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“É um voto para o destino do Brasil”, diz Sarney ao declarar apoio a Lula

Ex-presidente afirma que a eleição do próximo domingo, 30, marcará o fim definitivo da democracia ou a sua restauração; para o emedebista, o voto em Bolsonaro terá como consequência um regime de força construído na mentira e no abuso do poder

 

O ex-presidente José Sarney (MDB) anunciou nesta segunda-feira, 24, seu voto no petista Luiz Inácio Lula da Silva. Para Sarney, o voto no domingo, 30, decidirá o destino do Brasil.

– No próximo domingo, o eleitor decidirá se vota pelo fim da democracia ou por sua restauração. Esse voto não é para quatro anos de governo: é um voto para o destino do Brasil – disse Sarney.

Com o posicionamento de Sarney, apenas um dos seis ex-presidentes vivos – Michel Temer (MDB) – mantém-se neutro na disputa. Além de Sarney, também apoiam Lula a petista Dilma Rousseff e o tucano Fernando Henrique Cardoso; já o petebista Fernando Collor é publicamente aliado a Bolsonaro.

Para Sarney, não há como comparar os perfis de Lula e de Bolsonaro

– O voto em Bolsonaro é voto contra as instituições, que terá como consequência anos de autocracia, um regime de força, construído na mentira sistemática e no abuso do poder. O voto em Lula – que já tem seu lugar na História do Brasil como quem levou o povo ao poder e como responsável por dois excelentes governos – é voto pela democracia, pela volta ao regime de alternância de poder, pela busca do Estado de Bem-Estar Social. A diferença é clara…. – disse o ex-presidente.

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A redenção de José Sarney diante de ex-adversários…

Do presidente Jair Bolsonaro ao petista Luiz Inácio Lula da Silva – passando pelo governador Flavio Dino e pelo senador Roberto Rocha – todos se curvam à serenidade, à experiência e à história do ex-presidente do Senado e da República, numa espécie de mea culpa coletiva

 

Roberto Rocha com Sarney: caminho parecido com o de Bolsonaro e Lula nas últimas semanas

Análise de conjuntura

Nos últimos dias, o ex-presidente José Sarney (MDB) tem vivido uma espécie de redenção da classe política brasileira.

Maior político vivo da história da República, do alto dos seus 91 anos, e sem disputar eleição desde 2006, ele passou a ser uma espécie de referência ética, de serenidade e de experiência para políticos de todas as matizes ideológicas.

Nas últimas semanas, recebeu o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro – duas vezes – além do ex-ministro José Dirceu e do senador maranhense Roberto Rocha (sem partido).

Todos estes políticos, em alguma época já estiveram do lado de Sarney e  já lhe fizeram oposição, algumas absurdamente injustas do ponto de vista histórico.

Mas não é de hoje que Sarney vem recebendo espécies de “mea culpa” dos políticos brasileiros.

Flávio Dino tirou o termo “oligarquia” do discurso e passou citar cada vez mais Sarney como exemplo de democracia no país

Em 2018, o governador Flávio Dino (PSB), que se elegeu em 2014 com o discurso anti-sarney, decidiu abolir o termo “oligarquia” do seu discurso e buscou uma aproximação com o ex-presidente que vem se consolidando ao longo dos últimos anos.

Curiosamente, Dino e Dirceu protagonizaram um episódio com o então  grupo Sarney, em 2004, quando o então ministro convenceu a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) a lançar o então juiz como candidato a prefeito de São Luís, pelo PT.

O fato só não se consolidou por que correntes do PT – hoje no próprio governo Dino, se manifestaram contra o agora governador; o episódio já foi, inclusive, tema do blog Marco Aurélio D’Eça, ainda em 2014, no post “Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

Roberto Rocha, que chegou a publicar foto ao lado do ex-presidente e da esposa, Marly, lembrando os quase 70 anos de casamento, também foi duro com Sarney ao longo dos últimos 25 anos, embora tenha vivido toda a infância e mocidade – assim como Dino – nos corredores do Palácio dos Leões.

Até o ex-governador José Reinaldo Tavares, protagonista da maior traição política da história do Maranhão, já tentou reaproximar-se de José Sarney.

De qualquer forma, a peregrinação de políticos à casa do ex-presidente é um justo reconhecimento ao mais importante político do país desde a sua redemocratização.

E melhor ainda que isso esteja ocorrendo com ele em vida.

Para que ele possa regozijar-se de seu legado…

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Flávio Dino na mesma sintonia política de José Sarney…

Governador do Maranhão tem citado cada vez mais o ex-presidente como referência da redemocratização brasileira e voz necessária no atual momento político; e se mostra cada vez mais próximo momento de convergência de pensamento entre os dois

 

Flávio Dino não conseguiu levar Sarney a um ato político virtual sobre a democracia brasileira; mas parece cada vez mais próxima a convergência de pensamento entre os dois

Ensaio

Não foi desta vez que o governador Flávio Dino (PCdoB) e o ex-presidente José Sarney (MDB) estarão juntos em um ato político conjunto.

Marcado para a próxima sexta-feira, 26, o ato político virtual, no moldes do que foi o movimento “Diretas Já”, em 1984, teria a participação de Dino, Sarney e dos também ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Sarney, no entanto, desistiu da participação, alegando não ter mais idade para eventos partidários. (Leia aqui) 

Se depender de Flávio Dino, no entanto, Sarney será cada vez mais lembrado como voz da experiência no momento vivido pelo governo Bolsonaro.   

Pretenso protagonista das eleições de 2022, Dino tem levado o nome de Sarney para o eixo Rio-São Paulo como referência da redemocratização.

Na semana passada, por exemplo, citou Sarney como ícone da democracia e voz importante a ser ouvida no atual cenário político.

A experiência na redemocratização e o equilíbrio de Sarney na relação com os militares têm sido cada vez mais buscados nestes momentos bolsonaristas

O armistício de Flávio Dino e José Sarney começou em 2019, em encontro estimulado pelo ex-presidente Lula e revelado com exclusividade no blog Marco Aurélio D’Eça, no post “Lula encaminhou por Dino recado ao ex-presidente Sarney…”

Desde então, Dino deixou os ataques ao ex-presidente e à sua família, e tirou do vocabulário termos como “Oligarquia”; por outro lado, o grupo de comunicação da família Sarney ampliou a cobertura dos atos do governo maranhense. (Entenda aqui)

A convergência de pensamento político dos dois, no entanto, só ganhou força a partir do interesse nacional do comunista e do momento do governo Jair Bolsonaro – do qual Sarney é forte, mas equilibrado crítico. (Relembre aqui, aqui e aqui)

Seria a primeira vez que Dino e Sarney participariam com o mesmo objetivo de um ato sócio-político.

Mas ao que tudo indica, no entanto, esta primeira vez está mais perto do que longe…

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Com quase 500 mil seguidores, Nação Patriota é alvo da PF no Maranhão

Titular do perfil que atua nas redes sociais Instagram e Youtube, Valter César Silva Oliveira declara-se “direita genuinamente maranhense” e faz ataques diretos ao Supremo Tribunal Federal e a seus ministros

 

Valter César controla o perfil “Nação patriota”, único alvo da Polícia Federal nesta terça-feria, no maranhão

A Polícia Federal cumpriu apenas um Mandado de Busca e Apreensão nesta terça-feira, 16, no Maranhão, no bojo da operação que visa combater autores de ataques antidemocráticos ao Supremo Tribunal Federal e a seus ministros.

Valter César Silva Oliveira, que comanda o perfil “Nação Patriota”, com quase 500 mil seguidores no Youtube e 400 no Instagram, teve documentos e equipamentos apreendidos em endereços ligados a ele.

O perfil Nação Patriota declara-se “Direita Genuinamente Maranhense” e faz ataques diretos ao STF e aos seus ministros.

Um dos ataques de Valter César e seu perfil “Nação Patriota” ao ministro Alexandre de Moraes, do STF

Nos mais recentes, fez montagem com a cabeça do ministro Alexandre de Moraes em um caixa de ovos e pergunta: “onde está o ovo podre?”

Em outra, questiona decisões do Supremo e provoca: “Foda-se STF”.

Valter César também prega a intervenção militar e pede contribuições no Youtube, de onde partem os ataques mais agressivos.

Além do Maranhão, foram alvo da PF deputados federais, ativistas e youtubers nos estados de  Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e no Distrito Federal.

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Os passos do golpe que resultou em Jair Bolsonaro…

Resultado direto da ruptura democrática de 2013, o momento político do Brasil foi construído também por culpa das instituições democráticas – entre elas o próprio Supremo Tribunal Federal; e pode culminar em nova ruptura, desta feita com o presidente à frente, ao lado da família e de seus militares

Antes mais comedidos, os generais aliados a Bolsonaro estão cada vez mais soltos para dar opinião e fazer ameaças abertas às instituições democráticas

Editorial

Ainda em junho de 2013, quando as manifestações contra o então governo Dilma Rousseff (PT) eclodiam pelo país, o blog Marco Aurélio D’Eça publicava o post “Protestos e golpe militar…”.

O texto lembrava que a turba tinha como parâmetro nos protestos o canto do hino nacional e a extinção dos partidos políticos; e lembrava também a crescente criação de grupos paramilitares e abertamente anticomunistas nas redes sociais.

– A cada dia que as movimentações acontecem, misturam-se cada vez mais as ideologias. E quem não está preparado, acaba se deixando levar por qualquer letra que lê, sem entender a real intenção – ponderou o blog, à época.

Foi assim em 2013: com apoio da mídia, de empresários e até de setores do Judiciário, a massa popular foi levada à rua pelo impeachment de Dilma

Como já se sabe, o movimento cresceu, ganhou o Congresso e Dilma foi cassada, em uma ruptura democrática envolvendo também o Supremo Tribunal Federal, contada neste blog em dois momentos distintos da história recente:

Primeiro, em 2016, com o post “O risco iminente de um golpe do Judiciário…”

Depois, já em janeiro de 2018 – após cassação de Dilma e condenação de Lula – com o post “A mãe de todos os golpes…”, em que sentencia, já em seu enunciado:

– Numa orquestração envolvendo o capital, altas instâncias do Judiciário e o imperialismo ianque, com a complacente anuência do rebanho tangido pela mídia quatrocentona, o ex-presidente Lula senta no banco dos réus em um julgamento onde a única condenação desejada é a ausência dele das eleições de outubro.

Quatro meses depois, em abril de 2018 – com Lula já preso – o blog Marco Aurélio D’Eça voltou ao tema, com o post “As três fases do golpe no Brasil…”, em que fazia o levantamento histórico da crise desde 2013 e apontava para uma ruptura, que acabou levando Jair Bolsonaro e sua família ao poder.

A prisão de Lula e seu afastamento das eleições consolidou o golpe de 2013, mas algo deu errado, o projeto não vingou e resultou em Jair Bolsonaro, que agora ensaia novo golpe

De lá para cá, este blog tem alertado que o golpe orquestrado em 2013 para apear a esquerda do poder resultará fatalmente em um novo golpe, este com resultados ainda mais duros – e de difícil reversão em curto prazo.

Isto ficou claro por todo o ano de 2019, com o presidente Jair Bolsonaro insuflando as massas contra as instituições democráticas; fatos que foram condensados pelo blog no dia 31 de outubro, no post “Riscos de golpe cada vez mais acentuados no Brasil…”

– Desde o início do governo, agentes bolsonaristas, como Olavo de Carvalho, e os próprios filhos do presidente, pregam o que chamam de “ruptura” com as instituições, ameaçam fechar o Congresso e banir partidos de esquerda – afirmou o blog.

Jair Bolsonaro e o filho, Eduardo, têm falado cada vez mais em ruptura e ameaçado adversários, imprensa e instituições, que parecem assustadas

No mesmo dia, outro texto do blog Marco Aurélio D’Eça reforçava a ideia de ruptura – agora com a fala do filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro – sob o título “Eduardo Bolsonaro confirma intenção de golpe de estado…”

A fala de Eduardo Bolsonaro defendendo um novo AI-5, gerou um alerta do ex-presidente José Sarney, que percebeu o risco iminente de golpe.

– Presidi a Transição Democrática, que convocou a Constituinte e fez a Constituição de 1988. Sua primeira cláusula pétrea é o regime democrático. Lamento que um parlamentar, que começa seu mandato jurando a Constituição, sugira, em algum momento, tentar violá-la – posicionou-se o ex-presidente.

Mas os Bolsonaro não pararam.

em 2020, a pandemia de coronavírus expôs o despreparo do presidente na condução do país, mas trouxe também o esgarçamento na relação entre os poderes.

E ontem, o deputado Eduardo Bolsonaro voltou a falar em ruptura.

– Não é mais uma opinião de “se”, mas de “quando” isso vai ocorrer. Essas reuniões aqui que o Allan está falando de altas autoridades, até mesmo de dentro de setores políticos, a gente discute esse tipo de coisa – afirmou.  (Entenda aqui)

Copartícipe do golpe de 2013, por ação ou por omissão, STF agora se vê acuado, diante de ameaças cada vez maiores às suas prerrogativas

E este risco de ruptura ficou ainda mais claro, não na fala autoritária de Bolsonaro, mas no Habeas Corpus do ministro da Justiça, André Mendonça, em favor de outros ministros e de aliados investigados na operação Fake News. (Entenda aqui)

O HC governista tem um objetivo:  encurralar os ministros do Supremo Tribunal Federal, que fatalmente tendem a negar o inconstitucional pedido.

Negando, justificarão a reação de Bolsonaro e seu governo.

E a reação é o golpe; ou ruptura, como chamam os bolsonaristas.

Simples assim…

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Com vídeo, Bolsonaro torna-se, de fato, ameaça à democracia…

Presidente comete crime de responsabilidade ao usar WhatsApp para insuflar a população contra outros poderes e mostra face mais sombria de sua personalidade; calar-se diante de tamanho risco é sucumbir ao avanço dos que defendem a tirania

 

Imagem-símbolo da tirania: tanque de guerra postado em frente ao Congresso nacional, envolto em nuvens sombrias; ameaça de Bolsonaro é retorno à Ditadura

Há tempos, o blog Marco Aurélio D’Eça tem alertado a parte da população brasileira mais afeita à democracia contra os riscos que representa para o país um presidente como Jair Bolsonaro. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)

Não apenas despreparado – o que, por si só, o relegaria aos porões da história brasileira – Bolsonaro é também anti-democrático, autoritário e tem viés de perseguidor.

Mas, o pior é que, mesmo assim, ele consegue apoio de parcela considerável da população.

Parcela da população cujo perfil, aliás, já foi traçado por este blog, no post “Os amantes da Ditadura sempre andaram por aí…”.

Junto com Bolsonaro, chegou ao poder no Brasil uma população tosca, conservadora, religiosa, militarista e preconceituosa, que estava trancada pelos avanços progressistas e democráticos das últimas décadas.

Mas ao sair do armário, esta população passou a se sentir segura não apenas para se opor, mas perseguir, vilipendiar, atacar e destruir qualquer símbolo que vá de encontro aos valores arcaicos que ela defende.

A princípio, esta população foi tratada como chacota diante dos valores ultrapassados que defende. (Como se pode ver aqui)

Mas é esta população que Bolsonaro convoca para atacar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, dois poderes independentes, que devem ser preservados exatamente para evitar que o Brasil possa entrar na era dos tiranos. 

Um tirano não aceita oposição, não aceita quem pensa diferente dele, não aceita as liberdades democráticas. (Saiba mais aqui e aqui)

Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao usar seu número de WhatsApp para espalhar vídeo que convoca população contra STF e Congresso.

As verdadeiras pessoas de bem não podem se calar diante disso.

Calar-se significa voltar aos tempos sombrios dos tiranos militares.

E Bolsonaro é, em essência, um militar…

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Crise na Bolívia: Eliziane pede saída democrática para o país vizinho…

A parlamentar pede orações pelo povo boliviano, ressalta os desvios institucionais do governo deposto, mas diz que as questões democráticas não podem ser resolvidas com ações militares

 

A senadora maranhense Eliziane Gama (Cidadania) manifestou preocupação com a situação da Bolívia. O país vizinho vive uma crise institucional desde a conturbada reeleição do presidente Evo Morales.

Eliziane Gama usou sua conta em uma rede social para pedir orações pela Bolívia e que Deus ajude o país vizinho a encontrar um caminho democrático para a atual crise política.

“Pedimos a Deus pela autodeterminação dos povos, que os bolivianos resolvam seus problemas nas urnas, que não seja aceita nenhuma violação de direitos e que a Bolívia cumpra todos os acordos em que é signatária. O mundo tem que observar e ajudar os bolivianos a saírem dessa crise”, disse através de sua conta pessoal no Twitter.

A senadora maranhense com sua postura reforça sua posição histórica de sempre pregar a paz e rechaçou desvios institucionais do governo anterior do país vizinho.

“A comunidade internacional tem que voltar seu olhar para a Bolívia, devemos respeitar a vontade do povo Boliviano, mas temos a obrigação de condenar desvios e rupturas institucionais. Problemas da democracia não se resolvem com as forças armadas intervindo em assuntos civis”, completou.

Entenda o caso

Após a quarta tentativa de reeleição, o presidente Evo Morales foi acusado de fraude generalizada por grupos opositores na Bolívia. No último fim de semana, a OEA (Organização de Estados Americanos) publicou relatório em que afirma haver forte indício de fraude eleitoral na eleição presidencial Boliviana.

A suspeita de fraude desencadeou uma grave crise política e institucional no país. Evo Morales convocou novas eleições, mas as Forças Armadas e a oposição acreditavam que ele fraudaria o pleito novamente e pediram a sua renúncia do cargo.

A situação do país vizinho é preocupante com os dois lados da disputa acirrados e a senadora maranhense chamou a atenção da comunidade internacional para o conflito.

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Othelino Neto diz se assustar com destempero de Bolsonaro…

Em podcast divulgado esta semana, presidente da Assembleia Legislativa diz que presidente não tem preparo para reagir a atos que o incomodam; para o deputado, ação de Bolsonaro no caso Marielle caracteriza obstrução de Justiça

 

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), mostra-se cada bez mais assustado com o destempero verbal do presidente Jair Bolsaonro (PSL).

– Se ele se sente injustiçado, é natural que reaja de forma indignada, mas não de forma a ameaçar veículos de imprensa. Mesmo reconhecendo que em alguns momentos pode haver excessos, é natural a indignação de quem se sente vítima. Mas não devemos ameaçar a liberdade de imprensa – pontuou o parlamentar, em podcast divulgado esta semana.

Caso Marielle

Para Othelino Neto, há claros sinais de obstrução da Justiça na forma como o presidente interveio na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco.

– Mandar buscar a gravação, para os entendidos no assunto, para os especialistas, passou a impressão de que ou ele obstruiu a justiça ou andou no limite de promover esse tipo de obstrução, o que é crime – pontuou.

No caso dos filhos do presidente, Othelino Neto vê ainda mais destempero verbal.

– Quando o presidente não tem uma fala infeliz, é um filho que questiona a democracia, que ameaça com a reedição do AI-5; ou agredindo as instituições, como no caso do tweet do presidente da República, no qual ele se coloca na figura de um leão que é atacado por hienas representando instituições como o Supremo Tribunal Federal, a imprensa e os partidos de oposição. Ou seja, infelizmente, no Brasil, o presidente da República é um fator de instabilidade que prejudica muito a todos os cidadãos e cidadãs – concluiu.

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Ex-presidentes já haviam alertado sobre risco à democracia…

Em carta do cárcere, Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou aos colegas Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e José Sarney – via governador Flávio Dino – preocupação com os rumos que Jair Bolsonaro está levando o Brasil

 

SARNEY, LULA, DILMA E FHC: EX-PRESIDENTES CADA VEZ MAIS PREOCUPADOS, com a sanha golpista dos filhos de Jair Bolsonaro

O blog Marco Aurélio D’Eça publicou em 1º de junho, a informação de que o governador Flávio Dino iria se encontrar com o ex-presidente Lula, em sua prisão na capital do Paraná, Curitiba. (Relembre aqui)

Dezoito dias depois, este blog traz novo post sobre o tema, com o título “Lula encaminhou por Flávio Dino recado ao ex-presidente José Sarney…”.

O próprio Flávio Dino confirmou a história no dia 26 de junho, em seu perfil no Twitter – também reproduzido no blog Marco Aurélio D’Eca – e revelou a preocupação com o país já naquele momento.

– Hoje conversei com o ex-presidente José Sarney sobre o quadro nacional. Apresentei a ele a minha avaliação de que a democracia corre perigo, em face dos graves fatos que estamos assistindo – disse Dino, confirmando os mesmos termos usados por este blog. (Relembre aqui)

O governador confirmou que esteve também com FHC para expressar essa mesma preocupação.

Cinco meses depois, o filho de Jair Bolsonaro vai a público para dizer que defende a implantação de um novo Ato Institucional Nº 5 para frear eventuais pretensões da esquerda no Brasil, um absurdo que só reforça o temor que é ter esta família no poder. (Saiba mais aqui)

Sarney se manifestou ontem mesmo sobre essa criminosa declaração; falta o posicionamento de Fernando Henrique Cardoso.

E de todas as pessoas que acreditam na democracia brasileira…

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Movimento “Direitos Já” alerta sobre riscos de Bolsonaro à democracia

Lideranças de 16 partidos e representantes da Sociedade Civil reuniram-se para discutir o momento político do Brasil; alas do PT boicotaram oficialmente o encontro, mas lideranças da legenda também participaram

 

MARTA SUPLICY, FLÁVIO DINO E CIRO GOMES FORAM ALGUMAS DAS LIDERANÇAS NO PROJETO “DIREITOS JÁ”, que pretende discutir os ataques à democracia brasileira

Representantes de 16 partidos políticos dos diversos matizes ideológicos – além de intelectuais, filósofos e membros da sociedade civil – reuniram-se esta semana para lançar o movimento “Direitos Já”.

Apesar do boicote oficial de alas hegemônicas do PT – que consideram o movimento influenciado pela Direita – lideranças históricas da legenda, como o ex-senador Eduardo Suplicy, participaram do encontro.

O movimento, que pretende discutir e combater as ameaças do governo Jair Bolsonaro (PSL) à democracia brasileira, reúne o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os ex-candidatos a presidente Eduardo Jorge (PV), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), e pretensos candidatos em 2022, como governador Flávio Dino (PCdoB).

Lideranças do PSB, Solidariedade, PL, Podemos, Novo, Cidadania e PSD também aderiram o movimento, que reúne artistas, intelectuais, pesquisadores, filósofos, jornalistas e estudantes.

A reunião dos “Direitos Já” se deu na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), berço dos grandes movimentos brasileiros.

E deve ganhar o Brasil a partir de agora…