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PCdoB se perde em argumentos para contestar blog…

Em nota, partido do governador Flávio Dino se dana a rebater afirmações que este blog não fez e mostra que a tática que será usada pelos comunistas é a de desqualificar o delator

 

Flávio Dino com dirigentes comunistas: precisa melhorar a defesa

O Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil encaminhou nota ao blog em que tenta desqualificar posts baseados nos relatórios da Procuradoria-Geral da República, qeu tratam do recebimento de Caixa 2 pelo governador Flávio Dino.

O blog vai analisar ponto ponto da nota e fazer o contraponto. Abaixo, publicará a íntegra.

O PCdoB começa com uma afirmação despropositada:

– Não é verdadeira a afirmação de que mais de um delator citou o governador do Maranhão Flávio Dino – inicia o documento comunista.

Em primeiro lugar, não há, neste blog, nenhuma afirmação, em nenhum post, de que “mais de um delator citou o governador do Maranhão”.

O que há, e o blog reafirma, é a citação de três envolvidos (mas na verdade são quatro) no relatório da PGR sobre Flávio Dino. (Releia aqui e aqui)

A nota do PCdoB encerra com outra afirmação que o blog não tratou:

– Um deles, Hildo Mascarenhas, chega a dizer explicitamente em seu depoimento que não teve contato com ninguém do partido do governador.

Mais uma vez, o blog recorre ao relatório assinado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para desqualificar a tratativa do PCdoB.

Não há, em lugar algum, afirmação de que Mascarenhas chegou a ter contato com alguém do partido de Flávio Dino.

E nem precisava.

O que o Ministério Público Federal disse é que Mascarenhas era responsável pelo setor de pagamentos de propinas e caixa 2 da Odebrecht.

Tanto que Janot encaminhou também a sua delação ao Superior Tribunal de Justiça. (Releia aqui)

E foi isso que este blog disse. E reafirma.

Quanto ao terceiro delator, João Pacífico, o PCdoB nem tocou porque deve saber que a história é bem maior do que já foi divulgado.

E certamente virá à tona…

Abaixo, a íntegra da Nota do PCdoB:

Partido Comunista do Brasil
Comitê Estadual do Maranhão
Nota de esclarecimento

Sr Marco Deça,

Não é verdadeira a afirmação de que mais de um delator citou o governador do Maranhão, Flávio Dino. Os outros dois delatores são citados por José de Carvalho Filho, mas não citam o governador, o que fragiliza ainda mais a versão apresentada pelo ex-executivo da Odebrecht. Um deles, Hildo Mascarenhas, chega a dizer explicitamente em seu depoimento que não teve contato com ninguém do partido do governador.

Atenciosamente

Egberto Magno

Vice Presidente PCdoB MA no exercício da Presidência

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Antisarneysista, João Bentivi faz espécie de mea culpa…

Em artigo publicado em seu blog, médico-jornalista-advogado-poeta-escritor-e-músico diz-se surpreso com duas coisas na lista de Fachin: a presença de Flávio Dino e a ausência de sarneysistas. O blog traz os trechos principais

 

Bentivi: surpreso com a lista do Fachin

“Todos se lembram que, no domingo passado, em minha postagem, teci lavados elogios ao governador Flavio Dino por sua postura ilibada e sem senões. Bem não fechei a boca e descubro o jovem governante na Lista do Fachin. Não significa culpabilidade, ainda, mas que chamusca a sua biografia, isso chamusca. Vou continuar acreditando no governador.”

“Lista publicada e me debrucei sobre a mesma, eivado por minha doentia curiosidade. Sem querer fui me apercebendo de muitos detalhes e uma dúvida atroz abateu-se sobre meus ombros e consciência: onde estão os sarneisistas na lista? Uma lista que albergou o próprio governador Dino, com tão pouco tempo de embocadura no politiquismo, deveria ter o pessoal do Sarney com embocadura longeva de meio século. Nada, nada, nada.”

“O chefe, presidente Sarney, pelo que notei, foi citado tangencialmente por um tal Sergio Machado e duvido muito que tenha alguma consequência relevante. Ora, um sujeito com mais de 80 anos de idade e mais de 60 anos de vida pública, passar praticamente incólume, nesse estreito de Gibraltar da corrupção, tem que ser registrado com registro favorável. Mas o Sarney, no alto dos seus mais de 80 anos, como disse, pouco tem a responder a justiça, ainda que culpado.”

“O senador João Alberto foi tudo: deputado estadual, federal, prefeito, vice-governador, governador e senador. Não lhe falta currículo e não lhe faltou poder. Ao não recair sobre ele qualquer acusação ou, pelo menos, uma simples dúvida, somos obrigados, eu e você, a carimbá-lo de ficha limpa. Ademais, todos que fazem política nesse estado afirmam algo que faz muito bem a uma biografia política: João Alberto é destemido e um exímio cumpridos de suas palavras.”

“A senhora Roseana, contra quem escrevi centenas de artigos, descrevendo suas inabilitações e desconformidades, deixou-me em situação pouco confortável: não está citada na Lista do Fachin. A cidadã foi deputada federal e governadora quatro vezes, portanto tempo não lhe faltou para entrar na Lava Jato. Não entrou. A desgosto, tenho que carimbá-la, nesse momento, de ficha limpa.”

O ministro Sarney Filho é o caso mais emblemático. (…) Pois bem, esse cidadão é, pela segunda vez, Ministro de Estado, acrescente-se mais de trinta anos de mandato ininterrupto, ser filho de um prócer da república, presidente de partido, líder de bancadas, então se abre a Lista do Fachin e o sujeito não está homenageado. Fica impossível não se destacar o mérito.

“Está, pois, estabelecido o inevitável maniqueismo, mesmo nesse mar de incertezas, de constatações inapagáveis e volumosas surpresas. O nosso governador, na primeira infância da política, ainda que eu creia na sua honestidade (e creio) tem que se explicar e está se explicando. É mau. É mal.

“O sarneisismo político, ainda que eu quisesse apedrejar, mostra-se ilibado pelas mãos do Fachin e não precisa de explicação. É bom. É bem.”

“Finalmente, sou muito feliz em ser jornalista e estou plenamente feliz com esse artigo. As minhas escolhas políticas jamais poderão obscurecer a minha consciência.

Viva a liberdade de consciência.”

(…)

Leia aqui a íntegra do artigo…

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Ulisses Martins assumiu PGE só para celebrar acordo com a Odebrecht, revelam delatores…

Mentor da ex-primeira-dama Alexandra Tavares, advogado foi nomeado pelo então governador José Reinaldo Tavares em fevereiro de 2006, e saiu em outubro, um mês depois de assinar a celebração do pagamento à empresa, do qual recebeu propina de mais de R$ 1,2 milhão

 

José Reinaldo e Ulisses: cargo só para celebrar acordo

Os documentos em poder da Procuradoria-Geral da República – que tratam especificamente do advogado Ulisses de Sousa Martins – mostram uma trama urdida para arrancar milhões dos cofres públicos do Maranhão.

O relatório da PGR mostra que o advogado Ulisses de Sousa Martins assumiu a Procuradoria-geral do Estado no governo José Reinaldo apenas para garantir o pagamento de um precatório de R$ 43 milhões à Odebrecht.

Extrato da escritura assinada por Ulisses Martins e a Odebrecht: registro em cartório

Então professor da ex-primeira-dama Alexandra Tavares, Ulisses foi indicado por ela a José Reinaldo.

Ele assumiu o posto em fevereiro de 2006, quando começou a negociar com a Odebrecht. Em setembro daquele ano, o acordo foi celebrado e o governo aceitou pagar cinco parcelas, de cerca de R$ 8,7 milhões. Em outubro, o advogado deixou o cargo.

A propina de R$ 1,2 milhão – que curiosamente tem até recibo de depósitos – foi paga em uma conta em Nova York, dividida em duas parcelas, em dólar.

Os recibos dos pagamentos a Ulisses Martins: propina com assinatura

Os depoimentos e os documentos indicam também que José Reinaldo pode ter sido enganado pelo procurador indicado por sua ex-esposa.

E Ulisses Martins, curiosamente, continua, até hoje, como advogado de uma das subsidiárias da própria Odebrecht, a Odebrecht Ambiental.

Mas esta é uma outra história…

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A lealdade do PDT a Flávio Dino…

Principais líderes pedetistas no estado o deputado federal Weverton Rocha e o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, foram os únicos membros de partidos diferentes do governador – e da sua base – a sair em defesa pública do comunista

 

Edivaldo coragem para defender em momento difícil

O governador Flávio Dino (PCdoB) vem realizando uma verdadeira cruzada midiática e nas redes sociais para contrapor as graves acusações que pesam contra ele, relacionadas à operação Lava Jato.

Deputados de sua base na Assembleia Legislativa e membros de seu próprio governo têm postado diversas mensagens em rede social reafirmando a confiança na honestidade do governo.

Até aí tudo normal.

Mas, além desses subordinados e correligionários, dois personagens se destacam pela coragem de assumir o apoio ao comunista.

 

O comentário de Edivaldo no Twitter: convicção

O prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior foi um dos primeiros a se manifestar em apoio a Flávio Dino; e o presidente do seu partido, deputado federal  Weverton Rocha também saiu em defesa do comunista delatado na Lava Jato.

Holandinha deixou claro, logo no primeiro dia da acusação contra Dino:

– Manifesto minha solidariedade ao governador Flávio Dino e reafirmo que a verdade irá de prevalecer – disse o prefeito, já no dia 12.

Weverton pede para que o governador seja ouvido

Weverton Rocha comentou ontem sobre o caso, na rede social Twitter; e disse o seguinte:, dando um link para uma fala de Dino:

– A menção ao governador Flavio Dino na lista da Odebretch não deve levar a um julgamento precipitado. Veja o que ele tem a dizer sobre isso.

Weverton Rocha: defesa com propriedade

Os dois pedetistas posicionaram claramente diante de um fato que outros preferiram calar-se.

Independente do mérito da questão envolvendo o governador, tanto Edivaldo quanto Weverton mostraram lealdade.

O que nãos e viu de outros dinistas além d e sua base e de seu corpo governamental…

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Flávio Dino e o discurso padrão dos enrolados na Lava Jato…

Governador comentou nas redes sociais, ontem, logo após seu nome aparecer na nova lista da Lava Jato, liberada pelo ministro do STF, Edson Fachin; a resposta é praticamente a mesma – proforme – de todos os “trocentos” envolvidos no escândalo

 

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Certidão da Câmara indica que Flávio Dino já sabia de sua inclusão na Lava Jato…

Governador comunista solicitou documento da CCJ, emitida em 17 de março, quase um mês antes de o ministro do STF, Edson Fachin, divulgar a lista de delatados pela Construtora Odebrecht

 

Dino se antecipou para apontar dedo; não convence…

Ao que tudo indica, o governador Flávio Dino (PCdoB), já sabia, de alguma forma, que seu nome seria incluído na nova lista de delatados da Construtora Odebrecht na Operação Lava Jato.

E procurou buscar uma espécie de Carta de Seguro da Câmara Federal.

O governador solicitou, e a Câmara emitiu, em 17 de março – quase um mês antes da divulgação da lista, portanto – uma Certidão da Comissão de Constituição e Justiça, que diz o seguinte:

– Certifico e dou fé que (…) o governador e ex-deputado Flávio Dino não apresentou Parecer ou qualquer outra manifestação escrita ao Projeto de Lei 2.279/2007  no âmbito da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – diz o documento, assinado por Alexandra Zaban Bittencourt, secretária-executiva.

Ocorre que Flávio Dino não manifestou parecer por que deixou a Câmara após derrota nas eleições de 2010, quando concorreu a governador.

Foi exatamente para esta campanha que o delator da Odebrecht diz que Dino pediu os R$ 400 mil de propina.

E a carta de seguro obtida por antecipação pelo governador delatado na Lava Jato nada diz sobre a continuidade da tramitação do projeto.

É simples assim…

Veja abaixo a Certidão obtida por Dino:

Documento foi obitido um mês antes da divulgação das delações

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Flavio Dino cobrou R$ 400 mil da Odebrecht para a campanha de 2010…

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), cobrou R$ 400 mil da Construtora Odebrecht para a campanha de 2010.

Na época, o comunista era deputado federal e exigiu a propina para apoiar o projeto de Lei n• 2.279/2007, de interesse da construtora.

A denúncia contra Flávio Dino foi feita pelo delator José de Carvalho Filho, e consta da nova lista da Lava Jato, divulgada nesta terça-feira, 11.

Segundo a denúncia, o dinheiro seria usado na campanha de governador do comunista, em 2010…

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Frase do dia: José Reinaldo sobre a nova lista da Lava Jato…

O deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) informa que sua equipe está apurando as informações divulgadas pelo Estadão e que no momento não irá se pronunciar sobre as investigações. Munido de dados e confirmada a abertura do inquérito, o parlamentar irá prestar todos os esclarecimentos necessários”.

Nota divulgada pela assessoria do parlamentar, na tarde desta terça-feira,11

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Cada vez mais perto…

A confirmação de que o PCdoB recebeu R$ 7 milhões do esquema Odebrecht, em 2014, e a prioridade dada pelo partido à campanha de Flávio Dino, no mesmo ano, põem os comunistas no olho do furacão das suspeitas envolvendo caixa 2 no país

 

Orlando Silva é próximo de Flávio Dino na cúpula do PCdoB; ex-ministro é apontado como articulador do Caixa 2

Os braços da corrupção eleitoral revelada pela Operação Lava Jato começam a chegar, perigosamente, no núcleo do PCdoB do Maranhão formado pelo governo Flávio Dino.

O ex-executivo da Construtora Odebrecht, Alexandrino Alencar, revelou terça-feira, ao ministro Herman Benjamim, do Tribunal Superior Eleitoral, que cuidou pessoalmente do repasse de R$ 7 milhões, de Caixa 2, diretamente ao PCdoB.

A proximidade da corrupção eleitoral com o governador maranhense se dá por dois motivos.

Segundo Alencar, o contato para o propinoduto comunista era feito com um assessor do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, dirigente do PCdoB e um dos maiores entusiastas da campanha de Flávio Dino em 2014. A proximidade de Dino com Orlando é tão forte que um ex-assessor do ministro, Danilo Moreira da Silva, foi nomeado subsecretário do todo-poderoso Márcio Jerry logo no início do governo Dino, em janeiro de 2015.

Outro fato que aproxima da campanha do governador os R$ 7 milhões da propina eleitoral da Odebrecht é um ato político do PCdoB, ocorrido em São Paulo, no final de 2013. Trata-se do Congresso Nacional da legenda, que, naquele ano, decidiu que a eleição de Dino no Maranhão seria a prioridade dos comunistas em todo o país.

Esta decisão do congresso ganhou, inclusive, destaque no portal Vermelho, site de internet vinculado ao PCdoB.

O diretor da Odebrecht não detalhou – e talvez nem saiba – como foram aplicados os R$ 7 milhões da propina paga ao PCdoB em 2014.

Mas o partido tinha prioridades naquele ano eleitoral…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Diretor da Odebrecht entregou R$ 7 milhões ao PCdoB em 2014…

Em depoimento ao TSE, Alexandrino Alencar disse que cuidou pessoalmente do repasse aos comunistas, que tinham como prioridade a eleição do governador Flávio Dino no Maranhão

 

Flávio Dino bateu bola com orlando no ministério

O ex-executivo da empreiteira Odebrecht, Alexandrino Alencar, revelou ao ministro Herman Benjamim, do Tribunal Superior Eleitoral, que repassou, pessoalmente, dinheiro de Caixa 2 a cinco partidos que apoiavam a chapa Dilam Rousseff (PT)/Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014.

A informações foram divulgadas pela Rede Globo. (Veja matéria aqui)

Em seu depoimento, Alencar disse que cuidou pessoalmente dos repasses ao PRB,  PROS e PCdoB; e destinou R$ 7 milhões ao PCdoB, que tinha como prioridade nas eleições de 2014 a vitória do governador Flávio Dino.

O dinheiro repassado aos comunistas foi entregue ao ex-vereador de Goiás, Fábio Tokarski, que atua desde 2015 no gabinete do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

Orlando Silva foi ministro do Esporte no governo Dilma, e esteve no Maranhão na campanha de Flávio Dino.

Márcio Jerry nomeou um dos assessores de Orlando Silva

A relação entre Orlando e Dino é tão forte que o principal auxiliar do governador – secretário Márcio Jerry – nomeou em seu gabinete, em 2015, Danilo Moreira da Silva. O ministro foi demitido por corrupção do Ministério do Esporte. (Veja print nesta página)

O ministro Herman Bnjamim pretende realizar acareação entre alguns depoentes para esclarecer alguns pontos.

Os depoimentos fazem parte do processo que pede a cassação da chapa Dilma/Temer no TSE…