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As manifestações pró-Bolsonaro e a ameaça à democracia…

As agressões dos manifestantes nas ruas ao Congresso e ao STF – tendo ou não sido um fracasso o movimento – mostra que o presidente está disposto a jogar a população contra os demais poderes, o que é perigoso para o país

 

OS BOLSOMÍNIONS SÃO EM MENOR NÚMERO NAS RUAS AGORA, mas os que ainda acreditam no presidente estão dispostos a tudo para mantê-lo no poder

Editorial

Sem entrar no mérito do sucesso ou do fracasso das manifestações de domingo, 26, em favor do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o resultado delas, de uma forma ou de outra, é perigoso para a democracia no Brasil.

Perigoso, não; perigosíssimo!!!

Bolsonaro faz questão de usar a parte da população que ainda acredita no seu governo como bucha de canhão de ataques ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, mesmo necessitando dessas instância de poder.

E é exatamente esta postura do presidente a grande ameaça ao país.

A reforma da previdência que Bolsonaro tenta impor ao Brasil está nas mãos de deputados e senadores; os mesmos que seus aliados passaram a semana inteira atacando impiedosamente.

Se Bolsonaro faz isso agora, mesmo dependendo do parlamento, o que não fará sem precisar dele?

Alguns setores da imprensa apontaram fracasso nas passeatas em favor do presidente, mostrando queda no número de apoiadores em relação à campanha.

O blog Marco Aurélio D’Eça já havia mostrado no Editorial “o início do fim do governo Bolsonaro…”, que esta queda no apoio é verificada com a redução do número de pessoas dispostas a sair em defesa do tal “mito”.

O problema é que, aqueles que restaram estão dispostos mesmo a tudo, inclusive a atacar a democracia em nome da manutenção do poder.

E este é o risco maior para o Brasil…

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Por que não te calas, Bolsonaro?!?

Mais uma estupidez do presidente Jair Bolsonaro – que condicionou estas duas bases dos países livres à vontade das Forças Armadas – só reforça a ideia de que o país caminhou errado em 2018

 

ARMADO E PERIGOSO. Com o comando do país nas mãos, e cercado de militares, Bolsonaro exibe cada vez mais estupidez no cargo de presidente

Editorial

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus filhos 01,02 e 03 parecem não cansar de gerar estupidez no Brasil.

Apenas dois dias depois de escandalizar o mundo ao publicar – mesmo na condição de presidente da República – um vídeo com teor pornográfico nas redes sociais – o presidente Bolsonaro apronta mais uma estupidez.

– (…) democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer – (sic), disse o presidente, em mais um dos seus discursos de improviso, que nunca caem bem.

O significado das palavras do presidente levou, mais uma vez, assessores a tentar reinterpretar a declaração para para fazê-la não parecer o que, de fato, é.

O episódio, que já ganhou novamente a repercussão negativa e desnecessária contra Bolsonaro, é mais um a reforçar a ideia cada vez mais crescente de que o Brasil elegeu um estúpido – e apenas estúpido – para comandar o país.

– Uma frase mal colocada – resumiu bem o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Porque, quando um presidente fala, o país para para ouvir. É preciso, portanto, saber o que fala e como fala.

Em outras palavras, Bolsonaro tem que se manter calado.

Simples assim…

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Algo de bom em Bolsonaro…

Impressiona que 1/4 da população vire as costas para a Democracia e aprecie a volta de doutrinas autoritárias e privativas de liberdades; mas o fato de essas pessoas estarem expostas – e não mais conspirando nas sombras, nos porões de entidades obscuras – é um remédio para a própria democracia

 

AO EXPOR À LUZ TIPOS COMO BOLSONARO, a Democracia dá a oportunidade de discutir sua própria história e tirar das sombras fantasmas que ainda aterrorizam

Editorial

O mundo democrático e civilizado tem se assustado com a onda que tomou conta do Brasil nestas eleições. Muita, mas muita gente boa – e até instruída – tem aumentado a voz para defender o voto no capitão do Exército Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de votos no primeiro turno das eleições.

É preciso estudo sociológico profundo para entender como pode 1/4 da população ativa de um país recém-chegado à Democracia defender ideias antidemocráticas, autoritárias e privativas das liberdades individuais.

A análise das pesquisas qualitativas à disposição apontam, felizmente, ser pouco provável que Bolsonaro consiga seu intento de se eleger; e mesmo que consiga, é mais improvável ainda que consiga implementar uma política do ódio, divisionista, radical e perseguidora.

Mas não deixa de ser assustador que haja cada vez mais gente – já chegam a mais de 1/3 quando a análise é de segundo turno – pregando ideias da ditadura militar como solução para o país.

E é esse o lado bom no fenômeno Bolsonaro.

A presença de um representante do Exército entre os principais candidatos a presidente deu ao país a oportunidade de discutir a sua própria história.

O Brasil teve oito eleições democráticas sucessivas sem, sequer, cogitar a possibilidade da volta do regime militar.

Mas os simpatizantes da ditadura, skin reds e ultranacionalistas não estavam extintos.

Eles estavam ali, conspirando nas sombras, reunindo-se em porões, à espreita, prontos para o ataque à Democracia.

As conspirações políticas dos últimos anos, o jogo de interesses empresariais e a derrubada da classe política fizeram surgir um tipo como Bolsonaro.

Primeiro nas redes sociais, como mero fanfarrão; depois, como opção de poder ao país, coisa que  impossível até de ser cogitada há menos de quatro anos, por exemplo.

E esta possibilidade trouxe à luz seus admiradores, de todos as cores, de todas as vertentes: militares, religiosos, conservadores e nacionalistas.

E no campo aberto da Democracia, eles estão mais aparentes, obrigados a expor suas ideias publicamente e a se mostrar, em todo o seu radicalismo.

Para que possam ser derrotados no voto.

E a Democracia, esta jovem senhora de apenas 33 anos anos, vai agradecer em sua, espera-se, longa trajetória…

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Fábio Braga denuncia violência contra a democracia e cobra providência…

Fábio Braga mostrou indignação com ataque a emissora de rádio

O ataque vândalo praticado na Rádio Estrela do Munim, uma emissora pertencente à Associação Comunitária Amigos de Afonso Cunha, da cidade de mesmo nome, só não foi maior do que a revolta demonstrada pelo deputado Fábio Braga (SD), na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira, 5.

– O arrombamento e a destruição de equipamentos importantes da emissora, como computadores, mesa de som, gravadores e microfones, na tentativa inútil de calar a imprensa local, como se isso fosse uma tarefa possível – disse em tom de revolta.

No seu entendimento, “a maior vítima dessa agressão foi à democracia, porque o ataque se deu em cima de um órgão de imprensa, numa radio comunitária que vem prestando um serviço de utilidade pública como poucos veículos de comunicação no município, que vem servindo à comunidade e a várias instituições, como igrejas, cultos evangélicos, programação esportiva, entretenimento, recados para a zona rural, achados e perdidos, e tem sido assim um meio de divulgação fundamental para que as informações cheguem a todos os recantos de Afonso Cunha e região”.

Braga vai pedir ao secretário de Segurança que esclareça o caso o mais rápido possível.

– Vou apresentar à Mesa Diretora da Casa, um requerimento pedindo ao Secretário de Segurança, Jefferson Portela, para que tome conhecimento da situação desse caso, e para que acione as providências que ele requer, encontrando os criminosos e punindo-os com rigor, para que se possa, assim, ter a garantia do direito de imprensa e de opinião, e o Estado do Maranhão continue a ser devidamente respeitado – anunciou.

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Sarney dá mais um exemplo de democracia…

O presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney, determinou o afastamento do policial que imobilizou uma estudante, hoje, durante manifestação na Casa.

– O Senado Federal jamais tolerará violência ou qualquer tipo de abuso contra aqueles que se dirigem à Casa para defender suas idéias democraticamente – firmou Sarney, em nota.

Os estudantes foram ao Senado para acompanhar a votação do novo Código Florestal. Durante manifestação contra a proposta, entraram em conflito com a Polícia do Senado.

 Além do afastamento do policial, Sarney determinou apuração das responsabilidades sobre o que classificou de “lamentáveis acontecimentos ocorridos hoje no interior do edifício do Congresso Nacional”.

Abaixo, a íntegra da nota:

“O presidente do Senado, José Sarney, determinou à Diretoria-Geral da Casa que, no prazo de 15 dias, sejam apuradas as responsabilidades sobre os lamentáveis acontecimentos ocorridos hoje no interior do edifício do Congresso Nacional.
O policial legislativo envolvido no episódio que resultou na imobilização de um manifestante foi afastado das suas funções, por determinação do Presidente, até que a investigação seja concluída.
O presidente Sarney reafirmou que o Senado Federal jamais tolerará violência ou qualquer tipo de abuso contra aqueles que se dirigem à Casa para defender suas idéias democraticamente.”
Secretaria Especial de Comunicação Social – SECS