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Reconstruindo pontes…

Temer: o poder central é dele agora

Temer: o poder central é dele agora

O governador Flávio Dino (PCdoB) sentiu o golpe de suas manifestações contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e seus constantes ataques ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) que, ao que aparece, será mesmo o futuro presidente do Brasil.

Ontem, aliados do comunista trataram de amenizar a situação do governador, dizendo que Temer manterá a relação institucional com o Maranhão; e que as parcerias com o estado estão garantidas.

Mas o próprio Dino sabe que as coisas não são bem assim. Tanto que há preocupação já manifesta entre todos os seus aliados em relação aos riscos que o Maranhão corre com a hostilidade mostrada pelo seu chefe do Executivo. Essa preocupação já foi mostrada pelo deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) em entrevistas e declarações.

As pontes que o Maranhão necessita na ligação com o Palácio do Planalto estão sendo construídas não por Dino, mas por outros atores políticos do Maranhão. Dois deles estão no Senado – um já de posse do mandato, Roberto Rocha (PSB), e outro às vésperas de assumir, Edison Lobão Filho (PMDB).

Rocha e Lobão Filho defenderam a votação conjunta dos três senadores maranhenses na votação do impeachment no Senado, exatamente como forma de acenar para o futuro governo. E serão os dois representantes da Câmara Alta os protagonistas dessa aproximação, provavelmente já a partir da próxima semana, no início do novo governo.

Ao contrário do que pregam o governador e seus aliados, Temer não tem qualquer relação com Flávio Dino. Não por causa do virtual presidente, mas pelo radicalismo do próprio governador maranhense, levado às consequências neste processo.

As pontes foram derrubadas e terão de ser reconstruídas a partir do arrefecimento dos ânimos em Brasília. E caberá aos representantes maranhenses essa missão. Porque parece cada vez mais difícil contar com o governador.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog

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Imagem do dia: um olhar de despedida…

Brasília- DF 13-04-2016  Presidenta Dilma durante cerimônia de Assinatura de renovação de contrato de arrendamento entre a Secretaria Especial de Portos e o Terminal de Contêineres de Paranaguá Palácio do Planalto Foto Lula Marques/Agência PT

Por trás das bandeiras símbolo do Brasil, a – ainda – presidente Dilma Rousseff (PT) se encaminhava, na manhã desta quarta-feira àquela que poderia ser a última solenidade pública de seu governo. O Senado praticamente encaminhou seu afastamento, na sessão que começou ás 9h e deve vara a madrugada da quinta-feira, 12. Em Brasília, já está tudo a postos para a posse imediata de Temer (Imagem: Lula Marques)

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Fim da reeleição é “gesto mais enfático” de Michel Temer ao PSDB, diz Folha…

Garantia de que acabará com a possibilidade de presidentes, governadores e prefeitos disputar um segundo mandato foi dada ao senador Aécio Neves, semana passada, em reunião no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros

 

Temer com renan e A´cio: aceno ao PSDB implica fim da reeleição

Temer com Renan e Aécio: aceno ao PSDB implica fim da reeleição

O fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos é o “gesto mais enfático” do vice-presidente Michel Temer (PMDB) para ter o PSDB em seu eventual governo, revelou o jornal Folha de S. Paulo.

A garantia do fim do direito de ele próprio concorrer a novo mandato, já em 2018 – decisão que atinge também governadores e prefeitos – foi dada ao senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), em reunião no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na última quinta-feira, 28. (Leia aqui)

O fim da reeleição garante ao PSDB preparar-se para chegar ao poder já em 2018.

A regra também altera todo o cenário político no Brasil, com a proibição de os atuais governadores concorrerem novamente daqui a dois anos.

No Maranhão, por exemplo, o governador Flávio Dino (PCdoB) vai ter apenas dois anos para preparar um sucessor, missão difícil para quem se v~e ás voltas com intensa disputa interna pelas vagas de senador em seu grupo.

A Proposta de Emenda Constitucional que acaba coma reeleição no país deve ser encaminhada ao Congresso Nacional já os primeiros dias do iminente governo Michel Temer.

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Governo Michel Temer: Fiesp já começa a apresentar a fatura…

Provável futuro presidente já pensa em ampliar para 65 anos a idade mínima da aposentadoria – para homens e mulheres – e tem estudo de flexibilização da CLT para beneficiar empresários, propostas defendidas pela poderosa Federação das Indústrias de São Paulo, que vem financiando as ações pelo impeachment

 

Paulo Skaf, da Fiesp, com Temer: o mercado paulista dará o norte do governo

Paulo Skaf, da Fiesp, com Temer: o mercado paulista dará o norte do governo

Foi pouco repercutida – talvez até por interesses dele próprio – matéria publicada no jornal O Globo, semana passada, com uma síntese de algumas propostas do vice-presidente Michel Temer (PMDB) para a área econômica de um eventual futuro governo.

Temer já admite aumentar para 65 anos a idade mínima da aposentadoria, tanto para homens quanto para mulheres.

Ainda na área da previdência, de acordo com o Globo – que entrevistou o ex-ministro Roberto Brant, responsável pela formulação das propostas nesta área para o novo governo – Temer quer desvincular do salário mínimo os benefícios de aposentados e deficientes.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo vem tentando, há anos, aumentar a idade da aposentadolria, sob a alegação de colapso do sistema. A proposta é criticada por centrais sindicais. E o governo Dilma caiu em desgraça com a Fiesp por se recusar a implantar a idade mínima universal de 65 anos para aposentadoria.

Flexibilização da CLT

Michel Temer também estuda flexibilizar as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), outra proposta da Fiesp.

A ideia é fazer com que os acordos firmados com sindicatos possam valer mais que a CLT, mesmo que o trabalhador não tenha apoiado o acordo.

Por esta proposta, as empresas poderiam, por exemplo, suspender benefícios como hora extra, aumentos regulamentares de salários, e até parcelamento de salários, em comum com sindicatos.

Segundo o jornal O Globo, o virtual futuro presidente estuda encaminhar as propostas ao Congresso ainda no mês de maio, no calor do momento da troca de governo.

Em tempo: a Fiesp vem financiando todos os atos contra o governo Dilma na capital paulista e em outros estados, com o objetivo de derrubar o governo Dilma Rousseff (PT).

Agora, começa a apresentar as faturas ao governo Temer…

Leia aqui a íntegra da matéria de O Globo
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Michel Temer e o dilema do PSDB…

Tucanos mantêm a característica da eterna dúvida e, depois de ser a favor, ser contra, e depois de novo a favor do impeachment, agora mostram insegurança quanto a participar ou não do futuro governo

 

Tucanos agora se dividem entre estar ou não estar no governo Temer

Tucanos agora se dividem entre estar ou não no governo Temer: FHC  Serra querem; Alckmin e Aécio, não

Um dos estereótipos mais evidentes dos membros do PSDB, desde sua origem, é a eterna dúvida do ser ou não ser.

E o partido exerce esta característica em plenitude nesta fase de transição entre o já moribundo governo Dilma Rousseff (PT) e o futuro governo Michel Temer (PMDB).

Os tucanos se digladiam entre a opinião de participar do futuro governo ou de se manter à distância, sem envolvimento direto até 2018, quando pretendem voltar ao poder pelo voto, e não pelo golpe.

Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os tucanos devem apoiar o governo Michel Temer. Sua opinião é compartilhada pelo senador e ex-candidato a presidente José Serra, que admite, inclusive, ser ministro.

A resistência a essa aliança com o PMDB é exercida pelo governador de São Paulo, e também ex-candidato a presidente Geraldo Alckimin; e pelo senador e outro ex-candidato a presidente, Aécio Neves.

Qualquer decisão do PSDB se dará neste núcleo mineiro-paulista.

E é de lá que se irradiará para todo o país, incluindo o Maranhão, onde o partido compartilha do poder com o governador Flávio Dino (PCdoB), um dos mais ferrenhos defensores de Dilma e, hoje, o principal desafeto tucano.

Mas esta é uma outra história…

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Temer usa o mesmo termo que Sarney Filho para falar do futuro governo…

Tentando convencer o PSDB a participar efetivamente do ministério e do projeto de poder do PMDB até 2018, vice-presidente falou de “governo de salvação nacional”, exatamente como o deputado do PV

 

Michel Temer repetiu mesmo argumento que Sarney Filho... alinhamento

Michel Temer repetiu mesmo argumento que Sarney Filho… alinhamento

O deputado Sarney Filho (PV) declarou, no último sábado, 16, em entrevista o jornal O EstadoMaranhão, que a presidente Dilma Rousseff (PT) já não tinha condições de governar o país.

– Eu acho que se, depois do impeachment, nós formos ter um governo que se considere eleito, esse governo não terá sucesso. Nós temos que ter certeza de que é um governo de transição, de salvação nacional – declarou. (Leia aqui)

O mesmo termo usado por Sarney Filho foi usado nesta sexta-feira pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), virtual futuro presidente.

Temer quer garantias do PSDB de que participará efetivamente de sua gestão – e não apenas com apoio no Congresso.

E também usou o termo “governo de salvação nacional” para convencer os tucanos, segundo revelou o jornalista Josias de Sousa, em seu blog. (Leia aqui)

O alinhamento entre os dois parece forte, portanto.

Em tempo: Sarney Filho é cotado para ser ministro de Temer. (Saiba mais aqui)

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Flávio Dino, o militante…

Derrota da presidente Dilma Rousseff no impeachment parece ter levado o governador maranhense a perder o senso de realidade e agir como membro de movimento estudantil, com protestos inúteis e palavras de ordens sem sentido

 

Dino com a bandeira do PT: como na faculdade

Dino com a bandeira do PT: como na faculdade

A derrota da (ainda) presidente Dilma Rousseff (PT) no processo de impeachment parece ter tirado do eixo o governador Flávio Dino (PCdoB).

Desde antes do desfecho anunciado na Câmara Federal, Dino já agia como militante estudantil, esbravejando “contra tudo isso que está aí”, mas sem nenhuma ação efetiva em favor da presidente.

E o fracasso de sua articulação política o deixou ainda mais fora da realidade.

Ex-juiz federal, advogado formado para impor sua opinião, o governador nunca foi um expert em articulação. Tem dificuldades para ouvir, e dá sinais de autoritarismo e centralismo a cada vez que se vê obrigado a negociar posições.

Mas sua militância está passando dos limites.

Leia também:

Atitude estudantil de Flávio Dino repercute na Câmara…

Eles não conhecem o poder…

Flávio Dino precisa voltar a governar o Maranhão, abandonado a própria sorte desde o início do seu mandato, e com um futuro nada promissor no pós-impeachment.

O comunista militante estudantil quebrou todas as lanças com o Judiciário, com a imprensa e, principalmente, com o futuro governo, ao tachar Michel Temer (PMDB) de golpista, antes, durante e depois da votação na Câmara.

Flávio Dino chama para ato inútil contra o impeachment; pra quê?!?

Flávio Dino chama para ato inútil contra o impeachment; pra quê?!?

A chamada para um ato de “homenagem aos que votaram contra o impeachment” é uma tolice digna dos grêmios secundaristas e imaturos em eleições de departamentos de escolas.

Este blog não consegue sequer imaginar deputados que votaram contra a deposição de Dilma, como um Aluisio Mendes (PTN), um Pedro Fernandes (PTB), um Júnior Marreca (PEN) – e muito menos um Waldir Maranhão (PP) – esbravejando em praça pública um “fora Temer!”.

Eles não são tolos de gritar conta quem dará as cartas no país até 2018.

Este ato de Dino deve ser marcado por presenças imberbes como as de Rubens Júnior (PCdoB) e alguns militantes petistas e comunistas recém-saído das fraldas ideológicas.

Fora do eixo da realidade – e com conselheiros também distantes do cotidiano – Dino esqueceu que é um governador de estado eleito para cuidar do estado.

E sua militância estudantil só trará mais problemas para o Maranhão…

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Para Lobão Filho, Flávio Dino fragilizou o Maranhão com ataques a Michel Temer…

Ex-candidato a governador defende uma posição conjunta dos senadores maranhenses, a favor do impeachment, para tentar reconstruir as pontes com o virtual novo presidente, para evitar isolamento do estado no cenário nacional

 

Lobão Filho entende que postura de Flávio Dino atrapalha

Lobão Filho entende que postura de Flávio Dino atrapalha

O suplente de senador Lobão Filho mostrou preocupação com a situação do Maranhão perante o virtual novo governo brasileiro, encabeçado pelo atual vice presidente Michel Temer (PMDB).

Para Lobão Filho, que concorreu ao Governo do Estado em 2014, o governador Flávio Dino (PCdoB) prejudicou a relação do Maranhão com sua postura de ataque a Temer, a quem classificou de golpista.

É pensando no futuro do Maranhão que os senadores deverão sim votar unidos pelo impedimento da presidente. O governador do estado nos deixou em uma posição desfavorável e acredito que os senadores poderão equilibrar a situação se unindo e votando a favor do impeachment”

Para Lobão Filho, os três senadores maranhenses deveriam iniciar articulações para votação conjunta, como bancada do estado, a fim de reconstruir as pontes com Temer, já que Flávio Dino mostra-se incapaz de um gesto.

Entendemos que nesse momento precisamos pensar no Maranhão. Ainda esta semana estaremos com o senador Edison Lobão para prosseguir no debate a respeito dessa votação no Senado e a posição que os maranhenses tomarão”

O suplente defende reunião com os senadores João Alberto, Edison Lobão (ambos do PMDB) e Roberto Rocha (PSB) para definir um posicionamento comum.

Que, na sua opinião, deve ser a favor do impeachment…

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Os homens de Michel Temer…

Presidente virtual, peemedebista deve mesclar ministério com nomes da cota pessoal e ex-ministros dos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso

 

José Sera e Eliseu Padilha são da cota pessoal de Temer para resgatar a credibilidade do Brasil

José Serra e Eliseu Padilha são da cota pessoal de Temer para resgatar a credibilidade do Brasil

O provável futuro presidente da República, Michel Temer (PMDB), já tem um esboço de como será o seu ministério a partir de meados de maio, quando o senado deve decidir o afastamento de Dilma Rousseff (PT).

Temer vai priorizar as áreas econômica – para retomar a credibilidade do país – e social, para convencer a população de que os programas sociais serão mantidos.

Na cota pessoal do futuro presidente estão os seguintes ministérios e suas opções prioritárias:

Casa Civil: Eliseu Padilha ou Moreira Franco

Secretaria de Governo : Eliseu Padilha ou Moreira Franco

Fazenda: Armínio Fraga, Henrique Meireles ou Paulo Hartung;

Justiça: Carlos Ayres Brito ou Carlos Veloso

Área Social: Ricardo Paes de Barros

O vice também espera atrair o PSDB, e tem o senador José Serra como definido em seu governo. Temer quer o tucano na Saúde, mas ele prefere o Planejamento.

Este blog já tratou da relação de Temer e Serra, mostrando, inclusive, a força do senador como espécie de “primeiro ministro”. (Relembre aqui)

Caso Serra vá mesmo para a área econômica, a opção para a Saúde o infectologista David Uip.

As demais áreas do governo serão distribuídas entre aliados, do PMDB e dos demais partidos que aceitarem compor o que já está sendo chamado de governo de coalizão.

É aguardar e conferir…

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O dia seguinte…

O pós-impeachment deve trazer fortes desdobramentos políticos no Maranhão, sobretudo após o fracasso da articulação do governador Flávio Dino, que só conseguiu um voto a favor de Dilma Rousseff

 

Flávio Dino no plenário da Câmara; tietagem e pouca efetividade no convencimento

Flávio Dino no plenário da Câmara; tietagem e pouca efetividade no convencimento

É pouco provável que a presidente Dilma Rousseff (PT) consiga reverter no Senado a derrota do impeachment que sofreu na Câmara.

Sobretudo por que já demonstrou a incapacidade de governar sem base, já que não alcançou sequer 1/3 dos votos dos deputados federais.

E o futuro governo Michel Temer (PMDB) influenciará diretamente a política no Maranhão nos próximos anos.

O governador Flávio Dino indispôs-se com o Judiciário, com a classe política mais poderosa de Brasília e com o próprio Temer, numa tentativa de salvar o moribundo governo Dilma.

E fracassou.

Nos últimos dias antes da votação, até parecia que Dino iria conseguir levar votos a favor de Dilma, mas foi apenas impressão.

Tecnicamente, Dino só conseguiu 1 voto a favor de Dilma na bancada maranhense – o de Waldir Maranhão (PP) – e sabe-se lá a que preço.

Todos o demais votos a favor de Dilma foram dados por convicção própria dos deputados, independentemente da ação de Flávio Dino. Eles votariam assim estivesse Dino ou não no comando do estado.

E o governador ainda perdeu o voto daquele que é o principal símbolo de sua aliança, o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), seu principal fiador na política maranhense.

Sem qualquer ação efetiva no Senado, Flávio Dino deixa a articulação do impeachment derrotado. E volta para o Maranhão desgastado popularmente e com um futuro sombrio nas relações com Brasília.

Para alguém que conseguiu reverter, para pior, todos os índices sociais e econômicos do estado, é um cenário de pouca perspectiva até 2018.

Mas esta é uma outra história…