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Eliziane destaca estratégia vitoriosa de Lula contra tarifaço de Trump…

Senadora maranhense viu muita eficiência na forma usada pelo presidente brasileiro para enfrentar as imposições, que culminaram na conversa com o presidente americano

 

ELIZIANE COM LULA. Reconhecimento à postura diplomática do presidente brasileiro

A senadora Eliziane Gama (PSD) destacou nesta segunda-feira, 27, o encontro ente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o americano Donald Trump, no último domingo, 26, em  Kuala Lumpur, na Malásia; Para a parlamentar maranhense, o entendimento entre estados Unidos e Brasil é fruto direto da estratégia de Lula contra o tarifaço imposto em julho.

“Com maestria, o presidente Lula soube, de forma altiva, conduzir o país num processo complexo. Ao mesmo tempo, o líder brasileiro adotou medidas eficientes para mitigar os efeitos do tarifaço. Foi contundente, ao não se curvar diante da empreitada trumpista que prejudicou diversos setores produtivos do nosso país”, acrescentou Eliziane.

  • o encontro da Malásia foi o marco inicial das negociações entre os dois países;
  • a expectativa é que Trump anuncie nos próximos dias a redução das tarifas. 

Para Eliziane Gama, a diplomacia brasileira também teve um excelente papel na condução da crise tarifária.

“Nosso diplomacia também foi muito feliz em conduzir com responsabilidade essas negociações até aqui. Esperamos que nos próximos dias ocorra um bom acordo”, disse Eliziane.

Donald Trump disse nesta segunda-feira, 27, que a reunião com o presidente brasileiro foi “muito boa” e voltou a elogiar Lula. 

Eliziane também felicitou o presidente brasileiro por meio de mensagens postadas nas redes sociais…

Imagem do dia: Deu match!!!

No primeiro encontro dos presidentes Lula e Donald Trump o líder norte-americano revelou a “excelente química” entre os dois; e abriu caminho para negócios entre os dois

 

“EXCELENTE QUÍMICA”. Donald Trump sentiu literalmente na pele o magnetismo do presidente brasileiro

Não deu outra!!! bastaram apenas cerca de 30 segundos de contato – como ele próprio admitiu em discurso – para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encantasse com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

  • os dois se encontraram rapidamente nos corredores da Conferência da ONU, em Nova York;
  • e foi o suficiente para Donald Trump relatar publicamente a “excelente química” entre eles. 

O norte-americano admitiu, inclusive, tratar de negócios com Lula.

“Só trato de negócios com quem gosto gostei dele e acho que ele gostou de mim”, revelou Trump, em pleno discurso na conferência.

Lula e Trump nunca haviam se encontrado como líderes mundiais.

  • quando Trump elegeu-se pela primeira vez, em 2016, Lula estava fora do poder;
  • no poder, o americano chegou a se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Mas o comandante dos EUA mostrou-se claramente fascinado por Lula; 30 segundos foram suficientes para encantá-lo.

Imagine o resultado de uma conversa mais longa…

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Editorial: a diferença se vê nas pautas defendidas…

Enquanto os verdadeiros brasileiros vão às ruas em defesa da nação, em favor da classe trabalhadora e contra privilégios de políticos, pseudopatriotas defendem até a invasão do Brasil pelos EUA

 

QUANTA DIFERENÇA!!! Pseudopatriotas orgulham-se de reverenciar a bandeira americana; os verdadeiros brasileiros levam o símbolo de sua pátria às ruas do Brasil

Editorial

Os bolsonaristas e a extrema direita brasileira estão desde a noite deste domingo, 21, tentando fazer comparações entre suas manifestações pseudopatrióticas e os atos do campo progressista em defesa do Brasil, dos menos favorecidos e contra privilégios de políticos.

Mas a única comparação possível está na pauta defendida por ambos os lados; e é essa principal diferença.

  • os progressistas defendem a soberania do Brasil; bolsonaristas e extrema direta pregam até a invasão pelos EUA;
  • bolsonaristas querem anistia de golpistas e liberdade de Bolsonaro; progressistas dizem não ao perdão pelo golpe;
  • os progressistas assumem o “Não” à PEC da Blindagem, bolsonaristas, em peso, defendem privilégios de políticos;
  • bolsonaristas são contra taxação de ricos; progressistas querem isenção de imposto para quem ganha até R$ 5 mil.

Derrotados no conteúdo, extrema-direita e bolsonaristas perdem também na comparação pela forma dos protestos.

Na principal manifestação deste domingo, 21, em São Paulo, viu-se uma gigantesca bandeira brasileira levada à Avenida Paulista em desagravo ao país ameaçado; na mesma avenida, duas semanas atrás, era envergada uma gigante bandeira dos Estados Unidos por aqueles que se declaram patriotas.

Qualquer análise isenta das pautas de um lado e de outro verá que uns estão em defesa do seu povo, enquanto outros defendem privilégios de alguns e a submissão ao estrangeiro.

Basta ver para que se tenha uma certeza: não dá nem para comparar…

Advogado vê equívoco de Flávio Dino em sustentar-se “comunista”…

Para Abdon Marinho, o uso da flâmula do PCdoB pelo agora ministro do STF – que nunca foi comunista de fato – só serviu, e ainda serve, apenas para atiçar ainda mais o radicalismo ideológico em um país dividido

 

HISTÓRIA DESCONEXA. A cartola, símbolo maior da aristocracia, se deturpa ao expor símbolo comunista, como as grifes famosas

Ensaio

O advogado Abdon Marinho publicou neste fim de semana artigo em que ressalta a crítica política ao ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, desde a sua entrada na vida partidária, ainda em 2006, quando fora eleito deputado federal pelo PCdoB.

  • Marinho usa como pano de fundo de sua crítica o voo para Brasília, semana passada, em que Dino fora “acusado” de “comunista” por uma passageira;
  • o advogado relaciona este fato à oração do bispo de Formosa-GO, dias antes, pedindo a Nossa Senhora, dentre outras coisas, “livrar o Brasil do comunismo”.

“Não há registro de que o ministro, em algum momento da vida, praticou ou viveu o comunismo. Mesmo no poder estadual, nenhum do seus atos teve influência ou viés da doutrina comunista. Acredito que o mais próximo que sua excelência tenha chegado da Internacional Socialista, o hino mundial do comunista, tenha sido o clássico “Oração Latina”, música de César Teixeira, que nos anos 80 embalava nossos movimentos de rua”, pontua Abdon, para ressaltar o erro de Dino em sustentar-se como comunista e tentar justificar sua postura quando questionado, o que ocorreu até mesmo quando de sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal.

  • para Abdon Marinho, essa insistência sem lastro tem levado á radicalização contra o próprio ex-governador;
  • insistência ressaltada pelo próprio presidente Lula, ao orgulhar-se de indicar o primeiro comunista para o STF.

Está neste ponto, segundo Abdon Marinho, o equívoco de Flávio Dino;

O ex-deputado, ex-governador, ex-senador e hoje ministro estimulou, ele próprio, o radicalismo, diz o advogado, mesmo sem ter qualquer vínculo com o conceito ideológico  clássico.

“Se a ‘adoção’ desse suposto comunismo foi diminuir ou acabar com o estigma que essa doutrina causa nas pessoas, lamento dizer que o efeito foi o contrário do esperado; a guerra de narrativas foi perdida e não bastando os oportunistas galgarem espaços num suposto combate ao comunismo, agora temos até o bispo pedindo auxílio a Nossa Senhora contra a doutrina inexistente no Brasil”, concluiu o advogado.

Leia aqui a íntegra do artigo de Abdon Marinho…

De como o imperialismo age para tomar as riquezas dos países…

Documento dos Estados Unidos inventa uma ameaça que só existe na cabeça de Donald Trump para justificar que pode usar sua força militar contra o Brasil

 

DE OLHO NAS RIQUEZAS. As garras da águia Ianque tentam cravar no Brasil a imposição cultural e militar dos Estados

Há uma ameaça militar claríssima no documento assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para impor o tarifaço ao Brasil – que, no final das contas, virou apenas tarifinho.

  • um trecho deixa muito claro que Trump está disposto a usar a força para garantir que o Brasil reflita “os valores e o modo de vida americanos”;
  • para isso, o presidente dos Estados Unidos inventa uma fantasiosa ameaça partindo do Brasil ao seu país, sabe-se lá em que aspecto da vida americana.

“O presidente Trump também tomou outras medidas para alcançar a paz por meio da força e garantir que a política externa reflita os valores, a soberania e a segurança dos EUA”, diz o trecho claramente ameaçador do documento assinado por Trump. (Entenda aqui)

Mas é assim que o imperialismo age.

Primeiro inventa para o mundo que tal país representa uma ameaça ao modus vivendis que eles, os EUA, acham o certo. Foi assim com o Vietnã, com Cuba e com a Venezuela.

Depois, usa sanções para impor dificuldades a essas nações, em nome da paz mundial; a reação das nações passa a ser vista como mais ameaça, e as sanções viram medidas de força.

  • até que o país é sufocado totalmente, passa a viver como um pária;
  • e os EUA sugam dele tudo o que precisam para manter seu estilo de vida.

“Vamos impor tarifas pesadas contra vocês e vamos esmagar as suas economias, porque o que vocês estão fazendo é dinheiro manchado de sangue”, reforça o senador  republicano Lindsey Graham, ao criticar a aliança do Brasil com os Brics. (Saiba mais aqui)

O documento assinado por Donald Trump começa a dar os passos do imperialismo no Brasil. O Brasil tem riquezas minerais como em poucas partes do mundo.

E essa ameaça nada tem a ver com tarifas comerciais ou preocupação com direitos humanos…

Foi um papa progressista… porém, só mais um papa católico…

A mobilização mundial pela morte de Franciscus reacende um debate sobre a devoção cultural a uma instituição que nem deveria mais ser levada em conta no atual momento da história

 

O TRONO ESTÁ VAZIO. Como em qualquer país, o vaticano tem sua eleição para substituir seu rei, embora as cosias não aconteçam às claras

Editorial

Que diferença faz para o conjunto da humanidade se a igreja católica passar um mês, um ano, 10 anos sem papa?!? na verdade, até para a maior parte dos 1,4 bilhão de “católicos culturais” – aqueles que declaram-se cristãos apenas por “herança histórica” – já não há mais tanta importância na existência de figura tão simbólica e cheia de contradições ao longo da história da humanidade.

  • O papa Franciscus revolucionou a igreja católica em todos os seus aspectos;
  • progressista, reformista e revolucionário ele trouxe avanços para esta instituição;
  • mas a igreja ainda deve muito aos povos não-católicos, aos escravos, aos negros, aos judeus;
  • e deve, principalmente, às crianças, muitas delas seviciadas por sacerdotes protegidos pela santa sé.

Franciscus foi o que foi, um exemplo para os católicos; mas, ainda assim, era só mais um papa; e como governante da instituição católica morreu devendo aos povos, morreu com a culpa que essa igreja carrega.

Em 27 de fevereiro de 2013 este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “A homossexualidade na igreja católica…”; era a ocasião da renúncia do papa Bento XVI, abatido pelos casos mundiais de pedofilia.

“Mas por que há tantos padres gays na Igreja Católica? Ou, pelo menos, por que surgem tantos casos de pedofilia nesse meio social”, perguntava este blog, para responder ele próprio:

“A exigência do celibato para sacerdotes funcionaria como uma espécie de ‘armário’, atraindo jovens que encontrariam neste tipo de cortina de fumaça uma forma de esconder sua condição sexual. Numa igreja evangélica ou protestante – ou mesmo na sociedade secular – seria mais difícil para um jovem do sexo masculino alcançar a maioridade sem se relacionar com mulheres”.

As religiões em si – todas elas – condenaram por séculos a orientação sexual homoafetiva à condição de pecado. E isso diz muito dos valores, sobre os usos e os costumes da sociedade como um todo; felizmente, o século XX trouxe o avanço da tecnologia que deu mais acesso ao conhecimento e, com ele, a liberdade das amarras religiosas.

Países que já abandonaram a dependência religiosa aparecem no topo da lista de desenvolvimento humano da Organização das Nações Unidas;  Noruega, Islandia, Dinamarca, Suíça e Suécia têm IDH inalcançável pelas nações católicas mundo a fora; curiosamente, são os menos religiosos, ou mais ateus, para usar o termo reverso.

Na América Latina, o Uruguai se destaca neste quesito.

  • há muito o país vizinho eliminou o conceito de religião e adotou o laicismo como concepção de estado;
  • com políticas laicas e seculares, o país avançou significativamente e melhorou sus indicadores sociais.

 “Estado laico significa que a religião – seja ela qual for – não interfere em decisões do governo. Ou seja, o país não está ligado a nenhum tipo de doutrina religiosa. Além disso, questões jurídicas não devem ser influenciadas pela religião, sendo independentes de qualquer viés religioso. Em um Estado laico, nenhuma religião é privilegiada ou imposta como oficial, e as decisões políticas não devem ser baseadas em doutrinas religiosas, mas em princípios racionais e democráticos que atendem a toda a população, independentemente de suas convicções espirituais”, diz o site Exclamacion.com.br. (Leia aqui)

Para os países laicos, em maior ou menor grau, a morte do papa Franciscus é a perda de um chefe de um estado, o Vaticano; e sua substituição – por mais obscura, antidemocrática, misteriosa e mística que seja – é a troca de um pelo outro.

Infelizmente no Brasil, como em muitas outras nações católicas-apostólicas-romanas, ainda se vê o chefe do catolicismo como uma espécie de “Sua Santidade”, um equívoco.

Por que, de santo, o papa não tem absolutamente nada…

Após encontro com Eliziane, Sarney ensina: “o ódio alimenta o ódio”…

Ex-presidente da República faz um alerta aos políticos brasileiros – maranhenses incluídos – sobre a necessidade de se repensar as relações com adversários; e afirma: “casa dividida não prospera”

 

HORA DE ARRUMAR A CASA. Brandão em passeio com Sarney pelo Palácio dos Leões: “casa dividida não prospera”, alerta ex-presidente

Prestes a completar 4o anos desde a sua ascensão à presidência da República, ato que encerrou a ditadura militar no Brasil, o ex-presidente José Sarney (MDB) escreveu nesta sexta-feira, 21, uma exortação à paz na política; ao criticar o clima de ódio que domina a política no Brasil – Maranhão incluído – Sarney lembrou que “o ódio alimenta o ódio”.

  • curiosamente, o artigo do ex-presidente foi escrito dois dias depois de ele receber em sua residência de Brasília, a senadora Eliziane Gama (PSD);
  • no Maranhão, Eliziane tem sido uma das mais efetivas defensoras da unidade dos grupos do governador Carlos Brandão (PSB) e do ministro Flávio Dino.

“Também resultado desse mal, escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos”, ensina Sarney.

O ex-presidente direcionou o artigo à política brasileira – à divisão ideológica radical resultante do surgimento do bolsonarismo, que foi abraçado pela extrema direita a partir de 2018 – mas pode ser usada também na política maranhense, hoje protagonizada pela guerra fratricida entre dinistas e brandonistas.

Sobretudo pelo fato de o artigo ter sido publicado após a visita de Eliziane; a senadora já esteve com o governador Carlos Brandão e com o vice-governador  Felipe Camarão (PT) em busca da paz entre os dinistas e brandonistas. (Relembre aqui e aqui)

  • Sarney ressalta que sempre teve adversários políticos, mas nunca os considerou inimigos;
  • o ex-presidente pregou que, hoje, no Brasil, o ódio existe de lado a lado “e deve acabar”.

“O ódio hoje é real. E deve acabar. Ele é a semente que desponta como o instrumento de divisão não só dos políticos, como do povo brasileiro. Não é difícil encontrarmos dentro das famílias discussões acaloradas e situações difíceis em que as posições são dogmáticas”, pregou José Sarney.

O artigo do ex-presidente foi publicado em diversos jornais, portais e sites do país.

Leia a íntegra abaixo:

Eu, muitas vezes, em entrevistas, artigos, disse que, ao longo da vida, nunca tive capacidade de sentir ódio. E isso considero que me fez e faz muito bem. O ódio traz como consequência maior o ressentimento, e este, a amargura, que faz muito mal a nós próprios e deforma o nosso modo de viver.

Conheci um homem que tinha uma alma pura, o deputado Djalma Marinho. Era uma figura muito conhecida e respeitada na Câmara dos Deputados. Foi candidato a presidente da Casa. Perdeu. Eu e o deputado Nelson Marchezan fomos a sua casa prestar-lhe solidariedade. Com o meu jeito de não cultivar sentimentos negativos, disse-lhe: “Djalma, não guarde ressentimentos.” Ele me respondeu: “Sarney, eu não guardei dinheiro na vida, que é coisa boa, lá vou guardar ódio e ressentimento, que não prestam para nada?”. Foi ele que, depois, na comissão que presidia, recusou-se a cumprir uma ordem do governo para processar o deputado Moreira Alves, em 1968, quando o país estava sob as normas do AI-5. Renunciou ao cargo de presidente e, repetindo o espanhol Calderón de La Barca, marcou a Casa com a célebre frase: “Ao rei tudo, menos a honra”.

Mas quero falar também das consequências do ódio, que muitos escritores registraram na literatura, como Tolstói, cuja personagem feminina vai ao suicídio sucumbida pelo ódio; Dostoiévski, com o alerta de que “o ódio alimenta o ódio”; Shakespeare, com o seu Otelo, o Mouro de Veneza, cujo ciúme o leva a matar sua fiel esposa, Desdêmona, um destino de ódio construído pelo relato falso de infidelidade por Iago, um suboficial preterido numa promoção.

Também resultado desse mal, escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos.

Na política brasileira, eu, que por mais de meio século a acompanho como espectador, interlocutor, participante e até como protagonista, nunca vi uma época em que os homens se dividissem entre uns adeptos do diabo e outros, de Deus. De tal modo que a luta política extravasou para um nível em que uns são conduzidos à salvação e outros, condenados à perdição.

Eu, pessoalmente, sempre tive adversários. E a estes nunca considerei inimigos. Essa concepção de adversários como inimigos foi proposta por Carl Schmitt, jurista oficial do Terceiro Reich, para quem a política era uma guerra, na qual devíamos eliminar os contrários e levá-los até a morte — como ocorreu na Alemanha com a morte de milhões de judeus. O ódio ao inimigo também justificou, logo depois da Revolução Russa, a violência e crueldade dos comunistas aos milhões de perseguidos e eliminados. O exemplo simbólico e maior na Rússia talvez tenha sido o fuzilamento da família inteira do Czar Nicolau II, que hoje pela Igreja Oriental foi considerado santo.

Eu era deputado no Rio de Janeiro quando ouvi Carlos Lacerda, o maior orador a que assisti no parlamento, defender-se — no processo que moveram contra ele por ter divulgado um telegrama secreto, que envolvia o Jango e o Peron, num tempo em que os discursos tinham títulos, a que chamou de A corrida dos touros embolados — daqueles que o acusavam de uma maneira odienta, retrucando com a seguinte denúncia: “Aqui até o ódio é fingido”.

Não é o que ocorre hoje no Brasil. Situação repelida por todos nós. O ódio hoje é real. E deve acabar. Ele é a semente que desponta como o instrumento de divisão não só dos políticos, como do povo brasileiro. Não é difícil encontrarmos dentro das famílias discussões acaloradas e situações difíceis em que as posições são dogmáticas.

O ódio leva até ao que está sendo apurado no processo sobre a inacreditável proposta de assassinato, a ser cumprido nas figuras do presidente e do vice-presidente e de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O caso segue o devido processo legal — somos um Estado de Direito — no Supremo e depois, tudo devidamente apurado, haverá a punição prevista na lei dos responsáveis.

O ódio é danoso, cruel, indigno, divisionista. Por julgá-lo assim, quero vê-lo extirpado do nosso país. Sou partidário do diálogo, de ver o próximo como objeto de convergência e não da divergência. Por tudo isso e mais, não há palavras suficientes que definam o mal que o ódio produz. Somos irmãos e como irmãos devemos viver em paz. Que os dirigentes e líderes do país viajem por outros caminhos que não este, o do ódio. Por isso, só me cabe encerrar dizendo: Ódio não!

O Dia do Fico 2…

“Quem realmente fica e quem só está de passagem? Porque, sejamos francos, na política, o ‘fico’ pode ser tão transitório quanto o ‘vou’; e a cadeira de poder não gosta de ficar vazia por muito tempo”

 

A VIDA SE REPETE NA ESTAÇÃO. “Tem gente que chega pra ficar/Tem gente que vai pra nunca mais/Tem gente que vem e quer voltar”

Por Valmir Abreu

Era uma vez, em tempos de grandes decisões, um político se viu diante de um dilema quase shakespeariano: “Ficar ou não ficar, eis a questão.”

Naquele momento, com os holofotes voltados para ele, os murmúrios se espalhavam pelos corredores do poder. Uns apostavam que ele daria espaço ao “crustáceo” – “o fiel escudeiro que aguarda sua vez” – enquanto outros juravam que ele tinha planos para a câmara alta do Brasil.

Mas então, numa tarde ensolarada, nas margens do rio Pericumã – baixada maranhense – ele decidiu canalizar o espírito de Dom Pedro I, que em  9 de janeiro de 1822, há 203 anos, declarou com peito estufado:

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico!”

No entanto, este político moderno “passado na casca do alho” como se diz aqui no Nordeste, sabe como ser enigmático.

Em sua declaração, soltou algo como:

“Minha missão é maior do que cargos e títulos. Tenho responsabilidades com o povo, com a gestão, e com as ideias que me trouxeram até aqui. O futuro? Bem, o futuro a Deus pertence… e aos estrategistas políticos também!”.

Deixou no ar, como que pendurando a decisão em um varal de incertezas.

Ficará até o fim, liderando com força e firmeza? Ou será que esta fala é um ensaio para uma despedida heróica rumo a novos desafios?

Enquanto isso, o “crustáceo” – sempre elegante e educado – aguarda, sorrindo de canto, como quem pensa: “Se ele for, já estou aqui. Se ficar, continuarei aqui também”.

No final, a plateia, composta de eleitores curiosos, ficou com a dúvida que alimenta o cenário político desde 2022: quem realmente fica e quem só está de passagem?

Porque, sejamos francos, na política, o “fico” pode ser tão transitório quanto o “vou”.

E a cadeira de poder não gosta de ficar vazia por muito tempo…

*9 de janeiro de 1822 entrou para a história como o dia em que Dom Pedro I publicamente declarou que ficaria no Brasil e não retornaria para Portugal

De como Lula e a esquerda conseguem diminuir a pobreza no país…

É quase um ciclo crônico o que ocorre no Brasil e no mundo: a esquerda eleva as condições de vida em todos os níveis, muitos enriquecem e se acham melhores que os de baixo, elevando ao poder o pessoal da direita, que favorece os mais ricos; e o ciclo recomeça

 

O CICLO RECOMEÇOU. Dois anos após reassumir o comando do país, Lula e seu governo apresentam os primeiros resultados socio-econômicos

Não é novidade o principal foco do noticiário sócio-econômico no Brasil esta semana: “8,7 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza entre 2022 e 2023”.

A mesma notícia – praticamente igual e sem tirar uma vírgula – foi dada em 2005, na análise dos números do IBGE no segundo ano do primeiro mandato do presidente Lula (PT). 

É simples assim.

  • os programas de transferência de renda são, no mundo todo, os mais eficazes para combater à pobreza e à extrema pobreza;
  • e estes programas são foco de políticas públicas dos setores da esquerda – não da direita – usados em todos os países do mundo.
A queda na pobreza em 2023 é resultado, principalmente, do dinamismo no mercado de trabalho e do aumento na cobertura de benefícios sociais”, diz Leonardo Athias, gerente de Indicadores Sociais do IBGE.

Mas é quase um ciclo crônico.

A esquerda vence as eleições, implanta seus programas sociais, tira as pessoas da pobreza e muitas enriquecem; Ao enriquecer, muitos se acham na elite social, começam a criticar os programas sociais e passam a defender os postulados da direita, que, no poder, beneficiam os mais ricos; e o ciclo recomeça. 

Dizer que a direita favorece os mais ricos não é uma crítica; é uma constatação.

Pela sua própria essência ideológica, a direita pensa nos mais capazes, mais fortes, mais ágeis, mais altos. Entende que são os melhores que precisam ser beneficiados com as políticas públicas, e que esses melhores carregarão os demais.

Por isso os ciclos se repetem mundo a fora.

  • o Brasil tem caso concreto para análise histórica sobre o enriquecimento e o empobrecimento do país nos últimos 20 anos;
  • a esquerda governou entre 2003 e 2016, período em que milhões saíram da miséria; e foi demonizada no país a partir de 2016.
  • os governos Temer e Bolsonaro, entre 16 e 22, apostaram nos postulados da direita; o resultado histórico é conhecido por todos.

Na mesma semana em que se tem a boa notícia de que milhões deixaram a linha da pobreza no país, o tal “mercado” reclama do pacote fiscal do governo Lula; e qual o maior ponto de insatisfação? a isenção do imposto de renda para os que ganham até R$ 5 mil.

É o mesmo mercado que comemora lucro de R$ 28,4 bilhões dos bancos apenas no terceiro trimestre de 2024. São R$ 28,4 bilhões em três meses, e pra produzir o quê?!?

É assim que se entende direita e esquerda…

André Fufuca vai representar o Brasil na abertura da Olimpíada de Paris…

Ministro maranhense do Esporte estará na cerimônia de abertura, em 26 de julho, acompanhando a delegação brasileira, que já tem 219 atletas confirmados na competição

 

André Fufuca com Lula e parte dos atletas brasileiros; ministro estará em Paris, na abertura dos Jogos Olímpicos

O ministro do Esporte André Fufuca (PP) será o representante do Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.

Ele acompanhará a delegação brasileira, que já tem 219 atletas confirmados em várias modalidades; nos jogos de Tóquio, o Brasil competiu com mais de 300 atletas.

O presidente Lula (PT) foi convidado, mas não participará da solenidade.