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Hildo Rocha compara Flávio Dino a Diocleciano, o perseguidor…

Deputado sai em defesa do secretário João Abreu e diz que o governador que se elegeu prometendo mudanças tem se dedicado apenas a perseguir adversários

Hildo Roha: Dino, um perseguidor

Hildo Roha: Dino, um perseguidor

Em pronunciamento na tribuna da Câmara, nesta quinta-feira, 1º, o deputado federal Hildo Rocha (PMDB) disse que o governador Flávio Dino implantou no Maranhão a política do medo e do terror para pressionar lideranças políticas ligadas à governadora Roseana Sarney.

Rocha pôs em dúvida a impessoalidade do juiz que decretou a prisão do empresário e ex-chefe da Casa Civil João Abreu.

– O juiz Osmar Gomes é pai de Bianca Rodrigues dos Santos, assessora do governador Flávio Dino – destacou o parlamentar. O deputado ressaltou que casos semelhantes culminaram em punição por parte do CNJ – Conselho Nacional de Justiça.

– O governador se elegeu prometendo mudanças para melhor. Mas, desde que assumiu tem se preocupado apenas em perseguir amigos e correligionários da líder política Roseana Sarney – declarou.

O parlamentar com parou Dino a Diocleciano, imperador romano que ficou conhecido pelo uso da truculência e da perseguição aos adversários.

– Flávio Dino usa os mesmos métodos do Diocleciano. Para mostrar que tem o poder mandou prender uma das maiores lideranças empresariais do Maranhão. Então nós podemos chama-lo de Flávio Diocleciano, o perseguidor – alegou. 

Saiba quem foi Diocleciano, o Perseguidor

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A grandeza política de Humberto Coutinho…

Ao visitar João Abreu, no Corpo de Bombeiros, presidente da Assembleia, faz uma espécie de desagravo, enquadra a vertente autoritária do governo Flávio Dino e reafirma convicção na honorabilidade do empresário

 

Humberto Coutinho: em um gesto, mostrou-se maior que grupos e autoridades políticas

Humberto Coutinho: em um gesto, mostrou-se maior que grupos e autoridades políticas

Por qualquer aspecto que se veja, está claro que foi política a prisão do empresário João Guilherme Abreu pela polícia do governo Flávio Dino (PCdoB) – e revelou a face mais cruel e tirana do stablishment maranhense.

Mas o gesto do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT) – um dos principais aliados e fiadores do governador –  acabou por elevar à enésima potência essa percepção da opinião pública.

Ao visitar João Abreu, domingo, durante sua estada como prisioneiro no Corpo de Bombeiros, Coutinho  expressou, querendo ou não, três coisas:

1 – João Abreu mereceu a solidariedade de um dos chefes de poder estadual, o que, aos olhos políticos, significa a convicção – ainda que de um amigo fraterno – em sua honra;

2 – O presidente da Assembleia mostrou que é possível, sim, resistir à opressão imposta pelo governo comunista – que se impõe pelo medo – e agir de acordo com suas convicções e ideais;

3 – A prisão política de João Abreu acabou por ser um tiro no pé do governo comunista, causando reação de indignação, ainda que apenas nos bastidores, em pessoas ligadas ao próprio governo – expressada publkicamente na manifestação pessoal do presidente da Assembleia.

Há quem tente sublimar o contexto político da visita de Humberto Coutinho, mas está para além da história o simbolismo do seu gesto.

Hoje, Flávio Dino tem o poder no Maranhão, isso é fato.

Mas, mostra, a cada dia, que vem perdendo o carisma necessário ao exercício deste poder.

E quando o carisma se esvai, o que resta são os tiranos.

A história está aí para mostrar…

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Uma aula jurídica…

Ao decidir em favor do empresário João Guilherme Abreu, o desembargador José Luiz Almeida desmontou o que chamou de “especulação” da polícia para convencer a Justiça da necessidade de prisão do empresário

 

desembargador-almeidaObserva-se que o cerne argumentativo da segregação para acautelar a ordem pública centra-se, exclusivamente, na necessidade de se estancar novas práticas delitivas. Contudo, pude observar […] que a autoridade judiciária […] coatora não explicitou, concretamente, de que maneira a liberdade do ora paciente colocaria em risco a sociedade, notadamente a probabilidade de reiteração criminosa, pois limitou-se a narrar os fatos tais como descritos na representação”

 

É possível inferir […] que a gravidade abstrata do crime imputado ao paciente […] não guarda relação lógica de causa e efeito entre sua suposta prática e o perigo de que novas condutas delitivas deste jaez tornem a ocorrer, o que é corroborado, também, pela constatação de que João Abreu não mais exerce qualquer cargo público no âmbito da Administração Pública Estadual, e ainda, pela inexistência de registros criminais anteriores em seu desfavor”

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João Abreu vê dedo do governo Flávio Dino em seu indiciamento…

João Abreu: governo tenta implicá-lo

João Abreu: governo tenta implicá-lo

O ex-secretário-chefe da Casa Civil, João Guilherme Abreu, aponta articulações do Palácio dos Leões para seu indiciamento em um inquérito da polícia maranhense que apura denúncias envolvendo acordos para pagamentos de precatórios no governo passado.

– Embora sem fundamento sólido, o meu indiciamento já era por mim esperado, e por todos os que me acompanham neste momento tormentoso, porque somos conscientes de que os ilustres delegados encarregados do inquérito não conseguiriam resistir às pressões disparadas do Palácio dos Leões – afirmou Abreu, em nota distribuída hoje.

Na avaliação do ex-secretário, não há qualquer embasamento para as acusações formuladas pela polícia.

– Não há comprovação alguma da materialidade desse delito, e sua declaração é, inclusive, desmentida por pessoas de quem se teria servido como portador da entrega do numerário – afirmou Abreu.

Abaixo, a íntegra da nota:

O MEU INDICIAMENTO É UM ATO POLÍTICO

João Guilherme de Abreu

O jornal O Estado de São Paulo publicou na edição do dia 27.08.2015, notícia dando conta de meu indiciamento pela Policia Civil do Maranhão, no inquérito que apura a suspeita de pagamento de propina para possibilitar a celebração de acordo entre o governo do Estado e a empresa Constran, no ano de 2013, com vista à liquidação de um precatório.

E como era de se esperar, essa notícia reverberou na imprensa e blogs da Capital, principalmente naqueles alinhados com o governo do Estado.

Embora sem fundamento sólido, o meu indiciamento já era por mim esperado, e por todos os que me acompanham neste momento tormentoso, porque somos conscientes de que os ilustres delegados encarregados do inquérito não conseguiriam resistir às pressões disparadas do Palácio dos Leões.

Todavia, o alarde que se faz sobre o meu indiciamento não possui fundamento. O indiciamento não é acusação, mas mera colheita dos dados de identificação de alguém que, na opinião da polícia, reúne indícios de ter sido o autor do ato sob investigação.Ele não gera processo, que só é instaurado com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, se recebida pelo Judiciário.

Na prática, o indiciamento policial tem servido apenas como estigma social e isto explica, no meu caso, o interesse de darem ampla divulgação desse ato, em suas minucias, embora o inquérito corra sob “segredo de justiça” ea lei diga que é crime quebrar o segredo de Justiça.

Mas estou absolutamente tranquilo e aguardo, com serenidade, o desdobramento do caso, consciente de que o indiciamento é injusto e motivado por decisão política.Não há nos autos do inquérito elementos mínimos indicadores da existência do alegado crime. Tudo se resume na afirmação feita pelo doleiroAlberto Yusself, um dos principais envolvidos na famosa Operação Lava Jato, que alega ter me mandado entregar vultosa quantia para “distribuir a integrantes do governo do Maranhãoem troca do pagamento do precatório”.

Mas não há comprovação alguma da materialidade desse delito, e sua declaração é, inclusive, desmentida por pessoas de quem se teria servido como portador da entrega do numerário.

Mas foi com base, exclusivamente, na afirmação desse renomado delinquente, que se apoia o indiciamento, sem fundamentos ou prova que o justifiquem. E mais ainda, sem levar em consideração que o acordo celebrado entre o Governo do Estado e a Constran se sustentou em judiciosos pareceres emitidos pela Secretaria de Planejamento do Estado e pela Procuradoria Geral do Estado e envolvia uma dívida que o Estado tinha para com a referida empresa, apurada através de um longo processo judicial, que tramitou por todas as esferas do Judiciário e contra o qual já não era mais possível opor resistência alguma.

Caberá agora ao Ministério Público Estadual analisar se me acusa ou não, com os parcos elementos contidos no inquérito.

De minha parte, cabe aguardar o desdobramento desse funesto episódio, para o qual conto com o apoio de minha família e de amigos leais que nunca me faltaram nos momentos difíceis da minha vida.
À sociedade maranhense resta pedir que evite antecipação de julgamento, seja em homenagem ao princípio constitucional da presunção de inocência, seja em respeito aos longos anos que tenho como empresário e homem público, que já exerceu o cargo de Secretário de Saúde do Estado, por duas vez o de Secretário Chefe da Casa Civil e a Presidência do Sebrae, sem jamais ter sido acusado de um ato de desonestidade e que hoje convive com o drama de se vê escarnecido por um reles doleiro e pelo tratamento escandaloso e sensacionalista dado por uma parte da imprensa.

 

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Roseana e João Abreu…

João Abreu: conversas, mas sem definição

A governadora Roseana Sarney (PMDB) já teve pelo menos três reuniões com o ex-chefe da Casa Civil, João Guilherme Abreu, ao longo de 2012.

Os dois demonstram interesse na volta do ex-secretário ao governo, mas não definem em que setor.

Abreu já foi secretário de Saúde, do Planejamento e chefe da Casa Civil nos governos anteriores de Roseana.

Empresário, deixou o último posto em 2010, logo após a última reeleição da governadora. 

Desde então, as sondagens ocorrem rotineiramente.

E acada reforma, seu nome surge com força entre os secretariáveis…