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O silêncio…

Uma bolha sobe do fundo do mar. Uma palavra sobe das funduras do silêncio. Inesperada, emissária de um mundo esquecido.

Nosso mistério, nossa oração. Há palavras que dizemos e outras que se dizem.

Existem em nós, não atendem a nossa voz. “São como o vento que sopra onde quer, se ouvirmos o sopro – palavras de oração”

Pássaro selvagem que mora em nós. Longe do que nós sabemos, no lugar dos sonhos. Fora da morada dos pensamentos.

Temos medo das palavras que se dizem. Por isso falamos, palavras contra palavras.

Quando orares, não sejais como artistas,  “que falam palavras que não são suas, que usam máscaras decoradas”

Entra no silêncio, longe dos outros, que as palavras se dirão, depois da espera.

Entra no silêncio, longe dos muitos e escuta uma única palavra, que irá subir do fundo do mar.

Basta ouvir uma vez.

E depois, o silêncio….

Letra e música: banda Catedral
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O “afunilamento” da linha de investigação no caso Décio…

 

Décio Sá: assassinato em abril

A polícia já sabe que uma casa foi alugada na periferia de São Luís para abrigar dois homens que viriam de fora do Maranhão para “um serviço na capital maranhense”.

A polícia vincula uma denúncia do blog de Décio Sá, feita ainda em 2009, a uma outra, do mesmo blog, feita em fevereiro deste ano.

E as duas denúncias têm a ver com a casa alugada na periferia de São Luís.

A polícia sabe de tudo.

Só resta agir…

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Dutra vai à ONU expor Caso Décio…

Dutra quer chamar atenção internacional para o caso Décio

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deputado Domingos Dutra (PT) integrará a comitiva do Brasil na reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.

Dentre outros temas, ele abordará o assassinato do jornalista Décio Sá, cujas investigações ainda não apresentaram qualquer resultado concreto.

– Apresentarei e protocolarei na ONU o relatório da diligencia feita pela CDHM, em São Luís, nos dias 10 e 11/05, juntamente com um dossiê de informações sobre o assassinato do jornalista Décio Sá, morto pela maldita pistolagem existente no Maranhão, e que, mesmo após 30 dias, há poucas informações concretas quanto à execução – manifestou o parlamentar.

Durtra vai falar no conselho da ONU logo após a minsitra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.

A Comissão da Câmara já encaminhou ao Ministério da Justiça a entrada da Polícia Federal nas investigações do caso Décio.

O parlamentar quer chamar atenção internacional para os crimes de pistolagem no Brasil e no Maranhão…

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O que mais escondem no caso Décio???

A polícia manteve em sigilo, por trinta dias, a suposta gravação do assassinato do jornalista Décio Sá, no mês passado, em um restaurante da Litorânea.

Dono do telefone que recebeu a ligação – gravada em secretária eletrônica – o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Leonardo Monteiro, disse ontem, a O Imparcial, ter revelado o caso à polícia no dia seguinte à morte de Décio. (Leia aqui).

Se a polícia escondeu esta gravação – liberando apenas no trigésimo dia do assassinato, como que para gerar um fato novo no caso – o que mais pode ter escondido?

Nunca foi divulgado o resultado dos exames nas balas – lote, a que unidade policial pertence, etc..

Nunca foi divulgado o retrato falado do provável assassino.

Nunca foi revelado o resultado no exame de impressão digital no carregador da arma que matou Décio Sá.

Nunca foi revelada a linha mais provável de investigação adotada pela polícia.

Nucna foram revelados os níveis de participação dos dois suspeitos presos desde o dia seguinte ao crime.

Quanto mais mostra a polícia, mais fica evidente que ela tem mais a mostrar…

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Presidente do Sindicato dos Jornalistas explica obtenção de possível áudio da morte de Décio Sá…

Décio: assassinato pode ter áudio...

O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, Leonardo Monteiro, explicou hoje ao blog como se deu o acesso dele a um áudio que pode ter sido gravado no exato momento da morte do jornalista Décio Sá, há um mês.

Eu passei alguns dias sem ir ao escritório. Quando cheguei, encontrei esta mensagem, do dia do crime, na secretária eletrônica. É uma coisa meio assombrosa – contou o jornalista.

Ele disse que refletiu alguns dias e pediu auxílio de conselheiros do sindicato antes de decidir entregar a gravação à polícia, já que poderia se tratar de trote.

Quando decidi entregar, também autorizei a quebra do sigilo telefônico deste dia, para esclarecer de onde partiu a ligação – contou Monteiro.

Na gravação, já encaminhada à polícia, é possível perceber assovios, alguns disparos e uma espécie de gemido.

A perícia da Secretaria de Segurança do Maranhão já está examinando o áudio, que poderá servir de prova no inquérito que investiga o assassinato de Décio Sá.

As investigações foram prorrogadas ontem por mais trinta dias…

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Caso Décio Sá: o risco do precedente

A sensação de impunidade é um dos efeitos nocivos  da não elucidação do caso Décio Sá.

Sociedade e bandidos esperam com a mesma ansiedade a resposta da polícia ao brutal assassinato.

Sem a apresentação de executores, mandantes e demais envolvidos, fica o simbolismo de que, no Maranhão, qualquer um que incomode pode ser executado sem maiores consequências.

Os bandidos que mataram Décio saberão que podem voltar a matar por que jamais serão pegos pela polícia.  Será estímulo para outros bandidos sentirem a mesma garantia.

E a sociedade viverá eternamente uma insegurança.

Jornalistas, políticos, sindicalistas, advogados, padres, pastores…qualquer um que ousar desafiar as estruturas criminosas pode acabar como Décio Sá.

É este o simbolismo que representa a falta de respostas da polícia.

Algo que não pode se tornar real…

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Caso Décio Sá: 30 dias. E nada…

Há um mês, o jornalista Décio Sá era brutalmente assassinado com seis tiros de pistola “ponto 40”, no Restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea.

O balanço das investigações nestes 30 dias mostram que a polícia pouco avançou no caso – ou esconde informações relevantes à população.

Há dois suspeitos presos, cerca de 100 testemunhas ouvidas, 38 mil registros de ligações catalogadas, um retrato falado não divulgado do assassino… e só.

Alegando proteção às testemunhas, o secretário Aluísio Mendes determinou o sigilo das investigações quatro dias depois do assassinato.

Mais o que se escuta nos bastidores é que não houve qualquer avanço em relação ao que já se sabia antes do sigilo.

Parece não haver nenhuma linha-mestra de investigação, nenhum rumo seguido pela polícia e nenhum grupo de suspeitos catalogados – de mandantes a assassinos.

“Afunilamento” ou “estreitamento” das linhas de investigação são apenas termos do jargão policial para dizer exatamente nada.

O dossiê do caso Décio Sá é um calhamaço de depoimentos, sem nenhuma prova física, sem impressões digitais ou confissões que garantam a instrução de um processo penal confiável.

Para seguir com o caso, a Segup decretou ontem a prorrogação das investigações.

Mas será necessário outra providência: pedir a prorrogação da prisão dos suspeitos.

Mas, a menos que eles tenham relação com o “afunilamento” das investigações, a polícia não terá elementos argumentativos para mantê-los atrás das grades.

E, assim, a elucidação do assassinato torna-se ainda mais difícil…

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Polícia decidirá amanhã se liberta um dos suspeitos do caso Décio…

Décio Sá foi morto neste bar, na Litorânea, em 23 de abril

A cúpula da Polícia Civil deve decidir nesta quarta-feira se mantém preso ou liberta um dos suspeitos de envolvimento na morte do jornalista Décio Sá.

Logo após o crime, em 23 de abril, a polícia prendeu dois homens, baseada em informações do Disque-Denúncia. 

Um deles é Fábio Roberto Cavalcante Lima; o outro é Valdêmio José da Silva.

O blog apurou que a polícia já conseguiu a prorrogação da prisão de um deles, mas não conseguiu identificar qual.

Os delegados que comandam o  inquérito da morte de Décio se reunirão amanhã com o secretário Aluísio Mendes para decidir se põem ou não o outro suspeito em Liberdade.

O assassinato de Décio Sá completa 30 dias nesta quarta-feira…

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Polícia já ouviu mais de 100 no caso Décio…

Décio Sá: um mês do crime. E nada...

Mais de 100 testemunhas, entre parentes, amigos, colegas de profissão, transeuntes e trabalhadores da Avenida Litorânea já foram ouvidas pela polícia nas investigações do assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril.

Chama atenção a quantidade de testemunhas relacionadas ao restaurante Dona Maria, no Calhau.

Alguns colegas de Décio se reuniram no local, no dia do crime, e chegaram a falar com o jornalista, por telefone, antes de sua execução, que ocorreu no restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea.

Do Dona Maria, a polícia ouviu também trabalhadores do restaurante – mais de uma dezena deles.

As demais testemunhas têm a ver com o comportamento diário do jornalista.

São pessoas que estavam no Estrela do Mar no dia do crime, testemunhas do morro por onde o assassino supostamente escapou e um ou outro sem relação aparente com o crime.

Os delegados que investigam o caso têm uma linha que aponta para uma relação entre a morte de Décio e matérias que ele publicou contra pessoas ou grupo de pessoas.

Mas não há nenhum encaminhamento para elucidação do crime…

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Recompensa do caso Décio não é bem vista pela polícia…

Décio Sá: informações valem R$ 100 mil

polícia maranhense considera que a divulgação de uma recompensa de R$ 100 mil para informações precisas sobre o caso Décio Sá atrapalhou mais do que ajudou as investigações.

Para os delegados que presidem o inquérito do assassinato, o valor da recompensa estimula trotes e até possíveis apresentações de supostos culpados – combinados apenas para receber o dinheiro.

A recompensa foi oferecida logo no início das investigações, por empresários cujos nomes foram mantidos em sigilo pelo Disque-Denúncia.

Milhares de informações já foram prestadas via Disque-Denúncia.

Mas a polícia não divulga quais as que considerou, de fato, importantes para a elucidação do caso.