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Aluísio perdeu as condições de ficar no comando da Segup…

Valdêmio: assassinado a tiros

A governadora Roseana Sarney (PMDB) tem obrigação de mudar toda a cúpula da Secretaria de Segurança Pública.

A execução do criminoso Valdênio José Silva – preso em abril como suspeito de participação no assassinato do jornalista Décio Sá – estava anunciada em letras garrafais.

E se a polícia não evitou, figura como cúmplice dos criminosos – de uma forma ou de outra.

Aluísio Mendes e sua equipe falharam mais uma vez, como falharam também na investigação do caso Décio.

Veldêmio foi preso sob suspeita de dar fuga ao pistoleiro que assassinou o jornalista.

Dias depois, em uma conversa com o titular deste blog, testemunhada por diretores e jornalistas do Sistema Mirante – o secretário afirmou ter o pistoleiro confessado participação em um crime recente, em Teresina.

A polícia também sabia que o bandido já tinha sido preso em Alagoas, por chefiar quadrilha de roubo de cargas e era conhecido na Vila Pirâmide como agenciador de pistoleiros.

Mesmo assim, o pôs em liberdade há 15 dias.

O próprio sistema de Segurança Pública acaba figurando como suspeito neste caso.

Se a polícia sabia do risco de queima de arquivo, por que o pôs em liberdade? E se o pôs, porque não monitorou a ponto de, pelo menos, saber que ele corria o risco de ser executado?

A incapacidade da Segup em dar respostas ao caso Décio – e agora com a queima-de-arquivo de peça importante no processo –  deixa Aluísio Mendes sem condições de continuar na Segup.

A menos que já tenha elucidado o crime de Décio e esteja proibido de revelar o mandante.

Mas, neste caso, a responsabilidade é do próprio governo…

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Entidade internacional exige solução do caso Décio Sá…

Décio Sá: o crime vai chegar ao segundo mês sem uma resposta sequer...

A entidade americana Overseas Press Club of América encaminhou carta à presidência da República cobrando respostas ao assassinato do jornalista Décio Sá.

O assassinato ocorreu em 23 de abril, mas até agora a polícia não conseguiu uma linha clara de investigação.

À falta de rumo soma-se a desorganização da polícia, que cometeu erros primários – ou calculados – desde às primeiras horas da investigação, o que praticamente inviabilizou a elucidação do crime.

Um exemplo é a demora na divuglação do retrato-falado.

Primeiro, a polícia alegou que a divulgação poderia levar à morte do assassino (nada mais primário). Depois, após pressão deste blog, decidiu divulgar a imagem, exatos 30 dias depois, como que para gerar fato no primeiro mês do assassinato.

Detalhe: a suposta imagem do criminoso estava pronta desde a primeira semana após o crime.

– Amigos de Sá, não somente no Brasil como em todo o mundo, estiveram quase descrentes das investigações por causa da aparente impunidade com que estes assassinatos são tratados – diz um trecho da carta da OPCA.

Infelizmente, a carta parece ser só mais uma manifestação de cobrança à polícia ao Governo do Estado e ao governo Brasileiro.

Que entra por um ouvido das autoridades brasileiras e sai pelo outro…

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Caso Décio: se ninguém falar, a polícia também ignora…

Décio: assassinado em 23 de abril

Há mais de uma semana nenhuma informação oficial surge em relação ao assassinato do jornalista Décio Sá.

E se este blog nada fala, a polícia também faz de conta que não é com ela, já que boa parte da imprensa decidiu seguir sua determinação de sigilo.

Nem as audiências com as testemunhas, que estavam sendo repetidas uma a uma, continuaram.

Este blog apurou que muitos dos que seriam ouvidos simplesmente foram dispensados, “para outra data”.

No “cascavilhamento” diário de informações que este blog promove, apurou que tudo continua em banho-maria.

Uma coisa aqui outra ali, uma checagem de informação a mais… e só.

Nada que se possa, pelo menos, acreditar que de se estar no caminho certo.

O silêncio é o maior adversário da elucidação do caso…

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O acaso como tática de investigação

Nas quase dez vezes em que o titular deste blog esteve com os delegados que investigam a morte do jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril, uma palavra sempre saltava nas conversas, como marca registrada da elucidação de crimes nos últimos anos no estado.

O acaso resultou em prisões importantes e descoberta de culpados por crimes de ampla repercussão.

Foram desde mulheres espancadas por bandidos, que, revoltadas, resolveram denunciar o companheiro, até conversas de bares que acabaram revelando indícios checados e confirmados mais tarde.

O fator acaso é tão forte, que um dos policiais não se constrange em dizer que, no Maranhão, a elucidação de crimes de pistolagem requer 20% de técnica e 80% de sorte.

No assassinato de Décio Sá, o acaso parece, mais uma vez, nortear as investigações.

A prisão dos dois supostos suspeitos – um deles já solto – foi resultado deste acaso: a partir de um e-mail fantasioso encaminhado por jornalistas, a polícia determinou a prisão de Fábio Roberto e Valdêmio Silva.

Por acaso, descobriu-se depois que Fábio Roberto era procurado por outros crimes, por isso permaneceu preso.

A aposta no acaso também envolve as denúncias do Disque-Denúncia, serviço privado de auxílio à polícia.

– Vá que apareça alguém que diga uma coisa com sentido?!? –  justificam os investigadores.

E o acaso se prevalece também da falta de estrutura.

Os policiais reclamam, por exemplo, que a polícia não tem autorização do Estado sequer para acessar contas de Facebook, Orkut e Twitter. Até alguns blogs são bloqueados no sistema da Segup.

– Para pesquisar uma pasta de Facebook, por exemplo, precisamos ir à lan houses. Foi assim que elucidamos vários crimes – conta um dos delegados.

Um exemplo de crime elucidado assim foi o que envolveu Thiago de Sousa e Vanessa Matos, dois filhinhos-de-papai envolvidos na morte da advogada Geysa Rocha Pires.

– Eles caíram por que, viciados no Facebook, facilitaram a descoberta do paradeiro – contra outro delegado.

A morte de Décio Sá parece caminhar para o esquecimento.

Quem sabe um dia não apareça alguém na delegacia disposto a falar? Ou, quem sabe, uma investigação de outro caso esbarre em alguém que tenha a falar sobre o crime?

É o  acaso fazendo a sua parte.

É a esperança da polícia maranhense…

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Retrato falado de bandido repercute na Internet…

A imagem eletrônica do assassino

Ganhou forte repercussão nas redes sociais o retrato falado do suposto assassino do jornalista Décio Sá.

Imediatamente após a divulgação pela polícia, a imagem estava em milhares de perfis no Facebook e no Twitter, além de blogs em São Luís, no interior maranhense e em todo o país.

Uma prova de que este blog estava certo quando – voz solitária – resolveu cobrar a divulgação do retrato falado, pronto desde o 4° dia após o assassinato.

Este blog se mantém com a mesma linha crítica em relação à postura da polícia. E mantém a decisão de publicar tudo o que chegar a ele e for divulgável.

E não tem dúvida de que, tudo o que publica, longe de atrapalhar, estão ajudando nas investigações.

Como a cobrança pelo retrato-falado.

Simples assim…

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Polícia ouve, de novo, as mesmas testemunhas do caso Décio…

Imagem meramente ilustrativa

A polícia começou a chamar, novamente, as mesmas testemunhas que já haviam prestado depoimento sobre o assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril.

Desde o início da semana, falou com familiares, jornalistas e trabalhadores dos restaurantes Dona Maria e Estrela do Mar.

Segundo apurou o blog, as testemunhas ouvem algumas das mesmas perguntas já feitas nas primeiras oitivas – e uma ou outra nova pergunta.

A reinquirição de testemunhas mostra que a polícia parece mesmo sem uma linha clara de investigação no caso.

Até a semana passada, nada menos que 100 testemunhas haviam sido interrogadas.

Se, para ouvi-las de novo, os delegados precisarem de mais 40 dias, serão mais 40 dias de oitivas.

E até meados de julho, já próximo de o crime completar 90 dias, o caso ainda não estará elucidado.

E o tempo só ajuda os criminosos…

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Polícia vai divulgar retrato-falado de assassino de Décio…

Décio Sá: finalmente se saberá os traços do seu possível assassino

Quase 40 dias depois do crime, a polícia finalmente deve divulgar o retrato falado do assassino do jornalista Décio Sá.

A divulgação pode ocorrer já nesta quinta-feira, mas ainda não foi definido o horário.

O blog apurou que a cúpula da Segurança Pública está apenas tomando algumas providências antes da divulgação.

Se tiver tempo de garantir todas elas, o retrato-falado será tornado público.

Confeccionado desde os primeiros dias após a morte do jornalista, o retrato foi mantido em sigilo por decisão da Secretaria de Segurança.

Este blog foi o único a levantar, insistentemente, a importância da divulgação para a elucidação do crime. 

Em uma das últimas postagens sobre o tema – segunda-feira – mostrou retratos falados de outros crimes e como influenciaram na descoberta dos criminosos, o que levou a uma reflexão por parte da polícia. (Releia aqui)  

Agora, a própria polícia decide divulgar a primeira “imagem” do que seria o assassino de Décio Sá.

Ainda terá importância???

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Polícia libera “suspeito” do caso Décio Sá…

Décio Sá: solução cada vez mais distante...

A polícia soltou, desde a semana passada, Valdêmio José da Silva, que havia sido preso um dia depois do asassinato do jornalista Décio Sá.

Pelo que apurou o blog, não houve contra o suspeito qualquer prova que justificasse a manutenção de sua prisão temporária.

Valdêmio José foi preso juntamente com Fábio Roberto Cavalcante Lima, exatamente um dia depois da morte de Décio Sá.

Para prendê-los, a polícia baseou-se unicamente em um e-mail encaminhado a alguns veículos de comunicação – e repassados ao secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes – com ilações sobre a ligação dos dois homens com o crime.

Ilações que, ao longo do primeiro mês de morte de Décio Sá, se mostraram absolutamente frágeis.

Este blog já havia anunciado a soltura de um dos presos do caso Décio desde a semana em que o crime completaria 30 dias.

Não havia consistência na manutenção da prisão. (Releia aqui)

O outro suspeito permaneceu preso apenas pelo fato de haver acusações de outros crimes contra ele – inclusive com pedidos de prisão.

Com a soltura, o caso volta à estaca zero das investigações…

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Blog do Décio: Haroldo Silva fala de gorilas e saguis…

Décio Sá, assassinado em 23 de abril...

O blog do jornalista Décio Sá está atualizado desde domingo, com um texto inédito sobre a imprensa.

O jornalista Haroldo Silva brinda os leitores com um texto que fala dos gorilas – seres inteligentes, perspicazes e com grande visão – e dos saguis, “aqueles macaquinhos ladrões, que vivem todo tempo subtraindo o que não lhes pertence”.

Silva faz uma metáfora interessante da situação atual dos jornalistas maranhenses, após assassinato covarde de Décio Sá, em abril. Comparando a atuação de gorilas e saguis, ele diz:

– Tal prática, transportada para o ser humano, ganha em amplitude, pelos alvos que buscam em suas incursões delituosas, macacos esses que às vezes adquirem diplomas graciosos, e sendo incapazes para o desempenho da profissão, buscam refúgios e/ou sinecuras em entidades classistas a que se vinculam e até são guindados a posições relevantes, para as quais não possuem o justo perfil, pois são tortos e desumanos. (Leia aqui)

Mais de um mês depois de sua morte, Décio Sá continua tendo um dos blogs mais acessados do Maranhão. Tanto que, nestes textod e Haroldo Silva, já são nove comentários.

O blog do jornalista assassinado não fica hora nenhuma do dia com menos de 30 usuários on line, o que mostra a sua força na comunicação maranhense.

A sua atualização mostra que Décio continua forte na blogosfera.

Sempre pronto a um bom debate.

Não importa se com gorilas ou crocodilos…

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A evolução dos retratos falados…

 

Homem de braço cruzado é praticamente o mesmo do retrato abaixo

As técnicas de armazenagem e montagem de características pessoais em mídia eletrônica levaram à evolução da preparação de retratos falados nos últimos anos.

Hoje, o resultado final é tão perfeito que a própria polícia põe uma advertência nos cartazes divulgados – de que a imagem não se trata de uma fotografia.

Quem já teve a oportunidade de ver o retrato-falado do provável assassino do jornalista Décio Sá tem a impressão de estar diante de uma fotografia.

Os traços são totalmente perfeitos, coloridos e reais, muito diferentes, por exemplo, das caricaturas desenhadas, que serviram de base, por exemplo, para o retrato-falado de Corumbá, o maníaco que matou mulheres no Maranhão e outros estados no início dos anos 2000.

Os retratos falados – desde que divulgados corretamente – têm papel fundamental em elucidação de crimes e descobertas de criminosos.

Um exemplo é o caso Matosão, aquele bandido assassinado na Ivar Saldanha dias depois de ter sido posto em liberdade da Penitenciária de Pedrinhas.

O negro tem as mesmas características co suspeito acima, de camisa

Repare nas fotos ao lado, em que os criminosos acusados de serem os assassinos de Matosão estão ao lado de algumas mulheres.

 Compare com as imagens à esqeurda, em close, que são os retratos falados.

O homem no canto esquerdo, de braço cruzado, é idêntico ao retrato falado acima, que usa um cordão no pescoço. Já o homem em close, abaixo, é a cópia fiel do retrato falado acima – o negro de olhos “acesos”.

A polícia prendeu os assassinos de Matosão – cujo crime é apontado como queima-de arquivo – exatamente por que divulgou o retrato falado.

É simples assim…