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César Pires e o consenso entre Educação e professores

Pires: experiência para buscar o entendimento

Educador e ex-secretário de Educação, o deputado estadual César Pires (DEM) tem sido o principal elo entre o comando da Seduc e o comando do movimento grevista dos professores estaduais.

Ele tem se reunido quase que diariamente com membros do Simproessema e com representantes da secretaria. Ouve propostas e contrapropostas, dá opiniões e sugestões e conversa, conversa muito com professores e dirigentes.

– É uma crise. E as crises se resolvem de forma consensual, com conversa e buscando o diálogo aberto – prega o parlamentar.

César Pires atua também na Assembléia em defesa dos pontos convergentes entre os dois lados.

Preparado, é um dos poucos que consegue a atenção irrestrita dos oposicionistas quando está na tribuna.

E destrói, ponto por ponto, qualqeur argumento que não tenha respaldo na realidade…

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Júnior Marreca alerta: “decisão do STF aumentará despesas com professores”…

O presidente da Federação dos Municípios, prefeito Júnior Marreca (PV), alertou hoje para o aumento das despesas

Marreca orienta prefeitos sobre salário da Educação...

das prefeituras com professores, após decisão do Supremo Tribunal Federal, de manter o piso nacional da categoria.

Hoje, o piso dos professores é de R$ 1.187,00 para jornada de 40 horas.

Para outras jornadas, paga-se valor proporcional. Mas este valor, segundo os ministros do STF, têm que ser referente apenas ao vencimento-base, sem os adicionais, que não entram no cáculo.

Para o presidente da Famem, o cálculo apenas para o venciment0-base acarretar[á sobrecarga de despesas às prefeituras.

– Para nós, está claro que a aprovação do novo piso aumentará a quantidade de municípios que vão buscar apoio do Ministério da Educação para poder honrar com o dispositivo legal – disse Marreca. Ele espera que o Governo Federal auxilie as prefeituras.

A Famem pretende orientar as prefeituras na remodelação dos planos de cargos e remuneração no setor educacional.

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Sindicato vai insistir em recursos para tentar manter greve…

O Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Simproessema) vai entrar com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal, contra decisão do

Panfleto do Simproessema conclama servidores a manter greve

próprio STF.

Trata-se de um Agravo Regimental contra a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que manteve a decisão de primeira instância, considerando ilegal a greve iniciada em 1º de março.

A estratégia do sindicato é levar o assunto para o plenário do STF, que não tem data para se reunir, garantindo a paralisação aos professores até que seja julgado o último recurso.

O problema é que o valor da multa diária pela paralisação não pára de aumentar – já passa de R$ 1 milhão.

Além disso, como a decisão não tem mais efeito suspensivo, singifica que o governo pode cortar o ponto dos faltosos e até demitir em justa causa, por abandono de cargo.

Mesmo assim, o Simproessema garante que os professores estão mobilizados e que o movimento continuará.

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Simproessema terá que arcar, agora, com R$ 1 milhão em multas…

O Sindicato dos Profesores da Rede Estadual perdeu no Supremo Tribunal Federal. Tentava anular decisão do desembargador Marcelo Carvalho, que havia considerado ilegal a greve da categoria.

Não resta outra saída, agora, se não pagar a multa diária de R$ 50 mil. Acumulada desde o dia 17 de março, alcança um belo prejuízo de R$ 1 milhão.

E adivinha quem vai pagar a conta?

Exatamente os mesmos professores que decidiram acreditar na cantilena do sindicato, controlado pelo PCdoB.

E ainda há o risco de ter os dias sem aula descontados do salário…

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Multa ao Sindicato dos Professores já chega aos R$ 750 mil

O Sindicato dos Professores da Rede Etadual já acumula dívida de R$ 750 mil com a

Estudantes já manifestaram repúdio pelo dias sem aula

Justiça maranhense pela insistência em manter a greve da categoria, mesmo depois de ser considerada ilegal.

A greve os professores já dura um mês. No dia 17 de março, o desembargador Marcelo Carvalho considerou ilegal o movimento e determinou a v0lta ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

O Simprossema tomou conhecimento da decisão no mesmo dia. A multa começou a contar do dia 18. São 15 dias de multa, portanto.

Mesmo assim, o comando de greve não demonstra interesse em supender o movimento…

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Sindicato garante manter greve dos professores…

Em nota divulgada agora à tarde, o Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Simproessema) garantiu que pretende manter a categoria em greve – pelo menos até a notificação da decisão do desembargador Marcelo Carvalho.

– Oficialmente a entidade não foi notificada da decisão judicial e, assim sendo, a greve continua sem prejuízo para os profissionais da educação – afirmou um dos trechos do documento.

O sindicato informa ainda que a decisão de encerrar ou não o movimento será dos próprios professores, que se reúnem na próxima quarta-feira. E acusam:

– Buscar na Justiça a decretação da abusividade de nossa greve é mais uma demonstração de que o governo Roseana Sarney (PMDB/PT) não está interessado nem no diálogo nem na solução dos problemas da educação pública, pois busca o confronto com os educadores, foge do debate na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, impede a realização de audiência pública sobre a questão e se escora em caríssima e mentirosa campanha de mídia.

Para lembrar: A decisão da Justiça prevê multa de R$ 50 mil para cada dia de greve após notificação do sindicato.

E determina ainda o desconto dos dias parados da categoria.

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O que querem os professores; o que oferece o governo…

Segue a sequência numérica abaixo, o debate entre o Sindicato dos Professores e o governo Roseana Sarney (PMDB) – agora intermediada pela Comissão de Educação da Assembléia – sobre o que quer a categoria e o que está sendo oferecido:

1 – Os professores querem 40% de reajuste até 2013, sendo 25% já a partir de março deste ano, e a diferença em 2012 e 2013.

2 – O governo oferece 10% a partir de outubro e a diferença, para completar os 40%, entre 2012 e 2015.

3 – O Sindicato não aceita a exensão até 2015 porque alega que, na época, Roseana não será mais governadora, o que desobrigaria outro governador de cumprir o acordo.

4 – O governo pondera que o orçamento de 2015 é feito em 2014; a garantia para o pagamento, portanto, estaria no orçamento.

E a greve continua…

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Luz no meio da selva…

Por Nonato Reis*

Imagine-se o seguinte cenário. Zona rural, vilarejo encravado no cerne de uma região inóspita. Não mais que 70 casas, a maioria de taipa ou de palha. Longe de rodovias asfaltadas. Apenas uma estrada de chão batido, que submerge no inverno, liga o povoado à sede do município, distante dali cerca de 30 quilômetros. Água, só de cacimba ou de poções – aquelas lagoas que se formam na estação chuvosa. Luz elétrica é novidade recente, e ainda assim acessível a poucos. Serviços de saúde não existem. Telefone, idem. Esgoto sanitário, impensável. Os moradores vivem da pesca artesanal e do cultivo rudimentar de raízes e grãos, à semelhança de uma aldeia indígena.

Agora, acompanhe a cena a seguir. Oito horas da manhã. Um carro de passeio estaciona em frente da única escola do lugar, construída em alvenaria e telha de barro. À entrada do prédio, um grupo de alunos, na faixa de sete a 10 anos, denominado Comissão de Publicidade, aguarda com ar de expectativa a aproximação do visitante ilustre, um jornalista da capital, que vai fazer uma reportagem para um grande jornal. Perfilados, eles dão as boas-vindas ao repórter, dizem que a escola se sente honrada com a sua presença e o convidam a entrar.

Na sala de aula, os demais alunos, dispostos em mesas circulares, cumprimentam-no um a um. Curiosos, querem saber detalhes do seu trabalho. Alguns manifestam-se fascinados pela profissão, outros revelam que, quando crescerem, desejam também se tornar jornalistas. Crivam-no de perguntas. Boquiaberto, o repórter se dar conta de que fora arrastado para o outro lado da mesa. Naturalmente, chegara ali para inquirir, observar, fazer anotações, cumprir o seu ofício. Acabara virando presa fácil. Ele agora era entrevistado, vasculhado…investigado. “Foi a experiência mais inusitada e feliz da minha vida”, revelaria ao chegar à redação do jornal.

Mero deleite? Um roteiro de filme? Uma tomada de novela? Ou viagem imaginária? Nada. Crível ou não, a descrição é real. Ocorreu alguns anos atrás no interior do Maranhão. Resgato essa história para jogar por terra alguns mitos. O mais importante deles, o de que educação é um investimento de longo prazo. Não é bem assim. A menos que a analisemos sob o enfoque do mercado de trabalho. Nesse caso confunde-se o todo com a parte. O lado mais interessante, o do crescimento pessoal, é quase atemporal, tal a velocidade com que as mudanças se processam.

No caso da cena descrita aqui, a escola tinha apenas um ano de existência e já produzia resultados fantásticos, fazendo com que crianças indefesas, medrosas e tímidas rompessem as amarras da ignorância e se tornassem pessoas bem-falantes, desinibidas, perspicazes … Cidadãs no sentido político do vocábulo. Alguém pode estar se perguntando. Mas como foi isso possível? A resposta está na fórmula pedagógica. A escola em foco difere em tudo do modelo tradicional. Em vez de carteiras, mesas. No lugar da abordagem individual, a sistemática de grupo. O professor deixa de ser transmissor e passa a ser mediador. Nada de impor conhecimento. E muito menos discutir realidades estranhas. O foco da aprendizagem está centrado na própria comunidade.

 É de se perguntar, então. Se o método é tão eficiente, por que não disseminá-lo pelo País? Em todo o Brasil há experiências isoladas desse tipo e com resultados igualmente promissores. Acontece que existem entraves históricos pelo caminho. Há uma relação direta entre poder político e educação. Como no Brasil as minorias dominantes foram construídas e se mantêm à custa do atraso e da ignorância das maiorias dominadas, chega a ser irracional imaginar-se que elas se interessem por uma educação de qualidade. Seria como criar-se uma raposa dentro do galinheiro.

Não admira portanto que até hoje o País sustente taxa de analfabetismo absurda. Um em cada cinco cidadãos é analfabeto funcional, aquele que, apesar de saber ler e escrever, não consegue interpretar um texto, por mais simples que se apresente. Representa quase 40 milhões de brasileiros à margem do saber, condenado à ignorância. A escola que forma cidadão e abre janelas para a vida está muito longe do cenário nacional. Pode-se encontrar em raríssimos lugares, alguns até inusitados. Como no coração de uma mata virgem, por exemplo. É que de lá os ecos de mudança não incomodam os ouvidos de Brasília.

Nonato Reis é Jornalista
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Márcio Jardim só não quer estar na sala de aula…

Jardim com Washington: tudo, menos as aulas...

Há um pano de fundo na repentina aproximação do dutro-petista Márcio Jardim com o vice-governador Washington Oliveira: professor da rede estadual, Jardim quer ser dispensado das aulas e, para isso, cava uma vaga na assessoria especial do vice.

A história é confirmada por vários aliados de Oliveira. Segundo eles, o aliado de Dutra quer manter o estilo bom vivant. Por isso, viu na aproximação com o aliado governista esta oportunidade.

Márcio Jardim tentou emplacar um cargo no início do governo Dilma. O objetivo era o mesmo: ficar distante das aulas para fazer política e curtir a vida intensamnte. (Releia aqui)

Não conseguiu espaço no governo federal e se aproximou de Washington Oliveira, onde espera ter as garantias para ficar distante das aulas.

É só esperar para conferir depois…

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O salário dos professores maranhenses…

O Maranhão tem 70% de professores com nível superior.

Estes docentes recebem R$ 1.631,69 como remuneração.  É bem mais que o piso nacional da categoria, de R$ 1.187,08, para uma carga horária de 40 horas semanais.

Todos os professores maranhenses recebem Gratificação por Atividade do Magistério (GAM), de 130%.

Os professores com nível médio são 30% da categoria estadual. O salário é de R$ 880,94.

Parece baixo em relação ao piso nacional? Não é, porque este valor é para apenas 20 horas semanais, enquanto o piso exige 40 horas. 

O professor que amplia a qualificação, também amplia a remuneração.

Os especialistas, ganham mais 15% do vencimento. Mestres chegam a 20% e doutores a 25%.

A categoria paralisou as atividades na semana que passou por melhorias salariais e nas condições de trabalho.

Reclama, por exemplo, do não pagamento das gratificações por qualificação.

Texto alterado às 21h15 para correção e atualização de informações