Ao protelar decisão sobre o segundo turno das eleições em São Luís, ex-candidatos deixam que os votos recebidos por eles no primeiro turno se diluam, se sua interferência, entre Edivaldo Júnior e Eduardo Braide, perdendo o timming do debate político
Passados quatro dias da eleição em primeiro turno, o deputado estadual Wellington do Curso (PP), a deputada federal Eliziane Gama (PPS) e o vereador Fábio Câmara (PMDB) seguem em silêncio sobre posicionamento de apoio no segundo turno.
É um erro estratégico.
Sem participação efetiva no segundo turno, os três ex-candidatos verão, já a partir da primeira pesquisa, seus votos diluídos entre Edivaldo Júnior (PDT) e Eduardo Braide (PMN), sem interferência direta deles, o que os tirará do jogo sucessório definitivamente.
Até o PSTU, de pouca efetividade no processo, já anunciou voto nulo no segundo turno, tomando posição clara diante do seu eleitor.
Qualquer que seja a posição de Wellington, Fábio Câmara e Eliziane – de neutralidade, em favor de Edivaldo ou de Eduardo – ela deveria ter sido tomada já nos primeiros dias do segundo turno, a exemplo do que fez a vereadora Rose Sales (PMB).
Apenas dois dias depois de encerrado o primeiro turno, Rose Sales declarou apoio a Eduardo Braide e passou a acompanhá-lo em todos os compromissos de campanha, mantendo-se ativa no jogo sucessório, mesmo fora da disputa.
A essas alturas, os cerca de 150 mil votos recebidos por Wellington, Eliziane e Fábio Câmara já se reposicionaram na disputa, independentemente da posição dos ex-candidatos.
E à medida que o tempo avança no segundo turno, eles vão ficando cada vez mais esquecidos no processo.
E a política não perdoa o isolamento…