Governistas insistem em usar eufemismos para designar a retirada de R$ 29 milhões dos aposentados – encaminhados para obras da Sinfra – mas não conseguem explicar com base em que lei fizeram isso
Cafeteira leu o que mandaram, mas nada disse
Governo Flávio Dino (PCdoB) e seus asseclas estão soltando faíscas desde a última segunda-feira, 28, quando revelou-se um desvio de R$ 29 milhões no Fundo de Aposentadoria dos Servidores do Estado, deslocados para obras capitaneadas pelo secretário Cleyton Noleto, que é pré-candidato a deputado federal.
Soltam fogo, dizem tratar-se de realocação, remanejamento e outros termos técnicos.
Mas o fato é que houve um desvio, de recursos, de finalidade, de objeto, enfim, um desvio. Ponto.
E o desvio se caracteriza ainda mais pelo fato de que a Lei Geral da Previdência proíbe o remanejamento de recursos de fundos de aposentadorias, que devem ser usados, obrigatoriamente, para honrar os servidores públicos. Houve, portanto, um desvio dessa finalidade.
Cynthia Mota fez gracinhas nas redes; e nada…
Ocupando a função de líder do governo de plantão, o deputado Rogério Cafeteira (PSB) usou termos técnicos para tentar esclarecer que o governo estava amparado. Ficou claro que Cafeteira sequer sabia do que falava.
Quanto a ele, que vive na adjacências do Palácio dos Leões, sem acesso ao núcleo central do governo, dá-se o desconto, já que apenas repetiu o que mandaram dizer.
Mas a chefe do Planejamento do governo comunista – Cynthia Mota – a mesma que ouve de Dino a frase “Deus proverá”, quando fala de falta de dinheiro – arvorou-se até de militante política, ao tratar a questão como mero debate político.
Outro desvio, este de conduta, de uma técnica do governo.
Que deveria se resumir ao seu devido lugar…
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