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Paulo Victor vence mais uma do Ministério Público; STJ mantém investigações suspensas…

Procuradoria-Geral de Justiça e Gaeco tentaram derrubar a decisão do desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, mas a presidente da Corte Superior, ministra Maria Thereza de Assis Moura, sequer analisou o pedido entendo que as alegações servem apenas para processos cíveis, não criminais

 

Zanoni foi denunciado por Paulo Victor por extorsão e chantagem, o que livrou a Câmara de anos e anos como alvo do Ministério Público

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB) conseguiu esta semana mais uma vitória sobre o Ministério Público do Maranhão e, principalmente, contra o promotor Zanoni Passos: a presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou recurso para que as investigações do Gaeco fossem retomadas contra a Casa Parlamentar.

Na semana passada, o desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos já havia determinado a suspensão de todos os processos relacionados à Câmara Municipal, aos vereadores, servidores e empresários com contratos no parlamento, até que fossem sanadas denúncias de extorsão promovidas pelo promotor Zanoni.

Em denúncia pública no início de dezembro, Paulo Victor mostrou provas de que vinha sendo chantageado e extorquido por Zanoni Passos para que investigações contra ele e contra a Casa fossem paralisadas; mesmo após a denúncia a Procuradoria-Geral de Justiça mostrou corporativismo ao dar de ombros às denúncias contra seu representante.

Este blog Marco Aurélio d’Eça retratou a denúncia do presidente da Câmara no post “Denúncia de Paulo Victor expõe entranhas do Ministério Público…”.

Tentando reverter a situação para voltar a ter a Câmara como alvo, a Procuradoria-Geral de Justiça acionou o STJ, mas o argumento apresentado – o de que “é nítido o manifesto interesse público” nas ações – só vale para processos cíveis, não criminais.

A Câmara Municipal vem sendo alvo, há anos, de ações do Ministério Público, que vez por outra invade a Casa para levar documentos e ameaçar parlamentares e servidores.

Paulo Victor chega ao fim de 2023 como o responsável por paralisar o que os parlamentares entendem por “perseguição”.

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De como Renan Bolsonaro viveu rotina de milionário na gestão do pai presidente…

Alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal, filho 04 de Jair Bolsonaro aumentou seu patrimônio pessoal e seu poder de influência nos anos em que o bolsonarismo estava no poder em Brasília, vivendo em mansões em várias partes do país, carros de luxo e montando empresas com vínculos no Palácio do Planalto; tudo isso com apenas 25 anos

 

O Zero-zero com o Zero-quatro; todos na família agora têm a mesma rotina de relações com o poder e com a polícia

Análise da Notícia

Um dos alvos de operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta quinta-feira, 24, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro – Renan Bolsonaro – é um prodígio aos 25 anos.

Nos quatro anos de mandato do pai, ele saiu de uma vida de classe média alta no Rio de Janeiro para a de empresário milionário do setor de entretenimento, com mansões em Brasília e no badalado Balneário Camboriú, carros de luxo e festas, muitas festas.

Primeiro montou a empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, que intermedia ações de marketing para outras empresas; com ela, ganhou escritório em Brasília praticamente de graça e um carro elétrico, com o qual circulava na capital federal.

Hoje, a a empresa pertence a Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, dono de um clube de tiro de Brasília, conforme documento da Junta Comercial do Distrito Federal. (Saiba mais aqui)

Renan Bolsonaro decidiu transferir-se do Rio para Brasília para tentar a carreira política, até descobrir que estaria inelegível durante todo o mandato do pai; na capital federal morou em uma mansão com a mãe.

Depois da derrota de jair Bolsonaro, o filho 04 ganhou cargo no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), com salário líquido de R$ 7,7 mil. Mas não ficou em Brasília; trabalha no escritório do parlamentar no Balneário Camboriú, onde tem rotina de popstar.

Primeiro morou em um hotel; agora estava em uma mansão, onde a polícia bateu nesta quinta-feira, 24.

É com este histórico que o filho caçula de Bolsonaro entra na mesma rotina dos irmãos 01, 02 e 03; rotina de poder e badalação.

E de acertos com a polícia e com a justiça…

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Aluisio Mendes defende autonomia em investigações para combater a corrupção…

Tese foi defendida pelo parlamentar durante audiência pública realizada nos dias 5 e 6 deste mês na Câmara Federal. Ele foi um dos poucos a comparecer ao ato, reforçando o seu compromisso com o tema

 

Aluisio em debate na Câmara Federal

Aluisio em debate na Câmara Federal

Uma maior autonomia das instituições em investigações que visam combater a corrupção no eixo administrativo foi defendida pelo deputado federal Aluisio Mendes (PTN) durante reunião deliberativa realizada nesta terça-feira (6) na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ele foi um dos poucos parlamentares a comparecer ao ato, reforçando o seu compromisso com o tema, considerado por Mendes como “de suma importância para o país”.

Ao fazer observações sobre a explanação do subprocurador-geral da República e ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão – que esteve na reunião por intervenção do próprio parlamentar maranhense que subscreveu requerimento do deputado Paulo Teixeira –, Aluisio Mendes questionou a atual fiscalização quanto ao uso do fundo partidário. Mendes também afirmou que “os conflitos administrativos” entre distintas instituições comprometem o controle da corrupção.

Outro ponto abordado por Mendes foi a cessão de aposentadorias compulsórias para membros do Ministério do Público e da magistratura, quando eles cometem delitos administrativos ou crimes.

“No meu entendimento, é mais um prêmio do que uma punição. Enquanto todos servidores públicos são punidos com a exoneração, membros da magistratura recebem aposentadoria integral. Ou seja, há uma incoerência clara e absurda que necessita de correção, pois a sociedade não aceita mais esse tratamento diferenciado”, defendeu.

Provas ilícitas

O parlamentar maranhense também questionou os parâmetros usados, por exemplo, para a avaliação sobre a boa-fé na obtenção de uma prova considerada ilícita. Aluisio considera o conceito de boa-fé absurdo e extremamente abrangente, entendendo que caso prevaleça esse pensamento o Estado policialesco e o abuso de autoridade irão prevalecer sobre o Estado Democrático de Direito.

O deputado também perguntou a Eugênio Aragão sua opinião acerca da Proposta de Emenda Constitucional nº 412, de 2009, do deputado Alexandre Silveira (MG), que prevê normas para autonomia funcional e administrativa da Polícia Federal (PF).

Na condição de subprocurador-geral da República, com mais de 20 anos de atuação no MPF e como ex-ministro da Justiça, Aragão posicionou-se contrário à PEC 412, acrescentando não haver paralelo em nenhum país do mundo de instituições policiais dotadas de autonomias previstas nesta PEC.

Por fim, lamentou o quórum baixo na sessão desta terça-feira (6), tendo em vista que a Câmara está em “recesso branco”, diante de tema tão importante.

“Lamento que uma abordagem como esta, tão brilhante como a do senhor Eugênio tenha sido acompanhada por poucos parlamentares. Solicito que a presidência desta comissão agende nova vinda dos ilustríssimos doutores Eugênio Aragão e Jorge Hage Sobrinho, para que possam repetir a importante participação com a presença dos demais membros desse colegiado”, disse.

Atuação

Aluisio Mendes é um dos parlamentares mais ativos na comissão que discute o projeto de lei nº 4.850/16, que trata de medidas de combate à corrupção, em diversas instâncias. Durante a atuação nas reuniões anteriores, Mendes fez sugestões e encaminhou propostas de emendas para o projeto, dentre elas a inclusão de item que garanta o compartilhamento de provas entre os diferentes setores das polícias (Civil, Militar e Federal) e as instâncias do Poder Judiciário.

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PF já pediu arquivamento do processo contra Roseana, mas Janot segura despacho…

seloDocumento encaminhado ao procurador-geral da República desde fevereiro mostra não  haver nada contra a ex-governadora do Maranhão no processo da Lava Jato, mas o chefe do Ministério Público esconde o inquérito, o que força notícias negativas contra ela na mídia nacional, um escândalo de posicionamento político

 

O grifo em vermelho mostra o Ofício encaminhado para a PGR

O grifo em vermelho mostra o Ofício encaminhado para a PGR

Relatório da Polícia Federal encaminhado em 26 de fevereiro ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede o arquivamento do inquérito contra a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) no caso da Lava Jato.

O Ofício nº 0210/2016-RE 0010/2015-1 DPF/MJ-GINQ/STF/DICOR, é assinado pelo delegado Felipe Alcântara de Barros Leal e pormenoriza cada um dos itens da acusação, explicando a falta de provas.

O documento chegou à PGR em 29 de fevereiro, mas até hoje o procurador-geral da República Rodrigo Janot se manifestou sobre o caso.

Em destaque a data em que o procurador Janot recebeu o Ofício e nunca despachou

Em destaque a data em que o procurador Janot recebeu o Ofício e nunca despachou

É preciso ressaltar que Janot tem como principal assessor o procurador Nicolao Dino de Castro e Costa, irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), adversário político de Roseana.

O próprio Dino recebeu doações de empresas investigadas na Lava Jato, mas o MPF jamais abriu qualquer tipo de investigação para esclarecer as circunstâncias desta doação.

O inquérito em que Roseana Sarney é citada é o de número 3977.

No pedido de arquivamento, a Polícia Federal deixa claro que a ex-governadora jamais foi investigada no caso, por absoluta falta de provas.

Desde então, os advogados de Roseana tentam esclarecer por que Rodrigo Janot jamais despachou o pedido do delegado Felipe Alcântara, mas o chefe do Ministério Público tem dado de ombros às investidas da defesa.

E já se passaram quase cinco meses…