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Caso Décio de volta à Justiça…

Aspecto do Tribunal do Juri, durante audiência de janeiro, suspena pelo TJ

Se os Ronaldos Ribeiros da vida não encontrarem alguma forma de tentar impedir – e a Justiça condescendente não colaborar – a 1ª Vara do Tribunal do Juri inicia hoje as audiências com as testemunhas de acusação no caso Décio Sá.

Serão ouvidas algo em torno de 50 pessoas, até sexta-feira, entre parentes, policiais, familiares e jornalistas que acompanharam o desenrolar das investigações e as relações dos agiotas acusados pelo assassinato de Décio com a imprensa e a política.

O titular deste blog, por exemplo, depõe amanhã, a partir das 8h30.

Até ontem, não havia definição do juiz que presidirá as sessões. A juiza titular, Ariane Mendes, foi transferida para outra vara há duas semanas.

O mais provável é que as audiências sejam conduzidas pelo juiz Márcio Brandão, que iniciou a sessão que deveria ocorrer em janeiro, mas que foi suspensa por decisão do desembargador Raimundo Souza, atendendo a pedido de Ronaldo Ribeiro.

É por isso que se espera algum tipo de artimanha do advogado.

Antes ou durante a sessão de hoje…

 

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Uma defesa de Aluísio Mendes…

Gláucio e Buchecha: investigação mostrou quem são eles

Este blog sempre foi crítico do trabalho da polícia nas investigações do caso Décio Sá.

Não por que tem alguma dúvida em relação aos envolvidos presos, mas por que cobra mais detalhamento em relação a outros aspectos do relatório encaminhado à Justiça.

Mas este blog reconhece a seriedade da conduta da polícia na coleta de todos os depoimentos, inclusive o do pistoleiro Jhonatan de Souza, assassino confesso do jornalista.

E acredita que todas as argumentações de que o depoimento do pistoleiro fora manipulado pelos delegados que investigaram o caso caem por terra diante do rigor da investigação.

A tese de manipulação dos depoimentos – sobretudo o de Jhonatan de Souza –  é um dos principais argumentos levantados pelos denunciados para derrubar a acusação.

Mas esta argumentação não procede por uma questão simples: todos os depoimentos dos envolvidos – incluindo as acareações – foram gravadas em vídeo e acompanhadas por um representante do Ministério Público.

Não faz sentido, portanto, que policiais e promotores tenham se unido para prejudicar A ou B.

É simples assim…

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Foi preciso a morte para desmascarar a mentira

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Quadrilha de agiotas é acusada e ainda debocha do caso

Após a morte de Décio Sá, ano passado, iniciou-se uma série de investigações e também cobranças por parte de autoridades e imprensa para que o caso fosse elucidado.

A partir disto, desenterrou-se uma série de outros crimes, como os de agiotagem. Uma quadrilha foi presa e mais outras prefeituras acusadas.

Um pedido de CPI da Agiotagem também foi aberto.

Um desencadear de acontecimentos desde o brutal assassinato de Décio.

O clima é o da necessidade de passar a limpo todas as instâncias de poder do Estado.

E parece que foi preciso um crime bárbaro como este para todas as esferas públicas maranhenses reconhecessem o estado de saturação a que chegou a segurança pública estadual.

Reconheceu-se também o nível de promiscuidade na relação de empresários com políticos, policiais, membros do Judiciário e do Ministério Público.

Pelos motivos mais difíceis e cruéis, busca-se a transparência dos fatos.

Infelizmente.

Com redação de Aline Aencar

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Agiotagem: o recuo de Aluísio Mendes

aluisio-185x300Como este blog havia informado anteriormente, na tentativa de se antecipar aos fatos, setores da mídia divulgaram, desde o dia 23 deste mês, uma lista de prefeitos envolvidos com a quadrilha de agiotas que atua no Maranhão (reveja aqui).

A base para a lista é a relação divulgada pela TV Mirante – baseada em relatório da polícia – com os 41 municípios onde, segundo as investigações, a quadrilha atuou.

A relação de prefeitos é um equívoco, por que baseada apenas no mandato anterior, de 2009 a 2012.

E o secretário estadual de Segurança Pública, Aluísio Mendes, já se deu conta do equívoco desta divulgação precipitada.

Como mostra em declaração divulgada nos blogs de Luís Cardoso e Marcelo Vieira:

Uma farta documentação foi apreendida quando a polícia realizou a operação para localizar e capturar os assassinos do jornalista Décio Sá, como documentos de empresas, cheques em branco assinados, contratos, entre outros. Toda essa documentação foi analisada e chegou-se ao número de 41 prefeituras que tinham algum tipo de citação. Não quer dizer realmente que essas pessoas estejam envolvidas. A polícia está aprofundando as investigações e chamará os gestores e ex- gestores para saber o tipo de ligação que eles tinham com os agiotas.

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Trecho do depoimento de Patrícia em que aparece o nome de Gardeninha

O recuo aconteceu possivelmente para evitar injustiças futuras. E evitar injustiças é o que este blog procurou fazer ao exigir a lista oficial dos prefeitos envolvidos e citar os equívocos.

Enquanto a polícia apura com mais cuidado as informações.

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Aluísio Mendes quer barrar na Justiça investigação sobre manipulação do caso Décio…

Cutrim e Aluísio: guerra sem fim…

Tramita no Tribunal de Justiça do Maranhão um pedido de Habeas Corpus impetrado pelo secretário de Segurança Aluísio Mendes, e pelos delegados Jeffrey Furtado, Roberto Larrat e Maimone Barros, visando trancar a investigação do Ministério Público sobre as denúncias do deputado Raimundo Cutrim, de que o grupo manipulou o pistoleiro confesso Jhonatan de Souza para incriminá-lo no assassinato do jornalista Décio Sá.

A revelação da tentativa de barrar a investigação foi feita em nota oficial pela própria Procuradoria-Geral de Justiça.

– Cumpre, por fim, esclarecer que os representados Aluísio Guimarães Mendes Filho, e ainda Roberto Mauro S. Larrat, Jeffrey Furtado e Maymone Barros Lima impetraram um Habeas Corpus, protocolado sob o nº 000.2660-60.2013.8.10.0000 no Tribunal de Justiça do Maranhão, estando sob a relatoria do desembargador Kléber Costa Carvalho, visando o trancamento da investigação mencionada, não havendo, até esta data, decisão sobre o pedido de liminar, haja vista que encontra-se com prazo para as informações por parte do MPE, as quais estão sendo encaminhadas nesta data – diz a nota do MP, assinada por Fabíola Fernandes Faheina Ferreira, diretora da Secretaria para Assuntos Institucionais do MP.

Os fatos

A história começou em outubro do ano passado, quando Cutrim representou contra o secretário e os delegados, acusando-os de terem manipulado as ivnestigações do caso Décio para envolvê-lo na trama que matou o jornalista.

Em 27 de dezembro, Aluísio Mendes, Jeffrey, larrat e Maimone apresentaram resposta à acusação, juntamente com um pen drive, em que reafirmaram e apresnetaram novas acusações cotnra o deputado.

Em 8 de fevereiro Cutrim voltou a se manifestar nos autos da Representação, respondendo às acusações do grupo.

– A comissão constituída para investigar os fatos, composta pelo procurador de justiça José Argôlo Ferrão Coelho, e pelas promotoras de justiça Fernanda Maria Gonçalves de Carvalho e Selma Regina Souza Martins deliberou pela realização de várias diligências apuratórias iniciais, para a instrução do feito, as quais estão em andamento – diz a nota.

Agora, o Ministério Público aguarda decisão da Justiça sobre o trancamento da investigação…

 Leia aqui a íntegra da Nota Oficial do MP

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Juíza do caso Décio é transferida…

Juízes reunidos com o corregedor-geral Cleones Cunha

Os juízes removidos, com o corregedor Cleones Cunha

A juiza Ariane  Mendes, responsável pelo processo relativo ao assassinato do jornalista Décio Sá, não deverá presidir as audiências marcadas para a partir do dia 6 de maio.

Ela foi tranferida para a 13ª Vara Cível, uma das novas varas criadas pela Corregedoria-geral de Justiça.

AQ juíza deve sewr empossada na nova Vara no dia 30 de abril, seis dias antes das audiências do caso Décio.

– O planejamento é para que já no dia 2 de maio comece a distribuição de processos para as novas Varas Cíveis e a redistribuição dos processos para a Vara de Interesses Difusos e Coletivos – ressaltou o corregedor Cleones Cunha, segundo matéria produzida pela assessoria de comunicação da CGJ. (Leia aqui)

Ariane Mendes é titular da 1ª Vara do Tribunal do Juri, onde tramita o processo contra os acusados pela morte de Décio Sá.

Em janeiro, após encaminhar as intimações para as testemunhas do caso, a juíza tirou férias e foi substituída pelo juiz Márcio Brandão.

Ele ainda chegou a ouvir algumas testemunhas, mas a audiência foi suspnsa por decisão do desembargador Raimundo Nontato Sousa, depois cassada pelo também desembargador Lourival Serejo.

É provável que o mesmo juiz assuma a presidência das oitivas do caso Décio…

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Agiotagem e miséria no Maranhão

O organograma da agiotagem no Maranhão

É repugnante ver o estrago que era – ou é? –  feito pela agiotagem em vários municípios maranhenses.

A TV Mirante, em sua brilhante cobertura referente ao 1º ano da morte do jornalista Décio Sá, tem revelado que a quadrilha de agiotas que o eliminou tem ramificações em todos os setores do Estado.

Exatamente como o blog mostrou ainda no ano passado. (Relembre aqui e aqui).

Os prefeitos envolvidos contraíam empréstimos com a quadrilha de agiotas, que pegava dinheiro público como pagamento.

A agiotagem foi, ou é, também causa da miséria que assola o Maranhão.

mas, para cometer um crime atrás do outro, esta máfia tinha a proteção de advogados, policiais, deputados e até juízes.

O blog mostrou este organograma ainda no ano passado, em post que foi elogiado pelo deputado Domingos Dutra (PT) na tribuna da Câmara Federal (Releia aqui).

A quadrilha de agiotas encomendou a morte de um jornalista que ousou atrapalhar seus planos.

Uma parte dela está presa, mas muitos membros ainda circulam por aí…

Leia também:

“A quem recorrer???”

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Por que Ronaldo Ribeiro ligaria para Pedro Meireles???

Pedro Meireles e Ronaldo Ribeiro (de paletó), no velório de Décio Sá

Um dos trechos das gravações telefônicas que agora estão vindo à tona no caso Décio Sá, comprova o que este blog já dizia desde o início das investigações: o então advogado de Gláucio Alencar, Ronaldo Ribeiro, ligou para o delegado de Polícia Federal, Pedro Meireles, no dia da prisão do agiota.

O diálogo travado foi este:

Ronaldo: Ei bicho.

Pedro: Oi.

Ronaldo: Acabaram de prender o Gláucio, ó.

Pedro: Quê?

Ronaldo: Acabaram de prender o Gláucio.

Pedro: Por que, cara?

Ronaldo: Rapaz. Eu to vendo aqui na televisão que foi por causa do Décio Sá, ó…

Pedro: Sério, bicho?

Ronaldo: Eu tô indo pra lá agora, qualquer coisa eu te mantenho informado tá?

Pedro: Beleza. Me liga aí qualquer coisa, cara.

Mas por que Ronaldo Ribeiro ligaria para um delegado da PF para informar que um agiota havia sido preso como mandante de assassinato?

De acordo com o relatório da polícia maranhense entregue à Justiça, suspeitava-se que Pedro Meireles fazia parte da quadrilha de agiotagem comandada por Gláucio Alencar. (Releia aqui)

Para apurar esta suspeita, a Polícia Federal abriu inquérito ainda no ano passado.

Mas nunca divulgou o resultado da investigação…

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Advogados de Gláucio tentam convencer deputados sobre dossiê contra investigação do caso Décio…

Gláucio e o pai, José Miranda: tentativa de politização do caso Décio

Os advogados dos agiotas Gláucio Alencar e José Miranda têm tentado abrir uma porta de diálogo com os presidentes das comissões de Direitos Humanos da Câmara Federal e da Assembleia Legislativa – deputada estadual Eliziane Gama (MD) e deputado federal Marcos Feliciano (PSC), respectivamente.

Eles querem mostrar um certo dossiê que revelaria aspectos supostamente não incluídos no relatório da polícia.

Este blog já teve acesso ao tal dossiê.

Trata-se de uma interpretação dos fatos pela defesa dos acusados. O documento levanta dúvidas sobre a investigação, mas não relaciona fatos consistentes para contestá-la.

A procura por Eliziane – e pelo controvertido Marcos Feliciano – é tentar chamar atenção para os fatos narrados no dossiê.

Eles tentaram o mesmo na Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, mas não obtiveram êxito.

Também tentaram convencer setores da imprensa de sua versão, mas a falta de dados oficiais no documento também não surtiram efeito.

Agora, tentam a via política para abrir novo debate sobre o caso.

Segundo apurou o blog, a deputada Eliziane Gama ainda não respondeu se via ou não receber os advogados.

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A apatia do Sindicato dos Jornalistas

A atitude do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Maranhão,  Leonardo Monteiro, em censurar o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Antonio Pedrosa, foi louvável.

Dias após do assassinato do jornalista Décio Sá, Antonio Pedrosa, desdenhou da comoção dos jornalistas com a morte do colega de profissão, chamando a todos de “gorilas diplomados”.

– Ele, como advogado, deveria saber que a execução brutal de Décio Sá foi um atentado a democracia, à liberdade de imprensa e de expressão – disse Monteiro, à época da declaração de Pedrosa.

Contudo, foi apenas essa a contribuição do Sindicato com o Caso Décio. Nenhuma nota pública ou exigência às autoridades competentes pela celeridade e resolução do caso.

Uma entidade que deveria estar lado a lado com a categoria que cobra frequentemente a elucidação de fato.

Mas permanece vergonhosamente apática, mostrando desunião da categoria.

Com redação de Aline Alencar