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Notificação da cassação de Hemetério Weba já está na AL…

Hemetério agora terá que encontrar saída judicial

Chegou ontem à noite à Assembléia Legislativa a Notificação Judicial dando conta de que o deputado Hemetério Weba (PV) havia perdido os seus direitos políticos – e, portanto, deve perder o mandato.

Até o final da sessão de ontem à tarde, o presidente da Casa, Arnaldo Melo (PMDB) informava não haver recebido nenhuma notificação oficial.

Mas, àquelas alturas, o própio Melo já sabia os procedimentos a tomar.

– Não temos outra saída a não ser abrir o procedimento administrativo, dando todas as garantias ao deputado, de prazos e ampla defesa – explicou o presidente.

É neste ínterim que Hemetéio Weba precisará encontrar uma forma de anular a decisão judicial que lhe tirou o mandato.

O problema é que, em TSE, ele nem pode recorrer uma vez que o pocesso transitou em julgado justamente por ter perdido os prazos de recursos.

Mas há quem diga que o deputado do PV pode questionar a Justiça exatamente por esta interpretação de perda de prazo, em uma nova sequência judicial que pode chegar ao Supremo Tribunal Federal.

Outros entendem ainda que a própria Assembléia, em decisão plenária, pode decidir em favor do deputado.

Mas há muitos inteesses em jogo…

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Muitos interesses em jogo…

Hemetério Weba: cassado^?

O caso envolvendo o deputado Hemetério Weba (PV) é de fácil solução política e judicial.

Na política, a Assembléia Legislativa tem, por obrigação regimental, ofecerer prazo de cinco sessões para que ele se defenda – mesmo que seja só para tentar se explicar.

Na esfera judicial,  o parlamentar pode recorrer, alegando que teve o direito de defesa cerceado quando o juiz de primeira instância determinou sua cassação sem levar em conta a entrega de seu recurso.

Aí, o caso pode chegar até ao Supremo Tirbunal Federal para discutir o cerceamento de defesa.

Mas o problema de Hemetério Weba são os interesses em jogo com a sua cassação.

Seu suplente imediato é ninguém menos que Carlos Alberto Milhomem (DEM), atualmente no exercício do mandato e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

A efetivação de Milhomem garantiria a ele três anos integrais de mandato. E ainda abriria vaga para outro suplente – que pode ser os secretários Jura Filho (Turismo) ou Chico Gomes (Desenvolvimento Social); ou ainda o quase-secretário Alberto Franco (Assuntos Estratégicos).

O caso Hemetério Weba, portanto, como quase todos envolvendo políticos, será movido pela máquina da política.

E ganhará ou não velocidade de acordo com a força das engrenagens envolvidas…

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CNJ vai investigar demora do TRE em concluir cassação de vereador de Paço…

Alderico Campos: cassado, mas no cargo

O Conselho Nacional de Justiça abriu sindicância para apurar a demora do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão na conclusão do julgamento de cassação do vereador Alderico Campos, de Paço do Lumiar.

Ele foi cassado pelo próprio TRE em maio do ano passado. Entrou com recurso especial até no TSE, mas perdeu.

Agora, se mantém no cargo graças a embargos de declaração, que nunca foram analisados na corte eleitoral maranhense. O relator dos embagos é o juiz José Carlos Sousa Silva.

O CNJ quer saber o porquê da demora na efetivação da cassação do vereador.

A estranha movimentação do processo de Alderico Campos envolve vários membros da Corte Maranhense, incluindo a presidência e a corregedoria eleitoral.

Numa destas últimas movimentações, o TSE encaminhou ofício para a própria titular da Zona Eleitoral de Paço do Lumiar.

A juiza ouviu do corregedor eleitoral, José Joaquim Figueiredo dos Anjos, que aguardasse a devolução dos autos suplementares pela Corte Superior.

Os autos chegaram no dia 14 de julho. Três dias depois, o presidente Raimundo Cutrim determinou que fossem publicados os acórdãos da cassação, abrindo prazo – de novo! – para novos embargos, mesmo com a decisão já transitada em julgado.

Uma aberração jurídica que só acontece no Maranhão…

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TSE não consegue ouvir Hélio Santos nem no próprio gabinete…

Hélio Santos enfrenta processo de cassação

Um oficial de Justiça do Tribunal Superior Eleitoral esteve ontem no gabinete do deputado federal Hélio Santos (PSDB) para citá-lo no processo que pede a cassação do seu diploma por abuso do poder econômico nas eleições de 2010.

O representante eleitoral passou o dia no local, mas não conseguiu encontrar o deputado que, obviamente, não foi trabalhar.

A ação contra Hélio Santos foi movida inicialmente pelo diretório estadual do PDT maranhense que desistiu do processo pouco tempo depois.

Ocorre que o suplente Weverton Rocha (PDT) decidiu participar do feito como litisconsorte ativo – em tese, ele seria beneficiado com uma eventual cassação do tucano.

Foi a pedido de Rocha que no ministro Arnaldo Versiani determinou a citação de Hélio Santos no próprio gabinete, já que ele nunca fora localizado em seus endereços no município de Açailândia.

A caçada a Hélio Santos deve continuar hoje.

Já o processo da cassação tem 45 dias para ser concluído… 

Com informações do blog de Frederico Luís

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Ação contra Roseana deve começar pelo TSE…

Diploma de Roseana é questionado na Justiça Eleitoral

Engana-se quem pensa que a ação contra a governadora Roseana Sarney (PMDB) começará no Tribunal Regional Eleitoral. Na verdade, a ação foi protocolada no Maranhão apenas como preparatória para o encaminhamento ao TSE,  já que se trata de Ação contra Diplomação.

O processo contra Roseana é uma cópia fiel da ação movida pelo grupo Sarney contra Jackson Lago (PDT), em 2006. Os mesmos argumentos, a mesma linguagem, as mesmas citações.

Movida pelo Ministério Público Eleitoral e, individualmente, pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), é instrumentalizada pelo PCdoB e PSB e também pelo deputado federal Flávio Dino (PCdoB).

A única diferença em relação à Ação que apeou Jackson do poder, em 2009,  é que a nova ação cita exatamente os votos dos ministros Carlos Ayres Brito e Eros Grau como embasamento para o pedido de cassação do diploma de Roseana Sarney.

Outra diferença básica deste novo processo: ao contrário das lideranças jackistas, que ignoraram e até desdenharam da ação de 2006, os membros do grupo Sarney estão atentos à tramitação do processo e na contra-argumentação na Justiça Eleitoral.