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Sarney cotado para a Articulação Política de Dilma…

sarney

O ex-presidente José Sarney (PMDB) passou a ser cogitado entre os partidos da base do governo – e até entre legendas da oposição – como o melhor nome para compor a articulação política da presidente Dilma Rousseff (PT).

Sarney é visto como o mais conciliador entre os líderes políticos brasileiros, capaz de unificar a base governista e abrir diálogo com a oposição.

– Não há ninguém no país com a vivência política que tem José Sarney. Não podemos esquecer que foi Sarney quem convocou a Assembleia Nacional Constituinte de 1987 – disse o advogado Geraldo Forte, da executiva nacional do PTB, um dos partidos de oposição.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB), que cuidava da Articulação do governo, afastou-se do cargo ontem, durante reunião ministerial.

 

 

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Frase do dia: a razão de José Reinaldo…

andreaO criador chegou à conclusão de que a criatura é incapaz e pediu socorro para o ex-presidente Sarney”

Andrea Murad em discurso hoje, na volta dos trabalhos da Assembleia Legislativa, ao comentar sobre os artigos de José Reinaldo Tavares propondo Pacto pelo Maranhão, que soou mesmo como tentativa camuflada de pedir arrego ao político mais influente do Brasil

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O peso de Sarney na estabilidade de Dilma…

Mesmo sem mandato, ex-presidente exerce forte influência em setores do Poder, em Brasília, e articula com chefes de poder, ministros de tribunais superiores e parlamentares a garantia da estabilidade política

 

No Planalto, o ex-presidente é uma espécie de eminência-parda, para garantir a governabilidade

No Planalto, o ex-presidente é uma espécie de eminência-parda, para garantir a governabilidade

O ex-presidente José Sarney é o mais ativo aliado da presidente Dilma Rouseff (PT) nos bastidores da política nacional.

Sereno e equilibrado, Sarney tem garantido, por exemplo, a postura republicana do vice-presidente Michel Temer, como revelou a colunista Tereza Cruvinel, há suas semanas. (Releia aqui)

Com Calheiros, a garantia do equilíbrio político no Congresso

Calheiros: equilíbrio no Congresso

Sarney também teve papel crucial na postura do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem orientou não romper com Dilma, segundo revelou o jornalita Ricardo Boechat no início da semana. (Reveja aqui)

A postura politicamente equilibrada, a serenidade e a experiência do ex-presidente tem garantido, inclusive, a diminuição dos riscos de uma explosão de ações contra Dilma na Câmara Federal.

Boas relações também nos tribunais superiores

Boas relações também nos tribunais superiores

Agora, as relações de Sarney no Tribunal de Contas da União são fundamentais para garantir a aprovação das contas de Dilma, impedindo que a oposição capitaneada pelo PSDB possa ter argumentos técnicos para abertura de um processo e impeachment da ex-presidente.

Os tucanos sonham afastar Dilma do poder agora, apostando em nova eleição, por que sabem que, a partir de 2018, o mandato presidencial será de apenas quatro anos. E querem por que querem o poder agora.

Por isso a importância política de José Sarney no cenário nacional.

Com ou sem mandato…

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Mídia quatrocentona também começa a reconhecer Sarney…

boechatA mídia quatrocentona-paulista-e-antinordestisna, que passou o últimos 10 anos a achincalhar o ex-presidente José Sarney (PMDB) – tudo por causa do seu apoio ao ex-presidente Lula e ao PT – agora, com ele fora do poder, começa a reconhecer seus atos.

Curiosamente, “o prestígio”, “a serenidade” e “o equilíbrio” de Sarney, para citar apenas alguns predicados usados nos últimos tempos por jornais como Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo; por revista como Veja e Isto É; e por blogs em todo o país, são os mesmos usados, também, pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), ele próprio o responsável pelo desgaste na imagem do ex-presidente.

– O ex-presidente tem lá os seus defeitos, mas também experiência de gestão, conhece as entranhas do poder Judiciário e pensa o Brasil como República – afirmou o colunista Ricardo Boechat, ao comentar que foi Sarney o responsável por convencer o presidente do Senado, Renan Calheiros, a não romper com Dilma Rouseff. (Leia print ao lado)

Na semana passada, foi a colunista Tereza Cruvinel quem destacou a importância de Sarney – mesmo sem mandato – para a solução da crise política enfrentada pela ex-presidente Dilma Rousseff. (Releia aqui)

Talvez seja por isso – e pela falta de capacidade própria do seu pupilo – que José Reinaldo tem insistido na formação de um “Pacto pelo Maranhão”.

E olha que a “mudança” no Maranhão tem apenas seis meses…

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Para Bentivi, Zé Reinaldo admitiu que Dino precisa de Sarney…

Candidato a prefeito de São Luís analisa artigo do ex-governador e levanta a hipótese de que, no fundo, o atual ocupante do Palácio pode estar por trás da tentativa de aproximação com o ex-presidente

 

Bentivi vendo além do dito...

Bentivi vendo além do dito…

De volta ao Maranhão – após defender tese de Doutorado em Portugal, o médico e candidato a prefeito de São Luís João Melo e Sousa Bentivi (PRTB) classificou o artigo “Pacto Pelo Maranhão”, assinado pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), como uma admissão de que “o governador Flavio Dino precisa do senhor José Sarney, para tirar o Maranhão do atoleiro”.

E analisa mais Bentivi: para ele, o próprio Flávio Dino (PCdoB) estaria por trás do aceno, sem, no entanto, querer aparecer.

– Quando alguém discursa ou escreve algo, subtende-se que essa pessoa é autora e responsável por aquilo que diz ou aquilo que escreve. José Reinaldo certamente o é. Mas para que enfatizar que a afirmação é dele? A rigor, essa afirmação é pleonástica. Seria para dizer ao mundo que o governador não tem nada a ver com esse samba? (…) Mas poderia ser outro o raciocínio: o governador é parceiro da ideia reinaldista, porém não quer aparecer. Assim,  o fiel deputado, assumindo todos os ônus, como bom “pai político” do governador, o estaria ajudando, dando-lhe somente os bônus do possível e desejável apoio do velho cacique. Nesse caso, a primeira consequência seria o soterramento do discurso dinista do passado nefasto e a canonização de José Sarney – avaliou Bentivi. (Leia a íntegra aqui)

Tavares e Dino: estariam os dois articulados?

Tavares e Dino: estariam os dois articulados?

O artigo de José Reinaldo causou forte repercussão na imprensa, semana passada. mas foi ignorado, tanto por Flávio Dino quanto por José Sarney.

Uma semana depois, Bentivi finaliza sua análise com uma opinião sobre os dois:

– Espera-se a palavra do governador. O outro José, o Sarney, deve estar às gargalhadas, pois sabe tudo e de tudo desse gramado.

É simples assim…

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Pacto: José Reinaldo fala sozinho no seu grupo…

Tavares não encontrou parceiros em seu grupo para dividir seus anseios

Tavares não encontrou parceiros em seu grupo para dividir seus anseios

Até agora, o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) é uma voz solitária em seu grupo político na defesa do “pacto pelo Maranhão” – que, na prática, propõe uma aproximação com o grupo do senador José Sarney (PMDB).

Tavares defendeu a união política em favor do Maranhão há três dias. Até agora, apenas vozes do próprio grupo Sarney – ou o que se consideram independentes – comentaram o artigo, publicado no Jornal Pequeno, e até manifestaram apoio à proposta do ex-governador.

Mas seu próprio grupo preferiu manter silêncio absoluto sobre o assunto.

Nenhum deputado federal, estadual, senador, vereador, prefeito ou líder partidário  ligado ao governador Flávio Dino (PCdoB) manifestou qualquer opinião sobre as declarações de José Reinaldo – nem de bom, nem de mau.

É como se quisessem que o assunto ficasse mesmo restrito ao próprio ex-governador.

Apenas o secretário Márcio Jerry tergiversou sobre o assunto, de maneira praticamente distanciada – e mostrando clara contrariedade nas entrelinhas.

Se quiser mesmo o “pacto pelo Maranhão”, José Reinaldo vai que conversar muito com seus aliados.

Por que eles demonstraram absoluto desprezo pela sua proposta…

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Sarney Filho e o “Pacto pelo Maranhão”…

sarneyDeterminados segmentos do governo querem justificar, com a luta política, a falta de ação, a falta de preparo de algumas secretarias; para essas pessoas não interessa [o pacto proposto pelo ex-governador José Reinaldo] porque acaba o discurso do palanque, acaba a cortina de fumaça. Todo mundo que era contra Sarney tinha uma espécie de anistia prévia por parte da oposição. E agora, os maiores porta vozes do governo são contra porque querem justificar a violência que continua muito alta, a falta de ação do governo, o privilégio que eles deram a municípios de “companheiros” em detrimento da grande parte de municípios; a discriminação feita com a oposição. Há segmentos do governo que não querem porque vão perder o discurso. Mas para aqueles que pensam no Maranhão, essa proposta do governador José Reinaldo é uma proposta consistente. De minha parte estou à disposição para dialogar. É lógico que isso depende do grupo que está governando, depende do governador, depende de seus assessores. Aqueles que estão se colocando contra, são aqueles que pensam em seus interesses pessoais. Eu mesmo já me coloquei várias vezes à disposição, já propus que a gente fizesse um encontro da bancada para vermos a questão da violência, independente de partido. Eu acho que a gente pode começar uma conversa neste sentido. É bom para o Maranhão”

Deputado federal Sarney Filho, em entrevista á rádio mirante AM, nesta quinta-feira, 23

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As razões de José Reinaldo…

Ao propor o “pacto pelo Maranhão”, que ele próprio nunca quis, ex-governador abre espaço para especulações sobre seus reais motivos; mas ele próprio se disse preparado para o patrulhamento

 

Joé Reinaldo jogou o aceno; Dino, Sarney e Roseana mantiveram-se em silêncio

Joé Reinaldo jogou o aceno; Dino, Sarney e Roseana mantiveram-se em silêncio

Três dias depois de escrito, o artigo “Pacto pelo Maranhão”, do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) – que, na prática, acena para uma aproximação com o ex-presidente José Sarney (PMDB) – ainda gera forte repercussão no Maranhão e em Brasília.

Mas nenhum dos atores políticos de um lado ou de outro consegue estabelecer uma razão pertinente para o “desabafo” de Tavares, apenas seis meses depois de iniciado o mandato do seu afilhado Flávio Dino (PCdoB).

Nas conversas com a classe política, este blog encontrou quatro possíveis razões:

1 – José Reinaldo pode estar-se sentindo isolado em Brasília como deputado federal, e entende que só a mão de Sarney para reintegrá-lo à política da capital federal;

2 – Ele pode ter sido isolado no governo pela dupla Márcio Jerry/Flávio Dino e está mandando um recado direto para eles, como se dissesse que não tem nenhum problema em tentar voltar ao grupo de onde saiu há 11 anos;

3 – José Reinaldo pode ter chegado à conclusão de que Flávio Dino não tem capacidade para fazer o que disse que iria fazer no Maranhão e teme o custo do erro de ter apostado no comunista;

4 – Por fim, o ex-governador pode ter sido enviado pelo próprio Flávio Dino em busca de um armistício com o grupo Sarney, uma trégua que possa garantir acesso aos combalidos recursos federais.

De uma forma ou de outra, José Reinaldo agiu de caso pensado. E movido por uma destas razões.

Ou todas elas juntas…

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Pacto: se depender de Jerry e Dino…

Flávio Dino e Márcio Jerry: um reflete o pensamento do outro...

Flávio Dino e Márcio Jerry: um reflete o pensamento do outro…

O secretário de Articulação Política do governo Flávio Dino (PCdoB), jornalista Márcio Jerry, manifestou-se respeitosamente à defesa do deputado federal e ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) por um “Pacto pelo Maranhão”.

Mas deixou claro ao blog o jornalista Ribamar Corrêa discordar de “alguns pontos” da proposta, embora não tenha deixado claro quais.

Segundo Corrêa, a resistência de Jerry se dá pelo fato de Tavares defender o envolvimento no pacto do ex-presidente José Sarney, “que faz oposição cerrada ao governo estadual”.  (Leia aqui)

A este blog, Jerry confirmou que o que foi expresso por Ribamar Corrêa “é parte do que penso sim”.

Mas não respondeu – ainda – a outra parte do seu pensamento.

E Jerry reflete, em grande parte, o pensamento do próprio Flávio Dino…