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Uma imagem que demorou um ano para ser possível…

Da forma como ocorreu nesta terça-feira, 5 – espontaneamente e natural – a foto com o governador Carlos Brandão e o ainda ministro da Justiça Flávio Dino só foi possível agora, após indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal, o que distendeu o ambiente político e a disputa velada de poder entre os dois, que se arrastava desde o fim das eleições de 2022

 

Flávio Dino, Brandão e Camarão: após um ano de tensões e ameaçadas veladas, o bastão do poder está finalmente passado no Maranhão

Análise da Notícia

Preste atenção na imagem que ilustra este post.

Nela se vê um governador Carlos Brandão (PSB) e um ministro da Justiça Flávio Dino espontâneos, autenticamente à vontade, sem ranço ou forçação de barra para fotógrafos.

Mas este imagem só possível um ano depois do fim das eleições de 2022, em que ambos elegeram-se na mesma chapa, encabeçada por Brandão e liderada por Dino.

De lá para cá, não há registro de momentos assim, naturais; é claro que houve encontros entre ambos, mas nenhum com a naturalidade e o ar de distensão política entre a dupla, desde que a guerra fria começou entre os dois.

Este blog Marco Aurélio d’Eça acompanhou pari passu a relação Brandão e Dino no pós-eleição, registrada em diversos posts ao longo do ano, mostrando que ambos chegaram a ponto de um rompimento. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

E a imagem desta terça-feira, 5 – para alívio de jornalistas e políticos os que gravitam em torno do poder – só foi possível agora com a aposentadoria de Flávio Dino da Política;  o encontro simbolizou uma espécie de passagem de bastão de Dino para Brandão.

E representa, oficialmente, o início da era pós-Dino no Maranhão…

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O projeto hegemônico de Flávio Dino para 2024 e 2026…

Com apoio dos senadores Weverton Rocha e Eliziane Gama já garantido em qualquer circunstância, ministro da Justiça vem usando seu poder e sua influência agora para emparedar o governador Carlos Brandão e outros líderes partidários, antigos ou novos; independentemente do seu futuro em Brasília, o objetivo é reunificar o grupo com o qual venceu as eleições de 2014 e comandou os destinos do Maranhão até 2022

 

Flávio Dino quer esta imagem de volta em 2026, reprisando 2028; resta saber o papel de Eliziane Gama, que pode ser vice de Felipe Camarão

Ensaio

O governador Carlos Brandão (PSB) tem exatos dois anos e seis meses de mandato; é este período que ele dispõe para construir uma imagem e deixar o legado do seu governo, garantindo a eleição do maior número de aliados nos municípios e viabilizando o próprio futuro político

O ministro da Justiça Flávio Dino sabe disso antes mesmo de o governo começar, ou seja, tem consciência do prazo de validade do aliado.

E é com esta conta na cabeça que Dino vem emparedando Brandão a cerrar fileiras com seu candidato a prefeito de São Luís, o deputado federal Duarte Júnior (PSB); Dino quer todo mundo do seu grupo no palanque de Duarte já no primeiro turno.

Isso inclui PSDB e MDB, os dois partidos sob controle direto do Palácio dos Leões; qualquer outro movimento do governador pode ser considerado suicídio político.

Esta falta de carreira de Brandão em relação a Dino já havia sido demonstrada ainda em agosto neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Encruzilhada à frente para Brandão em 2024…”.

A Brandão é ofertada a primeira vaga de candidato a senador nas eleições de 2026, em que o atual vice-governador Felipe Camarão (PT) será o candidato de todo o grupo ao governo; a segunda vaga de senador é do atual ocupante do posto, o pedetista Weverton Rocha.

A realiança entre Dino e Weverton foi contada neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “Em paz, Weverton e Flávio Dino já têm planos para 2026…”.

Já a chapa pacificada para a sucessão de Brandão também foi tema deste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “O papel de Eliziane Gama no grupo Dino/Brandão em 2026…”.

No projeto hegemônico de reorganização do grupo Flávio Dino, também é garantido ao governador uma forte articulação em favor do empréstimo que ele espera conseguir para sustentar o governo a partir de 2024; este apoio também inclui Weverton no Senado, ele que já havia se manifestado criticamente em relação ao tema.

Mas para isso, Brandão e seu grupo precisam cerrar fileiras integrais em torno de Duarte Júnior em 2024 e de Felipe Camarão em 2026; o grupo brandonista na visão de Dino, inclui hoje também o MDB sarneysista e o PSDB, partidos sob influência direta do Palácio dos Leões.

Com a família toda em Brasília e parte dos parentes já arrumada no Maranhão, Brandão nem cogita repetir o feito de José Reinaldo, por que sabe a importância que é encerrar a carreira política como senador da República. 

Como já tem garantias do grupo de Weverton Rocha, seu PDT, e do deputado federal Josimar Maranhãozinho e seu PL, Dino começa agora a tratar diretamente com os deputados federais André Fufuca e Juscelino Rezende (ambos ministros do governo Lula) e Pedro Lucas Fernandes.

A articulação com os três visa ter o PP e o União Brasil já a partir do ano que vem e assim consolidar a retomada integral do grupo com o qual passou a comandar o Maranhão a partir de 2014; e desta vez agregando também o que restou do grupo Sarney.

Ficariam isolados na oposição apenas o prefeito de São Luís Eduardo Braide e alguns gatos pingados – na direita e na esquerda – que sobraram das eleições de 2022.

E o ex-comunista consolidaria pelo menos mais 12 anos de poder no Maranhão.

Estando ou não no Supremo Tribunal Federal…

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Os recados de Dino e Brandão na posse de André Fufuca…

Ministro da Justiça e o governador do Maranhão estiveram juntos e posaram juntos para fotos em Brasília, com o novo ministro dos Esportes do governo Lula, que é cotado para uma das duas vagas de senador nas eleições de 2026

 

Flávio Dino com Fufuca e Brandão em Brasília; momento político acena para 2026

Poucas vezes desde as eleições de outubro passado, o ministro da Justiça Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB), estiveram juntos em uma mesma solenidade e posaram juntos para fotos de forma tão espontânea e entusiasmada, como ocorreu ontem, na posse do novo ministro dos Esportes, André Fufuca (PP).

E tanto Dino quanto Brandão deram seus recados em relação ao aliado que agora integra o governo Lula (PT).

Brandão fez questão de postar diversas fotos da solenidade, incluindo imagens ladeando Fufuca com ninguyém menos que o própruio presidente Lula (PT).

Dino também posou com o agora colega de ministério, discursou e exortou sua capacidade de trabalhar pelo Brasil.

Assim como Carlos Brandão, André Fufuca é cotado para uma das duas vagas que abrirão ao Senado em 20226, e hoje são ocupadas pelos senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD).

Simples assim…

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Flávio Dino popstar…

Um dos políticos mais seguidos do Brasil atualmente nas redes sociais, ministro da Justiça mostra a força de sua popularidade em evento com estudantes universitários em Brasília e – a despeito do autoritarismo e da postura reativa – confirma a condição de celebridade, que pode pavimentar seu projeto de poder em 2026

 

Mesmo quem não senta em sua mesma mesa é obrigado a admitir: o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) tem um carisma incontestável.

Na manhã desta quinta-feira, 13, o comunista maranhense mostrou a força de sua popularidade durante evento da União Nacional do Estudantes (UNE), na Universidade de Brasília; assediado como um popstar, o ministro foi abraçado, posou para selfies e foi ovacionado como celebridade.

Não há na história da República nenhum outro ministro de estado com esta força de mobilização em torno de si; principalmente um ministro de setor tão específico quanto o da Justiça.

Para o bem ou para o mal, Flávio Dino é um fenômeno também nas redes sociais.

O assédio de estudantes em Congresso da UNE mostra a força popular que o maranhense Flávio Dino obteve em Brasília

Somando mais de dois milhões de seguidores no Twitter e no Instagram – a despeito do seu autoritarismo e de sua postura reativa – ele navega com a mesma desenvoltura, seja em um programa de auditório, seja em um rebuscado seminário de Direito.

Toda essa força popular soma-se à força política que ele alcançou em Brasília como o principal ministro do governo Lula, visto com respeito no Congresso Nacional, no Judiciário e na imprensa especializada, o que o torna um potencial sucessor do atual presidente.

A tietagem com que foi recebido nesta quinta-feira, 13, em Brasília, consolida seu nome entre os principais políticos brasileiros.

E o único maranhense, hoje, com este poder na capital federal.

Não há o que discutir…

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Flávio Dino rejeitou convite de Brandão para o carnaval…

Governador diz que chamou o ministro da Justiça para acompanhá-lo nos circuitos oficiais, mas ele fez opção por participar de um bloco, no trio elétrico; mesmo assim, o chefe do Executivo garante não haver problema entre os dois

 

Ao lado de Márcio Jardim, Carlos Brandão chegou a vestir um abadá do bloco de Flávia Bittencourt, mas não subiu ao trio, onde Flávio Dino estava ao lado da cantora

Diante dos cada vez mais crescentes indícios de distanciamento entre o governador Carlos Brandão e o ministro da Justiça Flávio Dino (ambos do PSB), o chefe do poder maranhense comentou nesta sexta-feira, 24, durante entrevista ao programa Bom Dia Mirante, sobre a relação dos dois no carnaval.

De acordo com Brandão, Flávio Dino foi convidado pessoalmente para acompanhá-lo durante o carnaval.

– Ele fez opção por desfilar em, um bloco, no trio elétrico; mas a gente se cumprimentou – garantiu o governador.

No sábado de carnaval, o blog marco Aurélio d’Eça publicou o post “A guerra fria entre Brandão e Flávio Dino…”, mostrando que as duas lideranças estavam medindo forças, mas sem o desejo de rompimento definitivo, pelo menos agora.

– Nenhum dos pretende declarar guerra aberta, mas fazem questão de mostrar, cada um a seu modo, o poder que detêm no estado – afirmou o blog.

Já na terça-feira, novo post do blog Marco Aurélio d’Eça, desta vez afirmando: “carnaval expõe distanciamento entre Brandão e Flávio Dino…”.

O blog mostrou que, embora ambos em São Luís, o ministro e o governador não se encontraram publicamente uma única vez durante os cindo dias de folia maranhense.

No último dia do carnaval, Brandão chegou a vestir uma camisa do bloco da cantora Flávia Bittencourt, mas não subiu no trio, onde estava Flávio Dino, que chegou a pular ao lado da cantora em uma das músicas.

– Eu fiquei mais presente no camarote, no meio do povo; uma questão só de opção, mas não tem nenhum problema – justificou o governador á Mirante.

Para ele, “são as pessoas que procuram essas coisas para especulação”…

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Dino tenta distensionamento com Brandão, que quer cara própria ao governo

Relação que vinha tensa antes mesmo da posse do novo mandato do governador – sobretudo por causa dos interesses pela disputa na Assembleia Legislativa – tende a ser amenizada após o Palácio dos Leões deixar claro que o agora ministro terá seus espaços de poder no Maranhão, mas sob a batuta direta do atual chefe do Executivo

 

Flávio Dino reconheceu poder de Brandão em sua posse no Ministério da Justiça, após tensionamento por espaços no governo maranhense

Análise da notícia

Pouca gente entendeu a fala do agora ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), em relação ao governador Carlos Brandão (PSB), a quem chamou de “comandante do grupo político no Maranhão” durante sua posse no ministério.

O discurso dinista tem uma razão de ser: Brandão garantiu a ele seus nacos de poder no novo governo, embora tenha deixado claro que o controle total será do Palácio dos Leões.

Nas últimas semanas após a eleição de outubro, Flávio Dino usou aliados políticos e partidários para tentar emparedar Carlos Brandão e garantir controle, senão total,  ao menos de setores do poder no novo governo que tomou posse em 1º de janeiro.

Em resposta, o governador deixou claro que já tinha definido diretamente o comando da Famem para o aliado Ivo Rezende (PSB), o da Assembleia Legislativa para a deputada eleita Iracema Vale (PSB) e a indicação do sobrinho, Daniel Brandão, para o Tribunal de Contas do Estado.

A Dino foi garantido o controle da Secretaria de Educação – tendo o vice-governador Felipe Camarão (PT) como titular – e a Secretaria de Cidades, com a mulher do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) no comando.

Embora os próprios aliados tentassem se movimentar numa forçação de barra – o que gerou as especulações sobre estremecimento – o  agora ministro preferiu recuar e deixar o governo seguir sob comando do sucessor.

Conciliador, Brandão vem se aproximando de aliados importantes e, sobretudo, de ex-adversários, com o recado de que o governo é de diálogo, não de atropelos.

E esta é uma imensa diferença em relação a Dino…

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Maranhão tem dois governadores ao mesmo tempo; um usurpando o poder do outro…

Ao declarar que “trabalha todos os dias das seis da manhã até meia-noite” – mesmo afastado oficialmente e internado em São Paulo – governador-tampão Carlos Brandão tira a autoridade do governador em exercício Paulo Velten, legitimamente empossado em seu lugar por força da sua licença

 

Os dois governadores do Maranhão que atuam ao mesmo tempo; um manda e o outro apenas obedece?

Ensaio

Tratada apenas como exemplo de seu bom estado de saúde pela mídia alinhada ao Palácio dos Leões e por aliados políticos, a declaração do governador-tampão afastado Carlos Brandão (PSB) – de que, mesmo internado em São Paulo – trabalha “todos os dias, das seis da manhã até meia noite”, é um crime de usurpação de poder.

Ao afirmar tal coisa, Brandão revela ao mundo que o Maranhão tem dois governadores atuando ao mesmo tempo: ele e o desembargador Paulo Velten.

E um está usurpando o poder do outro.

Se Brandão, como ele próprio afirmou, reúne-se com secretários e trabalha “das seis da manhã até meia-noite”, está cometendo um crime, por que sua condição é de oficialmente afastado do mandato.

E se Paulo Velten aceita que aquele que ele está substituindo atue como se titular ainda fosse, também está cometendo crime de responsabilidade.

Se pediu licença à Assembleia Legislativa e recebeu, Carlos Brandão não pode despachar com secretários, assinar documentos e muito menos “trabalhar das seis da manhã até meia noite” a menos que reassuma o posto e assuma as responsabildiade pelo mandato.

E se assumiu o mandato de governador como segundo na linha de sucessão, Paulo Velten não pode – até como presidente de um poder que preserva as leis – deixar que outro usurpe o seu poder.

O atual governador do Maranhão é o presidente do Tribunal de Justiça; e é dele a responsabilidade de zelar, preservar, atuar e despachar os interesses do Maranhão e do seu povo, pelo menos até o dia que Braqndão reassumir oficialmente.

Ação de qualquer outro dentro deste círculo de atribuições é um crime contra o estado.

E deve ser responsabilizado com os rigores da lei.

Simples assim…

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Sarney, o oráculo…

Peregrinação de candidatos à presidência da República à casa do ex-presidente mostra que, mesmo afastado da política, já com 92 anos, o maranhense é ainda o maior político da história do Brasil

 

Do alto dos seus 92 anos, Sarney tem prestígio, poder e influência sobre a política nacional, tudo o que qualquer político sonha em ter um dia

O ex-presidente José Sarney (MDSB) tornou-se uma espécie de oráculo nesta fase da pré-campanha que se aproxima da definição oficial dos candidatos.

Já passaram pela sua casa o ex-presidente Lula (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL), a senadora Simone Tebet (MDB), e até o filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PL); todos querem ouvir de Sarney opiniões e impressões sobre a sucessão presidencial;.

Mesmo afastado da política e do alto dos seus 92 anos, Sarney é, ainda hoje, a principal referência no que diz respeito a influencias partidárias no país.

O maranhense representa o que todo político gostaria de ter: prestígio, poder e influência entre os poderosos de Brasília.

Se sonha ser como ele, o ex-governador Flávio Dino deveria passar uns dias em sua casa na capital federal…  

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“Poder, dinheiro…nada está acima da família”, diz Weverton, no Dia do Filho

Um dia depois de o governador Carlos Brandão afirmar que a sensação do poder, ao assumir o governo, supera a emoção do casamento, da família e dos filhos, senador do PDT aproveita a data comemorativa para lembrar do “maior bem que alguém pode ter”

 

Senador Weverton em foto com sua família no Dia do Filho: “bem mais precioso que alguém pode ter”

O senador  Weverton Rocha (PDT) postou em suas redes sociais, nesta terça-feira, 5, vídeos e imagens alusivas às comemorações internacionais pelo Dia do Filho.

– Poder, dinheiro… Nada disso está cima do maior bem que alguém pode ter, que é a sua família; meus filhos, meus tesouros são minha maior alegria e inspiração para seguir em frente sendo um exemplo também para eles – afirmou o senador.

As declarações de Weverton – líder nas pesquisas de intenção de votos para o Governo do Estado – se deu um dia depois de o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) afirmar em suas redes sociais que a sensação de ter assumido o governo é maior que a de ter casado, constituído família e até de ter filhos.

A frase infeliz do governador-tampão Carlos Brandão no Twitter: poder acima da família e até dos filhos

O governador publicou textualmente: – casar-se, ver os filhos nascerem e estar com a família são emoções únicas. Mas posso garantir que nada superará em minha experiência de vida ter a honra de governar o Maranhão.

A declaração de Brandão repercutiu negativamente nas redes sociais.

E foi criticada por lideranças políticas, jornalistas e por boa parte dos internautas…

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O jogo de poder é entre Flávio Dino e Weverton…

A disputa velada entre o governador e o senador implica o controle político no Maranhão nos próximos 20 ou 30 anos; nesta movimentação dos dois ainda jovens líderes, o vice-governador Carlos Brandão – representante da antiga classe política estadual – é apenas um coadjuvante

 

Aliados desde 2006, Flávio Dino e Weverton passaram a disputar claramente o poder a partir de 2018, quando o senador alcançou quase 2 milhões de votos, superando o governador

Ensaio

Não há disputa entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) pelo poder no Maranhão; o vice tucano do governador Flávio Dino (PSB) não disputa poder algum.

O jogo de poder que se estabeleceu no Maranhão é entre Weverton e Flávio Dino; e vai implicar o controle político no estado pelos próximos 20 ou 30 anos.

São Weverton e Dino quem lideram partidos, controlam instâncias de poder, têm bancadas, agregam lideranças e fazem a interlocução nacional, em maior ou menor grau.

Espécie de último remanescente da velha política no debate majoritário, neste embate de poder – ainda velado – Carlos Brandão é um mero coadjuvante.

O vice-governador não tem grupo, não tem partido, não tem liderança, não tem bancada e não tem qualquer interlocução nacional; é uma espécie de poste de Flávio Dino, um preposto para evitar que Weverton suceda o socialista no poder maranhense.

E como poste, o ainda tucano depende absolutamente das ações de Dino.

Preposto e “escolha pessoal” de Flávio Dino para o governo, Carlos Brandão veste a fantasia que o chefe mandar, política, partidária ou ideológica

Mas se Flávio Dino tem influência no PSB, no PCdoB e numa parte do PT, Weverton controla o PDT e dialoga diretamente com PP, PRB, DEM e a outra parte do PT.

Se Flávio Dino é visto pelo ex-presidente Lula como uma espécie de ponta-de-lança para o futuro Senado ou para um eventual ministério, Weverton é visto por Lula como um aliado histórico e de antigas lutas.

No quesito Lula, Brandão sequer é incluído, uma vez que não tem qualquer afinidade; neste aspecto, continua a ser o poste de Dino. 

E como preposto, vai depender do governador até na montagem do palanque, mesmo já estando no comando do governo.

Por que o jogo de poder está sendo travado somente entre Weverton e Flávio Dino.

E implica o controle político pelos próximos 20, 30 anos…