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Interferência de Moro nas delações gerou atrito entre procuradores

Em conversas divulgadas pelo The Intercept Brasil, Carlos Fernando Lima insurge-se contra o juiz, pede mais liberdade para trabalhar, mas é coagido por Deltan Dallagnol a seguir orientação do “chefe” da Lava Jato

 

CARLOS FERNANDO RECLAMOU DA ONIPRESENÇA DE MORO NA LAVA JATO, mas foi repreendido pelo colega Deltan Dallagnol

Novos diálogos divulgados pelo site The Intercept Brasil, sobre a interferência de Sérgio Moro na investigações da Lava Jato, não deixam mais nenhuma dúvida de que o ex-juiz manipulava a acusação contra o ex-presidente Lula.

Nas conversas, um dos procuradores da Lava Jato, Carlos Fernando Lima, reclama ao colega Deltan Dallagnol contra a presença de Moro nos acordos de delação premiada.

No dia 24 de fevereiro de 2015, Lima manda a seguinte mensagem a Dallagnol:

– O procedimento de delação virou um caos. Creio que se a sua divisão de serviço pressupõe que eu e Januário [Paludo] estamos encarregados dos acordos, eles devem ser tratados por nós. Você é o Promotor natural e pode discordar, e eu sempre ouço todos, mas o que vejo agora é um tipo de barganha onde se quer jogar para a platéia, dobrar demasiado o colaborador, submeter o advogado, sem realmente ir em frente. (…) Isso até é contrário à boa-fé que entendo um negociador deve ter. E é bom lembrar que bons resultados para os advogados são importantes para que sejam trazidos novos colaboradores. Eu desejo que sejam estabelecidas pautas razoáveis.

A resposta de Dallagnol deixa claro quem era o chefe da investigação, no caso, o próprio juiz Sérgio Moro:

– Carlos Vc quer fazer os acordos da Camargo mesmo com pena de que o Moro discorde? Acho perigoso pro relacionamento fazer sem ir FALAR com ele, o que não significa que seguiremos. Podemos até fazer fora do que ele colocou (quer que todos tenham pena de prisão de um ano), mas tem que falar com ele sob pena de ele dizer que ignoramos o que ele disse. Vc pode até dizer que ouve e considera , mas conveniência é nossa e ele fica à vontade pra não homologar, se quiser chegar a esse ponto. Minha sugestão é apenas falar.

A orientação de Dallagnol ao colega Carlos Lima mostra, de forma definitiva, que o procurador que coordenava a Lava Jato seguia as ordens do juiz que deveria julgar os casos investigados pelo Ministério Público.

Em outras palavras, Sérgio Moro atuou para condenar Lula e não para julgá-lo à luz das provas.

E, por isso, contaminou o processo…

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Deltan Dallagnol usou cargo até para pedir férias no Beach Park…

Coordenador da Lava Jato, que será investigado por usar o posto para ganhar dinheiro, foi flagrado pedindo hospedagem e ingressos do parque aquático como condição para palestra paga em Fortaleza

 

DELTAN DALLAGNOL NA PALESTRA DA FIEC, EM FORTALEZA, de onde saiu para curtir no Beach Park com todas as despesas pagas, além de cachê de R$ 30 mil

Já desmascarado por usar o posto de coordenador da Lava Jato – e a própria estrutura do serviço público – para ganhar dinheiro com palestras, o procurador Deltan Dallagnol parece cada vez mais mercenário como membro do Ministério Público Federal.

Novos diálogos obtidos pelo site The Intercept Brasil revelam que Dallagnol chegou a negociar até hospedagem e ingresso no Beach Park, no Ceará, como condição para dar palestra paga em Fortaleza.

A Corregedoria Nacional do Ministério Público já abriu inquérito para investigar as palestras daquele que ficou conhcido como paladino da Justiça, e cuja a imagem começa a desmoronar como areia.

– Tais palestras teriam se dado em parceria com empresas privadas, com quem dividiram os valores – diz o documento da CNMP, que determinou a abertura da investigação.

O PARQUE AQUÁTICO CEARENSE QUE SERVIU DE JABÁ PARA PROCURADOR; conselho a Sérgio Moro: “as crianças adoraram”

Dallagnol comemorou o jabá do Beach Park em conversa com a mulher.

– Posso pegar [a data de] 20/7 e condicionar ao pagamento de hotel e de passagens pra todos nós – disse Dallagnol a ela.

Depois de curtir no sol cearense, o procurador chegou a aconselhar o então juiz da lava Jato, Sérgio Moro, a fazer o mesmo.

– Eu pedi pra pagarem passagens pra mim e família e estadia no Beach Park. As crianças adoraram. Além disso, eles pagaram um valor significativo, perto de uns 30k [R$ 30 mil]. Fica para você avaliar – aconselhou.

Ainda não há revelações de áudios que indiquem se Moro aceitou ou não o passeio no Beach Park.

Ainda…

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Qual destes Dallagnol é verdadeiro?!?

Enquanto o jornal Estado de S. Paulo mostra o procurador da Lava Jato insistindo em ser paladino da Justiça, a Folha de S. Paulo revela seu interesse em ganhar dinheiro com a operação, usando, inclusive, a mulher como laranja

 

DALLAGNOL USA A MULHER COMO LARANJA PARA GANHAR DINHEIRO com palestras sobre a Lava Jato

Os diálogos do site The Intercept Brasil já revelaram ao mundo que a relação promíscua entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol tinham um interesse comprometedor: condenar o ex-presidente Lula nos processos da Lava Jato.

Mas mesmo após as conversas reveladas entre os dois, Dallagnol segue endeusado por uma parte da imprensa e da sociedade.

E neste domingo, os dois Dallagnol – o que ensina a combater a corrupção e o que ensina a usar esquemas para ganhar dinheiro – surgem nas páginas dos jornais Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.

Ao Estadão, em entrevista exclusiva, Dallagnol fala de corruptos e condena o uso das conversas em que foi flagrado manipulando processos.

– O interesse é anular condenações e barrar o avanço da investigação. A operação atingiu muitos poderosos e detentores do poder econômico. Poderia ser qualquer um deles, além dos corruptos que ainda não foram alcançados pela Lava Jato – diz o procurador.

Mas as novas gravações reveladas pela Folha de S. Paulo mostram, no mesmo dia, um Deltan Dallagnol bem mais igual aos que ele diz combater.

– Você e Amanda do Robito estão com a missão de abrir uma empresa de eventos e palestras. Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade – ensina à mulher o Dallagnol capitalista.

Amanda de Robito é a mulher do procurado Robson Pozzozon, também da Lava Jato, que entraria com ele na sociedade secreta para arrecadar dinheiro com as operações.

Dallagnol usa as mulheres como laranjas por que a lei proíbe que procuradores sejam sócios de empresas.

Em outras palavras, o coordenador da Lava Jato, que persegue corruptos é, ele próprio, um corrupto, que engana a lei para ganhar dinheiro com suas perseguições.

Simples assim…

 

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Esquema judicial para condenar Lula pode ter funcionado até no TRF-4

Novas conversas em poder do site The Intercept, publicadas pela Veja, apontam para possível direcionamento no julgamento dos casos pelo relator em segundo grau, desembargador João Pedro Gebran Neto

 

DALLAGNOL CHEGOU A IRONIZAR A CONVERSA QUE TEVE COM GEBRAN NETO SOBRE AS PROVAS DA LAVA JATO; caso claro de antecipação de sentença

Um novo pacote de conversas entre procuradores da Lava Jato sobre membros do judiciário reforçam a possibilidade de que a condenação do ex-presidente Lula foi mesmo construída nos bastidores da Justiça brasileira.

E desta vez, as conversas reveladas pela revista Veja, que já está circulando, mostram que o esquema pode ter funcionado também no TRF-4, onde o caso Lula foi julgado em segundo turno, o que resultou em sua prisão imediata.

De acordo com a reportagem, o procurador Deltan Dallagnol conversou com o seu colega procurador Carlos Augusto da Silva Cazarré – que funciona como representante do MPF na segunda instância – sobre o julgamento de um recurso no TRF-4, que tem como relator o desembargador João Pedro Gebran Neto.

Os dois procuradores articulam sondagens para saber se o TRF confirmaria ou não a sentença de Adir Assad, já condenado na Lava Jato. Cazarré diz que vai sondar, mas diz que já havia percebido algo.

Mais grave, no entanto, é a postura de Dallagnol: ele revela que “em conversas fortuitas” com Gebran Neto, recebeu a informação de que as provas eram inconsistentes.

Dallagnol até brinca com a conversa: “nova forma de investigação: conversa fortuita com desembargador”.

Para qualquer jurista minimamente esclarecido, só o fato de o relator do caso manifestar-se sobre a qualidade das provas apresentadas por uma das partes já é suficiente para questionar a parcialidade do julgamento.

A reportagem da Veja adianta que há novos pacotes de conversas relacionadas à segunda instância, que condenou Lula.

Em outras palavras, o cerco está fechando para os paladinos da Justiça…

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A estranha licença de Sérgio Moro…

Um dia depois de reportagens da Veja e da Folha de S. Paulo trazerem mais detalhes da manipulação do ex-juiz na operação lava Jato, o agora ministro da Justiça se afasta do cargo, numa ação que o próprio ministério trata como “férias”

 

SÉRGIO MORO ESTÁ CADA VEZ MAIS ACOSSADO COM AS REVELAÇÕES DE SUA PARCIALIDADE no processo que condenou o ex-presidente Lula

O Ministério da Justiça tratou como “férias” o afastamento do ministro Sérgio Moro, dois dias depois de reportagens da Folha de S. Paulo e da revista Veja mostrarem mais detalhes de sua manipulação no processo que condenou o ex-presidente Lula.

Mas como ele não pode tirar férias com apenas seis meses de trabalho, resolveram criar a figura da “licença sem remuneração para tratar de assuntos particulares”.

De qualquer forma, Moro deixa o posto em um dos momentos mais delicados de sua trajetória.

Para alguns, ele vai tentar, nas sombras, detectar e correr atrás de coisas que possam lhe dar garantias de que novas conversas não venham à tona.

Outros entendem que ele – nas sombras – vai usar colegas ligados à espionagem internacional para corrigir rumos que possam comprometê-lo ainda mais com a parcialidade da Lava Jato.

De uma forma ou de outra, a saída de Sérgio Moro é uma espécie de admissão de que há coisas mais graves no conteúdo revelado pelo The Intercept.

E agora por meio de veículos ainda mais pesados da imprensa nacional…

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Se as mensagens do The Intercept não são autênticas, por que Moro pede desculpas por elas?!?

Mesmo tentando questionar a veracidade dos áudios que o desmascaram, ex-juiz encaminhou pedido de desculpas formal ao grupo Movimento Brasil Livre (MBL) por tê-los chamado de “tontos”

 

Já desmascarado em sua imparcialidade pelas conversas criminosas reveladas pelo site The Intercept, o ex-juiz Sérgio Moro foi pego em mais uma contradição em sua patética tentativa de se livrar das teias que criou.

Ele encaminhou pedido de desculpas formal ao Movimento Brasil Livre (MBL), grupo da extrema direita que foi chamado de “tontos” em uma conversa com o procurador Deltan Dalagnoll.

– Se de fato usei o termo, peço escusas, mas saibam que têm todo o meu respeito e sempre terão – declarou Moro, segundo a gravação publicada no Youtube pelo deputado estadual Arthur Mamãe Falei (DEM-SP), do MBL.

Ora, para tentar salvar a pele das revelações das conversas, Moro tem repetido a cantilena  de que as gravações podem não ser autênticas, terem sido alteradas ou simplesmente manipuladas.

Se ele diz isso, por que pediu desculpas ao MBL?!? Se a parte em que ele manipula o julgamento de Lula para garantir a condenação do ex-presidente é uma fraude, por que só a parte do MBL é verdadeira.

A situação do agora ministro da Justiça é uma das mais delicadas da histórica das figuras públicas no Brasil, não importa se [ainda] tenha ou não apoio popular.

E quanto mais ele tenta negar os fatos, mas se comprova sua intenção de manipular o julgamento de Lula…

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Análise do caso Lula no STF vira drama judicial após desmascaramento de Moro…

Resta provado que o ex-juiz da Lava Jato manipulou o Ministério Público, a Polícia Federal, o STF e o próprio processo para levar à condenação do ex-presidente, o que torna nulas as suas decisões

 

MORO ATUOU DIRETAMENTE PARA AFASTAR PROCURADORA LAURA TESLLER DO CASO LULA por que queria alguém mais alinhado ao seu propósito de condenar Lula

Se o Supremo Tribunal Federal sentar-se mesmo nesta terça-feira, 25, para analisar pedidos da defesa de Lula, só tem um caminho a tomar: a anulação da condenação do ex-presidente pelo ex-juiz Sérgio Moro.

Moro contaminou o processo ao manipular o Ministério Público, orientar a acusação, modificar fatos para jogar a opinião pública contra os acusados e contra o próprio STF, além de trocar inquiridores para alcançar resultados mais satisfatórios.

E essa troca de inquiridores , revelada pelo blog Marco Aurélio D’Eça, semana passada, é o mais grave crime cometido pelo ex-juiz. (Releia aqui e aqui)

A grande mídia tenta passar ao largo desta acusação formal, mas Moro manipulou o Ministério Público para tirar dos depoimento e de Lula a procuradora Laura Tesller, o que de fato ocorreu.

Moro reclamou da procuradora no dia 13 de março de 2017; dois dias depois, em 15 de março, ela já estava fora da audiência do caso Lula.

E ficou fora a partir de então, nas audiências de 20/04/2017, 26/04/2017, 04/05/2017 e a do dia 10/05/2017, quando se colheu o depoimento do próprio Lula. (Entenda aqui)

O ex-juiz da lava Jato manipulou, portanto, para ter um resultado próprio no julgamento, qual seja, a condenação de Lula.

E se um juiz manipula as partes do processo para obter o resultado que ele quer – e não o que as provas dizem – ele não pode julgar o caso.

A condenação de Lula é nula, portanto.

E não há outro caminho para o STF.

É simples assim…

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De como Sérgio Moro manipulou para usar Ministério Público contra Lula…

Ex-juiz da Lava Jato criticou performance de procuradora ao coordenador da Lava Jato, que conversou com um colega sobre mudanças, resultando na alteração da escala de membros do MPF na audiência com o ex-presidente

 

DALLAGNOL E MORO: MANIPULAÇÃO DA ACUSAÇÃO PARA PREJUDICAR A OUTRA PARTE NO PROCESSO, que deveria ser julgado com imparcialidade

O último diálogo do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, revelado pelo blog do jornalista Reinaldo Azevedo e pela Band News, é a prova mais cabal de que o agora ministro da Justiça interferiu decisivamente no processo contra o ex-presidente Lula.

Em 13 de março de 2017, em uma conversa com o coordenador da Lava Jato no Ministério Público, Deltan Dallagnol, Moro critica expressamente do desempenho da procuradora Laura Tesller como inquisidora; e sugere que algo seja feito para o depoimento de Lula.

– Prezado, a colega Laura Tessler de vcs é excelente profissional, mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para o próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem…. – disse Moro.

No mesmo dia, Dallagnol conversa sobre o assunto com o também procurador Carlos Fernando Lima. Os dois travam o seguinte diálogo sobre as audiências, que se conclui desta forma:

Dallagnol: – Vamos ver como está a escala e talvez sugerir que vão 2, e fazer uma reunião sobre estratégia de inquirição, sem mencionar ela…

Lima: Por isso tinha sugerido que Júlio ou Robinho fossem também. No do Lula não podemos deixar acontecer….

E não deixaram acontecer mesmo.

No depoimento de Lula, ocorrido em 10 de maio de 2017, Laura Tesller não estava presente, como queria Moro; ela foi substituída por “Júlio” (Júlio Noronha) e “Robinho” (Robson Pozzobon), como antecipou Lima.

Tradução óbvia: Moro não gostou do desempenho de um membro da acusação, mostrou sua contrariedade ao chefe da acusação, que articulou para que esse membro fosse substituído.

Moro manipulou o processo, portanto, para prejudicar uma das partes, no caso, o próprio Lula.

E sua sentença está contaminada por esta manipulação.

Deve ser anulada, pura e simplesmente…

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Temendo repressão de Sérgio Moro, The Intercept espalha áudios por outros meios de comunicação

Site decidiu fazer parceria com outros jornalistas para evitar que o ex-juiz, desmascarado por conversas em aplicativo de mensagem, tente usar a Polícia Federal em perseguição aos que o denunciam

 

O jornalista Gleen Greenwald iniciou nesta quinta-feira, 20, uma estratégia para evitar que o ex-juiz Sérgio Moro – desmascarado em sua imparcialidade em conversas divulgadas pelo site The Intercept – use a estrutura do Ministério da Justiça para persegui-lo.

Trechos inéditos de conversas interceptadas foram divulgadas pelo jornalista Reinaldo Azevedo, em seu blog no Uol, e mostra que Moro mentiu também ao Senado, ao negar que manipulou indevidamente a Força Tarefa da Lava Jato.

Azevedo revelou que conversas entre os procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando Lima – após sugestão de Moro de trocar uma das procuradoras da Força Tarefa – mostram que o ex-juiz controlava o Ministério Público.

Ficou claro que a sugestão de Moro foi uma interferência direta na investigação da Lava Jato, que ele mesmo iria julgar. (Leia aqui)

O jornalista do UOL é o primeiro a usar trechos inéditos obtidos pelo The Intercept, que decidiu espalhar novos trechos por outros veículos de comunicação.

Acuado nas revelações que desmascaram sua atuação na Lava Jato, Moro dá sinais de que pode tentar usar a estrutura da Polícia Federal e de outros órgãos de investigação – uma vez que é ministro da Justiça – para perseguir quem revela suas estripulias no comando da operação.

Para Gleen Greenwald, se pensa mesmo em perseguir jornalistas, o ministro terá que montar uma superestrutura.

Já que as conversas serão espalhadas por todo o país…

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Homenagem de Zé Inácio a jornalista que desmascarou Sérgio Moro gera debate na internet

Bolsonarista, médico Allan Garcês tenta desqualificar as credenciais de Gleen Greenward para receber a medalha do mérito na Assembleia Legislativa, mas é rebatido por intelectuais, diante do histórico de premiações do homenageado

 

ALLAN GARCÊS INCOMODOU-SE COM A HOMENAGEM AO JORNALISTA QUE DESMASCAROU SÉRGIO MORO, mas foi rebatido nas redes sociais

A homenagem que o deputado estadual Zé Inácio (PT) propôs ao jornalista Gleen Greenwald – autor das revelações que desmascaram a imparcialidade do ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro – incomodou os aliados do governo Jair Bolsonaro (PSL).

Inácio propôs que a Assembleia maranhense desse a Greenwald a Medalha do Mérito Legislativo de Manoel Beckman, pelo conjunto de sua obra, que inclui vários dos mais importantes prêmios do jornalismo mundial.

Nas redes sociais, o médico Allan Garcês, bolsonarista de primeira hora – e hoje membro do governo Bolsonaro – tentou desqualificar a homenagem, criticando Zé Inácio.

– Gleen Greenwald será homenageado no Maranhão. Pasmem, mas alguns políticos do Maranhão, incluindo este deputado estadual, continuam envergonhar o nosso povo. Porém, não se esperaria nada de diferente deste povo – disse Garcês.

Zé Inácio nem precisou rebater o bolsonarista.

A resposta à crítica foi dada por intelectuais de esquerda e membros da universidade federal do Maranhão.

A professora do Instituto Federam do Maranhão (Ifma)Zeila Albuquerque ressaltou que o jornalista Grrenwald merece todas as honrarias “por ter revelado as relações promíscuas de um ex-juiz intelectualmente limitado que se beneficiou com a prisão de Lula”.

E provocou diretamente Allan Garcês:

– Quem tem medo de Greenwald, o Senhor do tempo? O cara fica indignado com a homenagem a um jornalsita vencedor do prêmio Pulitzer, mas não se indigna com a homenagem dos eu chefe (Bozonaro) fez a um torturador, o coronel Carlos Brilhante Ustra (sic).

A REAÇÃO A GARCÊS FOI PROVOCATIVA nas redes sociais, tanto na academia quanto na política

Mas a crítica do médico também teve reações políticas.

O coordenador da Juventude do PT,  Carlos Augusto Gugu, lembrou que o jornalista já foi homenageado nos maiores palcos do mundo, também citou o Pulitzer  destacou sua ação no desmantelamento da espionagem americana.

A homenagem de Zé Inácio a Gleen Greenwald deve ser analisada semana que vem na Assembleia Legislativa.

Só depois, deve ser marcada a data da entrega da medalha…