pré-campanha – ele foi à redes para dizer que fará novo encontro do que chama “time Lula” e afirmou que movimentos sociais estarão presentes, sem noticiar quais.

Mas o que levou Flávio a virar uma espécie de Digital Influencer em busca de cliques foi o lançamento da candidatura do senador Roberto Rocha (PTB) à reeleição.

O senador do PTB reuniu nada menos que 11 partidos e garantiu apoio de quatro candidatos a governador, o que tirou Dino do “céu de brigadeiro” em que vinha navegando como candidato único ao Senado.

Nesta terça-feira, 3, Dino apareceu em vídeo no seu novo escritório de trabalho, mostrando decoração, arrumação, detalhes artísticos e até a vista, num típico post de blogueirinho das redes sociais.

Foi uma clara demonstração de acusação de golpe.

Incomodado com Roberto Rocha, Flávio Dino vira até blogueirinho nas redes sociais

Roberto Rocha (PTB) entra finalmente na disputa do Senado já com 22% de intenções de votos, números medidos pelo Instituto Exata mesmo sem ele nunca ter-se apresentado como candidato.

A ameaça a Dino é real.

Com capilaridade estadual, levada pelos partidos e candidatos a governador, Rocha deve começar a ser apresentado pelos prefeitos em praticamente metade dos municípios, o que deve ser medido por pesquisas de intenção de votos já no final de maio.

Claramente incomodado com a movimentação do adversário, o ex-governador tem-se virado nas redes sociais.

Agora digital influencer, só não pode pintar cabelo de vermelho para chamar atenção.

E muito menos mostrar como se come bolo de chocolate na internet… (Não entendeu? Entenda aqui e aqui)

Em tempo: Da próxima vez, Flávio Dino, use o celular deitado, como fazem os blogueirinhos

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Simplício quer apoio de eleitores de todos os presidentes…

Assim como a maioria dos adversários, que se misturam entre apoiadores de Lula, de Bolsonaro, de Ciro Gomes e outros presidenciáveis, pré-candidato do Solidariedade ao governo afirma que buscará ajuda no Palácio do Planalto qualquer que seja o presidente eleito, para desenvolver o Maranhão

 

Simplício com Lula; busca de apoio do presidente eleito em outubro, seja ele quem for

O pré-candidato do Solidariedade ao Governo do Estado, Simplício Araújo, jogou nesta quarta-feira,4, mais um balde de água fria nas tentativas do Palácio dos Leões de dividir a disputa estadual entre lulistas e bolsonaristas.

– Não sou candidato a presidente, respeito seu voto e, se seu for o próximo governador, estarei no dia seguinte atrás do presidente eleito, seja ele quem for, para implorar ajuda para gerar empregos e crescimento econômico no Maranhão – disse Simplício, após encontro com o ex-presidente Lula (PT), em São Paulo.

No Maranhão, há dois polos de discussão eleitoral: um, mais à esquerda e alinhado com Lula, capitaneado pelo senador  Weverton Rocha, líder nas pesquisas, e também por candidatos do PSOL e do PSTU.

No outro polo estão os chamados bolsonaristas e os de direita, como o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim (PSC), e o ex-prefeito de São luís, Edivaldo Júnior (PSD).

Sem ideologia política definida, o governador-tampão segue as ordens do ex-governador Flávio Dino, que quer controlar a agenda de Lula, mas abriga no governo também bolsonaristas e até tucanos alinhados a João Dória, a exemplo dos ex-prefeitos Luís Fernando Silva e Sebastião Madeira. 

A fala de Simplício Araújo mostra que a eleição estadual é desvinculada ideologicamente da nacional.

Mostra também que todos poderão estar com todos durante o primeiro ou segundo turno….

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Braide retoma articulação e recompõe base na Câmara

Prefeito reuniu 23 dos 31 vereadores de São Luís em seu gabinete e reforçou o time que deve contar no legislativo, refazendo o caminho político após vitória de Paulo Victor para a presidência da Câmara

 

Eduardo Braide e os vereadores de São Luís; recomposta e articulação em dia

O prefeito de São Luís Eduardo Braide (sem partido) reuniu um grupo de 23 vereadores em seu gabinete nesta segunda-feira, 2.

A articulação de Braide visa recompor a sua base no Legislativo, após vitória do vereador Paulo Victor (PCdoB) para a presidência da Câmara Municipal.

Além da bancada do PDT – como o atual presidente da Casa, Osmar Filho, o líder do governo Raimundo Penha e o vereador Nato Júnior, todos aliados do senador Weverton Rocha –  Braide recebeu parlamentares com os quais vinha tendo uma relação mais dura, como Marquinhos Silva (União Brasil) e Thiago Freitas.

A rearticulação com os vereadores dá ao prefeito mais tranquilidade para tocar os projetos da gestão; com uma base sólida, ele vai poder trabalhar mais tranquilamente na relação com os movimentos sociais, sindicatos, servidores públicos e coma população.

Novos encontros devem ser realizados nos próximos meses…

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Após este blog mostrar sua falta de base popular, Flávio Dino inventa, às pressas, encontro com movimentos sociais

Ex-governador acusou o golpe de ser mostrado como figura elitista e sem relação com as camadas mais populares; e sentiu ainda mais com a aliança do senador Roberto Rocha com nove partidos e quatro candidatos a governador

 

Reação de Flávio Dino ao post que mostrou a fragilidade de sua agenda popular; ele agora tenta ser dono do “time de Lula” no Maranhão

O ex-governador Flávio Dino (PSB) reagiu menos de oito horas depois de o blog Marco Aurélio D’Eça publicar o post “Fora do governo, Flávio Dino não consegue construir agenda popular”.

No final da tarde de ontem – e após sentir outro golpe, o da aliança do senador Roberto Rocha (PTB) com quatro candidatos a governador e nove partidos – Dino publicou em suas redes que irá reunir “o time de Lula”. E fez questão de afirmar que “movimentos sociais presentes”.

Dino ainda tem poder para inventar movimentos sociais em torno de si, é verdade; mas tem que inventar, por que segmentos como a  Fetaema, o Sindsep, o Sinpol, os SindEducação e diversos outros setores organizados da sociedade querem distância do ex-governador comunista.

A arrogância de Flávio Dino se mantém mesmo após a rejeição da classe política e dos setores sociais ao seu nome.

Ele se julga dono da campanha de Lula no Maranhão e atropela até mesmo seu candidato a governador, o poste Carlos Brandão (PSB), que deveria ser o articulador da campanha petista no estado, mas, sem relação alguma com Lula, prefere seguir a reboque do padrinho.

Mas o time de Lula não está com Flávio Dino.

Lulistas-raiz do PT, do PSOL, do PSB e do próprio PCdoB já se posicionaram ao lado do senador Weverton Rocha (PDT), que lidera as pesquisas de intenção de votos para o governo; também nos sindicatos, no campo e na cidade, é com Weverton que eles fazem agenda, não com Dino.

Weverton tem a preferência do próprio Lula, já manifestada publicamente pelo ex-presidente.

Mas a reação de Flávio Dino mostra que ele está acuado, perdido, apenas reativo diante dos fatos políticos que o emparedam.

E pelas próprias escolhas que fez, deve seguir assim até as eleições….

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Arrogância de Flávio Dino destruiu sua própria base e atraiu todos contra si

Autoritário, personalista e incapaz de dialogar ex-governador tentou se impor como líder e cometeu o erro de inventar um poste para sucedê-lo no governo por que não queria outras lideranças criando sombra em torno do seu nome

 

Símbolo do autoritarismo de Flávio Dino, esta imagem foi registrada em 2016, quando ele tentou impedir Maura Jorge de falar no palanque montado em sua própria cidade

Análise da notícia

O ex-governador Flávio Dino (PSB) foi imposto à classe política por uma estrutura de poder elitista; e nunca conseguiu construir uma liderança orgânica, natural, espontânea.

O resultado desta postura autoritária e personalista é a junção de toda a classe política – governistas e oposicionistas – em torno do nome do senador Roberto Rocha (PTB) para enfrentá-lo nas eleições de outubro.

Pela primeira vez na história um candidato reúne sarneysistas, oposicionistas, pedetistas, petistas, emedebistas e até gente ligada ao próprio Palácio dos Leões contra uma figura pública que, ao invés de construir pontes, desagregou ao absoluto nos quase oito anos em que sentou praça no Palácio dos Leões.

Não é de hoje que o blog Marco Aurélio D’Eça aponta traços de autoritarismo na postura pública de Flávio Dino.

O próprio Roberto Rocha sofreu com opressão do ex-governador, após os dois serem eleitos juntos, em 2014; na lista de abusos de Flávio Dino entram também a prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, o ex-deputado federal Waldir Maranhão (PDT), a prefeita de Chapadinha, Dulcilene Belezinha, jornalistas, advogados e ex-colegas juízes.

E por último o senador Weverton Rocha (PDT), que lidera as pesquisas para o Governo do Estado.

Esse poder desagregador já foi tratado no blog Marco Aurélio D’Eça, em outubro do ano passado, no post “De como Flávio Dino escurraça os próprios aliados de sua base”.

Nem os alertas fizeram Dino mudar.

Achando-se dono de partidos, de carreiras políticas de mandatos e até de pessoas, ele decidiu sozinho criar um candidato a governador, inventou o vice para esse candidato e praticamente obrigou todos os aliados a fechar com sua candidatura a senador.

Perdeu feio, por que foi Roberto Rocha – e não ele – quem conseguiu os palanques múltiplos nas eleições de outubro.

Mas a arrogância continuou mesmo após o duro recado da classe política: matérias produzidas pelo Palácio dos Leões – e publicadas em blogs controlados pelo governo – ainda ontem apontavam que há “um fosso entre os números de Flávio Dino e os dos demais candidatos”.

Dino corre mesmo sério risco de ser derrotado na disputa pelo Senado.

Talvez fora do poder e sem mandato aprenda a ser mais humilde…

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Oposição firma pacto de aliança em eventual segundo turno…

Representantes de todos os candidatos não-alinhados ao Palácio dos Leões assinaram nesta segunda-feira, 2, documento em que se comprometem a seguir juntos, caso qualquer um deles enfrente o governador-tampão Carlos Brandão numa segunda rodada de votação em outubro

 

Partidos e lideranças fecharam compromisso com Roberto Rocha e devem estar juntos também eventual segundo turno

O cenário eleitoral da disputa pelo Governo do Estado e pelo Senado no Maranhão começa a ganhar ares cada vez mais difíceis para o Palácio dos Leões, para o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) e para o ex-governador Flávio Dino (PSB).

Pela primeira vez na história política do estado, um candidato a senador – Roberto Rocha (PTB) recebe apoio aberto de todos os candidatos a governador não alinhados ao Palácio dos Leões;.

E estes mesmos candidatos firmaram pacto de apoio a qualquer um que vier enfrentar Carlos Brandão em eventual segundo turno.

O pacto das oposições complica sobretudo a vida de Flávio Dino, que, fora do poder, não conseguiu ainda construir uma agenda popular como pré-candidato a senador.

Com a aliança oposicionista, Dino perde para Rocha, sobretudo, a capilaridade eleitoral necessária no interior.

Serão dezenas de prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, vice-prefeitos, segundas e terceiras forças em todos os 217 municípios pedindo votos contra o projeto de poder do Palácio dos Leões, representados pela dupla Dino/Brandão.

No palanque contra Dino e Brandão estarão lulistas, bolsonaristas, ciristas, esquerdistas, direitistas e até membros de partidos que estão no próprio governo, como PSDB, PT e PP.

A aliança oposicionista é um fato histórico por que mostra a insatisfação de toda uma classe política contra um projeto de poder construído à força e mantido pela pressão, opressão e pelo medo das estruturas do estado.

E tende a ganhar as ruas do Maranhão inteiro, da forma como já ocorreu na história recente, em 2006 e 2014.

Mas esta é uma outra história…

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Roberto Rocha empareda Flávio Dino com apoio de todos os candidatos a governador da oposição

Senador reuniu nesta segunda-feira representantes do PDT, de Weverton Rocha, do PSD, de Edivaldo Júnior, do PSC, de Dr. Lahésio e do PL, de Josimar Maranhãozinho para anunciar sua candidatura à reeleição ao Senado; ele também recebeu apoio do PRB, do PROS, do Agir36 e do PMN, numa aliança que deve se repetir em um eventual segundo turno para o governo

 

Roberto Rocha passa a ser a partir de agora o candidato a senador de todos os partidos e candidatos de oposição ao Palácio dos leões, a Carlos Brandão e a Flávio Dino

Quatro dias depois de o senador  Weverton Rocha (PDT) anunciar que não mais votaria no  ex-governador Flávio Dino (PSB), seu colega de bancada Roberto Rocha (PTB) anunciou candidatura à reeleição ao Senado com apoio de todos os candidatos governador que fazem oposição ao Palácio dos Leões.

Na mesma mesa, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 2, Rocha reuniu representantes do próprio Weverton e dos também candidatos Edivaldo Júnior (PSD), Dr. Lahésio Bonfim (PSC) e Josimar Maranhãozinho (PL); além disso, recebeu apoio do PROS, do Republicanos, do Aigr36 e do PMN.

A coligação que vai embalar a candidatura de Roberto é duas vezes maior que a de Flávio Dino, que reúne apenas o PCdoB, o PT, e o PSB.

Ao reunir toda a oposição em torno do seu nome, Roberto Rocha gera o principal fato político deste mês, exatamente no dia em que Flávio Dino completa 30 dias fora do poder sem conseguir gerar fatos em torno do seu nome.

A vantagem desta aliança é a capilaridade de votos em todo o Maranhão, que pode, nos próximos meses, quebrar a diferença nas pesquisas, hoje ainda liderada por Flávio Dino.

– Tenha a certeza senador, que todos nós, do PDT, do grupo de Weverton, e dos demais pré-candidatos e partidos aqui representados vamos trabalhar pelo seu nome em todo o Maranhão – afirmou o presidente da Federação dos Municípios, Erlânio Xavier (PDT), que representava Weverton.

Segundo o próprio Roberto Rocha, o apoio a ele para o Senado significará também uma aliança de todos os candidatos e partidos em um eventual segundo turno contra o governador-tampão Carlos Brandão (PSB), único agora a defender a candidatura de Flávio Dino ao Senado.

Os deputados federais Edilázio Júnior (PSD) e Aluísio Mendes (PSC) representaram, respectivamente, os candidatos Edivaldo Júnior e Dr. Lahésio; de Josimar, o representante foi o deputado estadual Vinícius Louro (PL).

Também participaram do encontro o deputado federal Cléber Verde (PRB), os estaduais Marcos Caldas (PROS). Glabvert Cutrim (PDT) e Neto Evangelsita (PDT), o vereador Álvaro Pires (PMN) e o representante do Agir36.

A partir de agora, a campanha pelo Senado muda de patamar com a força política representada por Roberto Rocha.

Força política que ele pretende transformar em força eleitoral para barrar o sonho senatorial de Flávio Dino…

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Lula volta a tentar apoio de Ciro Gomes e do PDT

Ex-presidente tenta ampliar sua aliança – hoje muito à esquerda – e conversou por telefone com o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, e quer convencer os pedetistas a fazer da aliança presidencial; o senador Weverton já havia se colocado como “uma das pontes”

 

Lula já buscou trégua com Ciro Gomes, mas espera apoio do PDT ainda no primeiro turno das eleições presidenciais

O ex-presidente Lula (PT) voltou a tentar o apoio do PDT para seu palanque presidencial.

Lula conversou por telefone com o presidente nacional do partido, Carlos Lupi e chegou a propor um encontro pessoal para tratar das eleições.

O candidato do PT tem sentido os riscos de uma aliança muito à esquerda no espectro político, formada por PT, PSB e PCdoB; ele pretende ampliar este arco, com outros partidos.

No ano passado, Lula procurou o senador Weverton Rocha em busca de apoio para convencer o candidato do PDT, Ciro Gomes, a apoiá-lo; em entrevista à Folha de S. Paulo, Weverton chegou a dizer que seria uma das pontes para a aliança.

– É claro que cada um tem seu estilo. Mas acredito que vai chegar o momento de parar para pensar e, no final, os dois vão acabar chegando a um entendimento. Serei uma das pontes para ajudar nisso – concluiu Weverton, à época, segundo republicado pelo blog Marco Aurélio D’Eça, no post “‘Serei uma das pontes’, diz Weverton, sobre união Ciro e Lula..” .

Muito próximo do presidente do PDT, Carlos Lupi, Weverton Rocha já propôs a Lula ser uma das pontes para chegar à união entre o PT e o PDT

Por enquanto, o PDT mantém a candidatura de Ciro Gomes.

E só deve rediscutir o assunto mais próximo das convenções…

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Fora do governo, Flávio Dino não consegue construir agenda popular…

Trinta dias depois de deixar o mandato de govenador – sem apoio de sindicatos, entidades sociais e sem penetração acadêmica – comunosocialista se restringe a reuniões fechadas, numa clara mostra de que não consegue se movimentar sem a máquina do estado

 

Flávio Dino sempre olhou o povo assim, a partir do Palácio dos Leões – que frequentava desde criança; sem a estrutura de poder, não consegue construir agenda popular

Análise de conjuntura

Passados trinta dias da renúncia do mandato de governador, o comunosocialista Flávio Dino dá mostras claras de que não consegue se movimentar sem a estrutura da máquina do estado; nesse primeiro mês fora do poder, sua agenda restringiu-se a reuniões fechadas, sem participação popular e sem a presença de entidades da sociedade civil organizada.

Construído politicamente pelas estruturas de poder a partir do governo José Reinaldo Tavares, em 2006, Flávio Dino se movimentou, desde então, com a ajuda da máquina pública; sem relação direta com entidades sindicais e com a classe trabalhadora, ele construiu em torno de si uma rede de poder que o movimentava.

Mas foi só deixar o Palácio dos Leões para que essa rede deixasse de funcionar.

Nestes trinta dias fora do cargo, a agenda política de Dino se restringiu a duas reuniões fechadas, em seu escritório, tentando construir uma pauta pro-Lula, mas sem a presença de militância e de gente das bases progressistas.

Flávio Dino não tem hoje nenhum tipo de relação, por exemplo, com a Fetaema, que é crítica dura de sua política de governo, acusada de aumentar as mortes no campo – como a que ocorreu no último sábado.

O ex-governador também não se relaciona com entidades como a CUT, Sindsep e Simpol, tem pouca participação em movimentos católicos de base e nenhuma penetração nas universidades para além de suas aulas no Curso de Direito da Ufma.

A falta da máquina pública ao seu redor tem deixado o ex-governador envolvido apenas em brigas viscerais por espaços de poder no governo do seu sucessor, Carlos Brandão (PSB).

Enquanto Brandão se embrenha no interior com agenda populista, de exaltação da miséria com distribuição de cestas básicas, Dino permanece em São Luís, de onde vai vendo a perda de apoios importantes para seu projeto senatorial, como o afastamento do senador Weverton Rocha – líder nas pesquisas para o governo – e de partidos como o PDT, o PROS, o Republicanos e o União Brasil.

Filho da elite, Dino chegou ao poder pela elite e agora mostra-se claramente elitista, sem o elã popular das ruas e do campo.

E sem esse vínculo com o povo é impossível ser líder…

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Roberto Rocha vai anunciar hoje seu futuro eleitoral

Senador – que aparece tanto nas pesquisas pela reeleição quanto na disputa pelo governo – convocou coletiva de imprensa para dizer a que cargo vai concorrer; também deve falar sobre prováveis alianças

Nome preferido do presidente Jair Bolsonaro, Roberto Rocha deve encarnar a oposição ao projeto senatorial de Flávio Dino

O senador Roberto Rocha (PTB) vai anunciar na tarde desta segunda-feira, 2, a que cargo concorrerá nas eleições de outubro.

Citado tanto nas pesquisas para o Senado quanto para governador, o parlamentar deve optar por disputar a reeleição contra o ex-governador Flávio Dino (PSB), que quer sua vaga.

Nos últimos dias, surgiram especulações de uma provável aliança entre ele e o senador Weverton Rocha (PDT), que na sexta-feira, 29 anunciou que não vai mais votar em Flávio Dino.

Embora a aliança entre os Rocha’s seja possível, o mais provável é que Roberto dispute a eleição em chapa pura do PTB – sem candidato a governador – e receba o apoio de todos os candidatos da oposição.

Além de Weverton, fazem contraponto ao projeto de poder de Flávio Dino e Carlos Brandão (PSB) os candidatos Lahésio Bonfim (PSC), Josimar Maranhãozinho (PL) e Edivaldo Júnior (PSD).

Após anúncio de sua candidatura, o senador terá até agosto para definir sua política de alianças e eventuais coligações…