De como Lula e a esquerda conseguem diminuir a pobreza no país…

É quase um ciclo crônico o que ocorre no Brasil e no mundo: a esquerda eleva as condições de vida em todos os níveis, muitos enriquecem e se acham melhores que os de baixo, elevando ao poder o pessoal da direita, que favorece os mais ricos; e o ciclo recomeça

 

O CICLO RECOMEÇOU. Dois anos após reassumir o comando do país, Lula e seu governo apresentam os primeiros resultados socio-econômicos

Não é novidade o principal foco do noticiário sócio-econômico no Brasil esta semana: “8,7 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza entre 2022 e 2023”.

A mesma notícia – praticamente igual e sem tirar uma vírgula – foi dada em 2005, na análise dos números do IBGE no segundo ano do primeiro mandato do presidente Lula (PT). 

É simples assim.

  • os programas de transferência de renda são, no mundo todo, os mais eficazes para combater à pobreza e à extrema pobreza;
  • e estes programas são foco de políticas públicas dos setores da esquerda – não da direita – usados em todos os países do mundo.
A queda na pobreza em 2023 é resultado, principalmente, do dinamismo no mercado de trabalho e do aumento na cobertura de benefícios sociais”, diz Leonardo Athias, gerente de Indicadores Sociais do IBGE.

Mas é quase um ciclo crônico.

A esquerda vence as eleições, implanta seus programas sociais, tira as pessoas da pobreza e muitas enriquecem; Ao enriquecer, muitos se acham na elite social, começam a criticar os programas sociais e passam a defender os postulados da direita, que, no poder, beneficiam os mais ricos; e o ciclo recomeça. 

Dizer que a direita favorece os mais ricos não é uma crítica; é uma constatação.

Pela sua própria essência ideológica, a direita pensa nos mais capazes, mais fortes, mais ágeis, mais altos. Entende que são os melhores que precisam ser beneficiados com as políticas públicas, e que esses melhores carregarão os demais.

Por isso os ciclos se repetem mundo a fora.

  • o Brasil tem caso concreto para análise histórica sobre o enriquecimento e o empobrecimento do país nos últimos 20 anos;
  • a esquerda governou entre 2003 e 2016, período em que milhões saíram da miséria; e foi demonizada no país a partir de 2016.
  • os governos Temer e Bolsonaro, entre 16 e 22, apostaram nos postulados da direita; o resultado histórico é conhecido por todos.

Na mesma semana em que se tem a boa notícia de que milhões deixaram a linha da pobreza no país, o tal “mercado” reclama do pacote fiscal do governo Lula; e qual o maior ponto de insatisfação? a isenção do imposto de renda para os que ganham até R$ 5 mil.

É o mesmo mercado que comemora lucro de R$ 28,4 bilhões dos bancos apenas no terceiro trimestre de 2024. São R$ 28,4 bilhões em três meses, e pra produzir o quê?!?

É assim que se entende direita e esquerda…

“Lula é um arregão”, diz deputada do PSD…

No que chamou de reflexão sobre as eleições municipais, deputada estadual apontou “derrota da esquerda em todo o país” e, sobretudo no Nordeste, “com sete das nove capitais candidatos da direita e do centro”

 

NOVO MOMENTO. Deputada aponta derrota da esquerda em todo o país e diz que Lula ficou com medo de se envolver na campanha

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) subiu nesta terça-feira, 29, à tribuna da Assembleia Legislativa para fazer um balaço das eleições municipais e apontar derrota significativa da esquerda em todo o país.

Para Mical, o símbolo da derrota dos partidos que formam a base do governo Lula (PT) é Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, que “perdeu até em seu próprio bairro”; mas a parlamentar destaca o resultado das urnas no Nordeste, tradicional reduto esquerdista.

No próprio Nordeste, tradicional reduto do Lula, a esquerda enfrentou uma derrota ainda mais definitiva, com 7 das 9 capitais escolhendo candidatos da direita e do centro; só em duas a esquerda levou”, destacou Mical Damasceno.

  • Mical Damasceno inclui no que chama de esquerda, além do PT e do PSOL;
  • ela lista também o PDT, mas não cita o PSB, do governador  Carlos Brandão.

A parlamentar lembrou que antes da eleição o presidente Lula chegou a dizer que a disputa pelas prefeituras seria uma disputa dos seu a apoiadores contra os do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O que vimos, senhores deputados, foi o povo deixando bem claro, deixando bem claro nas urnas que a agenda da esquerda já não encontra o mesmo apoio de antes, que a maioria quer mudança, quer respeito aos seus valores e a sua liberdade”, declarou, alertando os que pretendem concorrer por um partido de esquerda em 2026 que repensem seus projetos.

A deputada do PSD concluiu dizendo que o presidente arregou na campanha para não se comprometer com a derrota dos aliados.

O que eu percebi é que o Lula arregou. O Lula é um arregão! Isso é que ele é. Eu penso que eles chegaram a uma conclusão, o presidente Lula com seus assessores políticos, que a eleição municipal ia ser muito ruim para a esquerda e ele se manteve a uma certa distância para que a derrota não colasse nele”, ressaltou Mical Damasceno.

A deputada compõe a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas pode deixar o PSD para as eleições de 2026.

Tudo vai depender do destino do partido no Maranhão…

Dinistas contra-atacam base bolsonarista de Brandão na Alema…

Em resposta ao deputado Yglésio Moyses, que definiu os membros da esquerda dinista, petista, comunista e socialista como “inimigos íntimos” do governador – mas também citando outros parlamentares da direita – Calos Lula, Rodrigo Lago e Júlio Mendonça reafirmaram que os aliados de Bolsonaro tentam minar a relação do Palácio dos Leões com o grupo ligado ao ministro Flávio Dino

 

Os dinistas Carlos Lula, Rodrigo Lago e Júlio Mendonça acusam a base bolsonarista de tentar afastá-los de Brandão

Os deputados Carlos Lula (PSB), Rodrigo Lago e Júlio Mendonça (ambos do PCdoB) fizeram nesta quarta-feira, 3, forte discurso de contraponto, principalmente, ao colega Dr. Yglésio Moyses (PRTB), mas também direcionados a outros parlamentares ligados ideologicamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo na base do governo Carlos Brandão (PSB).

Yglésio havia declarado no dia anterior que os membros da esquerda dinista, petista, socialista e comunista são “inimigos íntimos” do governador, mesmo estando na base do Governo.

Inimigo oculto do Governo do Estado é essa cambada de gente bolsonarista ou falso bolsonarista, que tenta, o tempo todo, intrigar o Governo do Maranhão com Governo Federal. Inimigo oculto do Governo do Estado é quem tenta o tempo todo criar cizânia e criar divisão, porque sabe que é irrelevante. Sabe que a parcela da população que defende as suas paranoias é irrelevante, é pequena. É circunstancial”, bateu forte, Carlos Lula, para completar:

Minha política eu faço às claras. E eu tenho um lado e, mais do que lado, eu tenho posição. Minha posição é transparente. Eu não estou num dia de um lado e, no outro, do nada, eu viro, dou um cavalo de pau e não gosto mais do Lula, agora eu gosto é do Bolsonaro; não é, deputado Yglésio?”.

Presente no início da sessão, quando voltou a discursar contra os aliados do ministro Flávio Dino, Yglésio não permaneceu em plenário para acompanhar os discursos da esquerda.

Mais contundente ainda que Carlos Lula, o deputado Rodrigo Lago fez um histórico da aliança que venceu as eleições de 2014, lamentou que vem sendo atropelado como vice-presidente da Assembleia Legislativa, defendeu Márcio Jerry e também apontou Yglésio como o verdadeiro “inimigo oculto” do governo Brandão.

Inimigo é quem trabalha todos os dias para arrancar o governador de um governo de esquerda que nós elegemos e colocá-lo no colo do Bolsonaro. Todos os dias minam, atacam e tentam destruir a base sólida, construída lá atrás pelo então presidente da Embratur, depois candidato, governador eleito, reeleito, senador da República e, hoje, ministro do Supremo, Flávio Dino. É isso que nós não podemos deixar”, apontou Rodrigo Lago.

  • Além de Dr. Ygléiso Moyses, há outros bolsonaristas na base do governo Carlos Brandão, alguns ocultos;
  • os deputados de esquerda citaram também Mical Damasceno (PSD), Jota Pinto e Neto Evangelista (União Brasi).

O foco do discurso dos esquerdistas foi a sistemática mudança ideológica de Yglésio desde sua chegada à política, o que, inclusive, já foi tema deste blog Marco Aurélio d’Eça, em janeiro de 2023, o post “A confusão ideológica de Dr. Yglésio…”.

Eleito pela esquerda maranhense, defendendo o lulismo, chamando o Bolsonaro dos piores nomes possíveis em artigos, em vídeos, aqui da tribuna, três meses antes de assumir, ele diz: ‘olha, na verdade, eu sou Bolsonarista’; tira a capa vermelha e veste a capa azul. E agora quer levar o governo junto”, ponderou Rodrigo Lago.

Foi filiado ao PT, foi filiado ao PDT, foi filiado ao PROS, no PSB e, de repente, não mais que de repente, se descobriu aliado do Bolsonaro, o maior admirador. Deve ter até um cartaz lá no seu quarto de noite para ele ficar olhando e beijando”, provocou Carlos Lula.

Último a discursar, Júlio Mendonça seguiu a mesma sistemática de Carlos Lula e Rodrigo Lago, apontando Yglésio – mas também citando Mical Damasceno – como os verdadeiros inimigos do governo Brandão.

Querem nos colocar contra o governo Carlos Brandão. E isso custa caro para o governo. Custa muita coisa que está de forma obscura. Por que essa obsessão de nos atacar? Por que essa obsessão de atacar o deputado Márcio [Jerry]? Todos os dias vêm os deputados bolsonaristas nos colocar contra, todos os dias vão nos intrigar”, disse Mendonça.

Após o discurso do deputado comunista, o presidente em exercício Antonio Pereira (PSB) encerrou a sessão..

Mical Damasceno vê vitória da direita nas eleições municipais…

Com base no que ela entende estar acontecendo na Europa, deputada estadual foi à tribuna da Assembleia Legislativa para dizer que já está comemorando a vitória do campo conservador na disputa eleitoral de outubro

 

Mical foi á tribuna para declarar vitória da direita nas eleições municipais

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) declarou nesta terça-feira, 11, em discurso na tribunal da Assembleia Legislativa, que já está comemorando a vitória da direita nas eleições municipais de outubro em todo o Brasil.

Segundo a parlamentar, o que está acontecendo na Europa – onde, segundo ela, os comunistas estão em queda livre – irá se repetir no Brasil.

A Europa está dando um show e logo iremos aqui no mesmo rumo. Vamos começar pelas eleições municipais em 2024. Vamos resgatar nosso Brasil, assim como fizemos bonito nas eleições para conselheiro tutelar, que hoje a maioria de quem está à frente dessas cadeiras são pessoas conservadoras, pessoas que realmente têm compromisso, que defendem os princípios cristãos”, afirmou a  deputada.

Na avaliação de Mical Damasceno, todos os jovens que vinham votando na esquerda ao longo dos últimos anos começaram a entender quem são eles [os comunistas] e estão voltando à direita.

Eu já estou comemorando, porque eu sei que nós vamos sair vitoriosos nas eleições municipais, nas eleições de
2024″, declarou.

A deputada do PSD entende que a dissolução do Parlamento Francês pelo presidente Emanuel Macron se deu por que ele, de esquerda, não aceitou a vitória da direita no Parlamento Europeu.

Então, patriotas, não parem! Não retrocedam! Vamos em frente! Não desistam! Não esmoreçam! Vamos em frente, porque, nestas eleições municipais, as pesquisas já indicam que nós vamos ganhar, nós vamos sair vitoriosos”, pregou Mical Damasceno…

Candidatos da direita se dividem; Fábio Câmara segue com Lula pela esquerda

Único candidato em São Luís com campanha exclusivamente na base do presidente petista, ex-vereador do PDT segue discutindo com os segmentos sociais mais progressistas, debatendo pautas de peso político significativo, como a valorização da mulher, do trabalhador, a preservação do meio ambiente, a afirmação do negro, dos povos originários; e prepara convenção com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi

 

Lahésio chamou de gados e burros os eleitores que votam na direita representada por Josimar Maranhãozinho e Detinha, o que ofendeu também Felipe Arnon

Analise da Notícia 

A mídia de São Luís trouxe nesta terça-feira, 23, mais uma briga pública entre lideranças da direita maranhense, que se engalfinham pelo legado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tentam se apoderar do voto conservador em São Luís, estimado em 25% do eleitorado.

A troca de “gentilezas” se deu agora entre o ex-candidato a governador Lahésio Bonfim (Novo) e o casal de deputados federais Josimar Maranhãozinho e Detinha (ambos do PL), mas envolveu também o “Pátria Livre” Felipe Arnon; e tudo ainda por conta da passagem meteórica – e sem maior repercussão política – da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro pela capital maranhense, no último sábado, 20. (Leia aqui e aqui)

Este blog Marco Aurélio d’Eça já mostrou que pelo menos quatro candidatos em São Luís são vinculados ao bolsonarismo, de uma forma ou de outra, embora o ex-presidente dê de ombros a todos eles:

Fábio Câmara segue agenda de contatos nas comunidades e prepara convenção do PDT, como único candidato exclusivamente na base do presidente Lula (PT)

A guerra fratricida entre os bolsonaristas é vista à distância pelo pedetista Fábio Câmara, único entre os candidatos em São Luís com campanha exclusivamente na base do governo Lula (PT); desde o surgimento do seu nome, ainda em setembro de 2023, Câmara se move pela esquerda, com ênfase nas bandeiras de Lula.

Com apoio do PDT, Fábio Câmara vem discutindo pautas progressistas como a valorização da mulher, do negro, a inclusão de grupos LGBTQIA+, questões ambientais, juventude e, sobretudo, a pauta do trabalhador. (Releia aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)

A ênfase na valorização do trabalhador será a pauta de Fábio Câmara no dia 10 de maio, na convenção estadual do PDT, quando ele será apresentado como candidato a prefeito ao lado do senador Weverton Rocha e do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, este representando o presidente Lula.

E assim deve ser a rotina ao longo da campanha, com os bolsonaristas se engalfinhando pelo naco dos 25% de eleitores conservadores e de direita.

E Fábio Câmara, no seu ritmo, desde sempre, pela esquerda, com o PDT e com Lula.

Em busca dos 35% de eleitores lulistas na capital maranhense…

Direita e bolsonaristas ainda divididos em São Luís…

Mesmo com duas candidaturas neste campo político – as dos deputados estaduais Dr. Yglésio e Wellington do Curso – eleitores do ex-presidente e o eleitorado mais conservador ainda se alinham também ao prefeito Eduardo Bride e até ao deputado federal Duarte Jr., que tem o PL em sua coligação

 

Vazio ideológica e doutrinariamente, Braide ainda tem conservadores e bolsonaristas em sua base, eleitorado que Duarte não quer dispensar e que Yglésio busca aproximação

Com cerca de 25% do eleitorado de São Luís fidelizado – segundo pesquisas do ano passado, quando ainda não era necessário o registro na Justiça Eleitoral – o espectro político formado pela chamada direita conservadora e pelo bolsonarismo – que reúne os mais radicais  – não conseguiu ainda se identificar com nenhum dos candidatos a prefeito na capital maranhense. 

Enquanto a chamada esquerda e o campo lulista têm como candidatos o ex-vereador Fábio Câmara (PDT) e do deputado federal Duarte Jr. (PSB) – que também flerta com bolsonaristas – a direita conservadora e extremista se divide entre o prefeito Eduardo Braide (PSB) e os deputados estaduais Dr. Yglésio (PRTB) e Wellington do Curso (Novo).

Yglésio já assumiu-se bolsonaristas e tenta atrair para o seu palanque a família do ex-presidente, na tentativa de tornar-se a opção deste eleitorado e desbancar Duarte Jr. da vaga no segundo turno; Duarte, por sua vez, apesar de se apresentar como candidato lulista, tem em sua coligação o PL, partido do próprio Bolsonaro, a quem se declarou aliado nas eleições de 2020.

O eleitor da direita também está na base do prefeito Eduardo Braide (PSD), único candidato que não se identifica com nenhum campo político, nenhum partido, nenhum grupo político, nenhuma ideologia, nenhum conceito doutrinário ou programático.

Apesar de filiado ao Novo, o deputado Wellington do Curso ainda não concebeu em sua campanha a ideia de esquerda e direita; e pretende passar ao largo deste debate na campanha.

Mas o fato é que, queiram ou não candidatos e eleitores, a polarização política nacional entre o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Bolsonaro (PL) ainda terá forte influência nestas eleições municipais.

Até por que o resultado deste pleito tem relação direta com as eleições de 2026…

Fábio Câmara com Lula em São Luís; Duarte quer abraçar a todos…

Enquanto o candidato do PSB tenta vender a mesma ideia do senador  Weverton Rocha em 2022 – a de que se dá com todos os líderes nacionais, tanto o atual presidente quanto o ex, Jair Bolsonaro – o candidato do PDT se posiciona diretamente na base do petista, que influencia cerca de 35% dos eleitores na capital maranhense

 

De vermelho, Câmara assume o lulismo em São Luís, como representante do PDT; de azul, Duarte Jr. ainda quer estar com o atual presidente e com Bolsonaro

A arriscada estratégia do deputado federal Duarte Júnior (PSB), de se apresentar ao eleitor de São Luís como amigo tanto do presidente Lula (PT) quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem deixado o candidato do PDT, ex-vereador Fábio Câmara, livre para conquistar o eleitorado lulista.

Câmara já assumiu o posicionamento pró-Lula em suas reuniões; o pré-candidato pedetista é o único dentre os nomes já postos à disputa que se declara lulista.

De acordo com pesquisas do ano passado – quando ainda não era exigido o registro na Justiça Eleitoral – o presidente do PT influencia diretamente 35% do eleitorado de São Luís.

O posicionamento bolsonarista de Duarte Júnior – apesar dos alertas do seu marqueteiro Manoel Canabarro, e da tentativa do vice-governador Felipe Camarão (PT) de descolá-lo do PL – deixa-o vulnerável a outros pré-candidatos, como o prefeito Eduardo Braide (PSD), que consegue passar sem relacionar-se diretamente com nenhuma liderança nacional.

Mas o eleitor de Bolsononaro – cerca de 25% do eleitorado, segundo as mesmas pesquisas do ano passado – tem outra opção na disputa, o deputado estadual Wellington do Curso, que concorrerá pelo Partido Novo, assumidamente de direita.

Além de Wellington também deve entrar na disputa o deputado estadual Dr. Yglésio, este sim, vinculado diretamente a Bolsonaro.

Nos alertas que faz ao insistente Duarte Júnior, o marqueteiro cita o senador Weverton Rocha (PDT) como exemplo de fracasso da estratégia que o socialista quer usar: em 2022, Weverton concorreu ao governo tentando agradar tanto os eleitores de Lula quanto os de Bolsonaro e até os de Ciro Gomes.

Resultado: o senador pedetista amargou o terceiro lugar…

Pelo MST, Felipe Camarão faz o contraponto ideológico a Brandão…

Um dia depois de a bancada alinhada ao governador na Assembleia Legislativa negar homenagem aos Sem Terra – e depois tentar corrigir-se aprovando novo requerimento com o mesmo teor – vice-governador do PT publica imagem em suas redes sociais em que aparece sentado em frente ao Palácio dos Leões ao lado de trabalhadores rurais destacando as ações dos movimentos sociais ligados aos homens e mulheres do campo

 

Felipe Camarão com o MST em frente ao Palácio dos Leões; contraponto direto às direitices de Brandão

O vice-governador Felipe Camarão (PT) utilizou o dia destinado às lembranças pessoais nas redes sociais, o chamado #TBT – que ocorre sempre às quintas-feiras – para postar imagem ao lado de trabalhadores rurais sem-terra, homens e mulheres do campo e agricultores em frente ao Palácio dos Leões.

A imagem é um verdadeiro contraponto ao governador Carlos Brandão (PSB), cuja bancada pessoal negou, nesta quarta-feira, 3, homenagem ao MST, à Fetaema e à Contag proposta à Assembleia pelo deputado comunista Júlio Mendonça; a postura anti-esquerdista e anti-movimentos sociais de Brandão foi contada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Brandão é de direita; errado é pensar dele o contrário…”. 

– O #tbt de hoje é com registros de importantes momentos ao lado dos meus companheiros do Movimento Sem Terra, da Fetaema e tantos outros movimentos sociais de trabalhadores e trabalhadoras rurais que, incansavelmente, lutam por dignidade, igualdade, oportunidades para todos e, principalmente, pelo compromisso com os menos favorecidos. Tenho muito orgulho da atuação de vocês e merecem todas as homenagens hoje e sempre! Contem sempre comigo! – afirmou Camarão.

Curiosamente, nesta mesma quinta-feira, 4, quando Felipe Camarão destaca-se ao lado de agricultores familiares – e a Assembleia volta atrás e, pressionada pelos movimentos sociais e pela esquerda, aprova a homenagens às entidades da agricultura familiar – Carlos Brandão assinava a Ordem de Serviço da MA-372, mais um corredor da soja, ligando Colinas a São Domingos do Azeitão.

Mas esta é uma outra história…

“Minha restrição ao PL é por ser o partido de Bolsonaro”, declara Felipe Camarão

Vice-governador do Maranhão e coordenador da campanha do deputado federal Duarte Jr. em São Luís mostra pensamento diverso do candidato a prefeito e revela ao blog Marco Aurélio d’Eça que pretende uma aliança no campo progressista para a disputa na capital maranhense e em todos os municípios onde seu grupo estiver à frente das campanhas

 

Felipe Camarão quer a chapa de Duarte no campo de centro-esquerda, base do presidente Lula, mas o candidato a prefeito insiste em manter relações com o PL de Jair Bolsonaro

O vice-governador Felipe Camarão (PT) divergiu do seu candidato a prefeito de São Luís, Duarte Jr. (PSB), que não consegue se livrar da aliança pessoal que mantém com o deputado federal Josimar Maranhãozinho, presidente do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro no Maranhão.

Duarte vai disputar a prefeitura por uma aliança que envolve todos os partidos da base do presidente Lula (PT) em São Luís, mas demonstra que não pretende se afastar do PL de Josimar, como revelou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Duarte repete em 2024 erro que tirou 2º lugarde Weverton em 2022…”.

– Não defendo união com políticos da extrema direita. Pessoas que são expressa e declaradamente Bolsonaristas, que defendem armas, que massacraram o Lula e que ofendem o PT diariamente; quanto ao PL de forma específica, minha restrição não é ao Josimar, pessoalmente, mesmo por que ele e outros do PL estão votando a favor das pautas do presidente Lula no congresso – afirmou Camarão, em conversa exclusiva com este blog Marco Aurélio d’Eça.

Ligado por questões extra-políticas ao deputado Josimar Maranhãozinho – segundo o próprio deputado federal do PL – Duarte Jr. quer incluir o partido de Bolsonaro na aliança progressista que será coordenada por Felipe Camarão, mesmo com a restrição do vice-governador e com o alerta do seu marqueteiro para que se afaste do bolsonarismo.

Felipe Camarão deixa claro que sua restrição não é a Maranhãozinho – que, segundo o vice-governador, tem votado a favor de Lula em Brasília – mas a Bolsonaro, seus filhos, e a Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL.

– Penso que os eleitores podem não compreender bem, assim como eu, uma aliança de uma frente ampla de centro esquerda com o partido do Bolsonaro – reflete Felipe Camarão, mesmo entendimento que tem o marqueteiro Manoel Canabarro, responsável pela campanha de Duarte Jr.

Felipe Camarão disse que vai atuar diretamente, não apenas em São Luís, mas em todos os municípios que estiverem sob sua coordenação, para que as alianças contemplem o campo progressista, com eventuais alianças ao centro.

– Minha defesa é para que tenhamos candidaturas progressistas em todas as cidades. Do campo da esquerda e de centro esquerda, mas claro com abertura para apoios de partidos do centro. Isso é normal. Tanto que teremos boas parcerias com PP e União Brasil , por exemplo – explicou.

Coordenados pelo ministro dos Esportes André Fufuca, e pelo deputado federal Pedro Lucas Fernandes, PP e União Brasil são hoje aliados de Lula, do governador Carlos Brandão (PSB) e do próprio PT no Maranhão.

O que não é o caso do PL de Josimar Maranhãozinho…

Eleitorado de São Luís mostra indiferença sobre esquerda ou direita

Pesquisa do instituto Futura Inteligência, divulgada no portal Metrópoles, mostrou que o eleitor da capital maranhense está pouco se importando se o candidato a prefeito tem alinhamento com os postulados representados no presidente Lula ou no ex-presidente Jair Bolsonaro

 

Os postulados da esquerda e da direita não são levados em conta em eleições municipais, segundo pesquisa do Instituto Futura

O eleitor de São Luís se apresenta para as eleições de outubro com uma postura majoritariamente indiferente à ideologia dos candidatos a prefeito; pesquisa do instituto Futura Inteligência, divulgada pelo portal Metrópole mostrou que 47% do eleitorado não tem ideologia preferencial para escolher um candidato. (Saiba mais aqui)

O segundo grupo, no entanto, prefere candidatos da direita; aliás, em apenas uma capital brasileira, Florianópolis, a preferência pela esquerda, com 23,3%, ficou em segundo lugar, atrás dos que não levam em conta a ideologia do candidato.

Em São Luís há apenas um pré-candidato que faz questão de se declarar da direita: Yglésio Moyses  (ainda no PSB), mesmo após ter disputado várias eleições como esquerdista; por outro lado, Duarte Júnior (PSB) quer alcançar o eleitorado de esquerda, apresentando-se como candidato do presidente Lula (PT), após ter disputado em 2020 como opção da direita, inclusive bolsonarista.

O prefeito Eduardo Braide, por sua vez, tem postura ideológica, incolor, insípida e inodora, fluida feito água; não tem uma referência de esquerda ou direita, evita se vincular ao presidente Lula ou ao ex-presidente Bolsonaro e navega no eleitorado como alguém sem forma definida no espectro político, o que parece ajudá-lo nas pesquisas.

Dentre os demais candidatos já apresentados pelos partidos, Fábio Câmara, representa um partido ideologicamente de centro-esquerda, o PDT; o candidato do Novo, Diogo Gualhardo, prega os postulados da direita conservadora, menos radical que o bolsonarismo.

Geralmente, os aspectos ideológicos dos candidatos ficam mais evidentes quando a disputa é presidencial, sobretudo nos últimos anos, quando a polarização entre a direita radical, representada pelo bolsonarismo, e a a esquerda tradicional, com o PT à frente, se engalfinharam diretamente. 

mas numa eleição municipal é pouco provável que os postulados ideológicos façam alguma diferença.

De qualquer forma, a pesquisa Futura serve para balizar os rumos dos próprios candidatos…