A vitória de Fábio Câmara em São Luís…

Descreditado desde o início e abandonado pelo partido, candidato do PDT conseguiu se impor à frente de muitos que ficaram pelo caminho, garantiu metade dos votos conseguidos por toda a legenda e foi fundamental na reeleição do vereador Raimundo Penha

 

Fábio Câmara fez pelo PDT o que o PDT não fez por ele, tanto em 2022 quanto em 2024

Em agosto de 2023, este blog Marco Aurélio d’Eça acompanhava de perto o esvaziamento do PDT na Câmara Municipal e fez a seguinte pergunta ao então suplente de deputado federal Fábio Câmara:

Você também vai deixar o PDT ou permanece?!?

A resposta de Câmara fez nascer, ali, um projeto eleitoral no PDT para 2024, e originou o post “Fábio Câmara reafirma permanência no PDT e quer partido forte em 2024…”.

A candidatura de Fábio Câmara nesta eleição não pode ser vista apenas pela mera questão numérico-eleitoral; ela foi fundamental para o resgate do PDT, embora o próprio PDT, e suas lideranças – à exceção do vereador Raimundo Penha – tenha abandonado a campanha.

  • a candidatura de Fábio em 2022 já havia sido fundamental para o PDT chegar à Câmara Federal;
  • Fábio alcançou, sozinho, mais da metade dos votos que a legenda alcançou neste pleito de 2024;
  • sua candidatura a prefeito foi fundamental para a reeleição do vereador Raimundo Penha.

Em 2023, quando Fábio decidiu colocar-se à disposição do partido, a sucessão municipal apresentava, além dos oito que entraram de fato na disputa, nada menos que outros sete candidatos: Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), Osmar Filho (PDT), Orleans Brandão (MDB), Edivaldo Júnior (Sem partido), Roseana Sarney (MDB), Paulo Victor (PSB) e Neto Evangelista (União Brasil). 

Todos estes ficaram pelo caminho, mas Fábio continuou, mesmo diante da resistência aberta de setores da imprensa e do próprio PDT.

Presidente regional do partido, o senador Weverton Rocha só aceitou a candidatura de Fábio Câmara quando não havia mais outra alternativa, mas abandonou a campanha em São Luís; andou até com Fred Campos em Paço do Lumiar, mas nunca veio a São Luís.

Mesmo assim, Fábio Câmara manteve-se firme na campanha, segurando todos os reveses e fazendo o seu papel.

E é por esta ótica que ele deve ser visto como um vencedor destas eleições…

Brandão elege quem importava a ele e já acena a prefeitos para 2026

Governador teve vitórias importantes na maioria dos principais colégios eleitorais e impôs derrotas aos principais adversários, como o senador Weverton Rocha, que abandonou São Luís, ficou fora de Imperatriz e perdeu em Balsas, Timon, Pinheiro e Caxias

 

Brandão em Colinas, onde votou na manhã de domingo, 6; vitórias importantes em todo o Maranhão

Análise da Notícia

A derrota do deputado federal Duarte Jr. (PSB) em São Luís tem efeito praticamente nulo na base do governador Carlos Brandão (PSD), que venceu a eleição com os aliados que importam nos principais colégios eleitorais maranhenses.

  • o grupo do governador vai disputar o segundo turno com Rildo Amaral (PP) em Imperatriz;
  • além disso, venceu em Balsas, Caxias, Bacabal, Barra do Corda e, sobretudo, em Timon;
  • sem falar nas emblemáticas vitórias contra os ex-dinistas, em Colinas e Barreirinhas.

Reitero nosso empenho por um trabalho em unidade e parceria com todos os gestores e parlamentares municipais, independentemente de lado político”, afirmou o governador, logo após anúncio do resultado das eleições de domingo,6.

Foi um aceno claro a 2026.

Entre os adversários, o senador Weverton Rocha (PDT) teve as derrotas mais simbólicas; além de abandonar São Luís, Rocha ficou fora das eleições em Imperatriz, foi a Caxias e perdeu, e perdeu também em seu feudo eleitoral, Timon, uma derrota de forte simbolismo para 2026.

Weverton vem evitando guerras políticas e construindo pontes com Brandão desde o início de 2024, com vistas às eleições de 2026; e a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem até feito gestos para o governador, como este blog Marco Aurélio d’Eça mostrou no post “Encontro entre Brandão e Weverton têm sido cada vez mais frequentes…”.

Independentemente de futuras alianças, o resultado eleitoral ampliou o cacife de Brandão na mesa de negociações.

Tanto na relação com Weverton quanto com os ex-dinistas…

Braide vence, de uma só vez, classe política e imprensa…

Prefeito de São Luís enfrentou Governo e Assembleia Legislativa, rompeu com a Câmara Municipal, ignorou partidos, deu de ombros à imprensa e alcançou votação popular  sem precedentes em sua reeleição

 

Eduardo Braide vence com quase 70% dos votos, elege boa parte dos vereadores e impõe derrota acachapante à classe política

A vitória acachapante do prefeito Eduardo Braide (PSD) neste domingo, 6, é um novo caso de estudo na Ciência Política.

Ao se reeleger com quase 70% dos votos, ele botou classe política, partidos e imprensa no bolso; derrotou não apenas os sete adversários, mas também a Câmara Municipal, o Palácio dos Leões e a Assembleia Legislativa.

  • o Palácio dos Leões aceitou ser derrotado ao impor uma candidatura de Duarte Jr. (PSB) que se mostrou estagnada desde 2020;
  • a Câmara acaba derrotada pela votação expressiva de candidatos declaradamente vinculados a Braide, como Douglas Pinto;
  • a classe política sai perdida por achar que, sozinho, Eduardo Braide não teria condições de se movimentar no jogo político. 

Mas, o que se desenha na política a partir desta vitória do prefeito?

Os analistas políticos – outros  derrotados pelo prefeito, incluindo este blog Marco Aurélio d’Eça – apontam que a grande dificuldade de Braide é a falta de grupo.

  • mas para quê ele precisaria agora de um grupo?”, perguntaria-se
  • para disputar o Governo do Estado, em 2026″, diriam os mais teimosos.

O próprio Braide já descartou concorrer ao Governo do Maranhão em 2026

Em conversas com este blog Marco Aurélio d’Eça, seu irmão, o deputado estadual Fernando Braide sempre diz que Braide ajustou a prefeitura, tem a máquina na mão, e não iria arriscar trocar por um governo extremamente desorganizado e endividado.

Pode ser que o prefeito pense assim, mas sua votação em São Luís e a força política mostrada por ele garantem-lhe cacife para, pelo menos, influenciar o jogo estadual de daqui a dois anos; a menos, que prefira esperar 2030.

Mas para isso, precisaria ficar dois anos fora do poder…

Articulação política de Hilton Gonçalo em 2024 deve colocá-lo em destaque para 2026

Consolidado em Bacabeira e Santa Rita, suas principais bases políticas, prefeito expandiu suas relações para diversos outros municípios, com candidatos próprios ou poiando aliados, o que deve refletir significativamente na sucessão estadual

 

A eleição de 2024 no Maranhão tem sido marcada pela forte presença de Hilton Gonçalo, presidente do Mobiliza, que se destaca como uma figura central na articulação política em diversas cidades do estado. Com um cenário extremamente favorável em Bacabeira e Santa Rita, o prefeito tem se mostrado um estrategista habilidoso, coordenando esforços para garantir vitórias de seus aliados em vários municípios.

  • ele atua com força em Paço do Lumiar, Rosário, Itapecuru-Mirim, Olinda Nova, Axixá, Pastos Bons, Nova Iorque, Imperatriz, Vargem Grande, Belágua e Sucupira do Norte.

Estamos focados em um projeto que prioriza a melhoria da qualidade de vida e a inclusão social”, afirmou Hilton Gonçalo em uma de suas reuniões com apoiadores.

A agenda inclui propostas voltadas para a saúde, educação e infraestrutura, visando transformar as realidades locais; a influência de Hilton Gonçalo se reflete na capacidade de mobilização de suas bases e na construção de alianças estratégicas.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já havia tratado da influência política de Hilton Gonçalo ainda no mês de maio, no perfil intitulado “A força estadual de Hilton Gonçalo…”.

Sua liderança em Bacabeira e Santa Rita tem sido fundamental para consolidar o apoio local e expandir sua rede de aliados. A forma como ele articula as candidaturas em cidades vizinhas tem chamado a atenção de analistas políticos, que veem em seu modelo uma nova maneira de fazer política no Maranhão e o projeta para a disputa majoritária em 2026.

Em Paço do Lumiar e Rosário, por exemplo, as ações de Gonçalo colocaram Filipe Gonçalo (Mobiliza), próximo de garantir uma virada histórica e Calvet Filho (Republicanos), como favorito, mesmo com toda uma trama por trás para tirá-lo do poder.

Os desafios, entretanto, não são poucos. O cenário político maranhense é complexo e, apesar do forte apoio, a oposição também se mobiliza para contestar a influência de Gonçalo.

As campanhas em cidades como Itapecuru-Mirim e Olinda Nova estão intensas, com candidatos que buscam desestabilizar os candidatos do Mobiliza e apoiados pelo partido. Contudo, a resposta do grupo tem sido rápida, com um planejamento estratégico e comunicação eficiente para contrabalançar as críticas.

Na reta final para as eleições, Hilton Gonçalo continua a intensificar suas atividades, realizando eventos e visitas, onde enfatiza a importância do voto consciente e da participação popular. Seu carisma e capacidade de articulação têm gerado um efeito cascata, galvanizando não apenas os eleitores, mas também outros líderes locais que veem nele uma figura capaz de fomentar mudanças significativas.

À medida que se aproxima o dia das eleições, o foco de Hilton Gonçalo permanece claro: consolidar e expandir a influência do Mobiliza em todo o Maranhão, com a esperança de que suas estratégias resultem em um quadro favorável para seus aliados e para o desenvolvimento do estado.

A expectativa é que o resultado das urnas em 2024 reflita o trabalho de um líder que, sem dúvida, se tornou uma peça-chave na política maranhense.

Fufuca vai intensificar campanha por aliados no interior…

De férias do Ministério do Esporte – que está sendo comandado pelo número 2, Diego Galdino – e de licença da Câmara Federal, ministro vai se dedicar à reta final das eleições e tem objetivo de eleger o maior número de prefeitos do PP e aliados de outros partidos

 

André Fufuca está no interior ao lado de aliados, como o deputado Roberto Costa, em Bacabal

O ministro do Esporte André Fufuca (PP) está no Maranhão desde a última segunda-feira, 23; ele vai dedicar essas últimas duas semanas de campanha ao apoio a aliados no interior maranhense.

Deputado federal licenciado, ele pediu férias do Ministério dos Esportes para se dedicar à campanha; em seu lugar assume o secretário-executivo Diego Galdino.

Volto dia 7; na verdade. Estou desde segunda já em licença”, explicou o ministro a este blog Marco Aurélio d’Eça.

Fufuca espera eleger o maior número de prefeitos do PP nestas eleições, além de garantir vitória de candidatos de outros partidos apoiados pela sua legenda; é com esta base que ele pretende viabilizar seu projeto eleitoral de 2026, rumo ao Senado.

Mas esta é uma outra história…

Carlos Brandão e o “último dia de 2026″…

Não é de hoje que o governador manda seus recados à classe política maranhense, mas é preciso analisá-las sem o engessamento dos paradigmas, como, infelizmente, vem fazendo a crônica política toda vez que ele solta uma das suas pérolas

 

Os primeiros dias do atual ciclo governamental começou com Brandão e Camarão lado a lado, imagem que pode não ser a mesma no último dia de dezembro de 26

Análise da Notícia

A crônica maranhense tem trabalhado com base em paradigmas os recados que o governador Carlos Brandão (PSB) manda à classe política:

É preciso lembrar o que houve com Luiz Rocha ao não ser candidato ao Senado em 1986″, diz um analista;

José Reinaldo fez este gesto em 2006, elegeu o sucessor, mas se perdeu na política e hoje vive o ostracismo”, lembra outro.

Paradigmas que Brandão está disposto a quebrar.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já abordou, ele próprio, por diversas vezes, este dilema de Brandão, suas influências e suas consequências:

Diferentemente de José Reinaldo e de Luiz Rocha, Brandão tem uma família próspera, poderosa e influente no Maranhão. Como homem de posses, natural, portanto, que possa deixar a vida pública sem maiores revezes.

Um dos muitos equívocos da crônica política é apontar o vice-governador Felipe Camarão como um dos entraves para Brandão, pelo fato de estar no PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não é.

O governador tem dois jovens discípulos prontos a seguir suas orientações e aptos à sua sucessão em 2026:

Um deles é o sobrinho, Orleans Brandão (MDB), que já é visto como candidato e já com base significativa de prefeitos, ex-prefeitos e lideranças prontos a cerrar fileiras em torno dele; a outra é a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB).

Sobre Iracema, é preciso ir mais além.

Ex-militante petista, tem história no partido do presidente Lula e só não se elegeu deputada pela legenda por que foi vetada por ex-companheiros interessados nas eleições de 22; já se fala, inclusive, em seu retorno ao PT no intervalo entre as eleições municipais e a sucessão estadual.

Mas esta é uma outra história…

A frase do dia é… Sobre Iracema Vale

Aposentada Maria de Jesus, eleitora da presidente da Assembleia Legislativa, expressou à coluna Aparte, do jornal O Imparcial, o sentimento que já domina também os bastidores da Casa, em relação à sucessão estadual de 2026

 

Não há possibilidade de Iracema deixa o comando da Assembleia Legislativa antes de 2027, seja qual for a decisão do STF sobre sua reeleição em 2023

Uma frase destacada pela coluna Aparte, do jornal O Imparcial, ganhou força nos bastidores da Assembleia Legislativa e da política estadual nesta segunda-feira, 16.

Seja o que for, qualquer decisão em Brasília, fica evidente que a presidente Iracema Vale vai sair mais forte se houver uma nova eleição na Assembleia Legislativa do Maranhão, mais do que isso, garantiu uma cadeira cativa na eleição majoritária em 2026. Era melhor não ter mexido com ela!”, manifestou-se a aposentada identificada pelo jornal por Maria de Jesus, “leitora da Coluna Aparte e eleitora da Iracema.”

A manifestação se refere, muito provavelmente, à reeleição da depurada à presidência da Assembleia Legislativa, ocorrida em junho de 2023 e questionada no Supremo Tribunal Federal, que decidiu resolvê-la por meio do consenso.

O acréscimo é o motivo da repercussão:[a deputada] garantiu uma cadeira cativa na eleição majoritária em 2026.”

Assinada pelo comunicador Felipe Klamt, a coluna Aparte é publicada às segundas-feiras, em O Imparcial…

Camarão e Orleans: 2026 seguindo em paz?!?

Presença do vice-governador e do secretário de Articulação Municipal em agenda pelo interior do Maranhão acena para uma aproximação entre os dois principais nomes já postos para a sucessão do governador Carlos Brandão

 

Felipe Camarão e Orleans Brandão em Centro Novo, em imagem que ganhou as redes em diversos recortes: caminhos para 2026

Pensata

Um já declarou que será candidato a governador em qualquer circunstância nas eleições de 2026; o outro não fala no assunto, mas é citado por 10 entre 10 lideranças no interior maranhense.

Uma imagem do vice-governador Felipe Camarão (PT) e do secretário de Articulação Municipal Orleans Brandão (MDB) correu as redes sociais no fim de semana e gerou fortes especulações sobre o futuro eleitoral.

Dois grandes nomes da política maranhense na atualidade: Felipe Camarão e Orleans Brandão”, foi assim que definiu o perfil do instagram intitulado “Avante Camarão”, notadamente de apoio ao vice-governador petista.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já definiu um perfil para o sobrinho do governador, no post “A presença estadual de Orleans Brandão…”.

Não há dúvida de que o jovem secretário – hoje um dos homens mais influentes no governo Brandão – é um dos trunfos do governador para 2026, gostem ou não aliados e adversários do Palácio dos Leões”, disse este blog.

Sobre Felipe Camarão e sua agenda para 2026, também já foram diversos os posts deste blog Marco Aurélio d’Eça, dentre os quais se destaca “Felipe Camarão começa a transitar em faixa própria…”.

Na iminência de ter o posto na Secretaria de Educação tomado pelo governador Carlos Brandão (PSB), vice-governador do PT começa a criar uma agenda política independente, na tentativa de formar grupo político para tornar-se candidato em qualquer circunstância nas eleições de 2026″, apontou este blog, à época.

Felipe Camarão e Orleans Brandão – ou Orleans Brandão e Felipe Camarão, seja como for – são os únicos dois nomes postos para a sucessão de Carlos Brandão.

E a decisão de seguir em paz até lá também é um caminho.

Simples assim…

Weverton Rocha versão 2026: “não quero briga com ninguém”…

Alçado por Lula à condição de “candidato do presidente ao Senado” – já informada ao governador Carlos Brandão (PSB) pelo próprio petista – senador do PDT resiste à pressão dos dinistas por uma frente oposicionista, desdenha da condição de Felipe Camarão e inicia processo de aproximação com o Palácio dos Leões

 

Lula admitiu dívida de gratidão com Weverton, que quer pagar em 2026, situação confirmada tanto por adversários quanto por aliados do senador maranhense

O senador Weverton Rocha (PDT) detém uma posição privilegiada entre os maranhenses interessados na sucessão do governador Carlos Brandão (PSB): ele é o candidato do próprio presidente Lula (PT) ao Senado em 2026, condição esta já comunicada pelo petista ao próprio governador.

Na condição de candidato de Lula, Weverton vem resistindo às investidas dos chamados remanescentes do dinismo para formação de uma frente de oposição ao governo Brandão, coisa que ele sequer cogita neste momento.

Aliás, o movimento eleitoral do senador pedetista é exatamente no sentido contrário, em rota de aproximação com o Palácio dos Leões, situação que deve ficar bem mais clara depois das eleições municipais.

Não quero briga com ninguém”, é o que tem dito Weverton Rocha quando questionado sobre as eleições de 2026, tanto a interlocutores dinistas quanto aos brandonistas, frase também já dita a este blog Marco Aurélio d’Eça.

Derrotado por Brandão nas eleições de 2022, após ser rejeitado por Flávio Dino e abandonado por Lula, Weverton teve 2023 como um ano sabático, reestruturou-se, lambeu as feridas e passou a ouvir de Lula o reconhecimento de uma fatura não paga.

Chegou a cogitar uma reaproximação com o dinismo, logo após a ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, mas recuou diante dos acenos presidenciais de que não deveria quebrar lanças com o atual governador.

Desde então tem feito a lição de casa, em silêncio, articulando nos bastidores e vendo o dinismo afogar-se na guerra com os Brandão; chega a sinalizar publicamente para o governador, como já demonstrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “‘Encontros’ entre Brandão e Weverton têm sido cada vez mais frequentes…”.

Esta é a versão Weverton Rocha para 2026.

Sem tirar nem pôr…

Em dois anos, Brandão varreu o dinismo do seu governo

Não há mais nenhum representante genuíno do ex-governador Flávio Dino na estrutura de poder do atual governo maranhense, o que pode significar, prematuramente, o fim do ciclo de poder iniciado em 2014 pelo agora ministro do Supremo Tribunal Federal

 

O Flávio Dino que pensou “varrer” o sarneysismo do maranhão acabou vendo seu legado varrido no governo Brandão

Análise de conjuntura

Uma das mais icônicas falas do ex-governador Flávio Dino em sua posse no primeiro mandato, em 2014, dizia que ele iria “varrer o sarneysismo do mapa do Maranhão”; mas ao final do seu segundo mandato, em 2022, Dino não apenas mostrava fracasso em sua empreitada como revelava uma forte dependência do próprio sarneysismo.

O atual governador Carlos Brandão (PSB), vice de Dino nos dois mandatos, nunca fez nenhuma promessa messiânica, nunca acenou com perseguição a A ou B e muito menos “varrer” isso ou aquilo do Maranhão; mas ele só precisou de dois anos para varrer do seu governo toda a representação do dinismo.

Sem alarde, sem maiores querelas, o dinismo está completamente fora do governo Brandão, hoje representado por expoentes da velha guarda, como Sebastião Madeira, Rubens Pereira,  Aparício Bandeira, Luiz Fernando Silva e José Reinaldo Tavares.

Mas o que deu errado para o grupo Flávio Dino?!?

Crítico contundente do período dinista, este blog Marco Aurélio d’Eça reconheceu, ainda em 2018, que era de Flávio Dino o mérito pela mudança radical na política do Maranhão; isso foi tratado no post “Um ponto para Flávio Dino…”.

Não fosse sua vitória em 2014, não se teria jovens como Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD) no Senado, e outros como Duarte Jr. (PSB) disputando a Prefeitura de São Luís; tanto que chegou-se a imaginar um ciclo de 20 anos de poder para o dinismo no Maranhão.

O próprio prefeito Eduardo Braide (PSDF) é fruto da ascensão do dinismo e sua oxigenação da política.

Mas se os meninos do dinismo renovaram a política, também não conseguiram mostrar consistência no diálogo da era pós-Dino; seus discípulos deram com os burros n’água no embate com os veteranos de Brandão.

Este blog Marco Aurélio d’Eça também já disse que o governador Carlos Brandão tem o controle da própria sucessão, ainda que com alguma turbulência aqui e ali.

Nada que possa abalar seu projeto para 2026…