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Os novos municípios…

Há uma crítica desmedida à criação de novos municípios maranhenses.

Desde que a Assembléia Legislativa decidiu retomar o processo emancipacionista – suspenso desde 1997 – políticos, jornalistas e enxeridos de todas as patentes resolveram questionar a possibilidades de o Maranhão ganhar novas cidades.

Até a governadora Roseana Sarney (PMDB) resoveu aparecer para dar sua opinião. Segundo ela, é preciso que “os municípios sejam auto-sustentáveis”.

Como assim?

Ora, se os povoados emancipacionistas fossem auto-sustentáveis, já não seriam mais povoados.

O que buscam estas áreas é a possibildiade de poder crescer, abandonadas que são pelas sedes – muitas das quais distantes o suficiente para não fazer nada.

Nem o argumento apontado no blog do colega Jorge Aragão serve: segundo ele, nove dos 10 municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Maranhão estão entre os instalados em 1997.

O problema do argumento de Aragão: na época, foram criados 81 novos municípios.

Se destes 81, apenas nove ficaram com 0 IDH de miserável, significa dizer que o processo emancipacionista alcançou o sucesso, já que, mais de 90% das cidades criadas prosperaram e se desenvolveram –  a ponto, inclusive, de crescer acima da média maranhense – um dos últimos no IDH nacional.

Dizer que os novoso municípíos apenas dividirão a miséria, é assumir a capacidade gerencial da classe política maranhense.

Mas do que a miséria, para os povoados emacipacionistas, está-se somando esperanças e sonhos.

E isto não tem preço…

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A cultura do Futebol…

Todo domingo, o programa “Fantástico”, da Rede Globo, tem um quadro que homenageia o cancioneiro brasileiro por meio do jogadores de futebol profissional do país.

Quem faz três gols em uma partida tem direito a pedir música, que é tocada durante a sessão “Gols do Fantástico”, apresentado por Tadeu Schmidt.

O festival de canções também revela um pouco da cultura musical brasileira. Os jogadores representam, em certa medida, a capacidade musical que tem o povo que habita o país.

Em sua maioria, as músicas pedidas vão do Pseudo-forró eletrônico ao Pagode, passando pelo Sertanejo Universitário (?), pelo breguérrimo Arrocha, pelo Axé e pelas histriônicas canções religiosas – católicas ou evangélicas.

Nada se vê de um Chico Buarque, um Milton Nascimento, um Gonzaguinha; nada se vê de um pop-rock do Legião Urbana, dos Paralamas ou do Capital Inicial. Ou mesmo as  chatinhas MPB de Adriana Calcanhoto, Maria Gadú e companhia.

Pop internacional – como U2 e Radiohead – ou clássicos como Guns i’n Roses, Queen e outros, nem pensar!

O gosto musical também revela o nível cultural e social do indivíduo.

Ninguém vê, em praias nos fins de semana, em portas de bar ou postos de gasolina um indivíduo com seu carro abarrotado de auto-falantes tocando um… Caetano Veloso, por exemplo!

É só o batidão do funk, a deseducação do Aviões do Forró & Cia ou a poluição sonora do pagode paulista.

E o futebol reflete isso.

São, em sua maioria, garotos pobres, com muito talento para o esporte e nenhum cérebro.

Que convivem em comunidades pobres, em meio aos “rebolations” e “quero não, posso não” da vida. Que deixam de estudar para se dedicar ao que pode mudar sua vida, levando mundo a fora a carga cultural apreendida.

Quando vencem, estes garotos passam a formar a elite econômica do país.

Embora sem formação cultural básica, falam até três ou quatro idiomas, têm milhões de dólares na conta bancária, mansões nas metropóles e espaço nos programas com maior audiência.

Formadores de opinião, passam a exibir seu gosto pessoal nestes espaços.

E influenciam quanto ao jeito de vestir, de falar  e quanto ao gosto musical, abrindo espaços para estes tipos musicais e formando outras gerações de brasileiros.

E o círculo vicioso da música descartável continua.

Em horário nobre…

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A mídia a serviço dos opressores…

As garras do império sobrepujam a América Latina

Alguns jornalistas têm a tendência de se posicionar sempre ao lado dos poderosos, dos opressores.

É uma postura elitista, típica da formação acadêmica, geralmente influenciada pela convivência com o poder.

A cobertura do caso Osama Bin Laden é um exemplo desta subserviência aos donos do poder.

As redes de todo o mundo vendem as versões americanas sobre a execução do terrorista e formam a opinião pública contra tudo o que vem do Oriente Médio. 

Alguns, sem capacidade crítica, se deixam manipular

E, nas províncias, alguns jornalistas de menor senso crítico, menor formação cultural e menor capacidade intelectual, chegam a aceitar como verdade inquestionável tudo o que é dito pelo imperialismo ianque.

Nada questionam porque dito “pelo presidente americano, que não seria irresponsável”.

Aceitam a sucessão de versões dos opressores por que – alienados pelo serviço de informação imperialista – vêem aqueles que lutam contra o império como inimigos do Ocidente.

E os ianques se divertem com o apoio incondicional dos incultos

Felizmente, há os que pensam, os que questionam e os que querem saber mais.

Estes são donos dos porquês que fazem a história da formação jornalística.

Não se conformam com a versão oficial e vão buscar explicações.

E fazem o contraponto à mídia que está a serviço dos opressores.

Aqui e em qualquer lugar…

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Ministros do Maranhão…Do Maranhão?!?

Novais: morador do Rio de Janeiro

Os jornais noticiaram na Semana Santa que o ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), iria aproveitar os dias de feriadão para descansar com a família.

No Rio de Janeiro, onde mora!

Como assim?

Novais é deputado federal eleito pelo Maranhão. Há anos, pouca relação tem com a terra que lhe dá votos de quatro em quatro anos.

Seus filhos não vivem aqui e aqui ele pouco vem – apenas nos períodos de eleição.

Mas não é o único.

O ministro Edison Lobão (PMDB) e a mulher, deputada federal Nice Lobão (DEM), vivem mais no eixo Brasília/Rio de Janeiro/São Paulo.

Lobão: muito mais em Brasília

Não pela exigência do trabalho, mas pela comodidade da residência nestas cidades, embora aqui estejam todos os negócios da família.

Isto não é de hoje.

Por aqui já foram eleitos senadores, deputados federais e até prefeitos que aqui não viviam – ou não vivem.

Sem falar nos que foram eleitos por aqui, mas não são daqui, tendo aqui como a terra da oportunidade.

Da oposição e da situação, a relação com a terra foi apenas política.

E assim sobrevive o Maranhão década após década…

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Desinformação e fraudes no Jornalismo…

O bom Jornalismo é aquele que informa e não deforma.

E a boa informação, longe dos conceitos ultrapassados de imparcialidade e objetividade, é aquela que deixa claro ao leitor o porquê e o que ele está lendo.

Por isso, é fundamental que seja delineado, editorialmente, a opção política, a ideologia, a visão de mundo e o local de fala de cada jornalista.

A boa informação também deixa claro suas fontes – quando não protegidas pelo direito ao sigilo – e dá os créditos a quem de direito.

A boa informação é aquela que, ao reproduzir textos de terceiros, diz quem é o terceiro; que ao reproduzir imagens, diz de onde elas foram tiradas.

E o bom jornalismo tem obrigação de informar se um texto, um gráfico ou uma eventual imagem foi ou não manipulada.

Informar as alterações no produto original é obrigação do bom jornalismo.

A omissão destes dados – inadivertida ou criminosamente – leva o leitor à desinformação e acaba induzindo ao erro de interpretar algo manipulado como fato verdadeiro.

Um crime contra o Jornalismo e contra a sociedade…

Ilustração disponível no google   
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O quarto centenário…

Por Marcos Galvão

Algumas pessoas se assustam com o vertiginoso crescimento da nossa cidade, principalmente no setor imobiliário; pena que a prestação dos serviços públicos não acompanhou tal crescimento e a qualidade de vida na nossa ilha caiu e muito nos últimos dez anos…

Hospitais superlotados e com péssimo atendimento (inclusive os particulares), trânsito caótico, buracos mil, sistema de segurança público falido, rede de ensino pública carente de vagas, rodoviária e aeroporto obsoletos, sistema de saneamento básico praticamente inexistente (fora a falta d’água quando rompe a adutora), desmatamento, falta de preservação e investimento nas poucas áreas de proteção ambiental, feiras que parecem chiqueiros, estradas que não oferecem segurança e não suportam um simples feriadão, praias poluídas, centro histórico que fede a mijo e cocô …

Nem vou falar dos municípios do interior porque senão…

Esse é o retrato da nossa cidade às vésperas dos seus tão alardeados 400 anos.

Ah! que saudade da nossa São Luís dos anos 80.

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Duas faces da lista fechada…

Do Blog de Ed Wilson Araújo

Na reforma política em curso no Congresso Nacional, uma das propostas que ganham força é o voto em lista fechada. Por essa modalidade, o eleitor vota no partido, mediante uma lista de candidatos. 

A pergunta é: quem faz a lista? No atual espectro partidário brasileiro, o voto em lista vai favorecer o coronelismo nas legendas, ou seja, o controle das listas será feito pelas cúpulas partidárias. 

Nos grotões do Brasil, incluindo o Maranhão, o voto em lista pode ser um retrocesso aos velhos tempos da UDN (União Democrática Nacional), quando eleição era decidida na chibata dos fazendeiros. 

Imagine você a elaboração de uma lista no PT do Maranhão, por exemplo, onde nem as decisões de congressos e plenárias são respeitadas… 

Por outro lado, o voto em lista fortaleceria a idéia do partido, daria consistência ideológica às legendas e fortaleceria a organização institucional das agremiações. 

Tudo assim mesmo, no futuro do pretérito, porque essas possibilidades são muito remotas.

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Aqui, necessariamente, as notícias daqui…

Como sua cultura, as coisas do Maranhão estão presentes aqui...

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A reprodução de textos neste blog prioriza os autores maranhenses e as coisas relacionadas à terra, em todos os seus aspectos – político, social, esportivo, cultural…

O blog reproduz textos nacionais, desde que o assunto tenha a ver com as coisas ou pessoas do Maranhão – e, prioritariamente, os textos são produzidos pelo próprio blog, ainda que com base no original.

Quem quiser ler a Folha online terá acesso farto na Internet. Quem quiser ler O Globo, Estadão, Veja, terá farto acesso na internet.

Este blog considera “preguiça mental” ou “incapacidade de escrita” a reprodução demasiada de textos de terceiros.

Sobretudo texto sem relação com o Maranhão.

O blog valoriza a produção textual própria por que tem em mente uma máxima educacional:

Quem não gosta de ler e escrever, não sabe falar…