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Flávio Dino mantém omissão sobre festas de reveillon privadas e prejudica negócios

Secretário de Cultura cancelou agenda de eventos públicos durante a festa de fim de ano, mas o secretário de Saúde prega dia e noite que é preciso controlar o período pré-carnavalesco, enquanto Dino diz que só vai tratar do tema em meados de janeiro

 

Não vai ter reveillon, mas vai ter carnaval? Não vai ter nem reveillon, nem carnaval? Sem respotas claras do governo, a programação turística fica comprometida no Maranhão

Na semana passada, pelo menos duas festas grandes de reveillon em hotéis e clubes de São Luís publicaram nota para reafirmar a realização do evento.

As notas são reflexo da falta de alinhamento de discurso do governo Flávio Dino (PSB), que cancelou os eventos públicos na virada do ano, mas nada disse sobre os eventos privados.

O problema é que, enquanto o secretário de Cultura Anderson Lindoso reafirma o cancelamento do reveillon do governo, o secretário de Saúde, Carlos Lula, prega em suas redes sociais que todos os eventos de reveillon e carnaval devem ser cancelados, por causa da variante ômicron, do coronavírus.

Sem um discurso uníssono, as dúvidas ficam na cabeça do cidadão e as vendas de pacotes para os hotéis tendem a cair, o que levou à publicação das notas.

Na última sexta-feira, 3, Flávio Dino voltou a dizer que só vai tratar do carnaval em janeiro, por que a gesta se dá apenas no início de março.

Sem essa garantia do que ocorrerá, promotores e foliões ficam perdidos.

E a tendência é o esvaziamento da festa…

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Carnaval vai depender de prefeitos, avisa secretário de Flávio Dino…

Titular da Saúde, Carlos Lula diz que caberá a cada município analisar a situação da pandemia de coronavírus para decidir se realiza as festas do período; Governo do Estado ainda não se posicionou oficialmente

 

O folião Flávio Dino quer deixar a decisão sobre carnaval nas mãos dos prefeitos no interior, mas nada diz se haverá folia em São Luís

O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, informou que caberá às prefeituras a decisão sobre a realização ou não de festas de carnaval em 2022.

Nesta quinta-feira (25), blogs e setores da imprensa começaram a informar que o secretário teria dito que não haveria carnaval no Maranhão, o que não é verdade.

O secretário fez questão de destacar que não cabe a ele mas sim ao governador e aos prefeitos decidirem, com base na situação epidemiológica, se é ou não viável a realização da festa.

Do Jornal Pequeno

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“Não dê licença para festas, prefeito”, apela chefe do Ministério Público

Procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau aproveitou discurso na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal para pedir auxílio diretamente, tanto de Eduardo Braide quanto dos vereadores, para garantir a não realização de eventos que aglomerem em São Luís

 

Eduardo Nicolau exortou o prefeito e os vereadores a auxiliar o Ministério Público na luta contra as aglomerações no período carnavalesco

O procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau, fez nesta terça-feira, 2, um apelo de corpo presente ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PMN), contra a realização de eventos em São Luis.

– Feche, prefeito. Não dê licença para festas. Pode botar a culpa em mim Eu posso dar a cara a tapa, por que não preciso de voto, mas preciso proteger nosso povo – afirmou Nicolau, em discurso durante a abertura dos trabalhos da Câmara Municipal.

Além do prefeito, o chefe do Ministério Público pediu apoio dos vereadores no sentido de lutar contra a liberação de eventos que causem aglomeração.

– Eu não quero carnaval este ano. E vou lutar pra que não ocorra. Carnaval poderemos ter muitos, mas mortos, nunca mais teremos nenhum. Preciso proteger nosso povo – repetiu.

A sessão da Câmara seguiu todos os protocolos de proteção contra a CoVID-19

O Ministério Público tem sido a principal instituição contra a realização de eventos no período carnavalesco; e tem pressionado Governo do Estado e prefeituras a suspender todo tipo de evento que cause aglomeração.

Na semana passa, bares foram fechados, interditados e até multados, com alguns proprietários presos.

Logo após a sessão da Câmara, o presidente Osmar Filho (PDT), anunciou que tomará na Casa novas medidas de restrição contra a CoVID-19, diante do aumento de mortes nas últimas semanas e o risco de uma segunda onda da doença.

O prefeito Eduardo Braide ainda não se posicionou em relação ao discurso do procurador…

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Em Pinheiro, carnaval também está cancelado

Um dos mais tradicionais eventos deste tipo no interior maranhense foi prejudicado pelo risco iminente de aumento dos casos de CoVID-19 em todo o estado

 

O carnaval de Pinheiro não vai acontecer em 2021 por causa do coronavírus

O decreto de nº 0017/2021 editado pela Prefeitura de Pinheiro proibiu a realização do carnaval no município.

De acordo com o documento, no período compreendido entre 12 e 17 de fevereiro ficam totalmente proibidas as realizações de festividades e demais eventos, públicos e privados, que possam ocasionar qualquer tipo de aglomeração.

Durante esse período ficam cancelados todos os eventos patrocinados pelo Município de Pinheiro, os Órgão Municipais deixarão de expedir alvarás e licenças para a realização de festividades, públicas e privadas, e a venda de bebidas alcoólicas e alimentos em bares, restaurantes e similares, fica condicionada à obediência dos dias e horários e demais restrições já previstas no Decreto.

Em vigor desde último sábado, 23, o decreto de nº 0017/2021 reduziu para 40% o quantitativo de pessoas em eventos realizados em estabelecimentos que promovam atividades musicais, bares e restaurantes, casas de shows e afins, inclusive aqueles localizados em praças de alimentação, galerias e similares.

O decreto ainda reforça a obrigatoriedade do cumprimento das medidas sanitárias e de distanciamento social.

Esses estabelecimentos, bem como aqueles destinados apenas à comercialização de alimentos e bebidas, poderão funcionar nas sextas, sábados e vésperas de feriados até às duas horas da manhã seguinte e aos domingos e feriados somente até a meia noite do mesmo dia.

O documento proíbe a realização de eventos com música ao vivo ou mecânica nas praças, bosques, ruas, avenidas, logradouros públicos de qualquer natureza, bens públicos e de uso comum.

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O cancelamento do carnaval do Maranhão

A Secretaria de Estado da Cultura (Secma) do governo Flávio Dino (PCdoB) confirmou hoje (22), por meio de nota, o cancelamento do Carnaval do Maranhão, nos moldes como vinha sendo realizado nos últimos anos – com circuitos no Centro Histórico de São Luís e cidades do interior.

Segundo o comunicado, a decisão foi tomada em virtude do fato de que, até agora, não há vacinação em massa no país.

Apesar disso, a Secma não trata na nota da proibição de pequenas festas privadas – mas com a ressalva de que estas sejam feitas com até 150 pessoas, como determina decreto estadual.

Veja a nota.

“A Secretaria de Estado da Cultura (Secma) informa que, em razão da falta de vacinação em massa contra a Covid-19, o Governo do Maranhão decidiu não realizar qualquer evento que gere grandes aglomerações, a exemplo do carnaval. Eventos desse porte só serão retomados pela gestão estadual quando houver segurança sanitária e liberação das autoridades de saúde competentes.

Também não há previsão de nova data para celebração do carnaval 2021. A definição de um novo calendário da festividade no Maranhão dependerá da liberação das autoridades em saúde pública.

A Secma esclarece ainda que continuará realizando ações em apoio aos profissionais da arte, assim como foi feito em 2020, quando foram lançados editais públicos com recursos estaduais e por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Lei Federal n° 14.017/20), que beneficiou mais de 3.000 fazedores de cultura de todo o Maranhão.

A fiscalização de festas privadas de pré-carnaval que eventualmente descumpram o decreto estadual n° 36.203, de 30 de setembro de 2020 – norma que autoriza apenas eventos com no máximo 150 pessoas – cabe às prefeituras, à Superintendência de Vigilância Sanitária (Suvisa) e à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).”

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Carnaval pode ser proibido no Maranhão

Ministério Público insiste com recomendações – que já são inerentes à própria situação de pandemia – e cria clima de desmobilização em festas populares, bailes e eventos carnavalescos em todo o Maranhão; felizmente, a vacina chega ao mesmo tempo ao estado

 

Imagens como esta serão raras no Maranhão durante o período carnavalesco sob influência da pandemia de coronavírus, embora com vacina já sendo usada na população

Assim como ocorreu com as festas de reveillon – muitas delas canceladas após ameaças abertas do Ministério Público – o pré-carnaval e o próprio carnaval maranhenses poderão ser proibidos.

No que depender de figuras como o promotor Cláudio Guimarães e outros que o auxiliam na campanha contra tudo o que entendem representar aglomeração, nenhum baile, nenhum bloco, nenhum cortejo sai sem as medidas rígidas de controle contra a CoVID-19.

Isso significa automaticamente a não-realização de nenhuma destes tipos de eventos.

Já imaginou um bloco com a restrição de público em pleno espaço público?

só para efeito de comparação, o que seria da Rua Grande com o controle de acesso limitado a uma quantidade X de pessoas? Felizmente, o Maranhão e o restante do Brasil começaram a vacinar a população nesta segunda-feira, 18.

São imunizantes ainda em fase de testes, sem que se tenha real certeza de seus efeitos.

Mas já é um começo…

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Ministério Público quer inviabilizar pré-carnaval no Maranhão

Instituição quer impedir aglomerações por causa da pandemia, o que significa “ações coordenadas” contra os bailes populares que antecedem o período de momo em São Luís e no interior

 

Os tradicionais bailes de pré-carnaval em São Luís estão ameaçados pelas ações do Ministério Público

Assim como fez com os bailes de Reveillon, o Ministério Público já mandou recado contra os bailes pré-carnavalescos – e contra o próprio Carnaval – em São Luís e no interior maranhense.

Numa nota divulgada nesta quarta-feira, 13, o parquêt anunciou o planejamento de uma “atuação coordenada para impedir aglomerações antes e durante o período de carnaval”.

isso significa dizer que eventos de pré-carrnaval, como os bailes do Centro histórico, blocos de bairros e eventos em bares e restaurantes podem receber visita de fiscais e da polícia.

Na prática, com  a nota, o  Ministério Público tenta inviabilizar a organização desses bailes populares antes mesmo de sua realização, já que, com a ameaça da presença policial, foliões acabam evitando comprar pulseiras ou abadás pra participar da festa.

– Evitar a ocorrência de situações que favoreçam o aumento de casos de Covid-19 no estado é uma necessidade preeminente – afirma o documento do MP. Veja abaixo a íntegra da nota:

 

NOTA

O Ministério Público do Maranhão, reforçando seu papel de defesa dos direitos da população e respeitando a independência funcional de cada membro, informa que está planejando uma atuação de forma coordenada para impedir aglomerações antes e durante o período de Carnaval, assim como tem feito desde o início da pandemia. Esclarece ainda que evitar a ocorrência de situações que favoreçam o aumento de casos de Covid-19 no estado é uma necessidade preeminente. O Ministério Público do Maranhão ressalta que, nos limites de suas atribuições, continuará atuando no sentido de proteger a saúde população maranhense.

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De como a negligência política tornou o carnaval foco da coVID-19…

Baseado em estudos de especialistas e ações governamentais, desde o dia 3 de fevereiro, quando o Ministério da Saúde publicou portaria com “alerta de emergência”, blog Marco Aurélio D’Eça traçou a linha do tempo da chegada da pandemia ao Brasil, agora que já se sabe que o vírus circulava no país desde janeiro, segundo estudo da FioCruz

 

Eram assim que estavam as ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval 2020, mesmo com o alerta de emergência contra o coronavírus

Reportagem especial

3 de fevereiro de 2020. O então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, publica a Portaria nº 188/2020, que declara a “Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional”, diante da gravidade do avanço do coronavírus. (Veja aqui)

O alerta foi encaminhado a governadores, autoridades privadas de saúde e especialistas; também foi criado o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV), mecanismo nacional para atuar no combate ao vírus. 

Em outras palavras: todos os que deveriam já sabiam dos riscos do coronavírus.

Faltavam exatos 20 dias para o carnaval.

5 de fevereiro de 2020. A rede britânica BBC publica em sua edição brasileira post com a seguinte pergunta: “Coronavírus deve cancelar o Carnaval e outros eventos que atraem multidões?”.

No longo texto, o site ressalta a força do contágio do vírus, dá voz a especialistas e autoridades sobre os riscos de proliferação da coVID-19, cita estudos e ressalta:

– No caso do Carnaval, a grande aglomeração de pessoas num espaço reduzido, inclusive trocando abraços e beijos, acaba por facilitar o alastramento de qualquer doença. (Leia a íntegra da reportagem aqui)

Faltavam 15 dias para o início do carnaval.

Já próximo do feriado da folia momesca, a Fundação Arthur Bernardes publicou entrevista com o professor Sérgio Paula, do Laboratório de Imunovirologia Molecular do Departamento de Biologia Geral da Universidade Federal de Viçosa (UFV). 

Objetivo: saber até que ponto as pessoas deveriam se preocupar com o coronavírus durante o carnaval.

O professor-doutor afirmou a reportagem da Funarbe que a preocupação deveria se dar com “outros vírus e bactérias”.

– A transmissão vai ser mais comum e eficaz em países temperados. Por causa do frio, a tendência de condensação populacional é muito grande. Elas ficam mais em locais fechados e com contato mais próximo. Entretanto, mais cedo ou mais tarde ele vai chegar aqui, mas será um caso importado de alguém – estabeleceu de Paula.

E começou o Carnaval.

O ministro Henrique Mandetta editou o “”alerta de emergência”, mas ele próprio disse não haver preocupação com o carnaval

26 de fevereiro de 2020. O mesmo Henrique Mandetta que editou a “Declaração de Emergência de Importância Nacional” afirma, em reportagem do UOL, que sua preocupação era mais com as pessoas em viagem do que com o carnaval.

– A nossa preocupação sempre foi as pessoas saírem do Brasil, porque aqui as pessoas estão dentro de um bioma em equilíbrio – afirmou o então ministro. (Leia aqui) 

E o carnaval 2020 passou…

Parte II

Cenário no Maranhão: Folia, festa e “nem aí!”

Flávio Dino curte a folia momesca no Centro Histórico de São Luís, em meio a multidão de foliões; e o vírus já circulava por aí..

No Maranhão, a preocupação com o vírus sequer existia.

A grande discussão no estado – sobretudo na capital, São Luís – era especular sobre o sucesso ou fracasso do carnaval promovido pelo poder público.

3 de fevereiro de 2020. O secretário de Saúde do Maranhão, advogado Carlos Eduardo Lula, publica artigo no Jornal Pequeno – reproduzido pelo site do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) – em que ironiza o pânico com o coronavírus e minimiza os riscos de infecção e de letalidade da coVID-19.

– Quando o carnaval chegar, não precisamos fugir para as montanhas, comprar roupa de astronauta, construir uma casa no subsolo ou nunca mais sair de casa. O coronavírus não nos renderá um apocalipse, mas toda a preocupação em torno da doença poderia nos lembrar de nossas tragédias cotidianas que teimamos em não solucionar – afirmou Lula. (Leia o artigo aqui)  

E o Maranhão se prepara para o carnaval.

7 de fevereiro de 2020. A infectologista maranhense Maria dos Remédios Branco, professora-doutora da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), declarou ao site “Nossa Ciência” não haver motivo para pânico no Brasil com o coronavírus.

– Aparentemente, a gente não teria preocupação com essa doença no carnaval. Aparentemente não se está numa situação, ainda, de se preocupar nesse nível. Mas a gente tem que lembrar da prevenção. E a prevenção desse coronavírus é muito relacionada a hábitos básicos de higiene, que a gente deveria ter em qualquer situação, independente de ter coronavírus – declarou a médica. (Leia aqui a íntegra da entrevista)

O carnaval estava a 13 dias de começar.

23 de fevereiro de 2020. O governador Flávio Dino publica artigo no site do PCdoB – ilustrado com foto do governador abraçado a foliões em meio à multidão em São Luís – em que celebra a folia momesca no Maranhão.

– As milhares de pessoas que lotaram o nosso pré-carnaval anunciaram o sucesso que temos visto no Carnaval do Maranhão 2020, consolidando-se como umas das maiores festas do país, a cada ano com maior participação popular – comemora o governador.

Carnaval era festa, folia e alegria no Brasil. 

Quase três meses após o carnaval é o coronavírus quem faz a sua festa, destruindo famílias, que não podem, sequer, se despedir de seus entes mortos pela coVID-19

12 de maio de 2020. Estudo da Fundação Oswaldo Cruz, publicado no site da instituição, confirma que o coronavírus chegou ao Brasil quatro semanas antes do carnaval, o que descarta o italiano contaminado em São Paulo como a primeira vítima no país.

– O novo coronavírus começou a se espalhar no Brasil por volta da primeira semana de fevereiro. Mais de 20 dias antes do primeiro caso ser diagnosticado em um viajante que retornou da Itália, em 26 de fevereiro, e quase 40 dias antes das primeiras confirmações oficiais de transmissão comunitária, em 13 de março – afirma o estudo, publicado também no blog Marco Aurélio D’Eça. (Reveja aqui)

Esta linha do tempo mostra que a disseminação do coronavírus pelo país ganhou força com a pouca importância dada pelas autoridades de saúde.

E confirma que o carnaval foi, sim, foco de contaminação.

E não há o que discutir quanto a isso…

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FioCruz revela que coronavírus chegou ao Brasil antes do Carnaval…

Estudo publicado na revista do instituto revela que quatro semanas antes do registro do primeiro caso – o de um italiano que chegou da Europa, em 26 de fevereiro – o vírus já se espalhava pelo país, em contaminação comunitária

 

FioCruz aponta que o coronavírus circulou no país inteiro durante o carnaval, antes do primeiro caso confirmado oficialmente

O Instituto Osvaldo Cruz (FioCruz) divulgou nesta terça-feira, 12, estudo que aponta a presença do coronavírus no Brasil já na primeira semana de fevereiro, ou quatro semanas antes do carnaval.

O primeiro caso oficial no Brasil foi registrado em 26 de fevereiro; tratava-se de um italiano que voltava do seu país para São Paulo e foi diagnosticado com a coVID-19.

Mas, segundo o trabalho, publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, o vírus já estava no Brasil e atuou durante todo o carnaval, que se deu entre os dias 19 e 22 de fevereiro.

Os estudiosos classificam este período de “período de transmissão comunitária oculta” e reforçam a importância de medidas sanitárias assim que os primeiros casos importados surgirem. 

– A intensa vigilância virológica é essencial para detectar precocemente a possível reemergência do vírus, informando os sistemas de rastreamento de contatos e fornecendo evidências para realizar as medidas de controle apropriadas – diz o pesquisador do Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do IOC/Fiocruz, Gonzalo Bello, coordenador da pesquisa. 

Para chegar a estas conclusões, a Fiocruz utilizou metodologia estatística de inferência, a partir dos registros de óbitos. Isso indica que, enquanto os países monitoravam os viajantes e confirmavam os primeiros casos importados da Covid-19, a transmissão comunitária da doença já estava em curso. 

A pesquisa é a primeira a apontar o período de início da transmissão comunitária no Brasil e reforça evidências preliminares de pesquisas conduzidas na Europa a partir de análises genéticas.

Corrobora ainda achados de estudos realizados nos Estados Unidos, que indicaram começo da propagação viral na cidade de Nova Iorque entre 29 de janeiro e 26 de fevereiro. 

Entenda aqui o estudo completo…

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Lava-Pratos: Mais de 100 mil pessoas encerram o Carnaval em Ribamar

O Lava-Pratos em São José de Ribamar, primeiro carnaval fora de época e uma das maiores festas desse tipo do país, este ano em sua 74ª edição, fez a cidade estremecer durante dois dias no último fim de semana. Com uma explosão de alegria, ritmo e animação, o Parque Municipal do Folclore Therezinha Jansen foi o palco da folia nos dias 29 de fevereiro e 1º de março, levando milhares de pessoas para curtir por mais um fim de semana as festividades carnavalescas.

Com atrações locais, regionais e grandes nomes do cenário musical nacional, o Lava-Pratos deste ano se destacou ainda pela grande estrutura montada, que proporcionou aos foliões uma experiência única e eletrizante durante a festa. Outra característica marcante foi a valorização de artistas locais, a alegria no evento e a segurança implantada que trouxe total conforto para jovens, famílias e todos que foram até o local.

Dentre as mais de dez atrações, nomes conhecidos e pratas da casa como a Banda Filhos de Jah, Gargamel, entre outros animaram os foliões. Quem também fez a galera pular foram os cantores Avine Vinny, Andson Mendonça e o Bicho Terra.

Com um forte esquema de segurança, garantido através do apoio da Polícia Militar do Maranhão, o Lava-Pratos contou com estrutura que contemplou policiais militares, equipes especializadas como Batalhão de Choque, oficiais da Cavalaria, o apoio aéreo através do Centro Tático Aéreo (CTA) e oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, além da Guarda Civil Municipal e a segurança privada.

O prefeito Eudes Sampaio, acompanhado do deputado federal Pedro Lucas, dos vereadores Moisés Gama e Cristiano Pinheiro, dos secretários Edson Calixto (Cultura) e Matias Marinho (Comunicação) e da primeira-dama, Joana Sampaio, prestigiou a festa de perto e foi recebido com entusiasmo pela população, ao passar pelo meio da multidão durante as apresentações.

Eudes Sampaio subiu no palco e assistiu a um dos shows mais esperados da noite, do cantor Avine Vinny, que disse estar impressionado com a receptividade e alegria dos ribamarenses. “Eu fiz alguns shows pelo Maranhão durante o carnaval e estou encerrando aqui em São José de Ribamar. Fiquei impressionado com a quantidade de pessoas, a energia e receptividade passada por elas, sei que será uma grande festa”, destacou o cantor Avine Vinny.

O Lava-Pratos 2020 entrou para a história como uma das maiores festas abertas ao público já realizadas no município. Além da grande estrutura e diversidade de atrações, o Lava-Pratos se consolidou mais uma vez como um evento para todos, que movimenta a economia local e leva milhares de pessoas para aproveitar o último grito do carnaval no Estado.

O prefeito Eudes Sampaio ressaltou a importância dada pelo governo municipal para a realização de uma festa bonita, tranquila e segura a todos os cidadãos. “O Lava-Pratos é uma festa tradicional, já ocorre há 74 anos em nossa cidade. Ela representa toda a pujança cultural do nosso povo. Estamos muito satisfeitos pela realização de um evento com organização, alegria, segurança, valorizando a nossa gente”, afirmou o prefeito.