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Luis Fernando: “Prefeituras que usam cheques estão mais vulneráveis”…

Luís Fernando alerta sobre uso de cheques por prefeituras

No bojo da Operação Detonando, que elucidou o assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, a Polícia Civil apreendeu 37 talões de cheques de Prefeituras, todos assinados e em branco, na casa do agiota José de Alencar Miranda Carvalho, o “Miranda”, de 72 anos.

Segundo os investigadores, todos os talões apreendidos levam as assinaturas de prefeitos maranhenses.

Nos recursos destinados pela União para investimentos na Educação já é proibido a movimentação por meio de cheques.

Um decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, em agosto de 2011, proíbe estados, municípios e Distrito Federal de fazerem pagamentos com cheques, e determina que a movimentação dos recursos seja feita exclusivamente por meio eletrônico, mediante crédito em conta-corrente de fornecedores e prestadores de serviços, para que sejam identificados os favorecidos dos pagamentos efetuados.

Para o chefe da Casa Civil, Luis Fernando Silva, prefeituras que ainda movimentam suas finanças por meio de talonários de cheques, estão mais vulneráveis a situações constrangedoras, mesmo não mantendo qualquer tipo de relação com agiotas.

Segundo Luis Fernando, a movimentação por meios de movimentação eletrônica, permite mais controle e transparência sobre os gastos dos recursos repassados, além de facilitar a análise das prestações de contas.

Nas palestras proferidas por Luis Fernando no ano passado, durante os Seminários Regionais de Lideranças, o secretário recomendou aos prefeitos, que se utilizavam dessa forma de movimentar os recursos públicos – não somente no âmbito da Educação, mas de todos as áreas – a abolirem esse modelo.

Ele citou o exemplo da época em que assumiu a prefeitura de São José de Ribamar, quando uma das suas primeiras medidas foi abolir a tesouraria do município, que efetuava pagamento por meio de cheque e até em espécie.

– Inicialmente algumas pessoas se assustaram com isso, mas logo entenderam a importância de movimentar os recursos públicos, por meio eletrônico, para a contabilidade e para a transparência – lembrou ele durante os seminários.

Com esse mecanismo, facilita ao prefeito na elaboração de sua prestação de contas, além de promover uma gestão transparente e idônea, como acontece em São José de Ribamar.

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Cheques de prefeituras em poder de agiotas podem ter assinaturas falsificadas…

Os 37 talões de cheques apreendidos pela polícia na casa do agiota José Miranda Alencar, 72, serão periciados pelo Instituto de Criminalística.

Há suspeitas de que as supostas assinaturas de prefeitos tenham sido falsificadas pelos próprios bandidos, presos por ter encomendado o assassinato do jornalista Décio Sá.

Este blog teve acesso às informações em um dos cheques.

Trata-se de um documento no valor de R$ 6 mil, cuja prefeitura não foi revelado. A assinatura que consta do documento é falsa, segundo a primeira análise.

Mas a falsificação não isenta os prefeitos de culpa no crime.

O golpe indica que os próprios prefeitos entregam os talões, como pagamento de dívidas com os agiotas, e os próprios criminosos fazem as assinaturas necessárias.

A polícia vai invesigar agora se há participação de gerentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica nos golpes, que levam milhões das prefeituras maranhenses.

Só com a conivência desses funcionários a quadrilha pode ter acesso aos recursos…

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Ricardo espera desdobramentos no caso Décio…

 

Ricardo quer esclarecimento total dos casos relacionados

Do blog de Robert Lobato, com edição

O secretário de Saúde, Ricardo Murad está satisfeito com o resultado da operação “Detonando”, que elucidou o assassinato do jornalista Décio Sá.

Mas afirmou que, embora satisfeito, espera os desdobramento da operação coordenada pelo secretário Aloísio Mendes.

 – A equipe do secretário Aloísio Mendes é digna de todos os elogios. A governadora Roseana Sarney e o governo como um todo estão satisfeito com os resultados da operação que colocou o assassino de Décio Sá na cadeia juntamente com os mandantes. Agora espera-se os desdobramento da operação e o aprofundamento das investigações para prender mais gente envolvida no crime organizado do Maranhão – disse.

Ricardo Murad era amigo pessoal de Décio Sá com quem mantinha relação muito próxima, e acompanhou de perto as investigações que levaram à prisão dos envolvidos na execução do jornalista.

Da sua página no Facebook, Ricardo Murad cobrou o reconhecimento do trabalho da polícia maranhense por parte do deputado federal Domingos Dutra e do presidente da Embratur, Flávio Dino. Os dois oposicionista eram críticos ferrenhos das investigações e chegavam a desdenhar do trabalho da secretaria de Segurança.

Dutra já se manifestou sobre a elucidação do caso.

Já Flávio Dino mantém-se recolhido ao silêncio arrogante…

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Caso Décio: limitações da acusação ao capitão…

Fábio Aurélio: é preciso esclarecer tudo...

Este blog ainda mantém certa cautela em relação ao envolvimento do capitão PM Fábio Aurélio Saraiva no crime que executou o jornalista Décio Sá.

De concreto, sabe-se apenas que “Fábio Capita” é amigo de infância de Júnior Bolinha, o responsável pela contratação do assassino Jonatahn Souza. O resto são “indícios”, como deixou claro o próprio secretário de Segurança, Aluísio Mendes.

A menos que a polícia tenha muito mais provas além das que foram divulgadas, as acusações contra o ex-comandante do Batalhão de Choque ficam frágeis baseadas apenas nos detalhes revelados.

Segundo a polícia, foi o próprio Jonathan quem revelou pertencer a Fábio Capita a arma com a qual ele executou Décio Sá.

Primeiras perguntas: Mas como o assassino soube de quem era a arma? Foi Júnior Bolinha quem lhe disse? Por que Bolinha faria questão de revelar este detalhe?  Por que o contratante de um crime se expõe a este ponto ao contratar um assassino?

Ainda segundo a polícia, a arma usada no crime foi jogada na baía pelo assassino, que fugiu usando o serviço de ferry boat.

Outras perguntas: se a arma foi jogada ao mar, como saber se era a arma do capitão? Como comprovar, por exame de balística, que as balas saíram de tal arma? Quantas armas tem o capitão sob sua custódia?

A relação de Fábio Capita com Júnior Bolinha por si só já era desaconselhável. Não só a dele, como a de delegados da Polícia Federal, advogados e deputados.

Mas a polícia precisa esgotar todas as possibilidades sobre a participação do oficial no assassinato do jornalista.

Caso contrário, como disse o jornalista Roberto Kenard, poderá punir um inocente. (Leia aqui)

Ou – o que é pior – pode devolver um criminoso às ruas…

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Crocodilo Pedrosa ainda persegue Décio Sá…

 

Pedrosa não consegue esconder o ódio recalcado

Parece movida por ódio pessoal a postura de antipatia que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Antonio Pedrosa, exibe contra o jornalista Décio Sá.

Depoi de chamar jornalistas de “gorilas diplomados”, de desdenhar da comoção pelo assasinato do jornalista e de até atribuir motivos nobres para algumas mortes, Pedrosa agora questiona a ação da polícia no caso.

Em entrevista à TV Cidade, ele disse, com cara odienta, que a investigação teve tratamento diferenciado porque Décio tinha relações com o governo e com o Sistema de Segurança.

O covarde Pedrosa parece nutrir um recalque pessoal não confessado, que o leva a odiar a vítima de crime tão brutal.

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Leonardo Monteiro, a postura de Pedrosa no caso já extrapolou os limites do bom senso.

– Ele, como advogado, deveria saber que a execução brutal de Décio Sá foi um atentado a democracia, à liberdade de imprensa e de expressão – disse Monteiro.

Mas a potura do crocodilo Pedrosa não é única na OAB maranhense. O próprio presidente da entidade, Mário Macieira, se tremia todo quando se referia a Décio Sá, autor de várias denúncias contra a atual gestão.

E sua vice, Valéria Lauande, fala abertamente do ódio que nutria – ou ainda nutre – pelo jornalista.

Lamentável para uma entidade tão importante…

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Hemetério Weba esclarece presença em Facebook de Júnior Bolinha…

O deputado Hemetério Weba (PV) publicou em seu perfil no Facebook um esclarecimento sobre a sua presença como amigo na rede do agiota Júnior Bolinha, preso por participação na morte do jornalista Décio Sá.

Segundo o parlamentar, a relação mantida em seu perfil é a de um homem públoico, que adiciona a todos que solicitam amizade, até como forma de buscar sugestões e opiniões sobre projetos.

– E hoje, ao saber do envolvimento no crime de um adicionado em minha rede social, exerci o meu direito, que é um direito de todos, de excluir aqueles que não possuem valores morais e infringem as leis – afirmou o parlamentar (leia a íntegra na reprodução ao lado)

Weba era um dos seis únicos “amigos” da rede de Júnior Bolinha.

Este blog publicou a relação na manhã de quinta-feira. Minutos depois, a imagem do parlamentar foi excluída, sendo bloqueada no perfil do criminoso.

As explicações do deputado têm respaldo na própria forma de comportamento no Facebook. É natural que qualquer solicitação de amizade seja aceita.

A exclusão após saber de quem se trata é uma medida correta.

Caso encerrado…

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Deputado desaparece da página de Bolinha no Facebook; Buchecha também apaga fotos…

 

Até hoje de manhã, Weba era o primeiro "amigo" na lista de Bolinha...

A publicação do post “Relações Perigosas”, nesta quinta-feira pela manhã, gerou uma intensa movimentação nos perfis de Facebook de Júnior Bolinha e Fábio Buchecha, presos por envolvimento  na morte do jornalista Décio Sá.

Menos de meia hora depois da publicação do texto o perfil do deputado Hermetério Weba (PV) havia desaparecido da lista de amigos de Júnior Bolinha.

Como Bolinha está preso, o mais provável é que o perfil de Weba tenha sido bloqueado no agiota, como que se excluindo da sua rede de relacionamentos.

Mais curiosa ainda foi a movimentação percebida no perfil de Fábio Buchecha.

O blog revelou que o agenciador do pistoleiro que matou Décio Sá tinha, em seus albuns de fotografia no facebook, um dedicado exclusivamente a uma das filhas de Weba, em que o próprio Bochecha era um dos convidados.

...mas, à tarde, já tinha sido excluído

Hoje à tarde, todas estas fotos foram apagadas.

Quem vasculhou o perfil do acusado durante a tarde põde perceber que estava on-line, com as fotos sendo apagadas no mesmo momento em que se tentava acessá-las.

Como Bochecha também está preso, alguém acessou seu perfil no facebook com a clara intenção de apagar provas de suas relações.

Este blog insiste que não levanta qualquer suspeita em relação à presença de personalidades em perfis de criminosos nas redes sociais.

Mas a forma como tentaram apagar estas relações é que levantam dúvidas…

 

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Relações perigosas…

Página do facebook de Júnior Bolinha

Quem frequentar as páginas de Facebook e do Twitter de alguns dos acusados pela morte do jornalista Décio Sá vai ver uma estranha coincidência nas relações deste pessoal com pessoas influentes da sociedade maranhense.

O perfil de Júnior Bolinha, por exemplo, tem apenas seis “amigos” (pessoas que se relacionam entre si pela rede social). Entre estes “amigos” estão os deputados estaduais Raimundo Cutrim (PSD) e Hemetério Weba (PV).

Já o perfil de Fábio Aurélio, o Buchecha, tem até um album de fotos dedicado exclusivamente ao casamento de uma das filhas de Weba, em que o próprio Buchecha aparece como feliz comensal. (Veja aqui)

Estas informações foram cruzadas pela polícia, que as relaciona com ligações telefônicas feitas por Gláucio Alencar e seu pai, José Miranda.

Os carros apreendidos pela quadrilha também guardam esta relação perigosa.

A presença de autoridades como “amigos” em redes sociais de pessoas com perfil não-recomendável, a princípio não quer dizer nada.

Mesmo por que, qualquer um pode solicitar “amizade” no face e, em alguns casos, a pessoa – ou sua assesssoria – acaba aprovando esta solicitação até de forma mecânica.

Outro detalhe curioso: Jonathan de Souza, o executor de Décio Sá, responde a dois processos nas instâncias superiores da Justiça. Seu advogado nestes casos é o ex-deputado estadual Franklin Seba, da região de Santa Inês.

Seba compôs o grupo de advogados que, em 1999, defendeu o ex-colega José Gerardo de Abreu na CPI do Crime Organizado. Naquela ocasião Weba também figurou como investigado.

Vale repetir que esta relação entre essas pessoas – a princípio – não quer dizer nada.

Mas não deixa de ser informações importantes para uma investigação que se pretende chegar a crimes graves, como agiotagem, extorsão e assassinatos – e à suposta rede de proteção que esta quadrilha mantinha no Maranhão.

Uma relação perigosa por si só…

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E os carros? Pertencem a quem???

A polícia apreendeu três carros na casa que servia de esconderijo para o assassino do jornalista Décio Sá, na região do Turu.

São dois automóveis er uma caminhonete.

Desde ontem, várias especulações sobre a propriedade dos veículos começaram a surgir nos meios jornalísticos.

A caminhonete, por exemplo, tem relação com as amizades que Júnior Bolinha e Buchecha mantinham com gente de poder no Maranhão.

Relação que eles faziam questão de exibir nos perfis que mantinham nas redes sociais, como Facebook e Twitter.

Os delegados não divulgaram nomes dos proprietários dos carros, mas deixaram claro que as investigações continuarão.

E mais surpresas devem vir por aí…