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Roberto Rocha tenta aliança com Maura Jorge, que recusa ser vice…

Encontro foi confirmado pela assessoria dos dois pré-candidatos, cada uma com sua versão para a história; senador tucano ainda defende a unidade de todos os candidatos da chamada Terceira Via como opção à polarização entre Flávio Dino e Roseana Sarney

 

“UNIÃO DE TODOS”. Roberto Rocha quer a unidade da Terceira Via e buscou Maura Jorge como opção de chapa; ela recusou

O senador Roberto Rocha, pré-candidato do PSDB ao Governo do Estado, procurou a ex-prefeita Maura Jorge (PSL), há duas semanas, para tentar um acordo de aliança para as eleições de outubro.

O encontro, que ocorreu às vésperas da vinda de Jair Bolsonaro (PSL) ao Maranhão, foi confirmado tanto pela assessoria de Maura Jorge – que revelou o convite para ela ser vice e a recusa da proposta – quanto pelos aliados de Rocha, segundo os quais a conversa se deu apenas em torno da “cenários para a Terceira Via”.

De acordo com o que apurou o blog, a proposta de Rocha era mesmo ter Maura Jorge como companheira de chapa.

Mas ela agradeceu, explicou que não está por ambição de poder e não aceitou – afirmou um aliado da ex-prefeita, em contato com o blog por aplicativo de troca de mensagens.

A versão do senador tucano, que falou por intermédio de sua assessoria, é a de que Rocha “não queria que, lá na frente, fosse acusado de nunca ter tratado com a Maura a possibilidade de uma composição com ele”.

Mesmo diante da recusa de Maura Jorge, Roberto Rocha se disse ainda disposto a lutar pela unidade da Terceira Via, visão que, segundo ele, se reforçou com a consolidação da candidatura da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

– Com a confirmação da candidatura de Roseana na Segunda Via, a união de todos na Terceira Via seria mais viável – afirmou o senador, ainda segundo sua assessoria.

Além de Maura, os tucanos incluem como opção neste bloco o deputado estadual Eduardo Braide (PMN).

Que mantém absoluto silêncio sobre o processo eleitoral.

Mas esta é uma outra história…

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José Reinaldo e a construção da via alternativa…

Ex-governador tem um plano audacioso: filiar o deputado Eduardo Braide ao DEM, o que garantiria tempo de propaganda ao candidato a governador e ainda criaria um palanque exclusivo para o partido no Maranhão

O ex-governador José Reinaldo Tavares decidiu mesmo arregaçar as mangas com um projeto ambicioso: vencer, pela terceira vez, uma eleição majoritária no Maranhão.

E para isso, não cansa de articular, em busca das condições para viabilizar seu projeto.

José Reinaldo quer o controle do DEM no Maranhão.

E tem trunfos para convencer a direção nacional do partido.

Além de levar deputados e prefeitos para a legenda, José Reinaldo tenta garantir o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) como candidato da legenda ao Governo do Estado. Com a ação, acertaria em dois pontos:

1 – Garantiria ao deputado o tempo de propaganda necessário para fazer a campanha de forma consistente;

2 – Daria condições ao DEM para ter um palanque exclusivo no Maranhão, em caso de candidatura presidencial.

O ex-governador tem agido ininterruptamente para atrair prefeitos, deputados federais e estaduais para o seu projeto de construção via alternativa no Maranhão.

José Reinaldo quer criar um grupo tão forte eleitoralmente quanto os que se desenham em torno de Flávio Dino, de Roseana Sarney (MDB) e de Roberto Rocha (PSDB).

E a partir daí, criar as condições de vencer em um eventual segundo turno.

É aguardar e conferir…

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Imagem do dia: José Reinaldo em plena ação…

Ex-governador já decidiu que quer atuar ativamente nas eleições de outubro; e se reuniu nesta sexta-feira com o deputado Eduardo Braide, mantendo, por uma semana completa, o debate sobre seu posicionamento eleitoral

 

Mestre na arte de gerar fatos políticos, o ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido) está há uma semana na mídia, como protagonista do cenário eleitoral maranhense. E deve se manter assim por todo o final de semana, a partir da imagem acima.

Tavares reuniu-se num almoço com ninguém menos que o deputado Eduardo Braide (PMN), cotado como opção para o Governo do Estado.

Nenhuma informação vazou da conversa entre os dois políticos, mas a foto foi suficiente para gerar interpretações as mais diversas.

Exatamente como quer José Reinaldo…

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José Reinaldo já articula a Terceira Via…

Governador quer formar novo palanque no Maranhão, com dissidentes do grupo do governador Flávio Dino e novos oposicionistas não vinculados ao grupo da ex-governadora Roseana Sarney

 

José Reinaldo quer reunir o maior número de dissidentes do dinismo e do sarneysimo em um novo palanque

O deputado federal José Reinaldo Tavares (sem partido) iniciou movimentos firmes para criar um novo grupo político no Maranhão, pronto para as eleições de outubro.

Ele quer reunir no mesmo palanque os pré-candidatos Roberto Rocha (PSDB) e Eduardo Braide (PMN), e outras lideranças oriundas dos grupos do governador Flávio Dino (PCdoB) e da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Na lista das articulações de José Reinaldo estão também os deputados federais Waldir Maranhão (Avante) e Luana Alves (PSB), os estaduais Alexandre Almeida (PSD), Neto Evangelista (PSDB) e Fábio Macedo (PDT), e os prefeitos Hilton Gonçalo (PCdoB) e Luis Fernando Silva (PSDB), assim como o ex-prefeito Sebastião Madeira.

O ex-governador pretende deixar claro ao eleitor a não vinculação a nenhum dos grupos políticos que se digladiam pelo poder no estado desde as eleições de 2006.

O objetivo é apresentar uma nova alternativa, reunindo essas lideranças em um único palanque.

É aguardar e conferir…

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Polarização marca início da eleição maranhense…

Roseana Sarney deve reunir, além do MDB também o PV, o PSD e pequenos partidos; Flávio Dino terá as maiores legendas de esquerda, restando poucos partidos para os demais candidatos; Braide tem condições de encarnar Terceira Via

 

Roseana e Flávio Dino reúnem as melhores condições partidárias para a disputa

 

Embora aliados dos demais candidatos se incomodem, é clara a polarização entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) na disputa pelo Governo do Estado.

Eles são os únicos com chapa de candidatos a senador definida ou em disputa aberta por nomes já postos – ao contrário dos demais candidatos – e são também os com poder de atração de legendas.

Flávio Dino deve reunir praticamente todos os partidos da chamada esquerda, desde o PCdoB, passando pelo PSB, PDT e PT; também terá parte da direita, com PPS, DEM, PR e PP, além de pequenos partidos.

Roseana, por sua vez, terá com seu MDB o PV e, provavelmente, o PSD, além de outros tantos de pequenas legendas.

Se decidir entrar na disputa, Eduardo Braide tem condições de encarnar a Terceira Via

Aos demais candidatos – mesmo aqueles como o senador Roberto Rocha e o seu PSDB, por exemplo, que rechaça a ideia de Sarney X anti-Sarney – restam poucas opções de partidos para compor chapa.

A polarização entre Roseana Sarney e Flávio Dino só deve ser quebrada caso o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) confirme candidatura, encarnando a terceira via.

Mas esta é uma outra história…

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João Alberto e um projeto de governo para 2018…

Senador já estuda a possibilidade de concorrer ao governo maranhense encabeçando o PMDB numa chapa alternativa à dicotomia dos grupos de Flávio Dino e de Roberto Rocha; e o caminho pode passar pelas eleições de São Luís

 

Eliziane Gama com João Alberto; uma via alternativa para 2018

Eliziane Gama com João Alberto; uma via alternativa para 2018

Quem conversa mais reservadamente com o senador João Alberto de Sousa ouve dele uma análise de conjuntura que inclui o PMDB na linha de frente da disputa pelo Governo do Estado, em 2018.

E ao contrário do que há de se supor, o projeto não passa pela ex-governadora Roseana Sarney ou pelo senador Lobão Filho.

O próprio João Alberto – em fim de mandato no Senado e sem interesse na disputa pela reeleição – mostra-se interessado em encarar o desafio.

Já se sabe que, muito provavelmente, as eleições de 2018 terão, de um lado, o governador Flávio Dino (PCdoB) disputando a reeleição – ou indicando um candidato – numa aliança com PDT e PT; e, de outro, o senador Roberto Rocha (PSB), que sonha com uma aliança com o PSDB.

O PMDB entraria com a candidatura de João Alberto, abrindo vaga de candidatos a senador para o PV – muito provavelmente Sarney Filho – e atraindo outros partidos para a vice e para  segunda vaga de senador.

É neste ponto que entra a deputada Eliziane Gama, seu PPS, e a Rede Sustentabilidade, que tem entre seus nomes mais respeitáveis o ex-juiz Márlon Reis.

A aliança PPS/PMDB ganharia força, portanto, já nestas eleições de São Luís, com anuência inclusive dos tucanos e com  a participação também do PV.

Mas esta é uma outra história…

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Um embate tucano-petista…

De O EstadoMaranhão

O Brasil se dividiu nas duas últimas décadas em um ringue político de duas correntes ideológicas nascidas praticamente no mesmo berço – o ABC paulista – mas com DNA e projeto de poder antagônicos. Trata-se da disputa político-eleitoral entre o PT, há quatro mandatos no comando do país, e o PSDB, que presidiu o Brasil por outros dois.

E este embate tende a ter uma fase mais aguda já em 2016, quando os tucanos tentarão consolidar-se como opção clara à manutenção do PT na presidência. E é para isso que a decisão nacional do PSDB é ter candidato próprio em todas as capitais, incluindo São Luís. Por isso a manifestação pública do ex-prefeito João Castelo de que vai lutar para ser o candidato tucano na capital maranhense.

Se os tucanos se movimentam em faixa própria, o PT terá que encontrar um rumo para diminuir o desgaste que enfrenta desde a reeleição de Dilma, e a falta de quadros para manter a hegemonia petista em São Luís. E a saída que encontroam é alinhar-se ao prefeito Edvaldo Holanda Júnior (PTC), único capaz de levantar a bandeira do petismo na capital maranhense, mesmo diante do risco de ampliar o seu próprio desgaste, combinado ao dos novos aliados.

E pelo que se revela na última pesquisa DataFolha sobre o eleitorado brasileiro, a briga será mesmo polarizada entre PT e PSDB. O PT tem hoje a preferência de 11% do eleitorado brasileiro; o PSDB tem 9%, uma espécie de empate técnico.

Detalhe: o PMDB tem 6% da preferência do eleitorado.

Como em São Luís a principal adversária de Edivaldo Júnior – a deputada Eliziane Gama (PPS) – tem aberta e pública identidade com os tucanos do PSDB, não é errado dizer que o PMDB, e o PSB podem surgir como a chamada opção de “Terceira Via”, para furar este bloqueio da dualidade ideológica PT x PSDB.

Resta às duas legendas definir um nome e um projeto de poder claro…

Publicado na coluna Estado Maior, de 27/06/2015