Editorial: Brandão para um lado, Camarão pra outro…

Mas ao contrário do que imaginam a classe política, os torcedores de lado a lado e os observadores da cena política, os movimentos de cada um tendem a convergir para o mesmo objetivo em 2026

 

ENCONTROS OU DESENCONTROS?!? O aparente distanciamento entre governador e vice deve convergir para os mesmos interesses em 2026

Editorial

O governador Carlos Brandão protagonizou neste sábado, 26, o Encontro do PSB maranhense, sem a presença do vice-governador Felipe Camarão (PT), que estava em outro evento; na sexta-feira, 25, foi Camarão quem protagonizou encontro de parlamentares do PT, sem a presença de Brandão, que atendia prefeitos em palácio.

  • nos últimos dias, as idas e vindas de governador e vice geraram fortes especulações;
  • torcedores de um e de outro ora mostram otimismo, ora pessimismo sobre 2026.

“É claro que há, de lado a lado, quem não tenha interesse na unidade entre governador e vice – por causa dos próprios interesses pessoais – e  isso é natural; esse jogo de pressão e contrapressão vai existir até o dia da decisão final, gerando angústia e disse-me-disse”, responde o titular deste blog sempre que chamado a resenhar sobre o tema 2026.

Este blog Marco Aurélio d’Eça tem observado há tempos que muito da percepção da base brandonista e camaronista é construída pelas narrativas da mídia, sobretudo a blogosfera – este blog incluído, sem falsa modéstia.

Mas o fato é que, tanto Brandão quanto Camarão estão exercendo perfeitamente os seus papeis institucionais neste período eleitoral.

  • Brandão é o governador e será governador pelo menos até abril de 2026, quando, só então, vai dizer se sai ou não;
  • Camarão é o vice-governador que pode ou não assumir o governo, mas isso não o impede de se movimentar até lá.

“É óbvio que se Brandão disser agora que deixará o governo para ser candidato a senador estará decretando o fim do seu governo; da mesma forma, é bastante óbvio que, se Camarão ficar parado esperando a hora, a onda vai levá-lo – com perdão do trocadilho – por que não haverá tempo de se viabilizar”, é o que entende o titular deste blog em sus conversas.

Assim será até 2026, quando chegar a hora da decisão; lembrando que o jogo de pressão e contrapressão também continuará.

E os que têm coração fraco que lute…

Os petistas contra o PT no Maranhão…

Enquanto o vice-governador Felipe Camarão e desdobra para unificar o partido, grupo ligado ao governo Brandão – espalhado em cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões – conspira contra a candidatura da própria legenda

 

O NOVO PT DO MARANHÃO. Felipe Camarão representa a nova história petista no estado; e isso incomoda o antigo PT

Análise da Notícia

O encontro do vice-governador Felipe Camarão com parlamentares do PT reuniu nesta sexta-feira, 25, as correntes partidárias Construindo um Novo PT e Articulação de Esquerda; é o grupo petista mais ligado à candidatura de Camarão ao governo, que tem o deputado federal Rubens Júnior, o Coletivo Nós e lideranças ligadas ao ex-governador Flávio Dino, como o ex-secretário Chico Gonçalves.

E é exatamente este o problema: há no PT maranhense petistas atuando contra o PT no Maranhão.

A corrente Construindo um Novo Brasil, conhecida por CNB, é a ala majoritária do partido em todo o país.

Figuras como os secretários Washington Oliveira e Luiz Henrique Sousa, o suplente de deputado estadual Zé Inácio, e lideranças como Cricielle Muniz, Márcio Jardim, Erionaldson Castro, o atual presidente da legenda Francimar Mello, e ex-presidentes como Raimundo Monteiro e Augusto Lobato compõem esta corrente.

  • a maioria da CNB torce o nariz para a candidatura de Felipe Camarão ao governo;
  • eles reclamam, principalmente, que ele quer tomar o partido, com novas lideranças.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já conversou com inúmeras dessas lideranças petistas e ouviu delas exatamente reclamações do tipo:

  • “Felipe é ligado a Dino e Dino isolou a gente”
  • “Felipe nem conversa com o PT; chegou de paraquedas”;
  • “Felipe quer encher de gente nova no PT já com mandato”.

As conversas se deram ao longo dos últimos meses, por isso este blog Marco Aurélio d’Eça, neste primeiro momento, preservará os nomes no debate sobre o assunto; até por que eles sabem o que falaram, sabem quem são eles e sabem que aqui se sabe.

A candidatura de Felipe Camarão é prioridade do PT nacional e é do interesse do próprio presidente Lula, como este blog Marco Aurélio d’Eça já mostrou em posts como “Felipe Camarão é o mais bem-posicionado pré-candidato do PT no país…” e “Felipe Camarão alinhado a Lula no PT nacional…”.

Mas há gente dentro do partido conspirando contra o próprio PT.

E é hora de os petistas começarem a exigir fidelidade…

Eduardo Braide vai pela esquerda ou pela direita?

Mesmo com viés retorcido na motivação para falar do prefeito de São Luís, ex-candidato a governador Lahésio Bonfim levanta uma questão significativa no debate sucessório

 

POR ONDE ELE VAI?!? Para Lahésio, Braide não é de direita, mas a esquerda também não o vê como um dos seus; afinal, por onde caminha o prefeito?

É claro que a motivação do ex-candidato a governador Dr. Lahésio Bonfim (Novo) é outra, e não apenas o viés ideológicos do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD); o ex-candidato está incomodado com a ocupação de espaços do adversário na disputa pelo governo.

Mas Lahésio levanta questões significativas com relação a Braide em 2026: afinal de contas, se for candidato, Braide vai pela esquerda ou pela direita?!?

  • o prefeito está filiado ao PSD, partido da base do governo Lula e um dos principais sustentáculos do PT no Congresso;
  • por outro lado, tem o apoio de bolsonaristas como o deputado federal Aluisio Mendes e a suplente Mariana Carvalho. 

“Como é que a direita vai pedir para eu deixar um projeto para apoiar alguém que não é de direita? Que direita é essa?”, questiona Lahésio Bonfim.

Braide só atende a imprensa em eventos públicos, com restritas perguntas; e dificilmente fala sobre política, sucessão e disputa presidencial, mas este blog Marco Aurélio d’Eça tem conversado com a senadora Eliziane Gama – outra liderança do PSD no Maranhão – e ela garante o posicionamento partidário pró-Lula (PT).

O prefeito de São Luís já teve, inclusive, uma conversa pessoal com o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, que lhe deu as diretrizes para as eleições de 2026.

Pela postura conservadora-cristã-católica que adota na própria vida pessoal, é pouco provável ver Braide defendendo postulados progressistas ao lado do presidente Lula, por exemplo.

Mas ele também nunca se posicionou – pelo menos publicamente – em defesa ou alinhamentos dos ideais da direita ou do bolsonarismo.

E quando provoca essa discussão, Lahésio quer botar a ideologia do prefeito em pratos limpos…

A (R) evolução ideológica de Marcos Silva…

Ex-dirigente do PSTU, hoje no PT, rompe com o radicalismo da ultra-esquerda e defende a ampliação das alianças socialistas para barrar o crescimento da extrema-direita e do bolsonarismo

 

AVANÇO IDEOLÓGICO. Marcos Silva alerta para o risco do isolacionismo da esquerda e o perigo do bolsonarismo à espreita

Em artigo publicado em suas redes sociais nesta segunda-feira, 7,  o militante socialista e ambientalista Marcos Silva expõe a sua evolução ideológica e faz um resgate histórico da esquerda nos últimos 25 anos, apontando para as eleições presidenciais de 2026.

“O cenário eleitoral de 2026 será decisivo. O bolsonarismo, embora ferido, segue vivo, com base social organizada e apetite por poder. Nesse contexto, a frente ampla que sustenta o governo Lula não é uma concessão vergonhosa – é uma trincheira necessária. Trata-se de garantir a sobrevivência da democracia, não de nutrir ilusões institucionais”, admite Silva, para completar: “Abandonar essa frente em nome de uma pureza ideológica abstrata é, na prática, abrir caminho para o avanço da extrema-direita. Não se trata de abdicar do horizonte socialista, mas de reconhecer que ele não virá sem democracia, sem organização concreta e sem mobilização popular.”

 Marcos Silva foi um dos fundadores do PSTU no Maranhão e um de seus principais dirigentes durante mais de 20 anos. Ambientalista, funcionário de carreira da Caema, ele filiou-se ao PT a partir do governo Flávio Dino (PCdoB).

  • Tido por extrema esquerda, o PSTU prega a revolução do proletariado e pureza ideológica no embate político;
  • Marcos Silva mostra que esta utopia não prevalece na realidade concreta, que exige ações concretas no poder. 

“Falo com a experiência de quem passou 25 anos construindo, organizando e defendendo o PSTU – um partido que se propunha a realizar uma revolução “puro sangue”, dirigida exclusivamente pelos trabalhadores, sem qualquer forma de conciliação. Acreditei nisso com todas as forças. Durante esse período, enquanto denunciávamos a democracia burguesa e recusávamos alianças táticas, o fascismo ganhava terreno no subsolo da sociedade. Em 2018, vimos o resultado: a vitória de Jair Bolsonaro. Não porque nossa crítica estivesse errada, mas porque subestimamos a complexidade da luta política real. Pagamos um preço alto por nos afastarmos da realidade concreta em nome de uma ideologia abstrata”, ponderou o ativista.

O artigo de Marcos Silva é uma tentativa de falar com a sociedade para além da esquerda radical, entendo a realidade do país e buscando formas de manter um governo que avance alinhado às necessidades das camadas mais populares e da classe trabalhadora, em diálogo com todos os setores socais.

O que representa, sem dúvida, uma evolução ideológica concreta…

Leia abaixo a íntegra do artigo:

Ilusão Revolucionária ao Realismo da Luta: Por que a Esquerda Precisa Sair da Bolha e Construir um Caminho Concreto para o Socialismo

Por Marcos Silva, ativista do PT e da Federação Brasil da Esperança

Há algo de profundamente sintomático no estado atual de parte da extrema esquerda brasileira. Enquanto o mundo real exige organização paciente, luta concreta e articulação ampla para barrar retrocessos, setores como o PCBR Reconstrução Revolucionária se refugiam em uma política imaginária, na qual a revolução seria sempre iminente — desde que se aplicasse a linha “correta”.

Mas política não se faz com pensamento positivo ou voluntarismo. Como ensinava Lênin, trata-se de uma análise concreta da situação concreta. E a conjuntura atual exige responsabilidade, estratégia e compreensão profunda da correlação de forças. Não há espaço para o infantilismo revolucionário travestido de pureza ideológica.

A Militância Encenada: o Caso do Congresso dos Bancários do Maranhão

O recente Congresso dos Bancários do Maranhão é um exemplo eloquente da desconexão entre discurso e realidade. Na mesa de abertura, cerca de 15 organizações políticas e sindicais se revezaram em falas inflamadas. Entretanto, havia na plateia uma quantidade reduzida de pessoas diante do potencial de mobilização da categoria bancária no estado — em sua maioria, dirigentes sindicais ou militantes já envolvidos nas pautas debatidas. Ou seja, militância falando para a militância.

Essa situação não é resultado da incapacidade da direção do sindicato, composta por ativistas sérios e comprometidos com as lutas da classe trabalhadora. O problema está na ausência de mobilização real. Os sindicatos precisam retomar sua vocação histórica de organizar os trabalhadores e trabalhadoras, com base na formação sindical e política.

Assisti ao vídeo do evento, disponível no YouTube, que até agora conta com pouco mais de 800 visualizações — um número modesto até mesmo para os padrões da esquerda organizada. O que se viu foi a encenação de um poder simbólico que não corresponde a nenhuma capacidade real de mobilização social. E é sobre esse tipo de ilusão performática que setores como o PCBR baseiam suas análises sobre “avanços revolucionários”. Isso não é política concreta: é teatro.

Um Depoimento Pessoal: 25 Anos em Nome da Revolução “Puro Sangue”

Falo com a experiência de quem passou 25 anos construindo, organizando e defendendo o PSTU — um partido que se propunha a realizar uma revolução “puro sangue”, dirigida exclusivamente pelos trabalhadores, sem qualquer forma de conciliação. Acreditei nisso com todas as forças.

Durante esse período, enquanto denunciávamos a democracia burguesa e recusávamos alianças táticas, o fascismo ganhava terreno no subsolo da sociedade. Em 2018, vimos o resultado: a vitória de Jair Bolsonaro. Não porque nossa crítica estivesse errada, mas porque subestimamos a complexidade da luta política real. Pagamos um preço alto por nos afastarmos da realidade concreta em nome de uma ideologia abstrata.

O Erro do PCBR: Imaginação Substituindo a Realidade

O ativista do PCBR sustenta que alianças amplas, como a que sustenta o governo Lula, seriam uma traição de classe. Mas ignora que não existe hoje no Brasil correlação de forças que permita uma ruptura revolucionária isolada, sem apoio popular massivo e sem articulação com setores progressistas diversos.

O vanguardismo que defende não constrói poder popular — ao contrário, isola a esquerda da classe trabalhadora, que lida cotidianamente com as contradições do sistema e busca melhorias imediatas: salário, saúde, educação, segurança. A revolução não virá de podcasts ou panfletos doutrinários, mas da ação organizada das massas — se e quando houver base real para isso.

Valério Arcary do PSOL e a Dureza da Militância Real

Valério Arcary, um dos mais experientes militantes da esquerda socialista brasileira, nos oferece uma reflexão fundamental. Participante da Revolução dos Cravos em Portugal, ex-dirigente do PT e da CUT, primeiro presidente do PSTU e atualmente, ao lado de Guilherme Boulos, um dos principais dirigentes do PSOL, Arcary sabe que mobilizar a classe trabalhadora é tarefa lenta, repleta de rupturas e recomeços.

Tenho orgulho de ter militado ao seu lado por mais de vinte anos na construção do PSTU. Hoje, estou no PT, atuando na corrente Articulação CNB, convicto de que não existe luta consequente pelo socialismo no Brasil sem o fortalecimento do Partido dos Trabalhadores. Da mesma forma, não há sindicalismo combativo capaz de contribuir para a superação do capitalismo sem a CUT como instrumento de organização, formação e luta da classe trabalhadora.

Para Arcary, construir uma alternativa socialista exige disputar a institucionalidade democrática, acumulando forças e construindo hegemonia. Negar essa realidade é ceder ao delírio voluntarista de uma revolução que só existe na cabeça de militantes desconectados do chão da fábrica, dos sindicatos e das periferias.

2026: Em Jogo, a Sobrevivência da Democracia

O cenário eleitoral de 2026 será decisivo. O bolsonarismo, embora ferido, segue vivo, com base social organizada e apetite por poder. Nesse contexto, a frente ampla que sustenta o governo Lula não é uma concessão vergonhosa – é uma trincheira necessária. Trata-se de garantir a sobrevivência da democracia, não de nutrir ilusões institucionais.

Abandonar essa frente em nome de uma pureza ideológica abstrata é, na prática, abrir caminho para o avanço da extrema-direita. Não se trata de abdicar do horizonte socialista, mas de reconhecer que ele não virá sem democracia, sem organização concreta e sem mobilização popular.

Conclusão: Um Caminho Concreto para o Socialismo

A esquerda brasileira precisa romper com a bolha. É preciso disputar o presente com responsabilidade, estratégia e compromisso com as urgências do povo. A crítica à ordem deve vir acompanhada da construção de hegemonia – o que exige unidade tática, formação política e base social enraizada.

Defendemos, sim, uma frente ampla de governo, composta por setores democráticos e populares, em defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos sociais. Dentro dessa frente, cabe à esquerda socialista organizar uma fração combativa, que impulsione o desenvolvimento com justiça social e ambiental, acumulando forças para que o socialismo deixe de ser uma utopia distante e se torne uma possibilidade concreta, viável e necessária.

Porque, como dizia Lênin, sem análise concreta da situação concreta, não há política revolucionária – só autoengano.

Em encontro partidário, militantes pregam chapa Camarão e Brandão em 2026…

Vice-governador liderou evento da Federação Brasil-Esperança, que exaltou a unidade em torno do legado de Flávio Dino e defendeu prioridade da candidatura do governador  ao Senado

 

MILITÂNCIA FECHADA. Felipe Camarão com deputados federais, estaduais e dirigentes partidários que apoiam a chapa Camarão/Brandão 2026

Prefeitos, deputados federais e estaduais, vereadores e militantes políticos da Federação Brasil-Esperança – formada por PT, PCdoB e PV – reafirmaram neste sábado, 5, o apoio à chapa Felipe Camarão (PT) governador e Carlos Brandão (PSB) senador em 2026.

O evento de organização para as eleições do ano que vem, foi liderado pelo próprio Felipe Camarão, que voltou a pregar apoio incondicional ao governador.

“O PT está unificado para as eleições de 2026, defendendo a unidade do grupo, com minha candidatura ao governo e também o apoio total à candidatura do Brandão ao Senado; a gente pretende continuar assim para que o maranhão possa continuar no caminho certo”, declarou Felipe Camarão.

  • o encontro foi prestigiado também por membros de outras legendas como PDT e PSB;
  • a chapa Camarão/Brandão foi defendida por todos os líderes que fizeram discurso.
TODOS IRMANADOS. Felipe Camarão reforçou o diálogo com a militância do seu grupo político

Entre os militantes presentes estavam o deputado federal Márcio Jerry, os estaduais Rodrigo Lago (PCdoB), Carlos Lula (PSB), Júlio Mendonça (PCdoB) e Francisco Nagib (PSB).

  • formada em 2022, a federação entre PT, PCdoB e PV deve rediscutir o projeto para 2026;
  • além do apoio a Brandão e Camarão, a militância ressaltou a importância do legado de Flávio Dino.

“A consciência de que toda esta história começou em 2014, com a vitória de Flávio e Brandão, reforça a importância deste legado; em 2022 repetimos a vitória, com a unidade em torno de Carlos Brandão, o que a gente espera seja repetido por todos em 2026”, disse Márcio Jerry.

O encontro ocorreu no Instituto Navigare, no Cohafuma…

Em encontro com Gleisi Hoffmann, Felipe Camarão reforça candidatura…

Ao lado do deputado federal Márcio Jerry, vice-governador maranhense ouviu novamente da ministra de Relações Institucionais o interesse do PT na sucessão estadual maranhense

 

MELHOR NOME DO PT NO PAÍS. Com Márcio Jerry, Felipe e André Bello, Gleisi Hoffmann reforçou projeto do PT no Maranhão

Em meio ao reforço experimentado nas últimas semanas em sua pré-candidatura ao Governo do Estado, o vice-governador Felipe Camarão (PT) esteve nesta quarta-feira, 2, em Brasília, onde foi recebido pela ministra de Relações Institucionais do governo Lula (PT), Gleisi Hoffmann.

  • Camarão estava acompanhado do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB);
  • com Gleisi Hoffmann a conversa girou eminentemente em torno das eleições.

“Hoje, em Brasília, fui recebido pela nova ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e tivemos um excelente diálogo sobre política e alinhamentos do nosso Partido. Agradeço a cordialidade de sempre, companheira. Estamos juntos”, escreveu Felipe, em sujas redes sociais. 

Este blog Marco Aurélio d’Eça apurou que a ministra reforçou a ideia de candidatura natural de Felipe Camarão à sucessão do governador Carlos Brandão (PSB); para Gleisi Hoffmann, ele é um dos mais competitivos nomes do PT na disputa pelos governos em todo o Brasil.

O deputado Márcio Jerry também generalizou o encontro em suas redes sociais.

“Com nosso vice-governador Felipe Camarão em excelente reunião com a ministra das Relações Institucionais, deputada Gleisi Hoffmann. Brasil e Maranhão na pauta”, disse ele, apenas.

Do encontro também participou André Bello, assessor especial de Felipe Camarão…

Pedro Lucas destaca avanços da missão brasileira na Ásia…

Líder do partido União Brasil, deputado maranhense acompanhou o presidente Lula na viagem oficial ao Japão e ao Vietnã, em busca de novos negócios para o Brasil

 

MISSÃO DIPLOMÁTICA. Pedro Lucas esteve com Lula n os dez dias em que o presidente ficou no Japão e no Vietnã

O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) considerou positiva a viagem do presidente Lula à Ásia, em busca de novos negócios no Japão e no Vietnã; Líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas compôs a comitiva do presidente.

  • no Japão, o Brasil garantiu a meta de elevar o comércio bilateral de US$ 11 bilhões para US$ 17 bilhões;
  • Também se destaca a venda de aeronaves da Embraer para a All Nippon Airways no valor de R$ 10 bilhões.

“Voltamos desta missão com a certeza de que o Brasil conquistou grandes avanços. Foram firmados acordos em diversas áreas, como energia, meio ambiente, agricultura, ciência e tecnologia”, destacou o deputado Pedro Lucas.

Um dos grandes entraves comerciais do Brasil na Ásia diz respeito ao mercado de carnes.

  • o Japão nunca comprou carne bovina brasileira, mas se comprometeu a discutir o acesso do produto ao mercado japonês;
  • o Vietnã, por sua vez, não compra carne do Brasil desde 2017, mas as autoridades se comprometeram em destravar o mercado.

A abertura do mercado de carnes pode garantir fortes investimentos no Brasil.

“O nosso país está preparado para receber estes investimentos e vamos seguir buscando mais cooperação, para transformar cada vez mais o futuro do Brasil”, defendeu Pedro Lucas Fernandes.

A viagem de Lula ao continente asiático durou cerca de 10 dias…

Por incrível que pareça, há gente contra a taxação de super-ricos…

Extrema direita, bolsonaristas e parlamentares vinculados ao chamado mercado tentam criar argumentos para impedir a aprovação do projeto que vai garantir o pagamento de imposto de renda a quem ganha mais de R$ 50 mil por mês

 

JUSTIÇA FISCAL. Governo Lula vai trocar o imposto de 10 milhões de brasileiros pelo de apenas 141 mil

Editorial

A Confederação Nacional do Comércio apresentou nos últimos dias argumentos contra duas medidas do governo Lula (PT); a entidade não aceita que o governo isente do imposto de renda os que ganham até R$ 5 mil por mês e nem que os super-ricos – aqueles com salários de mais de R$ 50 mil – paguem impostos.

  • no primeiro caso, o argumento da CNC é que a isenção aumentará o consumo, levando à inflação;
  • no segundo caso, a entidade empresarial entende que taxar as grandes fortuna é bitributação.

“O que está na mesa é uma tímida redução na desigualdade, tentando diminuir um quadro em que paga proporcionalmente mais quem recebe menos. Ainda não é a prometida reforma tributária da renda; mas já é um passo”, aponta o jornalista Marcos de Oliveira, desmentindo a CNC, em sua coluna no site Monitor Mercantil. (Leia aqui)

Mas, por incrível que pareça, há deputados dispostos a mostrar a cara contra as duas medidas do governo; e por curiosidade – apenas por curiosidade – esses deputados são todos da extrema direita, da direita conservadora, do agronegócio e patriotas, muitos deles bolsonaristas.

“A CNN apurou que a bancada do Partido Liberal (PL) não pretende se opor diretamente a esse ponto específico da proposta governista, já que a medida tem forte apelo popular. No entanto, a oposição deseja colocar o governo contra a parede. O PL deve apresentar um destaque para retirar qualquer iniciativa que preveja compensação financeira da medida por meio da taxação de ricos e super-ricos”, revela reportagem da CNN. (Leia aqui)

  • a proposta do governo Lula inclui mais 10 milhões de brasileiros na faixa de isenção do IRPF;
  • a taxação de super-ricos atingirá apenas 141 mil contribuintes que recebem R$ 600 mil por ano.
  • em outras palavras: o governo vai trocar o imposto de 10 milhões de brasileiros pelo de apenas 141 mil. 

“Nessa proposta não se aumenta o imposto de ninguém. Você simplesmente troca de mão, você cobra de quem não paga e isenta quem hoje está pagando além da conta”, explica o ministro da fazenda, Fernando Haddad (PT).

É uma conta simples e lógica, que só melhora o ambiente fiscal no Brasil.

E ser patriota também é defender essa proposta…

Zé Inácio cumpre extensa agenda em Brasília e fortalece articulações para o Maranhão

Em passagem pela capital federal, ex-parlamentar esteve com os ministros Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha, além de participar da festa de aniversário do ex-ministro José Dirceu

 

ARTICULAÇÃO NACIONAL. Zé Inácio esteve com importantes lideranças petistas nacionais em Brasília

Liderança do PT no Maranhão, Zé Inácio Rodrigues esteve em Brasília nos últimos dias para uma intensa agenda de reuniões e encontros com lideranças nacionais do partido e membros do Governo Federal. Durante sua passagem pela capital federal, o parlamentar participou da posse de novos ministros, discutiu projetos e investimentos para o Maranhão e reforçou seu compromisso com o fortalecimento das políticas públicas no Brasil.

Um dos momentos de destaque foi a participação de Zé Inácio na posse de Alexandre Padilha, novo Ministro da Saúde, e de Gleisi Hoffmann, Ministra-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais do Governo Federal.

“Estive em Brasília para acompanhar a posse de dois grandes companheiros: Alexandre Padilha, como Ministro da Saúde, e Gleisi Hoffmann, como Ministra-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais do Governo Federal”, afirmou o deputado.

Outro compromisso marcante foi a presença de Zé Inácio no aniversário do ex-presidente do PT e ex-ministro Zé Dirceu.

O evento reuniu lideranças históricas do partido e parlamentares.

Da Assessoria

Gestos de Brandão por Felipe são muito mais do que os dinistas podem querer…

Governador não apenas tem dado espaços para o vice-governador aparecer como protagonista do governo como também estimula a participação de gente de sua confiança nos eventos com o petista

 

NO CENTRO DO GOVERNO. Felipe tem liderado agenda com importantes auxiliares de Brandão, como Maurício Martins, Orleans Brandão e Jandira Dias

Ensaio

Se esperavam um gesto do governador Carlos Brandão (PSB) pela unidade do seu grupo político nas eleições de 2026, os chamados dinistas não viram apenas um, mas vários gestos nas últimas semanas.

Ao mesmo tempo em que reforça a posição do seu vice, o governador tem buscado gente de sua estrita confiança para reforçar a ideia de candidatura a deputado federal do secretário de Articulação Municipal Orleans Brandão (MDB), como este blog Marco Aurélio d’Eça registrou no post “Audreia Noleto confirma candidatura de Orleans Brandão a deputado federal…” e também no post “‘Sempre defendi a unidade sob a liderança de Brandão’, diz Rafael de Timon”.

Mas se tem a boa vontade do governador, o novo momento do vice-governador tem a ver também com sua mudança de atitude.

Felipe Camarão mudou de comportamento em relação aos dinistas, mostrou lealdade ao governo e até rompeu com o principal líder da rebeldia, o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade).

Se a nova relação entre o governador e o vice já permite apostar na chapa Camarão e Brandão em 2026, ainda pode ser cedo para cravá-la; mas o nível de confiança tende a evoluir para a segurança mútua no que diz respeito ao papel de cada um nas eleições de 2026.

E isso muda todo o cenário da sucessão… (Não entendeu? Entenda aqui)