Corrupção

O jornal O EstadoMaranhão trouxe hoje uma nova revelação ao escândalo da contratação suspeita de empresas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MA).

De acordo com o jornal, as propostas de prestação de serviços foram apresentadas antes mesmo de o diretor administrativo do órgão, João Guilhereme Braga, ter apresentado as justificativas para contratação emergencial.

É como se a BR Construções LTDA. tivesse adivinhado que o Detran iria precisar de mão de obra emergencial.

O jornal mostrou documentos para comprovar o que diz.

João Guilherme Braga fez a solicitação da contratação em em 15 de janeiro, por meio do Memorando 36/2015. No documento, ele requere a “contratação em caráter emergencial de pessoa jurídica, especializada em mão de obra terceirizada para prestação de serviços administrativos.”

Mas as empresas BR Construções Serviços LTDA, Limpe Serviços, e D. Limpezas e Serviços Gerais encaminharam as propostas no dia 12 de janeiro, ou seja, três dias antes da solicitação.

É como se Detran abrisse a urgência para atender as propostas das empresas, e não o contrário, como deveria ser.

Mas o desembargador José Ribamar Castro entendeu que está tudo muito bem, tudo muito bom.

Abaixo os documentos publicados em O EstadoMaranhão:

Filho do ex-deputado, secretário de Transparência Rodrigo Lago afirmou que o pai havia sido absolvido em três processos e assegurou que uma das ações já estava arquivada

Aderson Lago é réu em ação da Ópera Prima

De O EstadoMaranhão

O ex-secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Aderson Lago, ainda responde a dois processos criminais referentes à Operação Ópera Prima, que desbaratou um esquema de desvio de recursos públicos do Executivo e resultou na cassação de um governador.

Na semana passada o secretário de Estado da Transparência, Rodrigo Lago, filho de Aderson, havia afirmado a O Estado que o pai chegou a responder três processos ligados à Ópera Prima. De acordo com ele, Aderson Lago foi absolvido nos três. Um destes processos teria sido arquivado.

Mas as duas ações nas quais Aderson figura como réu ainda tramitam normalmente na Justiça Estadual, ao contrário do que disse o filho, hoje secretário. Uma corre na Comarca de Chapadinha; outra na comarca de Caxias.

A primeira delas já é processo e a segunda, na qual também figura como indiciado o irmão de Rodrigo Lago, Aderson de Carvalho Lago Neto, está na fase de inquérito para apurar o envolvimento ou não do agora presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), que na época do início das investigações era prefeito de Caxias.

A ação de Caxias ainda está na fase de inquérito, à espera das apurações sobre a participação de Coutinho e no último dia 10, o juiz Paulo Afonso Vieira Gomes, da Terceira Vara Criminal daquela cidade, deu despacho declarando incompetência para seguir no caso, em virtude de Humberto Coutinho agora ser deputado estadual.

O caso seguiu para o Tribunal de Justiça e tem como indiciados Aderson Lago, Aderson Lago Neto, Pedro Ramos Cardoso, Celmo Luís Costa Ribeiro e Renê da Cruz.

Os fatos, portanto, vão de encontro ao que defendeu Rodrigo Lago, ao afirmar que o pai estava absolvido dos processos.

As ações tramitam na Justiça…

Polícia Federal deverá pedir a um prefeito e a um advogado que teriam gravações de uma conversa em que emissário do TRE pede propina em troca de uma decisão favorável em processos

Deve ganhar corpo a denúncia do deputado federal Hildo Rocha (PMDB), de que emissários de membros do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão estariam achacando políticos e advogados a pagar propina em troca de decisões favoráveis nos processos que tramitam na Corte.

O deputado citou nominalmente o prefeito de Ribamar Fiquene, Edilomar de Miranda, do PCdoB, que teria sido procurado por um emissário de um membro do TRE para pagar certa quantia em dinheiro em troca da absolvição em um processo de cassação.

Segundo Hildo Rocha, o prefeito não aceitou pagar e foi casado, decisão reformada, mais tarde, no Tribunal Superior Eleitoral.

Mas as gravações são de outro casos, envolvendo um mesmo emissário, cujo nome está ainda sendo mantido em sigilo pelos detentores dos áudios.

O objetivo é levar à Polícia Federal, que deverá investigar o caso, para a análise da autenticidade e comprovação da voz.

Um caso que deve repercutir nos meios políticos e judiciais do Maranhão…